COM TEXTOS



Por Elaine Lima*

O mundo é constituído por textos. Por vezes orais, por vezes escritos. Aqui, nos atentaremos as marcas escritas, já que nossa sociedade é de base grafocêntrica e os textos que nela circulam se tornam fundamental na construção do sentido das mensagens transmitidas no dia-a-dia.
O acesso a diversos tipos de textos desenvolve o conhecimento superestrutural (tipos textuais) e possibilita o conhecimento da situação comunicativa e suas "regras" (situacionalidade). Dar margem a contextualização e intertextualidade, uma vez que esta última busca relações entre um dado texto e os outros textos relevantes encontrados em experiências anteriores. E, ainda depende dos textos/contextos em que as referências (lingüísticas ou culturais) estão inseridas.
As suposições trazidas para a interpretação de um enunciado (contexto) é construída ao longo da vida do leitor, visto que os textos são lidos de diversos modos e depende do repertório textual de cada um. Nenhuma análise lingüística pode ser feita sem levar em consideração ou fazer interferir, em algum momento, elementos externos aos dados ou fatos lingüísticos analisados.

Desse modo, a teia da construção de sentido é estabelecida com textos. Por esse motivo a tecelagem é feita com muito cuidado, pois depende da experiência adquirida ao longo das leituras e da capacidade de inferências do leitor, uma vez que o universo intertextual é muito amplo. Pois, implica a identificação, reconhecimento e alusões a obras ou textos conhecidos, além de exigir do leitor a capacidade de interpretar.
Assim, podemos afirmar que a intertextualidade está ligada ao "conhecimento de mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor da mensagem. A edificação do sentido de um texto tem como base outros textos.
O leitor espera sempre um texto dotado de sentido e procura a partir da informação contextualmente dada, construir uma representação coerente, por meio da ativação de seu conhecimento de mundo. Assim, o texto deixa de ser produto e passa a ser um processo. Toda obra é fruto de influências contidas nas leituras anteriores, de intertextualidades com textos e contextos.
Autor: Elaine Lima Mota


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