CORRUPÇÃO NO BERÇO
Quando finge esquecer-se de pagar o que deve e não se esquece de cobrar o que lhe é devido, está fechando os olhos para a necessidade do irmão ou do vizinho, mas necessita que enxerguem o seu bem.
Reclamas por perder um dos seus carros e sequer se comove, com o aquele que bate em sua porta.
Acredita que todos devam lhe servir, embora você nunca sirva ninguém.
Usa truques, como dizer que não está que saiu ou finge que está zangado com algo ou com alguém, na tentativa de intimidar aquele que lhe cobra.
Quando sozinho, imagina como foi fácil enganar esse ou aquele trabalhador.
Se farta do melhor leva o cachorro para o salão, exibe o supérfluo com orgulho e não é capaz de tentar imaginar, como está agora na hora da janta, a casa daquele que trabalhou por você e não recebeu.
Será que há comida na mesa, luz na casa, gás para cozinhar ou água para beber?
Se você cumprisse com honestidade seu compromisso, com boa vontade e sem corrupção, o mundo poderia não melhorar totalmente, mas na certa haveria menos ladrões e menos motivos para roubar.
Os ladrões que saqueiam casas agem com o mesmo princípio de levarem vantagens sempre.
Essas pequenas corrupções que diplomam os grandes ladrões.
Até que ponto isso é levar vantagem?
Autor: Cesar Gonçalves
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