Boémia Desgraça



Vejo garrafas partidas na rua
que furam uma pele nua
a isto quase ninguém se habitua
mano, até a policia recua
a azia em mim ainda arde
como Bagaço ao fim de tarde
quem não bebe passa por cobarde
de fininho, calmos sem dar alarde
hálito a morte impera nas bocas
ignorância cria raízes em mentes ocas
as abastecidas neste piso são tão poucas
as lições os burros fazem orelhas moucas
o Pólen infiltra-se no sistema respiratório
um mundo perfeito é sempre ilusório
emana um fumo denso no escritório
acabam em curas num sanatório
sangria em litradas causam ferimentos
zangas, tristezas e choros em momentos
a vossa sanidade salta tipo Mentos
o álcool estraga sempre casamentos
partem garrafas na mulher
matam-se ao queimar uma colher
ao injecta seja o que a droga quiser
que seja, morra por onde der
desamparados neste precipício
tas preso ás garras do vício
deixaste amigos,família e ofício
passas dias sem produto alimentício
estômago esvaziado e esfomeado
siga outro, este charro está aviado
mas mal sabe que pelo Diabo foi enviado
é um punhal no teu coração a furar bem afiado.
Autor: Rui Castro


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