EDUCAÇÃO FÍSICA E A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA



O presente artigo tem como objetivo falar sobre do processo de Inclusão de crianças com Necessidades Educativas Especiais no sistema educacional, da importância da avaliação de Aprendizagem motora e a aplicação desta avaliação pelos acadêmicos de Educação Física da FASIPE de Alta Floresta em crianças e adolescentes que freqüentaram a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla/2010 daquele município.Foi neste contexto que seu deu uma grande interação dos atores envolvidos, pois é através da educação que acontece a apropriação das características do humano que foram acumuladas por varias gerações, entendendo a educação como o ato de humanizar-se. Os resultados apresentados nos indicaram que através desta interação os acadêmicos puderam se sentir mais a vontade com referência a sua futura formação em docência, compreendeu-se que o processo de Inclusão com alunos deficientes é prazeroso quando acontece de forma natural e espontânea.

Palavras-chave: aprendizagem motora- necessidades educativas especiais.

1. JUSTIFICATIVA

Desde o Congresso Internacional sobre Educação Especial realizado em Birmingham, Inglaterra, em Abril de 1995,que no Brasil fala-se muito sobre a Educação Inclusiva, estimulando em grande maioria os docentes à fazer uma reflexão do que é a pratica de Inclusão, esta pratica tem por crença que é necessário uma mudança de concepção de educação, metodologias que visam responder as dificuldades dos alunos. Entendendo assim, percebemos que a Academia ainda está aquém desta realidade e com a proposta de apresentar aos acadêmicos do 5º semestre do Curso de Educação da FASIPE de Alta Floresta estivemos participando Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla/2010, participação esta que teve como objetivo oferecer aos acadêmicos um maior conhecimento sobre a Inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais e associar este processo ao exercícios da futura pratica docente. Neste evento os acadêmicos puderam aplicar os conhecimentos adquiridos na disciplina de Aprendizagem Motora do Curso , como também estabelecer uma ampliação de seus conhecimento na pratica com deficiências ali presentes.

2. INTRODUÇÃO

O processo de crescimento e desenvolvimento motor pode ser previsível em termos de princípios universais. O desenvolvimento do ser humano de modo global é tido como algo que exige conhecimento, reconhecimento e compreensão por parte de quem busca a construção de determinados conceitos nos processos de aprendizagem motora e cognitiva. Desse modo, a disciplina de Aprendizagem Motora dentro do Curso de Educação Física é extremamente importante, pois em sua amplitude busca possibilitar oportunidades e desenvolver nos acadêmicos a maturidade de modo processual, consciente, integrado, fortalecendo a compreensão de como acontece o desenvolvimento motor e consequentemente o processo de aprendizagem cognitiva, entendendo que é aprendizagem motora um suporte necessário para o desenvolvimento da cognição.
Dentro deste pensamento tivemos como proposta levar aos acadêmicos um conhecimento mais aprofundado dentro da disciplina e a sua aplicabilidade na Educação Especial, sendo esta uma modalidade de ensino destinada a educandos com Necessidades Educativas Especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como altas habilidades, superdotação ou talentos. Estiveram juntos, acadêmicos e alunado do Apae, para uma socialização, quando ficou claro aos participantes segundo nos afirma LEVITT (1997, p.18) que, "mesmo quando uma criança apresenta limitações, alguma habilidade ainda resta". Para tanto ficou evidente que os professores devem ser criativos e buscar nos alunos de Educação Especial todas as capacidades de executar as atividades que favoreçam o seu desenvolvimento.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Inclusão

Incluir quer dizer fazer parte, inserir, introduzir . E inclusão é o ato ou efeito de incluir. Assim, a inclusão social das pessoas com deficiências significa torná-las participantes da vida social, econômica e política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da Sociedade, do Estado e do Poder Público. Entendendo assim ,

Em 2006, a Organização dos Estados Americanos (OEA) declarou o período de 2006 a 2016 como a "Década das Américas: pelos Direitos e pela Dignidade das Pessoas com Deficiência" e escolheu o lema "Igualdade, Dignidade e Participação" para a ocasião. FENAPES (Federação das Apaes)

Este propósito da OEA, que busca alcançar o reconhecimento da dignidade da pessoa humana através da inclusão e valorização da pessoa com deficiência, com a inserção dos deficientes na Educação Especial . Mostrando que os deficientes ( em grande maioria) apresentam condições de terem a valorização ao direito de participar plenamente da vida econômica, social, cultural, política e no desenvolvimento de uma sociedade sem discriminação e igualitária. Estes propósitos são entendidos como eixos que norteiam os trabalhos das APAES, que buscam oferecer a oportunidade de desenvolvimento, independência e autonomia.
A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais na classe regular implica o desenvolvimento de ações adaptativas, visando à flexibilização do currículo, para que ele possa ser desenvolvido de maneira efetiva em sala de aula, e atender as necessidades individuais de todos os alunos.
Após elaborarmos uma reflexão sobre a inclusão, se faz necessário também, esclarecer que a educação dentro do contexto político mais amplo está fortemente atrelada ao sistema vigente, onde os pressupostos teóricos e as estratégias políticas vêm apontando para que a formação dos professores que tem em sua atuação a ideologia da segregação social, estas políticas apresentam as tendências pedagógicas que orientaram e/ou orientam a educação no contexto geral e, sobretudo, não fornecem a formação necessária aos professores para estarem atuando com pessoas com necessidades educacionais especiais e pessoas com deficiência.
Para que haja que a inclusão escolar e que a mesma seja real, o professor da classe de ensino regular deve estar sensibilizado e capacitado (tanto psicológica quanto intelectualmente) para "mudar sua forma de ensinar e adaptar o que vai ensinar", através de mudança do currículo, ou seja, nas adaptações curriculares , para que as mesmas possam atender às necessidades de todos os alunos, inclusive de alguns que tenham maiores dificuldades.

3.2 Aprendizagem motora


Podemos definir aprendizagem motora como, a modalidade que busca compreender como as pessoas adquirem suas habilidades motoras, como as mesmas se desenvolvem e usam tais habilidades em varias situações. A habilidade motora pressupõe ação voluntária do corpo e/ou de um segmento para atingir um objetivo. Esclarece como forma de ajuda a compreensão de como as pessoas aprendem, entendendo que tudo que foge do eixo das funções de funcionamento das normalidades é chamado de patológico. CONNELL (1991) alerta que "a cognição está sempre envolvida no processo da aprendizagem motora e que tal compreensão poderá ajudar o professor a entender por que se verificam comportamentos motores tão pobres".
"A aprendizagem é a mudança de comportamento viabilizada pela plasticidade dos processos neurais cognitivos. A aprendizagem resulta da recepção e da troca de informações entre o meio ambiente e os diferentes centros nervosos". (ROMANELLI, 2003) .
Segundo FONSECA (1988) em
"cada idade o movimento toma características significativas e a aquisição ou aparição de determinados comportamentos motores e que tem repercussões importantes no desenvolvimento da criança. Cada aquisição influencia na anterior, tanto no domínio mental como no motor, através da experiência e troca com o meio".
Somos sabedores que o cerebelo é o órgão responsável pelo equilíbrio e a aprendizagem motora, pois segundo BURT (1995) "o cerebelo ajuda manter a posição e o equilíbrio do corpo no espaço, alem de ser o responsável pelo aprendizado de aprendizagem motora".
A avaliação das estruturas psicomotoras é feita de forma processual e diagnóstica através de atividades que apresentam o desenvolvimento e aptidões das habilidades motoras, que desde a década de 60, tem sido considerada como uma organização ou padronização espacial e temporal da atividade neural de controle e ajuste de partes do corpo no espaço.

4. DOS OBJETIVOS

Fomentar uma maior integração entre Acadêmicos do 5º Semestre de Educação Física da FASIPE e Apae na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla/2010, que teve a realização no Município de Alta Floresta, com o intuito de apresentar aos estudantes esta modalidade escolar de Educação Especial, como também executar na pratica a avaliação de crianças, jovens e adolescentes que propõe o conhecimento oferecido pela disciplina de aprendizagem motora.

5. METODOLOGIA

Dentro procedimentos metodológicos, tivemos como base no método dedutivo, que "é a modalidade de raciocínio lógico que faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de determinada(s) premissa(s)" . Para Descartes "chega-se à certeza, através da razão, princípio absoluto do conhecimento humano" ... "é o encontro da identidade na diferença"... "a necessidade de explicação não se reside nas premissas, mas ao contrario, nas realidades entre as premissas e a conclusão" . Quanto a abordagem desta pesquisa foi a qualitativa, pois, "a pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento, supondo um contato direto e prolongado do mesmo com o ambiente e a situação que está sendo investigada, normalmente por meio de um trabalho de campo" .como técnicas utilizamos-nos da observação direta sobre a participação dos acadêmicos e o entrosamento dos mesmos junto as crianças. Com relação à observação, TRIVINÕS afirma que "o fundamento básico para definir o tipo de observação a ser utilizada no processo investigatório vai depender, fundamentalmente, da problematização, dos objetivos do estudo" , e também foi necessário o estudo e técnica bibliográfica para fundamentação teórica e uma maior compreensão da educação especial, tivemos a utilização parcial de literaturas que complementaram este estudo.
5.1 Ações Metodológicas

O contato e convite para o evento foi feito pela APAE, sendo que a mesma que estabeleceu junto aos acadêmicos alguns critérios para as atividades, solicitando que estes participassem do evento como colaboradores. Para a execução das atividades foram necessárias algumas providencias que relataremos a seguir, foram feitas as fundamentações teóricas necessárias para a pratica dos exercícios, as atividades que primeiramente foram executados em sala de aula pelos acadêmicos nos acadêmicos, através da relação dos pares, que as praticaram e após a cada atividade foram feitas as avaliações de escores. Para desenvolver as atividades de avaliação na aprendizagem motora, foram avaliadas pelos acadêmicos em torno de 40 crianças com Necessidades Educativas Especiais das Apaes de Alta Floresta, Apiacás, Carlinda e Nova Bandeirantes, no Ginásio de Esportes da cidade sede do evento.
Em relação à avaliação motora e a educação Física, existe certa carência de instrumentos para esta avaliação, que tem como objetivo fornecer aos educadores, informações pertinentes à prescrição de programas e atividades motoras, por isso os acadêmicos tiveram em mente as reais necessidade das crianças participantes considerando alguns avanços dentro do processo de avaliação executado.
Dentro da pratica das avaliações executadas ressaltaremos a seguir as atividades desenvolvidas pelos acadêmicos.


5.1.1 Avaliação de Aprendizagem Motora


a) Conhecimento das atividades e exercícios práticos para execução da avaliação da aprendizagem motora.

b) Exercícios de avaliação:

? Ficar em pé com os braços levantados e os olhos fechados;
? Escrita bilateral: escrever com ambas as mãos consequentemente;
? Teste index-nariz: levar a ponta do indicador a ponta do nariz;
? Teste index-index: encontrar as pontas do indicadores;
? Teste de exame articular: levar objeto a boca;
? Teste de rechaço: fletir o braço e manter contra a força; Manda-se o aluno(a) fletir o antebraço contra uma resistência que se faz no pulso. Quando esta é retirada, os músculos extensores custam a agir e o paciente geralmente dá um tapa no próprio tórax.
? Marcha pé-ante-pé: andar para frente, sobre uma linha reta de 2 metros, colocando sucessivamente o calcanhar de um dos pés encostado na ponta do outro. Considera-se fracasso no teste deslocar os pés da linha durante o trajeto;
? Pular com os dois pés juntos: deslocar-se 5 metros para frente pulando com os dois pés juntos. Considera-se fracasso no teste não se deslocar para frente realizando os pulos, ou realizar o teste com os pés afastados.
? Jogo de "amarelinha": será aplicada apenas na 1ª fase do jogo, que consiste em saltar alternadamente em caselas duplas (onde ela realiza apoio bipodal) e caselas únicas (apoio monopodal com o membro inferior de preferência da criança). As caselas deverão ser padronizadas como quadrangulares com 32 cm de lado, formando 10 estações justapostas e alternadas. Considera-se falha no teste não alternar um pé/dois pés rítmica e consecutivamente, conforme estivesse sobre uma ou duas caselas.
? Colocar a palma da mão por baixo, outra para cima; inverter isso rápido;
? Pé ante pé, primeiramente em marcha normal, depois nas pontas dos pés, e enfim nos calcanhares, andar rapidamente, voltar rapidamente, ir para frente e para trás;
? Dedo-nariz e dedo-orelha (olhos abertos e fechados);
? Teste de Fukuda - marcha com os olhos abertos e depois fechados.

c) Na avaliação da habilidade motora geral da criança, seu desempenho em cada uma das dez provas devera ser graduado, permitindo obter-se um escore único final. A escala de graduação de desempenho nos testes adotada deverá a seguinte:

Tabela de avaliação de escores:

? Não tenta: 1 ponto;
? Tenta e não consegue: 2 pontos;
? Tenta e consegue com muita dificuldade: 3 pontos;
? Consegue: 4 pontos;
? Consegue facilmente: 5 pontos.

d) Participação da Gincana no período matutino com as seguintes modalidades:

? Corrida dos sentados; Corrida de ida e volta onde os participantes correm sentados e não podem usar as mãos pra nada. Na ida, vai de frente, na volta, vem de costas, ou seja, não pode virar. Ganha quem voltar primeiro.
? Vassoubol; Dois rivais disputam para colocar a bola no gol adversário através de uma vassoura. Ganha quem fizer mais gols.
? Voleixiga; Bexigas cheias com água e um pouco de ar. É uma adaptação do jogo de voleibol, com a diferença que ao invés de bola, usaremos as bexigas. O jogo procede como um jogo de voleibol, porém a bexiga não deverá ser tocada, mas sim segurada e depois lançada.
? Balaço; Uma equipe atira balas em outra, ganha quem conseguir juntar mais balas.
? Bola na cesta; As crianças formam uma coluna com exceção de duas que a uma certa altura da coluna formam a cesta (dão as mãos mantendo os braços bem alto). A primeira da coluna recebe a bola. A criança tenta atirar a bola na "cesta". Acertando, vai colocar-se no fim da fila. Se errar, troca de lugar com um dos companheiros que formam a cesta. Depois de todas as crianças terem uma oportunidade, o líder pode afastar a cesta um pouco mais distante do grupo. As crianças que forem cestinha mais de 3 vezes pagam prenda ou saem do jogo. Vencem os três que ficarem por último.
? Guerra de papel; Jogam duas equipes em dois campos distintos, separados por um espaço. Cada equipe terá à sua disposição dezenas de bolinhas de papel. Elas começarão a jogar essas bolas de papel no campo adversário, que deverá fazer o mesmo. O Objetivo é tirar as bolinhas de papel do seu campo e jogar no adversário. No fim do tempo, o mestre faz a contagem. A equipe que tiver menos papel em seu campo é a vencedora.
? Passa bola (bexiga com água); Fazer uma roda e encher bexigas com água.
As crianças devem ir passando a bexiga bem rápido para o colega que estiver do lado direito, este deve pegar a bexiga com cuidado para que ela não estoure.
Quem estourar a bexiga sai do jogo. A brincadeira continua até que sobre uma criança, que é a vencedora.
? Bola na parede; lançar uma bola contra a parede sem deixá-la cair no chão.
? Minhoca; rastejar como uma minhoca.
? Corrida de cadeiras; dispor várias cadeiras, colocar as crianças sentadas e tocar musica quando a musica parar todos deverão sentar, quem ficou sem cadeira sai da brincadeira, o jogo vai ate que fiquem duas crianças e uma cadeira, quem conseguir sentar ganha o jogo.
? Estoura bexiga; Crianças terão amarradas em seus pés bexigas (uma em cada perna). Ao início da brincadeira o objetivo é estourar os balões dos colegas e ao mesmo tempo proteger as suas (dentro de um espaço mais reduzido, como uma quadra de vôlei). O último que sobrar com bexigas, mesmo uma só no pé não estourada, vencerá.
? Pichorra; Encher uma bexiga grande com brinquedos e estourá-la com um objeto meio pontiagudo, cada jogador leva em turnos de olhos vendados para acertar a pichorra com um bastão até que ela se abrir.
? Corrida de cegos; Duas equipes participam. Cada equipe escolhe o seu representante. O mestre faz um grande retângulo e, nele, desenha várias linhas. Os dois jogadores têm seus olhos vendados e o objetivo é sair do percurso e chegar até o final, sem pisar nas linhas. Como eles estarão vendados, a equipe pode ajudar. Quem pisar na linha volta pro começo, podendo tirar a venda nesse tempinho. Ganha quem sair do percurso sem pisar na linha.
? Corrida de sapatos; Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Na primeira linha, os corredores tiram os sapatos, que são levados para trás da outra linha, onde são misturados. Dado o sinal, eles devem sair correndo até a outra linha. Depois de calçar seus sapatos, devem retornar. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada, estando calçado de modo correto.
? Colocar prego na garrafa. Amarrar na cintura do participante um barbante e na ponta um prego, posicionar a garrafa e tentar colocar o prego dentro dela, ganha a equipe que colocar o prego com maior rapidez.

e) Jogo de Futebol de Salão no período vespertino. "Para que ocorra um aprendizado progressivo e bem fundamentado, é importante que a criança obtenha níveis mínimos de desenvolvimento de suas qualidades físicas, psíquicas e motoras, sendo capaz de exercer total domínio sobre técnicas corporais básicas, para então iniciá-la no aprendizado dos elementos das diferentes técnicas individuais específicas do futsal".


6. DISCUSSÃO

Embora a legislação assegure o "direito de educação a todo cidadão", a modalidade de educação denominada de Educação Especial ainda é um momento um tanto difícil de realizar, pois, o entendimento sobre esta é considerada um grande desafio aos educadores que se sentem impotentes diante desta proposta. Os acadêmicos de Educação Física da FASIPE viveram um momento muito importante, talvez impar dentro de sua formação, que foi de participação neste evento da APEA de Alta Floresta, pois "...os espaços de vivência do que é bom,do que alegra, e, frente a vida nos faz potentes" . Destacamos a participação efetiva de todos os acadêmicos do 3º e 5º semestre, de forma prazerosa, os acadêmicos estabeleceram um vinculo acalorado como participantes do evento e entenderam que atuar como docentes da modalidade de Educação Especial antes de mais nada é quebrar paradigmas, pois quando isso acontece, mudam-se os conceitos, a concepção de escola e que o papel educacional do professor é focar a sua atenção apenas no aluno para que este aprenda, tratando-se de reconhecer o outro e a troca com ele dentro do processo de inclusão, que não pressupõe mais uma simples adequação, e sim uma dinâmica de troca, no campo da diversidade do humano.


7. CONCLUSÃO


Após a participação neste evento concluímos que a relação dos pares foi extremamente necessária para o aprendizado e socialização tanto das crianças como dos acadêmicos, pois os mesmos fizeram uma nova concepção dentro do que é ser professor e como desenvolver as praticas adquiridas dentro da faculdade. Percebemos que algo muito importante aconteceu aos acadêmicos, sendo estes que foram, a mudança de mentalidade, a compreensão do sentido desta modalidade de educação, a avaliação de aprendizagem motora, como esta se apresenta e se comporta, entendimento que a Educação Especial não trabalha a discriminação, mas que a mesma nos aponta que, incluir é acreditar que todos tem direitos iguais, sendo que a educação inclusiva possui o significado de que as crianças e os jovens com necessidades educativas especiais possam ser incluídos nas estruturas de ensino regular freqüentadas pela maioria das crianças. Este momento ofereceu aos acadêmicos uma mudança cultural, uma nova concepção de ensino, ética e sociedade.



BIBLIOGRAFIA



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CONNELL, A Desenvolvimento de habilidades motoras em crianças no ensino primário, o irlandês Society of Chartered Conferência Anual, Dublin, novembro 1991.

Dicionário Aurélio

FONSECA, Vitor da. Da filogênese à ontogênese da motricidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988. 309 pp.

LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Cientifica,2.ed.São Paulo. Atlas.1991

LEA TIRIBA. Doutora em Educação Infantil PUC/RJ ? Revista Criança. 2007

LEVITT, S. Habilidades básicas: guia para desenvolvimento de crianças com deficiência. Campinas/SP: Papirus, 1997.

Lucena, Ricardo. Futsal e a Iniciação ? Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

LÜDKE, Menga. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas ? 6ª impressão. EPU, 2003.

ROMANELLI, E.J. Neuropsicologia aplicada aos distúrbios de aprendizagem: "Prevenção e Terapia". Temas em Educação II - Jornadas 2003, 2003.

TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação física. Porto Alegre: Ed. Atlas S.A. 1997.

Autor: Edna Costa Cavenaghi


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