EDUCAÇÃO CERTA



Ministrei aulas como DT (Designação Temporária) no Estado.
Lembro-me bem do meu primeiro dia, o primeira vez a gente nunca esquece, e vi logo no primeiro dia que as coisas não iriam ser fáceis, não seriam do jeito que imaginei.

Primeiro Ato:
De todas as dificuldades que enfrentei no primeiro ato diante de todos foi tentar falar com o Diretor da Escola, Impossível, fui cumprimentá-lo mas, o que recebi foi apenas um aperto de mão rápido, fraco e sem nenhum interesse em saber quem eu sou ou era eu ou em que posição eu estava ali.
Já a Coordenadora e a Pedagoga receberam-me de boa gentileza e fé de que tudo dará certo.
As professores, foram maravilhosos e atraentes.

Segundo Ato:
Os alunos ao primeiro olhar e ao saberem a matéria em que iriam "aprender" comigo, já pularam, gritaram e berraram, mas, não de felicidade e sim de ódio e revolta.

Terceiro Ato:
Tudo está bem! Pois contornei a situação e fiz pouco caso das recepções nada calorosas de alguns discentes, docentes e centes.

Quarto Ato:
Depois de alguns dias e de algumas aulas vi que em se tratando de escola, nada é igual ao que parece ser, e descobri que nem nem tudo é como a gente gostaria que fossem.
Vi que na verdade, existem alunos maravilhosos e que querem estudar, mas, como uma laranja ruim na laranjada estraga o suco, os alunos que não querem nada com nada simplesmente estragam o suco.

Quinto Ato:
Por conta disso, professores e alunos vivem empurrando com a barriga. Alunos que não querem estudar por conta da parte ruim que os contaminou e professores que não estão nem ai, pois viram que não adianta tentar e querem é mais é receberem o salário e ainda outros que não querem nem isso e "pedem pra sair."

Sexto Ato:
Eu faço parte dos que "pedem pra sair."
Não suportei a tamanha falta de senso, ética e moral e ainda, da falta de interesse em aprender e do em interesse de ensinar. Tudo por conta da parte estragada da laranjada.

Ultimo Ato:
Penso em como irá ficar esta geração dentro de 10, 15 ou 20 anos, onde estará a maioria dos estudantes de hoje?

Conclusão:
vejo que o modelo de escola no Brasil tem que mudar rapidamente, a sociedade tem que ver isso, os pais, os legisladores e todos.
Escola públicas, que são mantidas com dinheiro público, tem que mudar seu modo de seleção, de educação e de regra para que a parte ruim da laranja não estrague a parte boa.
Autor: Alexandre Basileis


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