NÃO HÁ VAGAS NO MERCADO



O preço da dignidade
não cabe no poema. O preço da moradia
não cabe no poema.
Não cabe no poema as contas do dia-a-dia.
a ilusão
do filme,
da pornografia,
do prazer.
O aposentado não cabe no poema com seu salário de fome,
sua vida fechada
em arquivos da existência.
Não cabe no poema os trabalhadores do campo
que esmerilam local de trabalho
nas grandes cidades.
O poema, governantes, está fechado: "Não há vaga no mercado".
Só cabe no poema,
o homem sem direito
a mulher rebaixada
a vida sem preço,
o poema, governantes
não fode,
nem foge.





Autor: Dhiogo José Caetano


Artigos Relacionados


Poema Da Amizade

Eu, Poesia

O Meu Eu No Poema

Suspense

Folhas Secas

Resumo:o Poema, Um Texto Marginalizado? De Ana Elvira Luciano Gebara

Poema Sem Fim