O Espirito da verdade... O verdadeiro Consolador.



O Espírito da Verdade... O verdadeiro Consolador.

Todas as coisas tem seu momento certo para existir, e acontecer, na vida e no universo. Nada acontece por acaso...

Passados mais de 2000 anos da presença material ou visual de Jesus Cristo, junto às pessoas e comunidades incipientes e ignorantes que habitavam as regiões do Oriente Médio, onde Cristo esteve presente, pode-se compreender melhor porque aquela época foi a época certa escolhida para suas pregações.

Na realidade os ensinamentos morais anunciados por Jesus Cristo objetivavam longo alcance e não, exatamente, oportunizar uma revolução ética, a curto prazo, no comportamento dos povos que, naqueles tempos, tiveram o privilégio de ouvir suas parábolas e pregações.

Aqueles povos eram pessoas muito atrasadas, até porque a Ciência também o era, e precisavam evoluir muito. Mas, foi preciso acontecer nos primórdios, para que, atualmente, diante de uma platéia mais esclarecida, fosse possível entender melhor seus ensinamentos.

Hoje, passados todos esses longos anos, muitos de nós, ainda temos dúvidas sobre determinadas questões inseridas em suas afirmações... Há quem não acredite na veracidade delas, continuando na cegueira e ignorância moral, peculiar aos povos de épocas passadas.

Jesus Cristo apregoou, manifestando aos seus discípulos e circunstantes, as afirmações que se seguem e que são a base da tese nominada pelo título que encabeça este artigo:

... João 14:16,17,26... "rogarei ao Pai e ele vos dará outro Paráclito (Consolador) que estará convosco para sempre"... "o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber (ainda) porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis porque está em vós e permanece convosco (latente)"... "Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos trará à memória o quanto vos disse"...

Assim como Jesus Cristo precisou vir, numa época remota, pois aquele seria o momento certo da semeadura da verdade moral, e da vida, para colheita futura, o apregoado Consolador, o Espírito da Verdade, também teve o seu momento certo para chegar até nós...

Suas primeiras manifestações ocorreram em meados do século dezenove, mais precisamente no ano de 1848, no EUA, em Hydesville, na casa da família Fox, mediante fatos de natureza mediúnica, protagonizados por suas filhas Kate e Margareth Fox.

Também verificava-se outras manifestações de ordem mediúnica na Europa, mais precisamente na França, através das "mesas girantes", consideradas como diversão entre amigos e familiares, naqueles tempos. As pessoas se reuniam em torno de uma mesa e ela começava a girar, pular e até mesmo planar a certa distância do solo...

Certo dia, um professor, chamado Hippolyte Léon Denizard Rivail, foi convidado a comparecer, numa dessas seções divertidas, a título de lazer. Lá chegando logo constatou que aquilo não se tratava apenas de mera brincadeira... Havia lógica naqueles movimentos... Imaginou que pudesse ser uma tentativa de comunicação de um ser invisível.

Se propôs, então, sugerir que, se ali se encontrasse um ser invisível, disposto a comunicar-se, que ele fizesse a mesa girar, por exemplo: uma, duas ou mais vezes, fato esse que acabou consumando-se... A partir dali, fez novas proposições: atribuir letras a cada saltitar ou girar das mesas permitindo, assim, que o ser invisível pudesse comunicar seus pensamentos através da palavra escrita.

Foi dessa forma que o Espiritismo, ciência, filosofia e religião, surgiu. Sabe-se, hoje, pelas evidências, ser ele o Consolador, o Espírito da Verdade, aludido por Jesus Cristo, há passados 2010 anos.

O professor Rivail, mais tarde conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, que passou a dedicar-se ao estudo do Espiritismo, constatou que, as manifestações mediúnicas, somente aconteciam com a presença de determinadas pessoas (médiuns), aquelas que tinham o poder físico-magnético de atração e permitiam o efeito dinâmico sobre a matéria, ou seja, o movimento das tais "mesas girantes". Mesmo até, sem sabê-lo, essas pessoas, dotadas de poderoso magnetismo possibilitavam, ao espírito ou espíritos presentes, manifestarem-se através da utilização do que hoje se conhece pela denominação de ectoplasma:

" O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência à solidificação e tomando forma por influência de um campo organizador específico a mente dos encarnados e desencarnados. Facilmente fotografado, de cor branco-acinzentada, vai desde a névoa transparente à forma tangível. O Ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispíritica (duplo etéreo), pode ser comparado à genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos, que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, à vontade do médium, que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não, que sintonizam com a mente mediúnica. O ectoplasma seria substância originária no protoplasma das usinas celulares. O Ectoplasma doado pelo médium depois da moldagem pelo processo de condensação, voltará à sua fonte por mecanismo inverso". (Vide artigo completo sobre o assunto: Centro Espírita Ismael ? Freddy Brandi em www.ceismael.com.br )

Allan Kardec não tinha, pessoalmente, propriedades mediúnicas. Mas possuía o estudo e a capacidade intelectual para compreender e permitir a codificação das mensagens ditadas pelos espíritos. Já mais tarde, evolutivamente, sem a utilização das "mesas girantes", mas sim, através dos próprios médiuns, redigiu aquela que é intitulada como Doutrina Espírita.

A Doutrina Espírita foi constituída por vários livros e revistas publicadas por Allan Kardec, com explicações e cases, que formaram o arcabouço esclarecedor do Espírito da Verdade ou do Consolador prometido por Jesus Cristo que, ao logo dos anos, tem permitido através do conhecimento de que a vida é eterna, uma constante evolução pessoal e coletiva, entender que somos espíritos encarnados na matéria corpórea sendo que, o espírito, é o nosso próprio pensamento e o que pensamos é o que somos. Portanto, somos aquilo que pensamos... Se formos justos, seremos bons ou pensaremos no bem, faremos o bem, e atrairemos o bem, ao contrário, se formos injustos, seremos maus ou pensaremos no mal, faremos o mal, e atrairemos o mal...

Nossa alma, o espírito encarnado, é energia indestrutível, inesgotável, por tratar-se de energia sutil, semi-material, diferente das energias que conhecemos na Terra pois, estas, são fontes esgotáveis, finitas e exauríveis, com o passar do tempo.

Os espíritos, no entanto, como tiveram na origem uma constituição simples e ignorante, tornaram-se passivos de constantes ensinamentos e experiências para que, com o passar dos séculos, mediante repetidas reencarnações e em convívio com seus semelhantes, seja possível a evolução conjunta dos conhecimentos científico e moral, cujo objetivo é forjar individualidades, de mesmo grau, com grande capacidade intelectual e moral ilibada.

É importante ressaltar a existência de pessoas que entendem, erroneamente, ser a denominação "Doutrina Espírita" uma "criação" intelectual de Allan Kardec fazendo um julgamento precipitado de que, o Espiritismo, seria uma "invenção humana", o que não é verdade, conforme acima esclarecemos...

A Doutrina Espírita foi ditada a Allan Kardec pelos espíritos mentores credenciados para tal, através dos quais, em 1848, foi possível publicar o primeiro e principal livro, intitulado "Livro dos Espíritos". Nesse livro Allan Kardec publica uma série de perguntas, que foram submetidas aos espíritos mentores, com os mais variados temas, dúvidas e curiosidades, sobre nossa existência na Terra, junto com as devidas respostas, precisamente lógicas, ditadas pelos espíritos questionados.

A partir do momento em que alguém fizer a leitura dos livros de Kardec e compreendê-los, certamente, vai passar a ter uma visão de vida diferente. Vai começar a mudar sua postura, em relação aos seus semelhantes, e encontrar sua paz de espírito. Sofrerá menos a perda de pessoas queridas e vai entender melhor as razões de suas mazelas. Afinal, a pedido de Jesus Cristo, aquele, o Consolador, é algo que Deus já nos permite e concede há 162 anos, a partir da publicação do Livro dos Espíritos...



Porto Alegre, 19 de outubro de 2010

Autor: Cláudio Fernando Ruschel


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