Sinto calar um quente fervido












Sinto calar um quente fervido
Em meu corpo de dor ferido
Por um arrebatar de irresistivel calor
Penetrando minhas entranhas sem pudor.

No deslizar liquido
De delicioso ababalhar
Cheiro fumegante vapor.
Transparência transcendente de odor,
Visão de inanimado desalmar.

Nos lábios afogo tamanho desejo
Do prazer que em mim se desfaz
e sinto escorrer em meu peito
Esta sopa primitiva que faz
De meu corpo...
O mar de meu leito.


Autor: Claudio Cordeiro


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