A Importância Do Erro



UNIVERSIDADEDO ESTADO DO PARÁ-UEPA

PROGRAMA DE EXTENSÃO E PESQUISA.

PROJETO

I-IDENTIFICAÇÃO:

1.1       JACIMEIRE DE FÁTIMA MONTEIRO DE SOUSA

E-mail  [email protected]

II-TEMA:

ERRO HUMANO: UM ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ERRO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

LINHA DE PESQUISA: PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E MATEMÁTICA.

BELÉM-PARÁ

2005

III-OBJETIVOS

3.1-GERAL

q       Identificar os tipos de erros cometidos pelos alunos e professores no processo ensino aprendizagem da Matemática e discutir as possíveis causas de sua ocorrência.

3.2-ESPECÍFICOS.

q       Verificar o que leva o aluno a adotar uma determinada estratégia, em detrimento de outra na resolução de um problema.

q       Perceber a ocorrência do erro pelo aluno de Matemática.

q       Analisar as condições e metodologias oferecidas pelo professor, visando o desenvolvimentodo processo ensino-aprendizagem.

q       Desenvolver estudos que miniminizem o erro na Matemática, oferecendo subsídios práticos, visando resgatar a aprendizagem de conteúdos Matemáticos numa ótica de melhoria contínua

IV-JUSTIFICATIVA.

De minhas próprias observações e pelo que tenho lido sobre as questões do ensino e da aprendizagem da Matemática, constatei que esta disciplina é considerada pelos alunos, entre as do currículo a que oferece uns dos mais altos graus de dificuldade no que se refere a aprendizagem, sendo muitas vezes, um terror para a maioria deles. Os professores de Matemática, via de regra, são considerados muito exigentes e, em alguns casos temidos pelos seus próprios alunos.

Alguns alunos chegam a explicitar que "A Matemática é uma disciplina muito rigorosa" e que "para a Matemática não tem meio termo, ou se está certo ou se está errado". Observo também que este não é só o pensamento dos alunos em relação a Matemática, mas, também de muito professores e pais de alunos, foram essas constatações que me estimularam a escolher o tema sobre o papel do erro no ensino e na aprendizagem da Matemática, na verdade a questão da ocorrência do erro faz parte de minhas preocupações a algum tempo, até mesmo como professora.

Na tentativa de buscar uma metodologia alternativa, à usual, despertou-me a atenção aos erros apresentados pelos meus alunos e a frequência com que certos tipos de erros ocorriam

V-METODOLOGIA

Para o ensino e a aprendizagem da Matemática, admito a necessidade da mudança de postrura dos professores com relação ao erro apresentado pelo aluno.

A pesquisa será do tipo bibliográfica com suporte numa abordagem qualitativo-descritiva, a ser desenvolvida com alunos e professores de uma Universidade Pública de Belém, onde será utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário contendo quatro questões abertas aos sujeitos, para que assim estes esclareçam como percebem a ocorrência do erro em Matemática. Caso haja necessidade de complementar dados a  ser coletados, utilizar-se-á a entrevista que promoverá um contato direto, havendo uma atmosfera de influência recíproca entre pesquisador e sujeitos.

VI-REFERENCIAL TEÓRICO

Para grande número de professores o erro é visto, como decorrente da incapacidade do aluno de apreender o conhecimento Matemático. Ao meu  ver, o erro do aluno faz parte do processo de ensino e da aprendizagem e, se devidamente trabalhados e um elemento fortemente facilitador da aprendizagem.

As pesquisas desenvolvidas por (CARRAHER,SCHHIEMANN,2000), sobre os contextos cuturais da aprendizagem Matemática  analisaram a Matemática escrita em contraposição a Matemática oral, o conhecimento formal em contraposição à experiência prática na resolução de problemas, observaram o modo de proceder das crianças de feiras na realização de cálculos, poderam constatar que elas o fazem de acordo com o processo formal, mas efetuam operaçôes comerciais com acerto. Esse conhecimento não formal é levado pelo aluno para a escola por essas crianças e não é aproveitado como um fator da aprendizagem do conhecimenro matemático formal que lá é trabalhado. Mas como diz KAMII, "infelizmente as crianças não são encorajadas na escola a pensar de maneira autônoma".(2000, p.114).

Se o professor conduz seu trabalho em sala de aula, no sentido de desenvolver a autonomia de seu aluno, é possível que ele tenha uma atitude diferente diante do erro., capaz de gerar uma aprendizagem mais duradoura, KAMII afirma ainda que :

As crianças corrigem-se frequentemente de modo autônomo, à medida em que tentam explicar seu raciocínio a uma outra pessoa. Pois a criança que tenta explicar seu raciocínio tem que descentrar para apresentar a sua interlocutora um argumento que tenha sentido. Assim, ao tentar coordenar seu ponto de vista com o outro, frequentemente ela se dá conta de seu próprio erro (2000, p.115).

D'AMBRÓSIO (1992,p 42), afirma que na passagem do século XIX para o século XX, "torna-se lugar comum a busca da matematização como fator de validade em todos os setores do conhecimento". O fato é que, esse modo de pensar marcou muito a formação científica do professor de Matemática. BACHELARD (1980), "afirma que a piscologia do matemático só pensa realmente o correto, colocando uma diferença piscológica fundamental entre conhecimento entrevisto e conhecimento provado". Esse pensar "realmente o correto ", o impede de pensar a possibilidade de admitir o erro como algo natural passível de ocorrer.

Entendo que o erro para o matemático deve ser encarado de dois pontos de vista distintos. O primeiro, dentro de seu gabinete onde por dever de ofício, deverá considerar todo rigor e a exatidão inerentes à Matemática enquanto Ciência. O segundo, na sala de aula, quando o erro deverá ser considerado como uma tentativa do aluno de chegar a um acerto, em sua busca da construção do conhecimento Matemático.

VII-BIBLIOGRAFIA

CARRAHER,Terezinha. Na vida dez, na escola zero. 2 ed.São Paulo, Cortez, 2000.

D'AMBRÓSIO, Ubiratan. Reflexões sobre história, filosofia e matemática, in BOLEMA-ESPECIAL, Nº 2, p,42, jan. 1992.

KAMII, Canstance, A criança e o número , tradução de Regina A. de Assis, Campinas, Papirus, 2000.

MACÊDO, Lino, por uma visão construtivista do erro no contexto escolar. São Paulo: Cortez 1992.


Autor: klemilton rabelo


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