Inocente infância
Num círculo gigantesco que unia meninos e meninas, cantávamos cirandas. Pular macaca, uma das brincadeiras que ainda sobrevive, embora intitulada "amarelinha", era algo fascinante, assim como pular corda. Usávamos uma corda longa que possibilitava que três ou quatro crianças pulassem simultaneamente.
As bonecas não falavam, tampouco cantavam musiquinhas. Mas, na nossa brilhante imaginação, choravam, adoeciam, sentiam fome etc. A fala delas era fantasiada por nós mesmas que, alterando um pouco o tom, fazíamos uma vozinha frágil, dando a impressão de que elas falavam mesmo.
Além das brincadeiras em casa, ou na rua, tínhamos programas de TV sadios, como Daniel Azulai e a Turma do Lambe-Lambe, a Turma do Balão Mágico, O Elo Perdido, que era uma série transmitida à noite, numa época pré-histórica cheia de dinossauros e enigmas a serem resolvidos.
Os desenhos, inesquecíveis: "Lalalaralalá..." homenzinhos azuis, sob o comando do papai Smurf, e ajudados pelos encantos da Smurfet, fugiam do terrível Gargamel e do Cruel, seu gato malvado. "Odeio os smurfs" era o que ele dizia; Super Mouse, o ratinho poderoso, sempre acudindo a Zizi, era outro que eu adorava; também o He-man, um dos meus super-heróis preferidos, que protegia com bravura o castelo de Grayskull do vilão Esqueleto, é uma das melhores recordações daquele tempo... bom!
Autor: Maria Celça Ferreira Dos Santos
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