AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA DE TRABALHO




Autores do Trabalho
Professores Formadores do CEFAPRO

Alzira Figur da Luz - Matupá/MT
Luciane Ribeiro Aporta: [email protected]/Rondonópolis
Marco Antonio Pagel- Cáceres/MT
Neiri Márcia Alves dos Santos - Rondonópolis/MT
Wilson José Soares - Rondonópolis/MT

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA DE TRABALHO

MONOGRAFIA APRESENTADA À COORDENAÇÃO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO DE ESPECIALISTA EM TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO

MATO GROSSO, 2007

Alzira Figur da Luz, Luciane Ribeiro Aporta, Marco Antonio Pagel, Neiri Márcia Alves dos Santos, Wilson José Soares.

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA DE TRABALHO

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Especialização em Tecnologias em Educação como requisito parcial para obtenção de título de Especialista em Tecnologias em Educação

Orientadora: Professora Neide Santos
Coordenação Central de Educação a Distância ? PUC-Rio


Profª Gilda Helena Bernardino de Campos
Coordenadora Técnica da Coordenação Central de Educação a Distância PUC-Rio

MATO GROSSO, 2007

RESUMO

O presente trabalho, intitulado "as tecnologias da informação e comunicação como ferramenta de trabalho" têm como objetivo geral investigar a contribuição dos laboratórios de informática para a formação de alunos e professores nas escolas públicas da rede estadual de Ensino Básico de Mato Grosso, em três municípios, sendo: Rondonópolis, localizado geograficamente na Região Sul; Matupá, no Norte e Pontes e Lacerda, a Oeste. Estes municípios foram selecionados por ser neles que residem os professores envolvidos nesta pesquisa.
Foram entrevistados 5 (cinco) professores que trabalham nos laboratórios das escolas e constatado que as ferramentas do maior uso na formação dos professores e dos alunos são Word, excel, paint e power point, e que os alunos utilizam o laboratório para uso da internet na realização de pesquisas, ler e-mails e entretenimentos. Já os professores fazem uso para acesso a internet, organização e planejamento de suas aulas.
Palavras chaves: Educação, tecnologia e inclusão digital.

The Technologies of Information and Communication Seen as Working Tools

ABSTRACT
ABSTRACT


The Technologies of Information and Communication Seen as Working Tools

This work, entitled "The Information and Communication Technologies as a Tool Work" are designed to investigate the contribution of general computer labs for the training of students and teachers in public schools in the state network of Basic Education of Mato Grosso, in three municipalities, where: Rondonópolis, geographically located in the Southern Region; Matupá, in the north and Bridges and Lacerda, the West. These municipalities were selected on the residence of teachers. researchers.
They were interviewed 5 (five) teachers working in the laboratories of the schools and found that the greater use of tools in the training of teachers and students are Word, Excel, paint and power point, and that students using the laboratory for use in the Internet implementation of research, reading mail and entertainment. Already teachers are using to access the internet, organization and planning of their classes.

Keywords: education, technology and digital inclusion.

Capítulo I

INTRODUÇÃO

"Fora do Mundo, não há salvação"
Sartre


Ao propor a reflexão acerca das tecnológicas de comunicação e informação e suas implicações nas práticas pedagógicas, cabe estabelecer uma rápida digressão a nossa contraditória realidade atual, tendo em vista que, ao nosso tempo, oportunizamos ao máximo a capacidade de produzir paradoxos, tanto re-produtivo quanto material. A princípio, temos de reconhecer os inúmeros avanços, pelas incontestáveis conquistas, da capacidade operacional de equacionar o problema da produção, dentre as quais, da alimentação; mas, por outro lado, nunca a fome (a mais perversa de todas as desigualdades), foi tão grande e determinada; o ritmo de aprimoramento tecnológico chega a um momento inimaginável em décadas anteriores, entretanto, populações mundiais permanecem à margem da modernização tecnológica.
A globalização econômica e a mundialização da exploração industrial, a partir da massificação da cultura consumista e urbana, bases que ampliaram os poderes da ideologia capitalista, vêm reforçando o individualismo, reduzindo o sentido da vida ao gesto de comprar e consumir, competir, vencer e controlar, em todas as dimensões da existência, pessoal e coletiva. Chegamos em um momento que "assistimos" a degradação das pessoas, de seus sentimentos, do pelo gosto da vida e da degradação do Planeta em busca da mercantilização e do consumismo.
Por outro lado, vivemos um tempo de intensas, rápidas e profundas transformações, inúmeras possibilidade a mudanças anunciam a cada dia, um jeito novo de fazer e pensar as coisas. Vivenciamos um gigantesco processo de mudanças nas relações na sociedade contemporânea, nas suas formas de pensar e projetar as relações sociais/institucionais do que se convencionou chamar de sociedade da informação ou do conhecimento, marcado pela ansiosa capacidade de mudar o mundo em prol da paz e fraternidade. Expectativa verificada mediante a transferência do trabalho físico às magnas computadorizadas, nos concentrando ao trabalho intelectual da informação. Assim, transformando conceitos e significados, observamos a mudança de paradigmas, denominada "era pós-moderna", "pós-modernidade" ou ainda "contemporânea".
Neste momento, segundo Pimenta (2002), a educação assume um papel substancial, que significa preparar os jovens para se "elevarem ao nível da civilização atual, de sua riqueza e de seus problemas, a fim de que aí atuem. Isso requer preparação científica, técnica e social". Sendo:

"...a finalidade da educação escolar na sociedade tecnológica, multimídia e globalizada, é possibilitar que os alunos trabalhem os conhecimentos científicos e tecnológicos, desenvolvendo habilidades para operá-los, revê-los e reconstruí-los com sabedoria. O que implica analisá-los, confrontá-los, contextualizá-los. Para isso, há que articulá-los em totalidades, que permitam aos alunos ir construindo a noção de cidadania mundial". (idem: 81).

Logo, todo projeto educacional, que considera o contexto em que se insere, precisa, segundo Freire:

"(....) responder às marcas e aos calores dessa sociedade. Só assim é que pode funcionar o processo educativo, ora como força estabilizadora, ora como fator de mudança, às vezes, preservando determinadas formas de cultura. Outras, interferindo no processo histórico, instrumentalmente. De qualquer modo, para ser autêntico, é necessário ao processo educativo que se ponha em relação de organicidade com a contextura da sociedade a que se aplica". (2001: 10).


Portanto, reconhecer e se posicionar quanto à incorporação do uso das tecnologias no processo educativo e a dinâmica da "cultura" organizacional pedagógica no interior das unidades de ensino, suas raízes e mediações, para subsídio crítico, assim como alimentar nossas esperanças de mudança e transformação do projeto educativo significativo torna se urgente. A este fim, surge o interesse de analisar as situações de uso das TICs nos contextos de formação e de trabalho de professor(as) do ensino fundamental, uma vez que o desenvolvimento da informática e das telecomunicações projeta mudanças radicais nas estruturas da sociedade pós moderna, pois os meios de produções, as transformações comerciais e as relações de trabalho, a cada dia tornam se mais dependentes destas tecnologias impondo a escola desafios inevitáveis
Sabendo que a preparação para o trabalho e o pleno exercício da cidadania é um dos objetivos da escola, esta terá que enfrentar e superar todas as dificuldades apresentadas pela conjuntura atual no que se refere à informática educacional. Partindo destes conceitos, temos que trazer para as práticas pedagógicas, a realidade do nosso mundo para que possamos compreender, transformar e construir uma sociedade articulada e capaz de atribuir sentido crítico e social às ações realizadas.
Porém, para que tais discussões saiam do campo teórico e se concretizem no chão das escolas, as TICs precisam ser incorporadas às práticas pedagógica, gerando novos ambientes de aprendizagens, onde professores e alunos possam produzir conhecimentos, receber e transmitir informações.
Ao utilizar as TICs torna-se necessário um repensar sobre o currículo, pois o mesmo deve ser organizado e/ou elaborado conforme as necessidades dos alunos e suas inquietações, fazendo com que os conteúdos não sejam apenas aplicações abstratas das disciplinas, mas adquiram um real significado capaz de atender as exigências da sociedade contemporânea, permitindo a relação de entendimento dos direitos e deveres do cidadão, neste caso, os educandos e educadores.
Para que se consiga efetivamente trilhar este caminho, torna-se fundamental que o professor invista e gerencie sua Formação Continuada, que o auxiliara sobremaneira na busca de novas metodologias e de estudos que venham encontrar as mudanças importantes que nos são apresentadas como desafios. Nesta perspectiva é que surgem os Projetos de Trabalhos nas diversas áreas do conhecimento; atendendo as indagações dos alunos.
Quando falamos em currículo, deve ser pensado de forma a proporcionar aos professores uma gama de alternativas que vai além do quadro e o livro didático, pois nossos alunos já trazem consigo uma bagagem de conhecimentos sobre diferentes assuntos e temas que são os conhecimentos construídos fora do espaço escolar.Uma prática pedagógica que não vislumbre tal perspectiva, corre o risco segundo Moran (2001), da coisificação do objeto de estudo.
Não podemos esquecer que o aprendiz deve ser respeitado e visto como sujeito ativo do processo de construção do conhecimento, dessa forma, ele deixa de ser um mero expectador, passando a ser o protagonista de sua aprendizagem.
Sendo assim, é que se propõe que as abordagens e assuntos discutidos em sala de aula sejam tratados através de problematizações, tal proposta baseia-se no que Freire (2003) diz "... a investigação é a maneira principal que o sujeito possui para analisar sua "situação existencial concreta"". (Freire, 2003, p.97).
Esse processo possibilita ao aluno a utilização de todas as ferramentas e mecanismos disponíveis para a realização de pesquisas, investigações e aprendizagens, sejam elas consultas bibliográficas (livros, revistas, artigos, websites), realização de experimentos, ações colaborativas e cooperativas, discussões, síncronas (chats) e assíncronas (fóruns de discussão, correio eletrônico) etc.
Diante das considerações tecidas, o objetivo deste trabalho consiste em verificar como os professores dos laboratórios de informática vêm desenvolvendo suas ações no processo ensino aprendizagem com a integração dos outros professores, alunos e comunidade escolar na utilização destes recursos para construção do saber.
Neste contexto, a utilização das TICs na escola nos coloca em uma rede de informação que possibilita compreender os problemas globais sem perder de vista as questões e acontecimentos locais. Assim, Almeida, citando Fagundes nos diz que:

"na rede, aprender é descobrir significados elaborar novas sínteses e criar elos (nós e ligações) entre parte e todo unidade e diversidade razão e emoção, individual e global advindos da investigação sobre dúvidas temporárias cuja compreensão leva ao levantamento de certezas provisórias ou a novos questionamentos relacionado com a realidade".

Dessa forma, a rede de colaboração que ao mesmo tempo em que possibilita que o outro se desenvolva, está proporcionando o desenvolvimento de cada ser e a compreensão do meio e sua realidade em uma troca simultânea na qual todos se educam, o que torna necessário que todos assumam a ótica da intenção e da colaboração entre toda comunidade escolar.
Essa interação que nos envolve na rede de conhecimento oportuniza as trocas individuais e a formação de grupos que interagem trocam informações que transforma o próprio grupo.
É nessa perspectiva que o ato de ensinar é organizar as situações de aprendizagens que possibilitem o entendimento do mundo através do debate entre diferentes pontos de vistas chegando a uma aprendizagem significativa. Nessa visão a utilização das TICs na escola tem que possibilitar a articulação entre o pensamento e as ações a serem desenvolvidas, facilitando o processo de ensino aprendizagem em uma livre participação do aluno que vai se apropriando do conhecimento e a compreensão do mundo para dele poder usufruir, contribuindo com a construção de uma sociedade mais justa e fraterna, com uma juventude bem informada e sadia, Freire (2003).
Para que essa educação ocorra, precisamos ser ousados, corajosos e criadores de novas metodologias, acreditando que nossos alunos podem mudar a realidade e estabelecer uma relação com o meio ambiente e homem x homem com mais respeito e humanização, sendo as TICs responsáveis por uma grande contribuição quando socializada e bem utilizada.



CAPITULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Desde as últimas décadas do século XX, vêm ocorrendo amplas e profundas transformações tecnológicas nas quais as pessoas não têm tido se quer, tempo suficiente para se apropriarem e refletirem sobre os seus resultados. Dentro da área educacional, esta situação não tem sido diferente, visto que os responsáveis pela educação escolar, principalmente a dos menos favorecidos economicamente, não tem se comprometido com essas transformações, e sim, assumido atitudes contraditórias como se ignorassem o que acontece sem qualquer reflexão ou avaliação das mudanças e dos seus impactos na educação.
A utilização dos livros e quadros de giz e das aulas expositivas como metodologia de trabalho para produção de conhecimento, não é mais suficiente. É preciso pensar uma educação para os dias atuais, uma vez que a qualidade carece de um novo modelo, dessa forma, promover a formação continuada e fazer uso das novas tecnologias não podem estar desassociadas do processo pedagógico das escolas, uma vez que a informação e o uso dos aparelhos tecnológicos estão cada vez mais cedo entrando na vida das nossas crianças.
Oferecer educação de qualidade requer dos profissionais da educação preparo para incorporar essas ferramentas no processo ensino-aprendizagem, tornando o ensino mais significativo e atualizado com o desenvolvimento tecnológico atual.
O professor não pode ser mais aquele que transmite um tipo de conhecimento a seus alunos, atribuindo-lhes um estado de ignorância absoluta, a função do professor deve ser a de apontar os caminhos para que o aluno possa compreender a realidade cultural, social e política, tornando-se capaz de atuar na construção de uma sociedade, organizando, com sua experiência de vida, desenvolvendo senso crítico, consciente e participativo.
Nesta concepção, formar é assumir as diferenças, os elementos culturais, aceitar e respeitar as diferenças, promover e estimular a cooperação profissional, a responsabilidade coletiva e a formação da cidadania. A educação deve ser vista como um instrumento social que proporcione a humanização. Ensinar é, sobretudo, ajudar as pessoas a produzirem e desenvolverem suas atividades com competência.
Para que isso aconteça, não há nada de totalmente novo a ser inventado, nenhum caminho completamente inédito a ser trilhado. O que é preciso é recuperar o tempo perdido através das práticas de construção e reconstrução dos conhecimentos, dos valores e das habilidades que propiciam aos estudantes a compreender o mundo em que vivem e atuam informados dos seus direitos e deveres.
Diante dos novos desafios que nos são colocados diariamente no mundo globalizado, a educação nos exige novos olhares para essa realidade tão complexa de entendimento colocando aos professores novas tarefas, novos caminhos de buscar os conhecimentos na construção de um ser humano cidadão. Para tanto, Vesentine, (2002:24) diz que o educador deve estar preocupado com a conquista da cidadania e contribuir com os crescimentos intelectuais, cognitivos e afetivos do educando para a formação criativa do senso crítico, por isso o professor não educa só os outros, mas a si próprio e de maneira permanente e ao mesmo tempo em que se ensina também se aprende.
Garcia (1999) nos fala que com as exigências produzidas pelo mundo moderno, a formação de professores assume um lugar de destaque, se constituindo como uma "matriz disciplinar" importante no âmbito educacional e que se dedica aos processos através dos quais os professores aprendem a ensinar e desenvolvem suas competências e conhecimentos profissionais de modo a melhorar a qualidade do ensino e conseqüentemente a aprendizagem dos alunos.
Lima (2003), comentando Garcia (1999), diz que ao conceito de formação de professores estão subjacentes alguns princípios que ajudam a compreender as diferentes dimensões implicadas nesse fenômeno, já que diversos componentes se articulam no processo de aprendizagem dos professores. Assim, a formação de professores é um processo contínuo cujo desenvolvimento se estende durante toda a carreira profissional e está associada a processos de inovações e mudanças, com vistas à melhoria da qualidade do ensino, em uma articulação entre a teoria e a prática, na qual o professor fundamenta-se em pressupostos teóricos que orientam sua prática pedagógica.
Faz-se necessário então, o rompimento com o ensino tradicional, esse novo saber é total, é preciso conhecer o geral para entender as particularidades. Nos últimos anos as propostas curriculares

"buscam trazer para dentro da discussão os aspectos relacionados ao papel dos conteúdos no processo de ensino-aprendizagem. Indicando que a questão pedagógica não se limita a perspectivas de instrumentação do ensino por meio de técnicas particulares, busca trazer as questões relativas ao conteúdo para dentro da discussão pedagógica, o que pode transformar os conteúdos específicos em meio e não em ponto de chegada". Silva (2002: 313)

Para que isso seja possível é necessário muito estudo. "Não adianta se iludir, achando que dá para ser um bom professor com pouca leitura, pouca bibliografia e estudando os assuntos em cima da hora". Kaercher (2002: 228,)
O ensino de uma forma geral tornou-se um sistema complexo. A sala de aula não é mais um espaço isolado da vida cotidiana do aluno, ela compõe um recorte da vida social cultural de todos que dela participam. E assim deve organizar seus saberes e como ensinar.
A literatura que discute a formação continuada de professores envolve um número considerável de autores. Nessa discussão, o grande destaque é a formação continuada com valorização da prática docente no cotidiano da escola, na qual aconteça uma aprendizagem significativa por parte dos alunos. Então o professor não pode estacionar sua formação com a conclusão da formação inicial. Portanto, tornar o professor um "profissional" passa, necessariamente, por uma boa qualificação, já que a formação inicial é apenas uma pedra de toque em direção a profissionalização. Para que a práxis docente seja competente não basta, então, o domínio de alguns conhecimentos "[...]. É preciso que a técnica seja fertilizada pela determinação autônoma e conscientes dos objetivos e finalidades, pelo compromisso com as necessidades concretas do coletivo e pela presença da sensibilidade e da criatividade." (RIOS 2003, pág. 166).
Pimentel (2003) vai mais adiante dizendo que as mudanças do espaço de ensino não significam apenas mudar as metodologias ou adotar os procedimentos diferenciados dos habituais; mais que isso, é necessário questionar profundamente as próprias posições filosóficas, epistemológicas, políticas e ideológicas, entender-se como um ser histórico e questionar-se sobre a sua intencionalidade.
Para Lima (2003), a formação continuada de professores deve ser compartilhada entre as agências formadoras e o desejo do próprio professor no seu desenvolvimento profissional. E reafirma que "um profissional reflexivo não se limita ao que aprendeu no período de formação inicial, nem ao que descobriu em seus primeiros anos de prática, mas exerce sua reflexão sobre o seu pensar e seu fazer ao longo de sua carreira docente". A reflexão permite ao professor reexaminar constantemente seus objetivos, seus procedimentos suas evidências e seu saber. Ele ingressa em um círculo permanente de aperfeiçoamento, já que teoriza sua prática, seja consigo mesmo ou com os pares da escola.
Guimarães (2004), afirma que "[...] o ser professor hoje deve ser a busca na prática profissional desenvolvida nas escolas, estabelecendo?se relações entre os conhecimentos e desafios aí surgidos". Portanto:

"[...] essa é uma profissão que implica saberes e que um processo formativo consequentemente demanda compreender como esses saberes são produzidos, integrados e utilizados na prática profissional. Nesse sentido, a docência é compreendida como um ofício pleno de saberes [...]" (GUIMARÃES, 2004, pág. 49).

O que o professor é um profissional dotado de razão, e seus saberes são regidos por certas exigências de racionalidade que lhe permitem realizar julgamentos em face das concepções contingentes de seu trabalho. Os saberes dos professores dependem das condições históricas e sociais em que exercem sua profissão, estão estritamente relacionados à prática pedagógica no meio escolar sem perder de vista as questões sociais em que está inserido. Tardif (2001)
As informações e orientações mencionadas nos possibilitam um olhar para a formação continuada e a prática pedagógica dos professores de laboratório de informática das escolas públicas da rede estadual do Mato Grosso, como uma instância em que a todo o momento somos instigados a novos olhares, a buscar novos horizontes que nos auxiliem na construção e reconstrução de saberes tão necessários frente aos contextos e desafios que se exige dos profissionais da educação na construção da cidadania.
Pensar essa realidade e propor soluções para a construção de uma sociedade mais justa faz parte do uso dos laboratórios de informática nas práticas pedagógicas. Os conteúdos estudados têm que ser vistos como parte dos instrumentos que podem contribuir para a formação dos alunos, para as práticas sociais na sociedade contemporânea, em um espaço global e complexo, pois o espaço vivido atualmente extrapola o lugar de convívio imediato e tornar se um espaço fluido, sem limites definidos, sem fronteiras e de difícil compreensão. Assim, instrumentalizar o cidadão para compreender o espaço como hoje está produzido é uma tarefa da escola e, de maneira especial, fazendo o uso das tecnologias da informação e comunicação.
Portanto, o professor não pode atuar isoladamente em sua sala de aula, mas buscar em outras ciências e no uso das TICs explicações que os conteúdos de cada disciplina não consegue esclarecer, hoje lidamos com fenômenos totais de abrangência global, que envolvem mais de uma disciplina, no qual o conhecimento transcende o campo de cada uma delas. Damiani, (2002:53)
Portanto, formação de professores devem ocorrer através do desenvolvimento de projetos, nos quais devem se articular os conhecimentos com as tecnologias e as mídias, sem perder o foco dos objetivos que se propõe atingir. Almeida (1998)
Então precisamos lançar mão de algumas tecnologias, muitas delas comum ao nosso cotidiano outras nem tanto. Afunilando essas ações ao cotidiano do espaço escolar, precisamos articular as tecnologias com a produção do conhecimento, novos saberes sem deixar de valorizar aquilo que os alunos já sabem.
A utilização da mídia é uma estratégia muito comum nas escolas, mais para tal é preciso ser bem planejada, estudada e elaborada com objetivos claros, esse material não pode ser simplesmente um passa tempo, uma diversão ou um refugio das aulas tradicionais. A TV, o vídeo, o laboratório de informática ou outro equipamento tecnológico que a escola dispõe têm que ser utilizados como estímulos para os alunos se envolverem com a problemática proposta para estudo.
Nesta perspectiva, a formação não pode ser só dos alunos, os professores também precisam estar sempre se formando e informando continuamente, caso contrário não conseguem cumprir com o que propõe a (LDB), Lei de Diretrizes e Bases, publicada em 20 de dezembro de 1996, que em seu artigo 32, da Seção III do Ensino Fundamental, diz que o aluno deve desenvolver a sua capacidade de aprender e dominar a leitura, a escrita, o cálculo, compreender o ambiente onde está inserido, adquirir valores e atitudes de convivência no meio social e fortalecer o vinculo com a família.
A formação continuada dos professores precisa ser tomada como políticas públicas de todas as administrações: federal, estadual e municipal. O professor precisa de uma formação sólida, uma visão critica do mundo moderno que estamos vivendo, saber utilizar as tecnologias identificar e compreender as diversas culturas e ter projetos definidos de como ajudar os alunos a construir seus conhecimentos.
E quando falamos em utilização das TICs é necessário pensarmos no currículo, onde a elaboração e/ou organização atenda as necessidades dos alunos e suas indagações, pois os conteúdos não são apenas aplicações abstratas, nossos educandos estão além dos conteúdos dos livros didáticos, que o professor apenas os repassa como se fosse uma mera informação.
Nesse sentido, o importante é o trabalho coletivo com todo o corpo docente desenvolvendo um aprendizado significativo, para que o aluno possa utilizar seus conhecimentos na sua vida cotidiana, para isso, o melhor caminho é a formação continuada dos professores, buscando novas metodologias de trabalho através de estudos que vêm ao encontro das mudanças importantes que nos são apresentadas como desafios, tanto por parte dos alunos quanto dos professores, nesta perspectiva surgem os Projetos de Trabalhos, nas mais diversas áreas do conhecimento.
Hoje, nós professores precisamos ir além do quadro e o livro didático, pois nossos alunos trazem uma bagagem muito rica e estão bem mais informados que os professores que muitas vezes trabalham em duas redes de ensino com uma carga horária de sessenta horas semanais, ficando impossibilitado de assistir TV nem para aprender a usar o computador, mas seu aluno tem, e busca conhecimento fora da Escola quando a mesma não oferece.
Percebe-se que dentro da visão tradicional de ensino, quando trabalhamos de forma unicamente disciplinar, corremos o risco da coisificação do objeto de estudo, sendo

"[...] percebido, então, como uma coisa auto-suficiente, as ligações e solidariedades desse objeto com outros objetos estudados por outras disciplinas são negligenciadas, assim como as ligações e solidariedades com o universo do qual ele faz parte". (MARIN, 2001,p.106)

Não podemos esquecer que a peça principal deste quebra-cabeça é o aluno, que deve ser respeitado em sua opinião, que seja ativo na construção de seu conhecimento, deixando de ser um mero expectador da platéia e ser protagonista da história. Propondo que as abordagens e assuntos discutidos em sala de aula sejam tratados através de problematizações, identificando que a investigação é a maneira principal que o sujeito possui para analisar sua "situação existencial concreta". (FREIRE, 2003, p.97).
A educação deve ser vista como um instrumento social que proporcione a humanização, ajudando as pessoas a produzirem e desenvolverem suas atividades com competência. Para tal, é preciso mudanças de comportamentos e isso só ocorre com a mudança de pensamento. Não basta escutar ou ser informado sobre o conhecimento, é preciso construir o conhecimento e isso só é possível quando se aprende a fazer fazendo, colaborando com a construção de uma sociedade que exerça os seus deveres e sejam atendidos nos seus direitos.
A escola não pode só ensinar conteúdos, ela precisa formar cidadãos que precisam aprender a aprender a pesquisar a conviver com os outros a se relacionar com o meio ambiente e a combater todo tipo de preconceito. Para que isso aconteça não há nada de totalmente novo a ser inventado, nenhum caminho completamente inédito a ser trilhado. É preciso recuperar o tempo perdido é ter uma boa gestão que direciona o capital humano e de bens de consumo para que a aprendizagem aconteça.
Nessa perspectiva, formar é assumir as diferenças, os elementos culturais, promover e estimular a cooperação profissional, a responsabilidade coletiva e a formação para o exercício da cidadania plena.

CAPITULO III

3.1 - Procedimentos Metodológicos

Para o desenvolvimento deste trabalho, utilizamos procedimentos e instrumentos predominantemente de caráter qualitativo, sendo que, para a realização da pesquisa foram entrevistados cinco professores de laboratórios de informática em três municípios do estado de Mato Grosso, sendo três em Rondonópolis, região Sul do estado, um em Pontes e Lacerda, na região Oeste e outro em Matupá, na região Norte. A escolha dos municípios apresentados nesta pesquisa e respectivas escolas está relacionada com a localização dos CEFAPROs e os municípios que fazem parte do pólo de cada unidade. Os CEFAPROs são Unidades Administrativas da SEDUC/MT (Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso), onde os alunos do grupo de pesquisa desenvolvem suas atividades profissionais.
Dessa maneira, compreendemos que a pesquisa qualitativa interpretativa é a abordagem mais apropriada para a nossa investigação, uma vez que entendemos que o estudo vai se preocupar mais com o processo do que com o produto ou resultado final. É de extrema relevância para o trabalho questionar os sujeitos de investigação com relação "aquilo que eles experimentam, o modo como eles interpretam as suas experiências e o modo como eles próprios estruturam o mundo social em que vivem" (PSATHAS, 1973 em BOGDAN & BIKLEN, 1994 p. 51)). Esses dados é que nos possibilitarão fazer uma análise mais coerente, que atinja os objetivos de nossa pesquisa. Este método:
[...] ocupa um lugar privilegiado nas novas abordagens de pesquisa educacional[...] Sendo o principal instrumento da investigação, o observador pode recorrer aos conhecimentos e experiências pessoais como auxiliares no processo de compreensão e interpretação do fenômeno estudado (LUDKE, 1996, pág. 26).
De acordo com Bogdan e Biklen (1994) a pesquisa qualitativa tem como fonte de dados o ambiente natural onde os fenômenos se mostram; o pesquisador é considerado importante sujeito dessa pesquisa, sendo necessário o contato direto entre ele e os sujeitos da investigação.
Para Becker (1993), o pesquisador das ciências sociais não tem a obrigação de seguir fielmente os métodos e as teorias de pesquisadores consagrados, mas criar seus próprios métodos e teorias, pois na pesquisa qualitativa há situações em que o pesquisador tem que elaborar e até mesmo improvisar métodos para que seu trabalho seja realizado cientificamente. Nas ciências sociais estão sempre ocorrendo imprevistos e situações em que o improviso é necessário. Isso não significa, também, que se pode fazer ciência à revelia; existem princípios a serem seguidos, bases que não podem ser desprezadas, pois apesar de problematizações diferentes, objetivos diferentes, há base comum a todos.
Velho (1987) discutiu a pesquisa social em dois ângulos diferentes, definidos como familiar e exótico. O familiar são pesquisas feitas em comunidades conhecidas, onde o pesquisador já "conhece" seu objeto de estudo. E isso pode ser problemático, pois o pesquisador tem que se distanciar do objeto, tendo cuidado para não se envolver e influenciar nos resultados. Mas também há vantagens, pois seu trabalho pode ser lido e discutido por quem também conhece ou já fez pesquisa sobre o assunto, contribuindo assim com suas experiências e tendo oportunidades para rever e melhorar seus conhecimentos sobre tais resultados.
Para se chegar ás informações desejadas, foi realizado um sorteio das escolas a serem pesquisadas, tendo como critério possuir um laboratório de informática. Após o sorteio elaboramos um questionário estruturado com questões abertas e fechadas, sendo que as respostas foram analisadas pelos entrevistadores que fazem parte do grupo de pesquisa e repassados ao organizador da monografia para sistematização dos dados.


3.2 - CONTEXUALIZAÇÃO DA PESQUISA

O município de Pontes e Lacerda está localizado a cerca de 470 km da capital do Estado, Cuiabá, suas bases econômicas são a agricultura e pecuária. A Rede Estadual de Ensino mantém a E.E. Deputado Dormevil Farias, que é atendida pelo CEFAPRO de Cáceres para acompanhamento da Formação Continuada dos Profissionais da Educação. Esta unidade de ensino oferece a Educação Básica no Ensino Fundamental e Médio, além das turmas de aceleração. O ensino Fundamental regular está organizado por ciclos de aprendizagem (três ciclos de três anos, cada qual subdividido em três fases), totalizando nove anos de escolaridade. O Ensino Médio está organizado em três séries, atendidos nos períodos matutino e noturno.
Os objetivos educativos da escola consideram a perspectiva de produzir "uma educação de qualidade que contribua para a formação plena do cidadão melhorando sua qualidade de vida e tornando-o apto a uma atuação na sociedade de modo crítico, criativo e participativo" (PPP, 2005:12). A este fim, propõe os seguintes princípios:
"Orientar o cidadão para o convívio em sociedade, de modo a compreender a cidadania como participação social e política, posicionando-se de maneira crítica, responsável e construtiva, utilizando o diálogo como fonte mediadora para resolver conflitos. Resgatar a importância da escola, sensibilizando o aluno de que ela é um centro de polarização de conhecimentos, mostrando-lhe a necessidade de valorizá-la como objeto de grande importância em sua vida." (Idem, Ibidem: 18).
Para dar conta dos objetivos e princípios apontados, por intermédio de ações educativas, a escola instrumentaliza-se com Salas de Recursos Pedagógicos (atendimento individual aos alunos), Sala de Professor (Projeto que mobiliza a Formação Continuada de Professores), biblio-vídeoteca (com espaços para leitura) laboratório de informática e quadra para prática esportiva coberta, entre outros espaços.
O município de Rondonópolis, localizado na região Sul do estado, cerca de 210 km da Capital, Cuiabá, tem sua base econômica entre as indústrias instaladas neste município, da agricultura e pecuária. Rondonópolis tem 32 unidades de ensino da Rede Estadual, sendo 02 no campo e 30 escolas na zona urbana, atendidas pelo CEFAPRO para acompanhamento da formação continuada dos profissionais da Educação. A pesquisa apresenta 03 destas unidades de ensino que participaram da pesquisa, nas pessoas dos professores dos Laboratórios de Informática ( LIs).
A Escola Estadual "Joaquim Nunes Rocha," localizada no Bairro Vila Salmen em Rondonópolis atende a 1.323 alunos, sendo 451 no Ensino Médio e 872 no Ensino Fundamental. Sua organização curricular até o ano de 2005, regime seriado, diferente da maioria das escolas do município. Desde o ano de 2006 passou a organização curricular conforme proposta do Sistema Estadual de Ensino em Ciclos de Formação Humana. Além de outras dependências, esta unidade dispõe do Laboratório de Informática para a formação dos educandos e o atendimento à formação continuada dos educadores para melhoria da prática pedagógica no uso das TICs.
A Escola Estadual "Dom Wunibaldo Tauller" localizada no Bairro Vila Brasília, também em Rondonópolis atende aos alunos do ensino Fundamental e Ensino Médio. A organização do currículo organiza-se conforme as orientações do Sistema Estadual de ensino, por Ciclos de Formação Humana. Entre outras dependências, esta escola dispõe do LI para formação dos alunos e concomitantemente para formação dos educadores no uso das TICs.

A Escola Estadual "Pindorama," localizada no Bairro Caixa D?Água, no município de Rondonópolis, atende alunos do Ensino Fundamental e Médio nos três períodos, tem sua organização curricular em Ciclos de Formação Humana. Entre outras dependências, dispõe do laboratório de informática para formação das práticas pedagógica, para os alunos e professores, no uso das TICs.
A Escola Estadual Antonio Ometto, nasceu do interesse do grupo fundador da cidade em dar aos filhos e moradores oportunidades de ingresso à escola e ou a continuação de seus estudos.
No ano de 2000 a Escola Estadual Antonio Ometto segundo o Decreto 1826/2000 passou a denominar-se E.E. Antonio Ometto. Com prédio próprio a E.E. Antonio Ometto é mantida pelo estado do Mato Grosso e administrada pela Secretaria de Estado de Educação e atende o ensino fundamental de 6ª a 8ª séries, sendo que no ano de 2006 procurando atender a demanda de jovens e adultos no município inicia o Projeto Beija-Flor - EJA com o segundo segmento, correspondente o 1º ano a 5ª e 6ª série e o 2º ano a 7ª e 8º séries, a escola que até então funcionava com o ensino fundamental regular no ano de 2007 implantou o ciclo de formação humana. Composta por aproximadamente 956 alunos, tendo como maioria, adolescentes oriundos de diferentes classes sociais, zona urbana e rural e chácaras das imediações da cidade.

3.3 - ANALISE DOS RESULTADOS

O desenvolvimento da informática e das telecomunicações projeta mudanças radicais na estrutura da sociedade pós-moderna. e meios de produção, as transformações comerciais e as relações de trabalho a cada dia tornam-se mais dependentes destas tecnologias, impondo à escola desafios inevitáveis. Neste cenário, o laboratório de informática passa a ser uma ferramenta indispensável para as práticas pedagógicas e para a inclusão digital dos estudantes e professores, que precisam dominar as novas tecnologias, se prepararam e se informarem sobre os acontecimentos globais.
Nesse prisma e voltando o olhar para os sujeitos deste estudo, conforme as respostas dos professores de laboratório de informática das escolas públicas do estado de Mato Grosso que participaram dessa pesquisa, os laboratórios vêm desenvolvendo um bom trabalho com a formação dos alunos e dos profissionais da educação e isso pode ser verificado por meio das respostas que foram analisadas lembrando que observamos que está sendo realizado o que é possível.

Escola 01: Rondonópolis/MT.
Quando questionada acerca dos locais que acessam a internet, a professora nos responde que tem o hábito de praticar o acesso em dois locais diferentes, sendo um a sua própria casa e outra seu local de trabalho, informando que esta é uma ação rotineira, pois faz todos os dias. Ao questionar por quais os motivos que acessaria a internet foi decisiva em afirmar que busca a troca de e-mails, novidades, realizar bate-papo e fazer pesquisa. Contudo, não informou que tipos de novidades lhe interessava nem os assuntos que pesquisava.
Quanto ao trabalho realizado na escola com professores e alunos afirmou que a prática pedagógica contempla ensinar como trabalhar com Word, Excel, Power-Point e o Paint, prática de digitação, jogos e entretenimento, verificação de e-mails e realização de pesquisa na web. Para a realização destas atividades distribui sua carga horária, que é de trinta (30) horas semanais, em dois períodos de trabalho, matutino e vespertino. Nesse caso, os alunos do período noturno ficam sem atendimento e sem acesso ao laboratório de informática com a professora responsável pelas atividades daquela sala.
Ao questionar sobre as dificuldades que a professora encontra para realização de suas ações a resposta com maior enfoque se relaciona ao número de máquinas, que é apenas onze (11) e a quantidade de alunos que atende, já que as turmas estão organizadas com uma quantidade de vinte (20) até quarenta (40) alunos, uma vez que os horários são para todos os alunos de uma sala de aula cujo professor de sala planeja as atividades para uso do laboratório.
Perguntamos sobre a Formação Continuada da professora, como se atualiza profissionalmente e como faz a formação dos demais professores da escola. Sua resposta é que está sempre em busca de novas informações e que já fez cursos oferecidos pelo governo na área de informática educativa e utiliza estes conhecimentos na formação dos professores da escola no grupo de estudo "Sala de Professor", sendo este um projeto da SEDUC (Secretaria de Estado de Educação), que organiza a Formação Continuada dos professores da rede estadual que são de quatro (4) horas semanais, como parte das 10 horas-atividades dos professores efetivos.
Em relação à participação do CEFAPRO na contribuição da realização das atividades da escola quanto à realização dos trabalhos no laboratório de informática, a professora informa que pode ser no repasse de material ou na informação de novidades ou mudanças na sua área de formação.

Escola 02: Pontes e Lacerda/MT
O laboratório de informática, possui 8 (oito) microcomputadores (processadores AMD k6-2, com 128 Mb de memória, e plataforma Windows 98 ) conectados em rede e com internet (a Rádio), com serviço de impressão gratuito, é aberto em três períodos (matutino, vespertino e noturno) a toda comunidade escolar. Dispõe de dois professores à disposição para o atendimento/suporte ao público.
Mediante a aplicação de questionário com um dos profissionais responsável pelo laboratório, bem como observação "in loco", detectamos grande empenho frente ao enorme público atendido; equipamentos com tecnologia e eficiência ultrapassados; relação de insuficiência entre o número de PCs e usuários; baixa qualificação para o trabalho com as TICs e insipiente exploração pedagógica dos equipamentos disponíveis por parte dos coordenadores pedagógicos. Quanto aos demais professores da escola, grande assepsia, organização e cuidado com os equipamentos; inutilização de softwares educativos; utilização do laboratório em atividades de pesquisas, através do google; instrumentalização dos professores do laboratório na localização de temas, copilagem e edição de textos (realizados no Microsoft Word).
A professora é habilitada em Pedagogia e nos apresenta uma entrevista um tanto quanto contraditória, já que diz ter e-mail e utiliza a internet diariamente, mas só na sua casa. Os acessos são para trocar e-mails, ler notícias, consultar bancos de dados e fazer pesquisa.
Quanto aos aplicativos realizados com os professores e alunos da escola, a atividade da professora se resume em trabalhos com o Word, sendo que para tal divide suas atividades na escola em dois períodos, três dias pela manhã e dois à tarde.
Apesar de a informação anterior, da professora falar que só trabalha com Word, mais adiante nos conta que além da digitação trabalha com pesquisa na internet e checagem de e-mails em suas formações no laboratório de informática.
A maior dificuldade que a professora percebe está relacionada à quantidade de máquinas para atender à demanda. Ao se questionada sobre a formação diz que já fez curso no CEFAPRO de Cáceres, mas gostaria de formação referente à manutenção dos computadores.

Escola 03: município de Matupá/MT.
Nesta escola, a professora que está lotada no laboratório de informática nos informou que acessa a internet diariamente na escola e em sua residência. O uso desta ferramenta se refere à troca de e-mail, leitura de noticiário, fazer compras, participar de bate-papos, realizar pesquisa, participar de fórum e outras atividades, como a criação de blogs.
No que diz respeito ao trabalho com a formação dos alunos e dos professores, suas ações estão direcionadas à publicação de eventos escolares e projetos dos alunos. Faz a formação utilizando o Word, Excel, Power-Point, Paint e Softwares de diversos conteúdos que envolvem as disciplinas. Para realizar o incentivo à leitura e o uso das TICs oferece aos alunos a busca de jogos educativos e entretenimento.
Os três períodos em que a escola funciona são atendidos pelo laboratório de informática e a professora distribui sua carga-horária semanal, que é de 30 horas, nos períodos matutino, vespertino e noturno, sendo o noturno com a menor carga horária.
Quanto às dificuldades encontradas, a professora cita que no início de seu trabalho foi mais complicado, uma vez que possuía apenas o curso básico em informática, mas foi se aperfeiçoando no próprio laboratório e também fez cursos oferecidos pelo MEC ( Ministério de Educação): agora já está tendo mais tranqüilidade no exercício de suas ações.
Dentro do Projeto de Formação Continuada "Sala de Professor" está ajudando os profissionais da educação a buscar conteúdos na internet e na criação de blogs que são utilizados para troca de experiências e publicação de materiais referentes aos trabalhos desenvolvidos nas escolas.
Ao ser questionada acerca da contribuição do CEFAPRO no desenvolvimento de suas atividades, disse que é relevante e solicita dicas de atividades, auxílio para utilizar aplicativos, fontes para pesquisas e cursos de Formação Continuada que incentivem os professores quanto à utilização das TICs no planejamento das aulas.

ESCOLA 04: MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS/MT

Nesta escola a professora de laboratório é habilitada em Pedagogia e ao ser questionado sobre os locais de acesso à internet, diz que é em casa na escola em outros locais, sendo esta atividade realizada uma vez por semana ou mais vezes, usa pessoalmente para troca de e-mail, fazer pesquisa, ler o noticiário e as novidades, realizar bate-papo e participar de fórum.
Os aplicativos que vem trabalhando com professores e alunos estão relacionados ao uso do Word, Excel, Power Point e Paint. Estas atividades se referem à prática de digitação, pesquisa na web, bate papo e e-mails e jogos e entretenimento. Para realizar estas atividades a professora dividiu sua carga-horária em três períodos: matutino, vespertino e noturno.
Em relação as dificuldades para a realização dos trabalhos, a professora aponta a carga-horária, que é muito pequena para atender a todos. Quanto aos cursos, já fez quando o CEFAPRO ofereceu em Informática Educacional.
Quanto o uso do laboratório para o Projeto Sala de Professor, ela vem colaborando com o planejamento de aulas e o uso das Novas Tecnologias na escola.


ESCOLA 05: MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS/MT

O professor que trabalha no laboratório desta escola é formado em Biologia e Matemática, acessa a internet na escola e em sua casa. Apesar de ter afirmado que tem e-mail informa que os acessos à internet estão relacionados à pesquisa e à leitura do noticiário .
Ao falar sobre os aplicativos que utiliza com os professores informar que faz uso do Word, Power Point, Paint e internet, sendo que a metodologia utilizada nestes trabalhos se refere à prática de digitação, à pesquisa na Web, a jogos de entretenimento e checagem de e-mails. Para que possa fazer o atendimento a todos os alunos e professores o professor distribuiu sua carga-horária nos três períodos em que a escola funciona.
A maior dificuldade apontada pelo professor se resume à falta de formação dos professores, confirmando que já participou de formação oferecida pelos órgãos oficiais, e que foram satisfatórios para o bom desempenho de suas atividades.
Ao ser questionado sobre o uso do laboratório no projeto "Sala de Professor," a informação é que oferece informática básica, internet e produção de aulas a serem trabalhadas com os alunos. Solicita também que o CEFAPRO auxilie na utilização de aplicativos e promova cursos de formação na própria escola.
Diante do exposto pelos 5 (cinco) professores dos laboratórios de informática das escolas estudadas nos três municípios do Estado de Mato Grosso, podemos perceber que a realização dos trabalhos não é muito diferente, estando todos a serviço da formação tanto de alunos quanto dos professores. Esta é uma evolução necessária, se analisarmos a história da educação brasileira quanto ao uso das TICs. Não é difícil perceber que até pouco tempo os únicos recursos à disposição da construção do conhecimento era um quadro pendurado na parede da sala de aula e o giz.
Conforme documento do MEC, "Práticas de Leitura e Escrita" do programa Salto Para o Futuro 2006; na página172, na década de 50 do século passado é que começam a aparecer os armários nas salas de aula e mais tarde o uso do mimeografo pelos professores para produzir seus materiais. Atualmente, temos uma gama de recursos e essa:
"[...] grande variedade de materiais hoje disponível para a escolha do professor como um grande supermercado, ele, professor deve ir a esse supermercado com uma idéia clara do produto que deseja. Não deve se deixar deslumbrar pela grande variedade de materiais, alguns apresentados com todos os artifícios mercadológicos para atrair compradores. O professor deve sempre fazer a si mesmo a seguinte pergunta: esse material pode ajudar a atingir o objetivo atingido por mim?".
Transportando essa citação para o nosso objeto de estudo, ela ganha um significado maior, uma vez que o uso do computador conectado à internet requer conhecimentos e objetivos claros do seu uso e a formação é algo indispensável, considerando-se que precisamos trabalhar com as diferentes mídias e com uma lista interminável de aplicativos "softwares" à disposição na internet e que precisamos fazer a filtragem de todo esse material.
Assim, promover o aperfeiçoamento digital dentro da Formação Continuada dos professores é uma necessidade urgente e os laboratórios de informática das escolas têm um papel essencial neste processo, não só na formação técnica que funciona como treinamento, mas possibilitar o letramento digital, o domínio das informações que circulam e isso requer, dentre outras ações a reestruturação do Projeto Político Pedagógico da escola. Só assim poderá ocorrer a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.








CAPÍTULO IV

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pensar na escola como lócus de formação é proporcionar ao professor um espaço e tempo para que este profissional possa investir na sua formação de maneira contínua individual e coletiva, através da organização de grupos de estudos. Estes grupos possibilitam aos professores vivenciarem momentos de estudos, reflexão e abertura para trocas de experiências e debates, tematizando a sua prática e buscando soluções, isso deve acontecer de forma articulada a uma metodologia investigativa voltada para a pesquisa da ciência e da realidade sócio-cultural e econômica do grupo social no qual a escola está inserida.
Para isso a "Sala de Professores" será imprescindível, pois é nela que estará acontecendo essa reflexão sobre o como está acontecendo o ensino-aprendizagem em nossa escola.
A Escola democrática e de qualidade é uma proposta legitimada pela sociedade e registrada na Agenda da Educação, Formação Continuada deve estar fundamentada na Proposta Política Pedagógica e no Plano de Desenvolvimento Escolar conforme o artigo 13 da resolução 262/02 CEE/MT.
É nítida a influência das novas tecnologias enquanto mecanismos de socialização, na forma que as sociedades delineiam a amplitude de seus valores. Neste contexto, na escola, seu enfoque torna-se premente, pois para um mundo em que a evolução tecnológica e todas as descobertas (re) definem as possibilidades do saber e do aprender, a Informática Educativa se apresenta para ajudar nesse aprimoramento do ato de educar. A este fim, Valente destaca que o computador se tornou um excelente aliado do professor, no que diz respeito ao desenvolvimento da autonomia, da criticidade e da auto-estima do aluno. O aluno deixa de ser um mero receptor de informações e passa a ser responsável pela aquisição de seu conhecimento quando começa a usar o computador para buscar, selecionar e inter-relacionar informações significativas e, também, no momento em que passa a compor suas próprias idéias a partir do resultado de sua busca. (1999: 47)
As entrevistas realizadas com os professores dos laboratórios de informática apontaram que quando os computadores chegaram provocavam uma série de reações contraditórias: por um lado, eram vistos como algo que poderia melhorar e facilitar o trabalho tanto administrativo quanto educativo; eram vistos como improdutivos, como um desperdício do dinheiro que faltava para tantas outras coisas mais importantes; por outro, instrumentos sensíveis ao manuseio, destinar-se-iam a especializados trancafiados, seu alcance educativo tornara-se limitado e restrito.
Os professores, em geral, falam positivamente do computador e de sua importância educativa "para os alunos", mas, "não para eles"; por vezes, contraditoriamente, questionavam o quantitativo dessas máquinas disponíveis aos professores em detrimento dos alunos e/ou dos utilizados nos setores administrativos da escola. Reforçavam, consensualmente, a importância do contato do aluno com esses equipamentos, acreditando que desenvolvia a criatividade, pois "aumenta a concentração dos alunos para aprender" os conceitos. Papert confirma esta afirmação quando destaca que "as tecnologias de informação, desde a televisão até os computadores e todas as suas combinações, abrem oportunidades sem precedentes para ação a fim de melhorar a qualidade do ambiente de aprendizagem" (1994: 6)
Cabe rever a reflexão entusiástica ao uso dos computadores e seus recursos, a nova panacéia para enfrentar problemas de educação básica ou como substituto eficaz das carências e ausências dos docentes (nos recursos instrucionais elementares).
Contudo, para que de fato a utilização da informática educativa enquanto recurso didático pedagógico se dê de forma adequada, mobilizadora, questionadora e desafiante é preciso preparar e sensibilizar o professor para que ele tire o melhor proveito desta tecnologia e que possa reelaborar e desenvolver habilidades, de maneira independente, propiciando inclusive a exploração e o exercício de suas próprias ações e que provocando um significado positivo na vida dos estudantes, enriquecendo sua capacidade intelectual, seu sentimento de auto-estima e colocando-o em contato com sua capacidade de aprender e de se desenvolver cognitiva e emocionalmente.
Desenvolver habilidades para o uso das TICs entre os professores nesse novo contexto é um grande desafio porque não se trata de ensiná-los somente a manusear a tecnologia, mas sim de indicar o caminho para um novo tipo de produção que pode ser gerada a partir da utilização das mesmas no contexto educacional em que se ensina, mas, por intermédio dele, se aprende.









REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO

Entrevista para os Professores de Lis data:

Nome:
Habilitação:
Escola:_________________________________Rondonópolis/MT

De que local você acessa a Internet?
em casa na escola em casa e na escola outros locais

Com que freqüência você acessa a Internet?
1 x ao mês 2 a 3 x ao mês 1 x por semana ou mais diariamente

Você tem e-mail? sim não

Pessoalmente, você usa a Internet para:
( ) trocar e-mails ( ) ler notícias e novidades ( ) compras ( ) bate-papo
( ) pesquisar ( ) consultar bancos e contas ( ) fórum
( ) outros. Detalhar:

Hábitos de uso na escola

Quais os aplicativos utilizados pelos professores desta Unidade Escolar?
sim não Quais outros aplicativos tem mais utilização?
Word
Excel
Power Point
Paint

Como você distribui sua carga horária para atender os professores e alunos no laboratório de Informática?
1 período 2períodos 3 períodos

Quais os dias da semana e em que período?

Quais atividades você desenvolve no laboratório de informáticacom os professores e alunos?
Digitação Trabalhos com programas
Pesquisa na Web Jogos e entretenimentos
Bate-papo, e-mail e fórum Checagem de e-mails
Outras

Quais as dificuldades encontradas para a realização do seu trabalho?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Você já participou de algum programa oferecido pelo Governo Federal e/ou Estadual de Informática?
_________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Quais?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

No Projeto Sala de Professor, quais as ações de Formação Continuada,
foi desenvolvida e/ou esta sendo desenvolvida nesta unidade escolar, utilizando as TICs?

Como o CEFAPRO pode contribuir para o desenvolvimento das atividades do Lis?
dicas de atividades
outros:
auxílio para utlizar aplicativos
fontes para pesquisa na Internet



Autor: Luciane Ribeiro Aporta


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