Classicismo - Luis Vaz de Camões



UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO ? UNINOVE SANTO AMARO
Professor: Edner Moreli
Aluna: Auzeni Freitas

Tema: Classicismo

Resumo: Preliminares e Camões

A obra vicentina marcou a passagem da idade media para o Renascimento o qual teve como antecedente o Humanismo caracterizado pela descoberta dos movimentos culturais do mundo greco-latino enfatizando a concepção de vida centrada no homem e não em Deus. Através do Renascimento o povo português alcançou posições importantes no meio cultural. Tal movimento foi constituído de descobertas cientificas, invenções e da Reforma luterana. Foi o alargamento dos horizontes geográficos que conferiu ao povo português grande importância histórica entre os séculos XV e XVI.
O marco inicial do classicismo português ocorreu em 1527 quando Sá de Miranda retorna de uma viagem feita à Itália. O Classicismo invadiu as consciências porque correspondia literariamente ao complexo de superioridade histórica. Sá de Miranda foi o principal divulgador do Classicismo o qual encontrou certa dificuldade para alcançar pleno êxito, depois foi seguido por Antonio Ferreira.
O Classicismo consistia na concepção de arte baseada na imitação dos clássicos gregos e latinos. Segundo essa concepção, imitar não significava copiar, mas criar obras de arte a partir de formulas e medidas empregados pelos antigos. A arte clássica sendo racionalista pressupõe que a razão deve exercer controle e policiamento para que não se percam em suas idéias, daí vem a concepção absolutista que dizia que a arte deveria expressar verdades eternas e superiores. Os neoclassicistas procuravam a beleza, o bem e a verdade e atribuía à arte objetivos éticos. O Classicismo português se abre e fecha com Sá de Miranda e Camões.

Camões é o maior autor desse período o qual chegou a escrever teatro ao modo vicentino, Camões é grande dentro e fora dos quadros literários portugueses por sua poesia.
Luis de Camões escolheu a historia de Portugal como tema para escrever Os Lusíadas. A palavra "lusíada" é um neologismo inventado por André de Resende para designar os portugueses como descendentes de Luso (filho ou companheiro do deus Baco).
Camões imprimia o seu sofrimento pessoal em suas obras. O poeta usa a antítese e os paradoxos para conhecer e conceituar o amor, para ele o amor deveria ser mais pensado que sentido ou ser submetido ao crivo da razão, já que pensá-lo é sofrer duas vezes.
Em sua poesia reflexiva Camões passa a adotar a vida como tema e não mais a mulher e o amor o qual se exprime nos poemas longos e nas canções.
Camões imprime no poema Os Lusíadas sua verdade intima e intransferível de homem poeta.
No dualismo Renascentista: coexistência do (maravilhoso: intervenção dos seres sobrenaturais) pagão e do cristão, Camões imerge na dualidade que de um lado é expressa pelo sentimento do bem perdido que nunca se alcança e pela presença da morte.
Os Lusíadas têm como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama às Índias a qual necessita de força dramática, como episodio histórico e motivação literária, para justificar por si só uma epopéia de tão alto sentido e intenção, já que o mito é a condição básica da epopéia. A viagem às Índias era muito recente para se tornar mito além de lhe faltar o porte heróico por isso o poeta se viu obrigado a colocar maior ênfase naquilo que era excrescente ou meramente marginal ao eixo central da epopéia.

O poema Os Lusíadas foi constituído da seguinte forma:

A Estrutura

Os lusíadas apresenta 1102 estrofes, todas em oitava-rima (esquema ABABABCC), organizadas em dez cantos.

Divisão dos Cantos

1ª parte: Introdução
Estende-se pelas 18 estrofes do Canto I e subdivide-se em:

Proposição: é a apresentação do poema, com a identificação do tema e do herói (constituem as três primeiras estrofes do canto I).
Invocação: o poeta invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, pedindo a elas inspiração para fazer o poema.
Dedicatória: o poeta dedica o poema a D. Sebastião, rei de Portugal.


2ª parte: Narração
Na narração (da estrofe 19 do Canto I até a estrofe 144 do Canto X), o poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses ao Oriente.

3ª parte: Epílogo
É a conclusão do poema (estrofes 145 a 156 do Canto X), em que o poeta pede às musas que o inspiraram que calem a voz de sua lira, pois está desiludido com uma pátria que já não merece as glórias do seu canto.
Autor: Auzeni Alves Da Silva Freitas


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