Das lendas às riquezas de Rondônia



Das lendas às riquezas

Porque, a partir do século XVI, os loucos deixavam o conforto de sua residência em cidades européias ou no litoral do Brasil para se embrenhar nas selvas amazônicas?
O motivo não podia ser outro que não a busca de riquezas naturais a serem extraídas das florestas ou diretamente do solo. Eram promessas de muito diamante, ouro ou prata, além de produtos vegetais (drogas do sertão). Essas possibilidades motivaram muitos aventureiros que se embrenharam pelos sertões amazônicos. Alguns atingindo esses objetivos outros somente encontrando a morte.
Na realidade, a Amazônia era o centro e o objetivo dos sonhos de muita gente. Era o palco de lendas de riquezas incalculáveis que só faziam aumentar a vontade de adentrar na mata. Eram lendas não só sobre belas mulheres guerreiras (as amazonas) como outras falando sobre tesouros protegidos por seres fantásticos, como o curupira e outros tantos.
Acreditando nas lendas ou apenas procurando pelos tesouros, colonos de varas regiões percorreram vales e rios e, para sua surpresa e contentamento, constataram que as riquezas realmente existiam. Não eram somente fabulosas e lendárias, mas estavam à disposição dos aventureiros e destemidos que se arriscassem a escavar e a colher da floresta aquilo que ela tinha para oferecer, ao lado de todos os perigos que ela anunciava.
Os anos se passaram. Os séculos se acumularam. As lendas foram, lentamente, sendo esquecidas. Mas com o passar do tempo, novamente foram relembradas, principalmente durante os anos 60 até 80 do século XX.
Nessa época as lendas receberam novas roupagens e novamente atraíram multidões. Brasileiros de todas as regiões ouviam falar das possibilidades de riquezas nas terras amazônicas. A única exigência era que se tivesse coragem de abandonar os grandes centros para colher, na aventura amazônica, as primícias dos frutos da terra. Pois agora os tesouros se manifestariam, principalmente a partir do trabalho rural e agrário; cresceria na proporção do esforço do trabalho. E assim se fizeram cidades e o campo se desnudou, produzindo os novos tesouros do século XX e XXI.
Foi assim que das lendas nasceram as riquezas e desenvolvimento de Rondônia.

Neri de Paula Carneiro ? Mestre em Educação, Filósofo, Teólogo, Historiador.
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Autor: Neri P. Carneiro


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