EDUCAÇÃO, SOCIEDADE, SONHO... O QUE SOMOS?



Pense em um educador ideal. Pensou? Pois, é este que estamos procurando ou pelo menos gostaríamos de saber qual é a trajetória que um educador deveria fazer para realizar uma das tarefas mais importantes para a formação integral do ser humano, ser feliz.
Existem alguns educadores que argumentam caminhos para se chegar a este educador ideal.
Vejamos, por exemplo, o que menciona o escritor Claudio de Moura Castro quando afirma: "Quem aprendeu a pensar como cientista e a usar o método científico tem um raciocínio mais enxuto e rigoroso." Ou ainda, "Sem o desenvolvimento do método científico, não teríamos os avanços tecnológicos que tanto beneficiam a humanidade." Nestas afirmações o autor argumenta a importância da academia de ginástica mental, onde exercitamos os músculos do intelecto lidando com as ciências e outros assuntos de lógica exigente, permitindo o processo educativo com qualidade e de altíssima complexidade, tecnicamente.
Segundo, Luiz Carlos de Menezes, os professores precisam de uma vivência prática numa residência médica supervisionada, pois além de receberem uma boa base cultural, possam entrar em contato com a realidade das escolas de Educação Básica, numa espécie de residência pedagógica, contextualizando assim o ensino.
Fomentando o valor da participação civil, Alexandre Aragão (Revista Cidade Nova, setembro/2008), argumenta sobre a importância da organização social através do diagnóstico das necessidades da população no que se refere a políticas e serviços públicos, transformando-se numa rica fonte de informação e ferramenta para que os governos municipais se tornem mais sensíveis e responsivos ás demandas dos setores mais carentes da população, trazendo efetivamente a priorização de gastos públicos em projetos sociais e projetos de infra-estrutura urbana.
"Marchando ás pressas, escravos de outros escravos", Simão Goldman, traz a reflexão de um homem só, sem tempo para parar, só tempo para correr. Em seus versos do poema "Entre a Flor e o Parafuso", retrata que "Não há mais tempos para sonhar, não há, mais tempo para dormir... Onde não há lugar para a flor". Onde está o equilíbrio? - questiona o escritor.
Conhecimento científico, interação humana, residência pedagógica, organização social, equilíbrio. Qual é a fórmula mágica? Como alinhar as concepções referenciais com o dia-a-dia?
"Ensinar o que não se sabe", comungo da idéia, quando o educador Rubem Alves (Pensar, novembro/2007), afirma que "... todo conhecimento começa com o sonho, mas sonhar é coisa que não se ensina, brota das profundezas do corpo, como água brota das profundezas da terra."
A dialética entre a competência e o conhecimento, aproxima a teoria da prática, como ressalta Pedro Demo (Portal Educacional/2005): "O saber pensar inclui sempre o saber intervir."
A idéia de ensinar a sonhar e ser feliz é possível, deve se acreditar, equilibrar a razão com a emoção, numa construção de conhecimento pautada na significação, estabelecendo relações pertinentes a satisfação de sua necessidade.

Autor: Elaine Maria Bórmio Ruffini


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