Perdoe-me!
Perdoe-me pela falta de cultivo das palavras em momentos de ira. Perdoe-me pela falta de compreensão em momentos cruciais de sua vida. Perdoe-me pelo conselho mal dado. Perdoe-me pela falta de confiança. Perdoe-me pela cobrança sem dívida. Perdoe-me pela guerra criada em tempo de paz.
A paz que seu coração carrega não pode ser conturbada por qualquer grão que seja.
Pedir perdão com clamor pode não ser o suficiente pela gravidade das feridas. Pedir perdão com clamor e amor, demonstrando no olhar, nas lágrimas, no soluçar de um arrependimento que ficará marcado em quem plantou, pode não ser recebido, mas é merecido pela sinceridade e dor que foi sentida e pelo cultivo dos acertos passados.
Ainda no colégio ouvi "o tolo aprende dando cabeçadas. O sábio aprende vendo o tolo dá-las". Muitas vezes a cabeçada serve para fazer de você sábio! Poucos nascem sábios.
Talvez o temporal já tenha passado e o sol esteja à poucos dias de radiar aquela luz que nos acolhe, esquenta e nos ilumina.
Todos passamos por momentos ruins. Todos sabemos da necessidade de melhorar. Todos sabemos o certo e o errado. Porém, o que não sabemos é que em um segundo se destrói todo plantio. Em um segundo falamos coisas que machucam. Em um segundo perdemos alguém que amamos. Cheguei a conclusão que vale mais engolir um sapo, mesmo sem saber de onde vem e do que se trata, do que fazer ou falar algo que não seja para agregar! Não podemos errar porque erraram. E sim acertar para dar exemplo de vida e sabedoria.
Aprender a ouvir, mesmo que a razão possa estar ao nosso lado, a forma de como você pensa, pelo fato de amar você. Se existir algum erro, aos poucos, quem "errou" vai saber o que ocorreu e, logo, vai se reportar a quem merece suas palavras!
Um segundo não pode atrapalhar um vida de amor, carinho, companheirismo e felicidade. Um segundo não pode ser problema e sim vida. Mais um segundo respirando é uma vitória. Mais um segundo tendo controle dos meus atos é a vitória de quem ama!
Não podemos controlar os atos de alguém, mas podemos, no meio de uma tempestade, mesmo que não criada por nós, controlarmos o nosso ato. Esperar a chuva passar e tirar daquilo algo tranquilo e sereno.
Quem errou ou acertou no plantio, é quem irá colher. Não será a nossa agressividade que fará alguém ver que errou e nem mostrar algo a alguém, e sim nossa serenidade nas palavras e no olhar. Podemos no olhar mostrar muita coisa importante, que a palavra não conseguiria expressar! Podemos encontrar num abraço a forma contrária a discussão! Ao invés da briga, quem sabe, par ou ímpar? É apenas uma forma diferente de ver quem está menos errado. Porque briga nunca será o certo. Então brincamos para voltar ao acerto!
Perdoem quem te ama. Perdoem quem pode te fazer sorrir. Perdoem quem quer seu bem. Perdoem quem torce por você. Porque não perdoar? Pela ferida?
Quem voltou vivo de uma guerra, tem nas feridas o orgulho de ter lutado e ter vencido. Muitas vezes numa guerra atiramos em quem não conhecemos. Matamos pessoas sem saber se elas tem família. Quem gostaria de estar na guerra? Ninguém! Mas estavam.
Perdoem quem não está na guerra e a fez sem pensar. Perdoe quem lhe ama e tem a força de mudar tudo por você.
Existem três coisas que não voltam mais: a flecha lançada, a palavra falada e a oportunidade perdida. Perdoe e dê a oportunidade de, mesmo na tempestade, lhe mostrar que o amor vence sempre.
Autor: Cristiano Machado Bragati
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