Resumo Avaliação pedagogica, Maria Celina Melchior



O livro é dividido em cinco partes: A necessidade e importância da avaliação; Avaliação na concepção dos professores; Como avaliar; Técnicas utilizadas na avaliação escolar; Avaliação nas series iniciais.
A primeira parte intitulada: A necessidade e importância da avaliação. Mostra da importância da avaliação para o aluno, pois, serve a eles como um instrumento diagnostico de sua situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para sua aprendizagem. E para o professor, que possibilitara situar a sua pratica pedagógica de acordo com o estagio de desenvolvimento do aluno.
Assim avaliação é necessária se for utilizada como diagnostico da aprendizagem identificando pontos fracos e fortes, proporcionando uma mudança de atitudes de acordo com o resultado, ajudando professor e aluno a se auto avaliarem, sendo executada como elemento integrante do processo de construção de conhecimento. Mas a avaliação é apenas um elemento do processo de construção do conhecimento, não é o todo e nem é parte insignificante, é dinâmica e interativa, interliga os diferentes momentos da ação pedagógica, deve estar vinculada ao planejamento.
Caso contrário não cumprira suas funções e ainda cometerá injustiças. E para isso a avaliação deve ser dinâmica, promovendo situações e/ou tarefas em que, através do diálogo e da discussão, se processará á análise crítica sobre a real condição de cada um dos participantes, inclusive do professor. E com base nestes resultados, vão encontrar alternativas de solução para que cada aluno ou cada grupo de aluno consiga superar aqueles aspectos que não foram vencidos. A avaliação deve ser resultado de uma discussão de forma honesta e transparente, entre os elementos do processo envolvido.
A segunda parte fala da Avaliação na concepção dos professores, fruto de uma pesquisa desenvolvida com 320 professores que trabalham da primeira a quinta série do ensino de 1º Grau, na Grande Porto Alegre, em escolas públicas e particulares. A avaliação segue os parâmetros gerais de tendências pedagógicas aquela que tem como objetivo conservar a sua sociedade na sua configuração, ou uma educação que possibilita aos alunos o acesso a instrumentos que vão ter como objetivo a transformação social através da humanização dos indivíduos.
Desta forma a pesquisa buscou constatar e analisar, o que o professor pensa sobre a avaliação no processo de ensino e aprendizagem. Dos professores entrevistados, 41% entendem a avaliação como modo de medir a aprendizagem, sendo que seria impossível medir o quanto uma pessoa sabe sobre determinado conteúdo. O termo avaliar é usado, em todas as circunstancias com inúmeros significados: atribuir valor, julgar, valorar, etc. E realizam a avaliação, 37% para cumprir uma função administrativa, sendo que o objetivo principal deveria ser ajudar o aluno.E 72,8%, entenderam o aluno como único elemento a ser avaliado, usando a avaliação como uma arma sobre o aluno para manter a disciplina, atenção, realização de tarefas.
A pesquisa também mostrou que a maioria dos professores não faz avaliação sistemática, apenas observações informais sem muito êxito. Vemos que a grande maioria dos professores continua a usar o teste como instrumento para avaliar a aprendizagem, ficou evidente a necessidade de um melhor preparo do professor, não só quanto aos aspectos técnicos, como principalmente, à maior conscientização em relação ao comprometimento com a ação pedagógica. Assim é necessário que haja preocupação com a formação dos professores quanto aos conhecimentos específicos e principalmente quanto à linha pedagógica presente na escola hoje.
A terceira parte tem o título: Como avaliar. A autora mostra que se a proposta pedagógica tem como pressuposto o desenvolvimento integral do aluno, é importante a avaliação das atitudes, e registrar essa avaliação, embora elas não devam ser levadas em conta na aprovação ou reprovação dos alunos, os seus resultados devem favorecer o melhor conhecimento das etapas de desenvolvimento do aluno, bem o que deve ser feito para redirecionar a caminhada.
Para esse desenvolvimento integral também a área psicomotora deve ser avaliada, as habilidades e aos processos práticos específicos de cada domínio; na avaliação do domínio psicomotor a principal técnica é a observação, pois se trata de atividades praticas; podem ser informais, devem ser usadas fichas individuais dos aspectos significativos observados no decorrer do processo, ou formais usando se escalas de dados nas fichas. Outra área a ser avaliada é a cognitiva, onde deve se estabelecer os objetivos que se quer conseguir, gerais e específicos, desta forma o professor terá uma visão ampla dos objetivos essenciais que devem ser desenvolvidos nos diferentes níveis, sem ficar restrito aos objetivos da área cognitiva. E relacionar essa três áreas para avaliação final e buscar o desenvolvimento integral do aluno.
A quarta parte, Técnicas utilizadas na avaliação escolar, mostra a técnica da observação, que o professor utilizará para acompanhar o desenvolvimento do aluno em todos os momentos, impedindo que se formem idéias preconcebidas sobre a capacidade e desenvolvimento de cada um, identificando suas dificuldades, e avaliando seu desempenho nas diversas atividades realizadas. Para isso é necessário que o docente registre as observações durante todo processo usando-as como base para planejar a próxima etapa.
As observações podem ser informais, quando não foram programadas, são importantes, pois acontecem quando os alunos agem espontaneamente nas atividades cotidianas, para a sua total validade devem conter data, situação em que ocorreu, fato observado, comentário do observador; e formais realizadas com um objetivo predeterminado e deve ser realizado com critérios de cientificidade, ter objetivos específicos, ser planejada, ser discriminatória, ter objetividade.
Podem ser registradas em anedotários, lista de verificação, escalas classificatórias ou fichas cumulativas. O observador por outro lado deve ter capacidade de atenção, percepção, capacidade de análise e capacidade de comunicação.
A quarta parte ainda fala da técnica de testagem. Onde muitas os testes são utilizados indiscriminadamente, sem preparação, sem desenvolver estudos sobre a elaboração de teste, os testes padronizados, que podem ser usados em educação, como auxiliares na identificação das dificuldades ou possibilidades dos alunos, mas precisam de um acompanhamento de um especialista na área em que serão aplicados, podem ser testes de aptidões especiais, de personalidade e interesse ou de aproveitamento.
Já os testes escolares são instrumentos elaborados pelo professor com objetivo especifico e destinados a determinado grupo, em dada circunstância; o professor necessita ter segurança em relação à etapa de desenvolvimento individual do aluno, bem como identificar as providências necessárias para o prosseguimento do processo, podem ser orais, pratico, objetivos ou dissertativos. Para se elaborar os testes é preciso determinar os objetivos e conteúdos a ser avaliados, escolher o tipo de questões, fixação do número e preparação e revisão das questões.
Depois da aplicação é necessário o registro dos resultados, mas não é recomendável que o professor de uma nota com base em testes exclusivamente, ela esta sujeita a não representar o quanto o aluno realmente sabe sobre o assunto, e ainda esta sujeita a subjetividade do professor na correção, o professor deve ter claro a razão de o aluno receber aquela nota ou conceito.
A última parte, Avaliação nas series iniciais, a autora trás fatores que contribuem relativos ao professor que são eles: a expectativa que o professor tem do aluno, o gosto do trabalho e a habilidade de relacionamento com as crianças deste nível e a fundamentação teórica que lhe possibilite competência técnica específica na função, o educando nessa fixa não precisa saber que esta sendo avaliado, a avaliação não precisa receber o nome de teste, é importante que alem da nota ou conceito, seja descrita a situação de cada um em relação a sua etapa de desenvolvimento, deixando claro tanto para o professor como para o aluno, por que o resultado é esse e qual deve ser a nova etapa do processo de construção do conhecimento.

Autor: Gislene Maria Dos Santos


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