Serviço Social e as ILP's
Marlene Cristiane Cintra 1
PALAVRAS CHAVES:
Serviço Social, Gestão e Terceiro Setor.
1.Introdução:
O presente artigo, vem questionar, a conduta de enfrentamento do profissional do Serviço Social, nas Instituições de Longa Permanência. Há uma grande preocupação por parte dos profissionais da área, em relação aos recursos, repassados pelo Estado, uma vez que as demandas são grandes e o valor fornecido na maioria das vezes não são suficientes, para atendimento das necessidades dos usuários do serviço. Sem contar às dificuldades de gerenciamento acometidas pelos profissionais, em especiais os que estão inseridos no 'Terceiro Setor'.
2.O Papel do Serviço Social:
Uma missão primordial do serviço social é alcançar o bem estar de todos especialmente das pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, e em estado de absoluta pobreza.
É bom lembrar que o Serviço Social tem características históricas que definem bem à profissão:
"Os assistentes sociais promovem a justiça social e a mudança social no interesse dos clientes. O termo ?clientes? é utilizado para referir indivíduos, famílias, grupos, organizações e comunidades. Os assistentes sociais são sensíveis às diversidades culturais e étnicas, e esforçam-se por acabar com a discriminação, opressão, pobreza e outras formas de injustiça social".2
Os profissionais do Serviço Social, há anos vem trabalhando, em pontos estratégicos, afim de promoverem à justiça social, a dignidade do ser humano, forçando o Estado, olhar de uma forma diferenciada para à necessidade social da pessoa em situação de risco social.
3.O Terceiro Setor:
O 'Terceiro Setor inclui, diferenciadamente [?] tanto organizações não-governamentais [?] como organizações sem fins lucrativos [?] Não obstante essa flexibilidade do conceito em questão, alguns dados estatísticos podem nos mostrar a abrangência, a importância numérica do que é chamado de 'terceiro setor'(MONTAÑO, 2002, p. 205).
Se observa que ao longo dos anos a Sociedade Civil, vem sendo uma 'mão na roda' para o Estado. Atendendo de forma esplendorosa boa parte das áreas, e das necessidades sociais. Nela estão incluídos os profissionais do terceiro setor, estes são um exemplo, e, algumas vezes trabalham até de forma limitada, pela falta de recursos humanos e financeiros. Há uma grande separação dos espaços públicos e privados em prol de um mesmo serviço. Ou seja, o cuidado com à área social. E se sabe também que existe um animado debate por uma diversidade de autores que analisam as funções e o papel desse Terceiro Setor. O 'Terceiro Setor' segundo MONTAÑO apresenta uma totalidade história que deve ser analisada
a partir das mudanças da realidade contemporânea, promovidas pelo embate desigual entre o projeto neoliberal e as lutas dos trabalhadores, verdadeiras transformações estão se processando nas respostas da sociedade à chamada 'questão social' e suas refrações (MONTAÑO,2002, p. 183).
4.O Serviço Social e o Gerenciamento em ILP's
As Instituições de Longa Permanência, tem uma tendencia e um crescimento acelerado no século XXI, existe uma boa articulação desse serviço, em prol de um melhor bem estar social, das populações de crianças e idosos, abrigados no Brasil. O trabalhador do Serviço Social, tem sido um referencial na gestão das ILP's de forma geral. Ser um bom gestor é um fator primordial no gerenciamento dos projetos sociais, sejam eles nas ILP's, nas ONG's ou mesmos em serviços públicos ou privados.
A gestão e o gerenciamento do Serviço Social, vem acontecendo de forma gradativa, em um eixo cada dia mais complexo de atividades e funções. Existem duas funções que são primordiais para um bom gerenciamento. Primeiro, a função de planejamento, que pensa o futuro de forma estratégica, analisando todo o orçamento da Instituição; e a função de direção, que exige capacidade de liderança, decisão e motivação da equipe.
Considerando que há problemas de gerenciamento, em praticamente todos os programas e instituições sociais, que fogem ao controle, mesmo de profissionais bem qualificados, fica a pergunta. O que fazer, frente a situações com usuários, que não conseguem se adaptar aos sistemas de abrigamento, e não são capazes de obedecer o mínimo do que é impostos nos regulamentos das Instituições. Tem uma interessante fala do autor KLIKSBERG, que vem fazendo uma analise complexa da tarefa que é gerenciar instituições e programas sociais KLIKSBERG, diz em um de seus livros que
são necessários gerentes que, entre outros aspectos estejam capacitados para mover-se em contextos de alta turbulência como os que rodeiam os programas sociais, tenham habilidades especiais para a coordenação de esforços de múltiplas instituições e ONG's, tenham desenvolvido capacidades para a negociação, pratiquem estilos gerenciais modernos com participativa, sejam capazes de operar processos permanentes de monitoração e avaliação para ir ajustando os programas ao feedback da realidade (KLIKSBERG, APUD, 1994, p.416).
Sendo assim, acreditamos que existe um desafio para o Serviço Social, conhecer todos os contextos das gestões, tanto a gestão privada, como a gestão pública, então é necessário, nos organizarmos enquanto profissionais, contrapormos-nos quanto as nossas ações, para que haja um diferencial, em nossa qualidade de serviço, nos atendimentos as demandas que nos for proposta. Não nos esquecendo da flexibilidade, e, da democracia em nosso caminho promissor junto à questão social.
Referencial Bibliográfico
MONTAÑO, Carlos. Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de intervenção social. São Paulo: Cortez, 2002.
DISPONÍVEL EM: . ACESSO EM: 28 SET 2010
Autor: Marlene Cintra
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