ANÁLISE DO TEXTO: Os pirahãs
No entanto no Brasil existem várias tribos sendo que cada uma possui sua própria linguagem. Sendo que para o lingüista Sausurre, não existe nada fora do sistema semiológico de significante e significado. O pensamento, antes do aparecimento da língua, "é como uma nebulosa onde nada está necessariamente delimitado??. Dentro da semiologia de Saussure a lingüística ocupa um papel especial. A lingüística é uma parte da semiologia. Ele faz uma importante distinção entre língua que para ele e um conjunto de signos e a fala que é a manifestação da língua.
Contrapondo a idéia Saussure Peirce tem uma visão diferente do universo. Na sua interpretação, signos não é uma classe de fenômenos ao lado de outros objetos não semióticos. O mundo todo está permeado de signos. A semiótica derivada desta concepção de signo se reveste de um caráter universal. Para Peirce, o signo é uma coisa que representa seu objeto. Ele só pode funcionar como signo se carregar esse poder de representar, substituir outra coisa diferente dele. Na visão de Jakobson a universalidade não propôs uma visão pansemiótica das ciências (conjunto de conhecimentos sistematizados sobre um determinado assunto ou objeto). A lingüística e a semiótica estão dentro de uma moldura mais ampla dos estudos de comunicação. Já para Chomsky, é tarefa de o lingüista descrever a competência do falante. Ele define competência como capacidade inata que o indivíduo tem de produzir, compreender e de reconhecer a estrutura de todas as frases de sua língua
Os povos indígenas no Brasil incluem um grande número ( Número é um objeto da matemática usado para descrever quantidade, ordem ou medida), de diferentes grupos étnicos que habitam ou habitaram o território brasileiro, e cujas raízes remontam às Américas desde antes da chegada dos europeus a este continente, em torno de 1500. Os indígenas do Brasil falavam e falam centenas de línguas diferentes, cujas origens e conexões ainda são pouco conhecidas. No caso dos pirahãs que possuem uma única palavra ??hoi?? que significa um ou pequeno, pelo fato de não existir a língua escrita eles não tem noção dos tempos verbais que são: presente passado e futuro muito menos algo na qual se relacione com a historia deles, pois, poderia ser retratado através da arte que é expresso através dos desenhos, das cores que são artefatos que serviriam para contar a historia daquele povo.
Os pirahãs possuem cultura própria que é um conjunto de atividades e modos de agir, costumes e instruções de um povo. Eles sobrevivem da pesca, da caça e de suas próprias plantações. É um modo de viver que só pertencia a eles na qual o espiritual também é bastante diversificada, apesar de um fundo comum devido ao estilo de vida. Como por exemplo, a língua Anambé é da família Tupi-Guarani. Nos anos 80, todos os Anambés com mais de 40 anos eram falantes da língua indígena e quase todos os que estavam na faixa de 20 a 30 anos a entendiam, mas usavam correntemente o português. Como também a tribo. Os Baniwa que vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana Já os Kuripako, que falam um dialeto da língua baniwa, vivem na Colômbia e no Alto Içana (Brasil). Compreendem mais de 600 tribos indígenas que habitam uma planície entre os Rios Purus e Juruá, localizados no Amazonas. Considerados como Tribo Arawa, os Deni são parte do braço linguístico Aruak.
Nas sociedades antigas, ditas primitivas, o mito não faz parte da história, mas, sim, é a própria história. Já em nossa sociedade denominada como um conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. O mito e a história são concebidos de maneiras distintas e diante do pensamento empírico-científico, mito e história assumem categorias bem definidas e dissociáveis entre si, como a criação do mundo que até os dias atuais é objeto de estudo ente os estudiosos.
Portanto a descoberta da tribo dos pirahãs mostrou que a sociedade dita civilizada percebeu que os mesmos possuem sua própria cultura, aonde mesmo sem o conhecimento gramatical, os avanços tecnológico e outros benefícios a que vêm facilitar a vida do homem, eles conseguem sobreviver. Por isso o homem informatizado precisa ter a alteridade em relação às outras culturas.
Autor: Valmira Do Socorro Ferreira Pereira
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