Encontro divino



O cansaço me abateu e nada mais me restava senão o desengano. Pensei que era chegado o fim e, num suspiro de desalento, estanquei. O desânimo parecia soterrar as minhas crenças. A solidão, em meio a uma infinidade de outros sentimentos, fez-me mergulhar em profunda tristeza, nutrindo a ideia de isolamento.

Quis me fechar, assim não dividiria meus medos com ninguém. Angustiou-me a falta de coragem para levantar e seguir adiante. Quieta, no meu canto, chorei. Afundei num mar de desilusões, descrente do que seria possível me acontecer de bom.

Como se despertasse de um pesadelo, senti-me estimulada por uma sensação de liberdade. Um certo poder apontou-me saídas, motivando-me a continuar. Senti uma presença reanimando minhas forças, dizendo que uma missão me havia sido confiada e que eu precisava cumpri-la.

Conduzida por essa força, pus-me a refletir acerca de algumas atitudes minhas. Conclui que, por experiências vividas, ao que me angustia hoje eu posso chamar de livramento. Há algo superior a minha existência, com visão maior do todo, que acompanha o que me é apresentado e cuida para que eu ultrapasse qualquer barreira.

Essa presença me faz fortalecida. Acompanha-me dia a dia, revigorando minhas energias. A ela atribuo toda a transformação por que venho passando. E posso dizer que a vida me fez passar por maus bocados, mas o aprendizado foi compensador. Se eu não tivesse experimentado tantos dissabores, pouco provavelmente seria do tamanho que me vejo.

A vida não é fácil, isso posso declarar sem hesitar, mas a cada um de nós é dado o auxílio de que precisamos. Força suficiente para "ganhar o mundo", como bem dizia a minha mãe, eu tenho. E a essa força que me move, eu chamo "Deus".
Autor: Maria Celça Ferreira Dos Santos


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