Conceitos de Língua



CHOMSKY, Noam (1986). Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York: Praeger Publishers. A edição utilizada foi a tradução portuguesa de Anabela Gonçalves e Ana Teresa Alves. O Conhecimento da Língua: Sua Natureza, Origem e Uso. Lisboa: Editorial Caminho, 1994.


O presente capítulo retrata os conceitos da língua, da evolução da linguagem, da atitude do lingüista perante as transformações da língua e de como estas alterações histórico gramaticais influenciam a matéria acadêmica Lingüística.
Logo de plano é estabelecido no início do texto um debate teórico onde se estabelece a separação do conceito da língua do senso comum da noção da língua das abordagens científicas atuais, onde fica ratificado que a primeira leva em consideração os dialetos e a aprendizagem individual e a outra despreza estes aspectos.
Conforme o texto, as abordagens científicas que estudam e analisam a língua, assumem a existência de uma comunidade lingüística pura e isolada para estabelecer suas regras e princípios em relação à mesma. De acordo com o escrito, esta atitude é essencial e indispensável para se entender os novos critérios e pontuações atuais do estudo lingüístico.
Tanto é assim que termos e instâncias novas foram construídos para analisar e discutir a gramática e principalmente a língua-E. Dentro desta forma de entender e aprender (e apreender), a matéria lingüística se tornou o objeto de estudo principal, tendo a gramática como subsidiária de suas afirmações.
Em pólo oposto a afirmação acima citada, têm-se outras abordagens cientificas que analisam a língua sob o prisma da língua-I. Fruto da evolução lingüística por intermédio do tempo, a língua-I difere da língua-E, justamente por esta ter como regra firme a não relação com a mente e o cérebro no processo de aquisição da linguagem, enquanto que a língua-I une-se ao conceito de linguagem como sendo conseqüência da evolução e apreensão da mente e do cérebro humanos.
Dominando a cena lingüística atual para as explicações acadêmicas da linguagem, a língua-I traz em seu bojo causas e conseqüências significativas para o mundo do lingüista. Esta mudança de foco teria ocorrido exatamente porque a língua-E teria se tornado dúbia e vacilante em suas explicações acerca da linguagem, assim como ela teria se distanciado da noção da língua do senso comum por ter se tornado intrinsecamente abstrata demais.
A supra dita mudança de foco teria causado também o surgimento de aspectos que seriam debatidos ansiosamente e que se inseriam intrinsecamente na matéria lingüística, como: o questionamento da existência ou não de uma língua-P (platônica) e se cabia ou não a Lingüística, enquanto disciplina acadêmica, ficar discutindo comparações e as características entre as línguas E e I.
Tendo como base empírica o juízo dos informantes nativos, ao final do texto garante-se que a alteração do foco lingüístico auxiliou o desenvolvimento das ciências cognitivas, ajudando o estudo da linguagem a ser inserido no campo das ciências naturais, o que acarretaria a longo prazo novas indagações e questionamentos para a própria faculdade da linguagem, desfazendo e aparecendo nos problemas conceituais.


Autor: Alessandra Da Silva Luengo Latorre


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