Eu li



Eu li

Eu li nos livros os resquícios da sobriedade dos homens em letras garrafais.
Amontoam-se um sob os outros num empilhamento descomunal.
É o sinal dos tempos?
Nas ruas a frieza corta mais que cem navalhas e as palavras nada valem a não ser como um cínico deboche frontal.
Em suas tocas coloridas, embalados pelos seus afazeres escravos, trancam as suas portas procurando refugio na jaula.
Domesticados até no olho do... Sofrem de paranóias, pânicos e outros males mais.
Depois sorrindo um sorriso amarelo patético e apático, anestesiado abre a porta e olha de soslaio e assustado para a fora tentando ver com rabo de olho se pode ou não pode encarar a mais pálida realidade.
É novamente a hora do encontro marcado com o relógio da mediocridade.



Autor: Cesar Valerio Machado


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