ESTADO NOVO: NOVAS HISTÓRIAS



Em seu trabalho "Estado Novo: Novas Histórias" Maria Helena Capelato nos leva a questionamentos como: Por que os historiadores voltaram os estudos relacionados ao Estado Novo a partir de 1980, com relação aos anos 30, a investigação sobre o varguismo como objetivo de esclarecer aspectos dessa história e o estudo sobre o populismo antes da década de 1970 visto como um todo.
Capelato visa mostrar com clareza que o Estado Novo se constitui de um regime político autoritário, em oposição com o liberalismos-democratico, que vigorava no Brasil sob as constituições de 1891 a 1934.
De acordo com o próprio regime e seus intelectuais do período é visível que democracia e autoritarismo não são ideais antagônicas.
O Estado Novo se define como uma democracia autoritarista, ou seja, fundada sobre o principio da autoridade e não mais da liberdade, como nos regimes anteriores.
Ao longo do texto notaremos uma análise que visa um estudo voltado para o termo político-ideológico, uma relação entre autoritarismo e democracia, cuja síntese seria o próprio Estado Novo.
O recorte político realizado por Capelato, tem por objetivo a compreensão das particularidades da década de 30 com uma maior profundidade nas especificidades de acontecimentos que não aconteceram por acaso, pois eles vêm de uma estrutura temporal que em meio às conjunturas acabaram eclodindo.
No prisma da análise notamos que os estudos do Estado Novo, permitem repensar a natureza do regime, que refleti sobre aspectos da política e cultura do período. Exemplos destes aspectos estão presentes na propaganda política relacionados com o meio de comunicação, a política varguista e a própria constatação que a ideia de que o conceito totalirista é inadequado para caracterizar o Estado Novo.
Portanto, o estudo do Estado Novo só tem a enriquecer a historiografia brasileira, uma compreensão da política de massas em uma nova abordagem que discuti sobre o significado das permanências do passado e as mudanças possíveis no campo da cultura política.



Autor: Dhiogo José Caetano


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