Não capitalização das aulas de biologia para a prática da Educaão Ambiental



1. INTRODUÇÃO


Este trabalho busca retratar aspectos ligadas a componente prática que decorrem no processo da formação de um professor de Biologia pela Universidade Pedagógica de Moçambique. Este importante processo é compreendido pela criação de condições que facilitam o enquadramento prático do futuro professor no processo de ensino e aprendizagem, permite também trazer mais forças tendentes a melhoria dos processos de ensino em si, mediante o levantamento de problemas práticos que obrigam a busca de soluções dentro do senso comum.
As práticas pedagógicas são o caminho que leva o estudante ao aprimoramento profissional não apenas como docente, mas, também, como educador. Elas são compreendidas em PPI (práticas pedagógicas um) , PPII (práticas pedagógicas dois , e PPIII (práticas pedagógicas trés), cabendo-lhes a tarefa de articular e operacionalizar os demais conteúdos assimilados em tantas outras cadeiras da vasta grelha curricular do curso de ensino de Biologia. A margem do relato do trabalho realizado durante as práticas pedagógicas, busca-se também reflectir acerca da Educação Ambiental no ensino de Biologia. Trar-se-ão algumas condições que exercem influência na decisão dos professores em tornar suas aulas de biologia em práticas educativas voltadas a educação ambiental.
Este trabalho apresentará os dados colectados nas diversas actividades em diferentes capítulos. O primeiro capítulo, tratará assuntos relacionados com o projecto em estudo cujo tema "Não capitalização das aulas de biologia para a prática da Educação Ambiental na Escola Secundária do Estoril na Beira".
O segundo capítulo, trará as constatações anotadas durante as fases das práticas pedagógicas (PPs). Por último, o terceiro capítulo apresentará a sintese dos problemas encontrados no decurso das actividades pedagógicas de forma prática.

1. CAPITULO I
1.1. Projecto de Pesquisa

Tema: "Não capitalização das aulas de biologia para a prática da Educação Ambiental na Escola Secundária do Estoril na Beira".

1.2. Justificativa da Escolha do Tema
a) Vive-se actualmente num mundo pautado pelo avanço de conhecimentos e de tecnologias que têm tido impacto significativo, tanto nas formas de convivência social, quanto na organização da economia, do trabalho, no exercício da cidadania e, principalmente, nas relações com a natureza.

b) As principais dificuldades apresentadas pelos professores são principalmente provenientes da falta de formação pedagógica numa perspectiva mais abrangente. Não mostram homogeneidade nos assuntos tratados, nem interação com os grandes temas da sociedade. Reconhece-se pois a ausência de material didático actualizado, livros didáticos e paradidáticos de educação ambiental específicos para o ensino básico, nota-se a predominância de procedimentos tradicionais com tendência para os que contam com a participação do aluno de forma passiva. Por sua vez necessária se faz a implementação de práticas pedagógicas inovadoras em educação ambiental.
É nesse contexto que o presente trabalho se encontra assente, em que se objectiva também sublinhar o papel do professor na construção de um aluno com uma postura crítica diante da realidade, das informações e valores veiculados pela mídia e daqueles trazidos de casa. Tal atitude deve actuar de forma contínua no desenvolvimento da maturidade, e de uma conscientização ambiental contínua no processo de troca de experiência e aprendizagem para no fim mover a criação de condições para a perpetuação da vida no planeta.

1.3. Problematização

Nos últimos anos temos acompanhado um crescente aumento das discussões em torno de temas ambientais. Discursos de diferentes níveis e abordagens são estimulados nos mais diversos grupos de ensino formal e não formal.

Cria-se então, uma demanda social muito forte por políticas e práticas que visem a recuperação e a preservação do meio ambiente. Assim, o desenvolvimento de projetos focados em Educação Ambiental ganha reconhecimento e importância e são disseminados nas mais diversas esferas da sociedade.

Diante desta situação, é esperado, e até mesmo exigido, que as escolas voltadas para o ensino formal se empenhem em absorver esta demanda, desenvolvendo projetos e inserindo seus alunos dentro desta nova mentalidade

A escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno e buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital.

A interação entre os homens e o ambiente ultrapassou a questão da simples sobrevivência. No decorrer deste século, para se atender as necessidades humanas foi-se desenhando uma equação desbalanceada: retirar, consumir e descartar

Os alunos começam a ter essa percepção apenas quando estão no ensino superior. Porqué?


1.4. Hipóteses
Para responder a questão colocada o trabalho levanta as seguintes hipótese:
­ Provavelmente a falta de informação sobre a gravidade do assunto pode contribuir para a falta de programas de Educação Ambiental;
­ É possível que a ausência de sensibilidade ambiental por parte da Direcção da escola não obriga os professores a se aplicarem nessa temática;
­ Provavelmente a falta de material com esses temas na escola pode contribuir para uma fraca abordagem do assunto.

1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
­ Compreender as causas que contribuem para a "Não capitalização das aulas de biologia para a prática da Educação Ambiental na Escola Secundária do Estoril na Beira".

1.5.2. Objectivos Específicos

­ Identificar as razões que fazem com que não sejam levados a cabo programas de Educação ambiental nas escolas
­ Identificar actividades que podem contribuir para a circulação de informação sobre a conservação do meio ambiente no meio escolar;
­ Propor actividades lúdicas que podem contribuir para o estabelecimento de actividades de Educação Ambiental nas Escolas

1.6. Metodologia Usada
Para a elaboração do trabalho representado neste documento, o autor socorreu-se a vários métodos, os seguintes
­ Pesquisa Bibliográfica
­ Observação Directa
­ Entrevista

1.6.1. Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa é "um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de conhecimentos", Segundo LAKATOS e MARCONI (1999:73), citado por MONZO (1971:32)
Pesquisa bibliográfica é no entanto "o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita", portanto podemos concluir que a pesquisa bibliográfica é a consulta de obras já publicadas.
Este método foi usado para a consulta de manuais de didáctica, programas de ensino de Biologia, manuais e livros de Biologia, bem como programas de Educação Ambiental e, que retractam assuntos relacionados com a transmissão de conhecimento sobre a temática ambiental, ao que se seguiu a uma análise para apurar o necessário.

1.6.2. Observação Directa
Segundo LIBÂNEO (1994), observação, "um conjunto de processos de que se serve uma ciência".
Uma vez que este método utiliza os órgãos de sentidos para a obtenção de determinados aspectos da realidade, não consiste apenas em ver e ouvir, mas também avaliar aquilo que se deseja estudar. Porém, sua aplicação sobre este trabalho consistiu, na assistência de aulas em duas turmas, na Escola Secundária Nossa Senhora de Fátima de modo a aferir o grau de exploração e transmissão de conteúdos ambientais em sede de manipulação de assuntos transversais durante as aulas de Biologia.
1.6.3. Técnica de Entrevista
Segundo o Dicionário Universal de Língua Portuguesa (1999), Entrevista, "é conferência entre duas pessoas em local e hora antecipadamente combinados, ou é uma conversa efectuada entre dois ou mais interlocutores, de modo a obter uma determinada informação".
Este método, foi usado para entrevistar professores e alunos, de modo a obter informações relacionadas com o grau de profundidade de interacção e entendimento sobre assuntos relacionados com a conservação do meio ambiente.
1.7. Delimitação do Tema
Este trabalho enquadra-se na linha de pesquisa e de investigação científica. Ele focaliza seu estudo sobre a "Não capitalização das aulas de biologia para a prática da Educaão Ambiental na Escola Secundária do Estoril na Beira", como sustentação na elaboração do relatório para a conclusão do grau académico de bacharelato no Ensino de Biologia pela Universidade Pedagógica.

1.8. Fundamentação teórica
Segundo DIAS (2003) a evolução dos conceitos de Educação Ambiental esteve diretamente relacionada à evolução do conceito de meio ambiente e ao modo como este era percebido. Como o conceito de meio ambiente era reduzido exclusivamente a seus aspectos naturais, não permitia apreciar as interdependências nem a contribuição das ciências sociais e outras à compreensão e melhoria do ambiente humano.
Com o passar do tempo, mas precisamente na Conferência de Tbilisi, na Georgia, em 1977, a Educação Ambiental foi definida como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de um enfoque interdisciplinar e de uma participação activa e responsável de cada indivíduo e da colectividade (UNESCO, 1980).
Em atendimento a estas recomendações, em 1989, a Unep/Unesco, publica uma seqüência de definições sobre Educação Ambiental, das quais destaco as mais relevantes:
? é a aprendizagem de como gerenciar e melhorar as relações entre a sociedade humana e o ambiente, de modo integrado e sustentável;
? é a preparação de pessoas para a vida, enquanto membros da biosfera;
? significa aprender a empregar novas tecnologias, aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os danos existentes, conhecer e utilizar novas oportunidades e tomar decisões acertadas;
? o aprendizado para compreender, apreciar, saber lidar e manter os sistemas ambientais na sua totalidade;
? significa aprender a ver o quadro global que cerca um dado problema, sua história, seus valores, percepções, factores econômicos e tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais que o causam e que sugerem acções para saná-lo.

GUIMARÃES (1995), defina a Educação Ambiental como a criação de novos valores que criticam os padrões e comportamentos estabelecidos e que têm potencialmente antagonismos com o nível institucional devendo, portanto, ressaltar a importância das acções não formais. Essas ações geralmente de carácter pioneiro, actuam sobre a sociedade e abrem espaços para uma educação formal, que será encampada pelas instituições no momento em que as demandas sociais assim reivindicarem.

REIGOTA (1999) acrescenta que Educação Ambiental é fundamental para a solução de problemas concretos e imediatos, mas também para a tomada de decisões a respeito de outros não tão facilmente identificados.
Como a Educação Ambiental pressupõe uma reflexão sobre o estilo de vida actual, os hábitos de consumo, os valores e as atitudes de cada indivíduo, possibilitando pensar alternativas e soluções para os problemas e a complexidade da realidade ambiental, REIGOTA (1999), alega que uma Política de Educação Ambiental deve, necessariamente, contemplar diretrizes que favoreçam o surgimento de uma nova ética nas relações entre os seres, visando não só a melhoria de nossa qualidade de vida, bem como das futuras gerações, ou seja, a proposição de parâmetros que levem a um novo modelo de desenvolvimento com bases sustentáveis preparando as pessoas para a vida enquanto membros da biosfera.
O professor AB'SABER em 1991, já havia caracterizado a Educação Ambiental como uma nova "ponte" entre a sabedoria popular e a consciência técnico-científica. Isto é, uma prática que deve valorizar o conhecimento no seu sentido amplo. O saber fazer dos alunos e dos demais membros da comunidade é parte integrante do currículo da escola.

A Educação Ambiental centra seu enfoque no equilíbrio do ambiente, em que a vida é percebida em seu sentido pleno de interdependência de todos os elementos da natureza. Os seres humanos e demais seres estão em parcerias que perpetuam a vida. Não é entender que a vida de cada ser é absoluta, pois no sentido pleno da vida a morte está incluída e presente no equilíbrio dinâmico do ambiente. A mudança desse enfoque, segundo GUIMARÃES (2004), é um dos objectivos da Educação Ambiental.


1.8.1. Educação Ambiental: Suas Finalidades
? Ajudar a fazer e compreender claramente, a existência da interdependência econômica, social, política e ecológica, nas zonas urbanas e rurais;
? Proporcionar, a todas as pessoas, a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, as atitudes, o interesse activo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente;
? Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, a respeito do meio ambiente.






1.8.2. Educação Ambiental: Princípios Básicos
? considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e criados pelo homem, tecnológicos, sociais, econômico, político, técnico, histórico-cultural, moral e estético;

? construir um processo contínuo e permanente, começando pelo pré-escolar, e continuando através de todas as fases do ensino formal e não-formal;
? aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;

? examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista do local, regional, nacional e internacional, de modo que os educandos se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões geográficas;

? concentrar-se nas situações ambientais actuais, tendo em conta também a perspectiva histórica;

? insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para prevenir e resolver problemas ambientais;

? considerar de maneira explícita, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e de crescimento;

? ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais;

? destacar a complexidade dos problemas ambientais (sócio ambientais) e, em conseqüência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver problemas;

? utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar e adquirir conhecimento sobre o meio ambiente, acentuando devidamente as atividades práticas e as experiências pessoais.

1.8.3. A Educação Ambiental na Escola
Considerando toda essa importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação de actividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de actividades de sala de aula e actividades de campo, com acções orientadas em projectos e em processos de participação que levem à autoconfiança,
a atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1992). Ressaltado que as gerações que forem assim formadas crescerão dentro de um novo modelo de educação criando novas visões do que é o planeta Terra.

Entretanto, não raramente a escola actua como mantenedora e reprodutora de uma cultura que é predatória ao ambiente, ou se limita a ser somente uma repassadora de informações. Nesse caso, as reflexões que dão início a implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que não apenas possam gerar alternativas para a superação desse quadro, mas que o invertam, de modo a produzir conseqüências benéficas (ANDRADE, 2000), favorecendo a paulatina compreensão global da fundamental importância de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta, do meio em que estão inseridas, e o desenvolvimento do respeito mútuo entre todos os diferentes membros de nossa espécie (CURRIE, 1998).
Dentro da escola deveremos encontrar meios efectivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as acções humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adopte posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

A escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital. Que as demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência. E, principalmente, que é necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.

Esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários. SOUZA (2000) afirma, inclusive, que o estreitamento das relações intra e extra-escolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente o ambiente da escola.

Sugerem-se, entre outras propostas, que os trabalhos relacionados à EducaçãoAmbiental na escola devem ter, como objetivos, a sensibilização e a conscientização; buscar uma mudança comportamental; formar um cidadão mais atuante; (...) sensibilizar o professor, principal agente promotor da Educação Ambiental; (...) criar condições para que, no ensino formal, a Educação Ambiental seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares globalizantes e da instrumentação dos professores; procurar a integração entre escola e comunidade, objectivando a protecção ambiental em harmonia com o desenvolvimento sustentado. (DIAS, 1992).
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos factos e a ter uma visão integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.

Assim sendo a escola é o espaço social e o local onde o aluno deve ser sensibilizado para as ações ambientais e fora do âmbito escolar ele será capaz de dar seqüência ao seu processo de socialização. Comportamentos ambientalmente correctos devem ser aprendidos na prática, no quotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.

A metodologia teórica e prática dos projetos ocorrerá por intermédio do estudo de temas geradores que englobam aulas críticas, palestras, oficinas e saídas a campo. Esse processo oferece possibilidades para os professores atuarem de maneira a englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projectos de intervenção.

Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, deve-se desenvolver projetos e cursos de capacitação de professores para que estes sejam capazes de conjugar alguns princípios básicos da Educação Ambiental, como:
Nesse contexto a educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na consciencialização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação de professores e educandos.


1.8.4. A Implementação da Educação Ambiental no Âmbito Escolar
Implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva. Existem grandes dificuldades nas actividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Segundo ANDRADE (2000). "
Factores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um processo de treinamento, vontade da direcção de realmente implementar um projecto ambiental que irá alterar a rotina na escola, além de factores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem servir como obstáculos à implementação da Educação Ambiental". Dado que a Educação Ambiental não se dá por actividades pontuais, mas por toda uma mudança de paradigmas que exige uma contínua reflexão e apropriação dos valores que remetem a ela, as dificuldades enfrentadas assumem características ainda mais contundentes. A Conferência de Tbilisi (1977) já demonstrava as preocupações existentes a esse respeito, mencionando, em um dos pontos da recomendação nº. 21, que deveriam ser efetuadas pesquisas sobre os obstáculos, inerentes ao comportamento ambiental, que se opõem às modificações dos conceitos, valores e atitudes das pessoas. (DIAS, 1992)

Implementação da Educação Ambiental na Escola Secundária do Estoril na Cidade da Beira

Foi observado que para uma efectiva implementação da Educação na escola Secundária do Estoril as seguintes condições devem estar satisfeitas:
1. A busca de alternativas metodológicas que façam convergir o enfoque disciplinar para indisciplinar;
2. A remoção da barreira rígida da estrutura curricular em termos de grade horária conteúdos mínimos, avaliação, etc;
3. A sensibilização do corpo docente para a mudança de uma pratica estabelecida, frente às dificuldades de novos desafios e reformulações que exigem trabalho e criatividade.
Paralelamente a estes factores, a escola deve posicionar-se "por um processo de implementação que não seja hierárquico, agressivo, competitivo e exclusivista, mas que seja levado adiante fundamentado pela cooperação, participação e pela geração de autonomia dos actores envolvidos". Normalmente projectos impostos por pequenos grupos ou actividades isoladas, geridas por apenas alguns indivíduos da comunidade escolar ? como um projecto de coleta seletiva no qual a única participação dos alunos seja jogar o lixo em caixas separadas, envolvendo apenas um professor coordenador ? não são capazes de produzir a mudança de mentalidade necessária para que a atitude de reduzir o consumo, reutilizar e reciclar resíduos sólidos se estabeleça e transcenda para além do ambiente escolar.

Portanto, devem-se buscar alternativas que promovam uma contínua reflexão que culmine na metanóia (mudança de mentalidade); apenas dessa forma, a escola Secundária do Estoril conseguirá implementar, verdadeira Educação Ambiental, com atividades e projetos não meramente ilustrativos, mas fruto da ânsia de toda a comunidade escolar em construir um futuro no qual possamos viver em um ambiente equilibrado, em harmonia com o meio, com os outros seres vivos e com nossos semelhantes.

Sugerem-se os seguintes passos, para a busca de alternativas de implementação de Programas de Educação Ambiental na escola Secundária do Estoril, envolvendo equipes de coordenação multidisciplinar:

? Formulação de um projeto pedagógico para a escola que reflita o espaço sóciopolítico ? econômico- cultural que ela se insere;

? Levantamento de situações-problemas relevantes, referente à realidade em que a escola está inserida, a partir das quais se busca a formulação de temas para estudo, analise e reflexão;

? Estruturação de uma matriz de conteúdos inter-cruzando os conteúdos/disciplina x situações ? problemas/temas;

? Realização de seminários, encontros, debates entre professores, para compatibilizar as abordagens dos conteúdos/disciplinas x situações-problema/temas, buscando sobre situações-problemas a serem trabalhadas.

Tendo isso realizado e concretizado pode-se partir para pontos efetivos de acções escolares como:
? Levantamento do perfil ambiental da escola (se possui área verde, horta, separação de lixo, etc.);

? Levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos na escola;

? Acompanhamento de projectos específicos na escola que serão desenvolvidos pelos professores ou pela Associação dos Alunos (Reciclagem de lixo, limpeza a praias, plantio de árvores, etc...);

? Mobilização de toda a comunidade escolar para o desenvolvimento de actividades durante a semana do meio ambiente, com finalidade de conscientizar a população sobre as questões ambientais;

? Realização de campanhas educativas utilizando os meios de comunicação disponíveis, imprensa falada e escrita, distribuição de panfletos, cartazes, a fim de informar e incentivar a população em relação à problemática ambiental;

? Promover a integração entre as organizações que trabalham nas diversas dimensões da cidadania, com o objetivo de ampliar o conhecimento e efetivar a implementação dos direitos de cidadania no cotidiano da população.
Com o intuito de levar à escola e à comunidade o conhecimento necessário para a construção da cidadania será necessário o envolvimento de diferentes órgãos que asseguram os direitos e deveres de cada indivíduo na sociedade, entre esses órgãos podemos citar a polícia, o corpo de bombeiros, orgãos de saúde, etc. Serão trabalhados temas relacionados à melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo:
? Lixo (redução, reutilização e reciclagem);
? Lixo hospitalar (destinação);
? Água (consumo, desperdício, poluição);
? Florestas (por que preservá-las?);
? Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente);
? Agrotóxicos (riscos para a saúde, danos ambientais);
? Caça ilegal;
? Respeito aos animais silvestres e domésticos;
? Drogas
? DST ? Doenças sexualmente transmissíveis;
? Segurança no trânsito;
? Respeito ao próximo;
? Noções de saúde (higiene, prevenção de doenças);
? Cidadania (direitos do cidadão);
? Voto consciente;
? Promover a dimensão ambiental 5R ? Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Reeducar e Replanejar.

Ao se implementar estes projetos de educação para o ambiente, a Escola estará a facilitar aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta. Desenvolverá assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.

Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos programáticos lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de consciência, tornando-se, mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.

Tendo a capacidade de tornar nossos alunos conscientes e sensibilizados a essa nova visão sobre o ambiente, eles próprios se tornarão educadores ambientais em suas casas em seu meio de convívio. Tornando assim esse processo em uma seqüência de acções benéficas, a vida, a natureza ao futuro.


1.8.5. Cronograma de Actividades
Tabela 1. Tabela de actividades

Etapa Actividades Dias Mês Ano
Preparação Pesquisa bibliográfica 20 dias Fevereiro 2010
Execução Realização 30 a 29 Março a Abril 2010
Interpretação Organização dos dados 12 dias Maio a Junho 2010
Conclusão Relatório final 15 diaas Julho 2010
Fonte:Autor,2010
Tabela2 Orçamento da pesquisa
Materiais Quantidade Valor monetário
Esferográficas 4 28.00mt
Lapis 1 2.00mt
Resma 1 125.00mt
Transporte 40 560.00mt
Bloco de notas 2 60.00mt
Cópia do programa de educação ambiental no ensino formal em Moçambique 1 240.00
Digitação e impressão 1 125.00mt
Total 1.040.00mt









2. CAPITULO II
2.1. Descrição das Práticas Pedagógica
As práticas pedagógicas foram divididas em três fases:
a) A primeira fase compreendeu as práticas pedagógicas ? I, (observação externa da Escola Secundária do Estoril), onde os trabalhos estavam fundamentalmente centralizados na aproximação dos estudantes com a realidade concreta. Os estudantes foram capazes de tomar conhecimentos dos diversos aspectos ligados a escola e ao seu funcionamento como:
­ Observação interna e externa da escola
­ Historial sobre a origem da escola
­ Estudo de alguns documentos básicos da escola.

b) As actividades da segunda fase de práticas pedagógicas, isto é, as práticas pedagógicas II que decorreram na Escola Secundária Mateus Sansão Mutemba, estavam mais ligadas ao processo de ensino aprendizagem concretamente os aspectos básicos da sala de aula e a maneira de como leccionar, isto é:
­ A assistência das aulas

c) A terceira fase, compreendeu as Práticas Pedagógicas III que decorreu na Escola Secundária do Estoril, na qual o assunto estava mais ligados ao processo de ensino aprendizagem, concretamente:
­ A assistência as aulas
­ A leccionação de aulas
­ A planificação quinzenal

­ A planificação diária
­ A avaliação
2.2. Actividades Desenvolvidas nas Práticas Pedagógicas I (PPI)
No dia 31 de Agosto de 2004, um grupo de estudantes, deslocou-se a Escola Secundária do Estoril a fim de iniciarem com o estágio pedagógico. Chegada a escola, apresentou-se a direcção, onde foi indicado um tutor para acompanhar e esclarecer possíveis dúvidas durante o seu estágio, iniciando desta feita as PPI.

2.2.1. Estrutura Física da Escola
A Escola Secundária do Estoril, uma escola do ensino oficial, localizada na Rua Centro Comercial Nr. 276, Cidade da Beira, no bairro do Estoril.
2.2.2. Descrição Física da Escola
A Escola Secundária do Estoril, encontra-se bem vedada com rede tubarão e também por plantas (rosa espinhosa), com 4 portões, um principal, isto é frontal e outros 3 laterais.
O pátio possui pavimento apenas nas passagens para as sala de aulas e ou para os blocos e a restante parte do recinto não está pavimentada, apenas encontramos areia.
A escola possui 6 blocos, sendo:
­ 4 blocos para salas de aulas, onde encontramos em cada sala de aula:
? 2 blocos com 3 salas de aulas a cada o que totaliza 10 salas de aulas com 25 carteiras, 8 janelas, 1 armário, 9 lâmpadas florescentes, uma secretária para professor com a respectiva cadeira, 1 quadro e um tecto falso.
? Do lado de fora das salas de aulas, encostado as paredes encontramos 4 a 6 bancos feitos de cimento em cada bloco.
? Encontramos ainda uma vitrina para afixar informações.
­ Ainda podemos observar 1 bloco para casas de banho onde encontramos:
? 1 casa de banho feminina com 3 compartimentos na qual 1 para professoras, 1 para alunas e outro encontra-se encerrado. Portanto 2 casas de banho em funcionamento. No seu interior, encontramos, para as professoras, 1 pia, 1 espelho, 1 lavatório, 1 toalha e 1 lâmpada, enquanto que para as alunas encontramos, 3 pias tipo turco, 3 lâmpadas, 1 urinol comum e 1 lavatório com água a tempo inteiro.
? 1 casa de banho masculina também com 3 compartimentos na qual 1 para professoras, 1 para alunas e outro encontra-se encerrado, portanto, também 2 em funcionamento e dentro delas encontramos, para os professores, 1 pia, 1 espelho, um lavatório, 1 toalha e 1 lâmpada, enquanto que para os alunos encontramos, 3 pias tipo turco, 3 lâmpadas, 1 urinol comum e 1 lavatório com água a tempo inteiro
? A escola não possui balneário e o estado de conservação das casas de banho é bom.
­ 1 bloco para a direcção da escola onde encontramos:
? A secretaria da escola com 4 janelas e 1 porta na parte frontal todas gradeadas, 1 gabinete para a directora da escola com 2 portas para entrada a sala com 3 janelas, 1 porta que dá a casa de banho com 1 janela e 1 porta para a arrecadação mas tudo gradeado, 1 sala para os directores pedagógicos, 1 sala para professores com 6 janelas todas gradeadas.

As actividades de práticas pedagógicas I, decorreram na Escola Secundária do Estoril, no Curso Nocturno, cujas as suas actividades baseavam-se em:
­ Apresentação a escola
­ Descrição da estrutura física da escola
­ Sector administrativo
­ Estudo de documentos básicos da escola

2.2.3. Sector Administrativo
O sector Administrativo é dirigido pelo chefe da secretária que coordena todas as actividades inerentes ao funcionamento da escola.
Os documentos encontram-se arquivados naquele sector, mas alguns encontram-se no gabinete da senhora directora, organizados em várias pastas de arquivo e enumeradas. Destacando os mais importantes encontramos:
­ Processo dos funcionários
­ Processo dos alunos
­ Pasta de entrada e saída de documentos e sua codificação
­ Inventário dos bens de imóveis
­ Organização do processo de contas
­ Regulamentos, planos e programas
­ Matriculas e caixa escolar
­ Relatórios e actas
­ Documentos da direcção da cidade
­ Exames internos e externos

2.2.4. Estudo de Documentos Básicos da Escola
Constam no sistema de arquivos de documentos básicos da Escola Secundária do Estoril documentos que regulam o funcionamento pleno daquela instituição de ensino, o qual estão arquivados nos cacifos. Realçar que não foi possível obter todos eles, mas dizer que constam neste arquivo os seguintes documentos:
- Pautas
- Caderneta do professor
- Programa de ensino
- Ficha de cadastro dos alunos
- Regulamento interno da escola
- Plano geral da escola
- Regulamento de avaliação
- Instruções e despachos ministeriais
- Estatuto do professor
- Livro de turma
- Estatuto geral dos funcionário do estado e dos professores
- Boletim da república
- Regulamento de avaliação
a) Livro de Turma
Os livros de turma desta escola, servem para o registo de presenças dos alunos assim como dos professores, bem como o apontamento das lições a serem leccionadas durante o ano lectivo, pois cada turma possui um livro e são controlados pelo director adjunto pedagógico.
b) Plano geral da Escola
O plano geral da escola tem como objectivo reforçar a capacidade constitucional, isto é, planificação, gestão e administração do sistema, onde contam os objectivos, os indicadores do desempenho, as actividades, as tarefas específicas, o orçamento, a fonte de finanças, o prazo de implementação, os intervenientes e o responsável.

c) Ficha de Cadastro dos Alunos
Esta ficha, contém o registo ou o cadastro de todos alunos da escola, divididos por classes, onde constam o numero de alunos desistentes, o número dos que fizeram avaliações, situação positiva e negativa, incluindo os com situação de PPF e o número de aprovados e reprovados.

d) Regulamento Interno da Escola
O regulamento interno desta escola, está organizado em capítulos e artigos, neste documento constam todas as actividades a serem desenvolvidas durante o ano escolar, podendo ser alterado pelo director da escola em coordenação do conselho da escola.

e) Estatuto do professor
O estatuto do professor, também está organizado em capítulos e artigos e nele constam todas as disposições para os docentes e ou funcionários daquele estabelecimento de ensino. Nele contam os princípios, deveres, direitos e responsabilidades dos funcionários e docentes daquele estabelecimento de ensino.

2.2.5. Análise crítica das Práticas Pedagógicas I
a) Aspectos negativos:

? Falta de material didático
? Falta de cuidado com as plantas de ornamentação da escola
? Mau estado de conservaao e manutenção das casas de banho


b) Aspectos positivos:
? Harmonia entre a direcção da escola e comunidade escolar
? A escola está bem vedade e permite um melhor control de entrada e saída de pessoas

3. Actividades Desenvolvidas nas PPII
As actividades de práticas pedagógicas II, decorreram na Escola Secundária Mateus Sansão Mutemba, no 2º ano académico e tinha como plano de fundo a assistência e análise das aulas durante o processo de ensino aprendizagem ? PEA com os seguintes objectivos:
- Integração do estudante no contexto real sobre o ensino e aprendizagem concretamente na disciplina de biologia;
- Criar condições para a formação de um professor;
- Criar condições para a aquisição de habilidade e competência e qualidade que possibilitem a prática do processo de ensino e aprendizagem;
- Contribuir para a formação de um professor autónomo, dentro do processo pedagógico.
­ Estabelecer a ligação entre a teorias e a pratica, permitindo, assim aos futuros docentes uma melhor inserção com a realidade no PEA,
­ Analisar as aulas na disciplina de biologia assistidas nas turmas.
Entretanto a realização das actividades das PP-II, foram antecedidas também com a divisão das tarefas em duas partes
­ Actividades do campo
­ Actividades de conferências - seminários.

3.1. Actividades de Campo (descrição das aulas assistidas)
No que diz respeito as actividades do campo, estas decorreram na Escola Secundária Mateus Sansão Mutemba, 10ªclasse, turmas G e H curso Nocturno, cujas as suas actividades baseavam-se na assistência das aulas de Biologia, que consistiu em:
­ Apresentação a escola
­ Assistência as aulas


c) Apresentação a Escola
No dia 18/09/05, um grupo de estudantes afectados na Escola Secundária Mateus Sansão Mutemba, deslocou-se ao local a fim de se apresentar e serem integrados nas turmas mas não tiveram sucesso pois a direcção ainda não se encontrava organizada, tendo regressado num outro dia onde foram enquadrados, isto é conheceram o tutor e as turmas e foram fornecidos os horários, começando deste modo a assistência as aulas.
d) Assistência as Aulas
Para a concretizado deste objectivo, o professor iniciava com a aula marcando presenças, onde constatei que a turma se apresentava com um numero excessivo de alunos (71), em seguida, um breve resumo da aula passada ou por vezes a correcção do TPC, breve comentário da aula agendada para aquele dia e por fim ditava os apontamentos e os alunos passavam para os cadernos. No final deixava TPC para os alunos resolverem em casa, mas que por vezes não era possível cumprir com todos estes parâmetros, pois a indisciplina na sala de aula era muita que fazia com que o professor perdesse o controle dos mesmos, o que levou ao autor a discutir o tema "Relação Professor Aluno no Processo de Ensino - Aprendizagem", pois que nas condições que a turma se encontrava, tornava-se difícil um controle adequado dos mesmos.












Tabela3: Aulas Assistidas Durante o Estágio
Nr. de aulas Turma Data Conteúdo ou tema Métodos usados Meio didáctico


2

G e H

25/08/05 ­ Origem da terra e do sistema solar
­ Composição do planeta ­ Expositivo
­ Elaboração conjunta ­ Quadro
­ Giz
­ Apagador
­ Cadernos
­ Esferográficas
2 G e H 01/09/05 ­ Mecanismos de evolução ­ Expositivo
­ Elaboração Conjunta ­ Quadro
­ Giz
­ Apagador
­ Cadernos
­ Esferográficas
1 G 06/10/05 ­ Avaliação ­ Controle ­ Quadro
­ Giz
­ Apagador
­ Lista de perguntas
­ Folha de teste
­ Esferográficas






3.1.1. Actividades de Conferência e Seminário (sala de aula)
Nas actividades realizadas na sala de aula em conferência ? seminários destaca-se:
­ Análise dos programas do ensino
­ Apresentação de Micro - aulas
­ Produção de matérias didácticas

a) Análise dos Programas de Ensino
Para a análise de programas de ensino, foram formados oitos grupos de forma aleatória, distribuído da 8ª a 12ªclasse do sistema Nacional de educação(SNE), na qual foram analisados a sequência, dos conteúdos e objectivos dos programas de ensino de Biologia, deste modo constatou-se que os conteúdos e os objectivos não obedeciam a sequência correcta, bem como a ausência de alguns conteúdos nos programa de ensino.

b) Apresentação das Micro - Aulas
Para a actividade de apresentação de micro - aulas, foram formados sete grupos de estudantes, onde cada grupo estava composto por quatro elementos, e cada elemento do grupo deveria apresentar uma parte da aula contendo uma função didáctica, durante vinte minutos, o que correspondia a 80 minutos para todo grupo. Entretanto durante a apresentação das aulas de simulação ou micro - aulas , entregava-se o plano de aula ao docente da cadeira de modo que o docente pudesse acompanhar as apresentações dos estudantes. Assim durante a explanação dos estudantes foram constatadas algumas dificuldades inerentes a articulação das funções didácticas, bem como o comprimento do tempo previsto entre outros aspectos.



c) Produção de Materiais Didácticos
Durante a apresentação das micro - aulas os estudantes tinham que produzir um meio didáctico referente a aula que iria ser leccionada de modo a integrar o futuro professor no que diz respeito ao relacionamento da teoria com relação a pratica, pois permite melhor compreensão dos alunos. Assim cada grupo apresentava um meio didáctico.
3.1.2. Anáilise crítica das Práticas Pedagógicas II
a) Aspectos negativos:
? Mau uso do quadro
? Falta de motivação e participação dos alunos
? Falta de assiduidade do professor

b) Aspectos positivos:
? Alta cooperação entre os professores
? Domínio da matéria

4. Actividades Desenvolvidas nas PPIII
As actividades de práticas pedagógicas III, decorreram na Escola Secundária do Estoril ? Cidade da Beira, no 3º ano académico que compreendia o estágio pedagógico, no período de 28 de Abril à 11 de Julho de 2008, com os seguintes objectivos:
­ Criar capacidade no professor estagiário de modo a ser capaz de leccionar aulas da disciplina de Biologia
­ Garantir a formação do futuro professor da disciplina de biologia
­ Contribuir para a promoção de um estudo que reforce a ligação entre a teoria e a prática na disciplina de biologia
­ Participar em sessões de planificação quinzenal de modo a permitir uma boa planificação diária das aulas
­ Contribuir na formação dos alunos, na concepção cientifica do mundo mediante a utilização dos conhecimentos biológicos.

Sendo assim, elas tiveram o seguinte seguimento:
­ Apresentação a escola
­ Assistência as aulas
­ Planificação das aulas
­ Leccionação das aulas
­ Avaliação

4.1. Apresentação a Escola
No dia 28 de Abril de 2008, dirigi-me a Escola Secundária do Estoril, onde fui me apresentar a secretaria da escola e logo de seguida fui indicada o tutor que iria acompanhar as aulas.
Em seguida, fui fornecida o horário e indicada a sala e a turma onde iria estagiar.
4.2 Assistência as Aulas
Foram assistidas 5 aulas, estas leccionadas pelo tutor (Professor Guedinala), para que o estudante praticante (estagiário) pudesse ambientar-se e ou conhecer melhor a turma que iria leccionar (turma j, 9a classe) .
Durante a assistência das aulas, pude apreciar a maneira como o professor leccionava e a participação dos alunos e notei que havia muita correspondência entre professor e alunos visto que o professor usava mais o método de elaboração conjunta de modo a permitir a participação dos alunos durante as aulas, o que conclui que as aulas eram participativas embora houvessem alunos que em contrapartida contribuem para a sabotagem das aulas.
Notei que este método ajuda a controlar a indisciplina na sala de aula, pois não existe espaço para indisciplina, embora com muito esforço, uma vez que eles (alunos) estão em constante contacto com o professor, isto é o professor não cria muito espaço para os indisciplinados o que ajuda no domínio da turma.
Portanto as aulas foram tratadas de uma maneira clara o que me possibilitou na compreensão para a elaboração dos planos diários, dai que irei destacar a relação professor - aluno no processo de ensino-aprendizagem.
4.3. Planificação das Aulas
Planificação de aula, é a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia lectivo. É a sistematização de todas as actividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino - aprendizagem.
Segundo LIBÂNEO, Planificação é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um meio para se programar as acções docentes, mas também é um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.
Segundo HAIDT, Planificação é analisar uma dada realidade, reflectindo sobre as condições existentes, e prever as formas alternativas de acção para superar as dificuldades ou alcançar os objectivos desejados.
Na planificação da aula, o professor especifica e operacionaliza os procedimentos diários para a concretização dos planos de curso e de unidade.
Ao elaborar o plano de aula o professor deve levar em conta as características dos alunos e partir dos conhecimentos que eles já possuem. Por isso, é importante que o professor faça uma sondagem do que os alunos já sabem sobre os conhecimentos a serem desenvolvidos.
Durante o estágio, tive a oportunidade de participar em três secções de planificação quinzenal que decorriam nos sábados entre as 8:00 as 10:00, onde reuniam-se todos os professores da disciplina de Biologia que leccionam a 9a classe.
Para planificação quinzenal, era necessário o uso do programa da disciplina de biologia 9ª classe para nos guiarmos e como base, o livro do aluno e outras bibliografias.
Dai que depois de se fazer a planificação quinzenal, já estavam criadas as condições para a elaboração dos planos diários, pois para o professor se orientar durante as aulas e garantir o processo ensino ? aprendizagem, é necessário que se fizesse os planos diários. Portanto;
Segundo HAIDT, plano, é o resultado, culminância do processo mental de planificação.
Segundo LÍBÂNEO plano, é o detalhamento do plano de ensino.

4.3.1. Planificação Quinzenal
As planificações Quinzenais, nesta escola, são realizadas nos Sábados de quinze em quinze dias, deste modo os professores da disciplina é que são responsáveis pela pasta do grupo da disciplina e com a participação dos restantes professores e sob orientação do delegado de disciplina. Eles debruçam-se sobre o cumprimento dos conteúdos planificados ou a serem leccionados durante a Quinzena.

4.3.2. Planificação Diária
A partir da planificação quinzenal o professor já está em condições de planificar diariamente sobre os assuntos a serem tratados a cada dia.
É necessário que o professor planifique diariamente de modo a se guiar e conseguir atingir os objectivos.
Segundo HAIDTt, plano é "é o resultado, culminância do processo mental de planificação".
Segundo LIBÂNEO plano "e o detalhamento do plano de ensino".
Esta planificação se baseava essencialmente no livro do aluno e noutras bibliografias.
Na planificação da aula, o professor especifica e operacionaliza os procedimentos diários para a concretização dos objectivos traçados pelos planos de curso e de unidade.
Portanto, planificação da aula é sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia lectivo. É a sistematização de todas as actividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.
Ao elaborar o plano de aula o professor deve levar em conta as características dos alunos e partir dos conhecimentos que eles já possuem. Por isso, é importante que o professor faça uma sondagem do que os alunos já sabem sobre os conhecimentos a serem desenvolvidos ou melhor os pressupostos que os alunos já trazem das classes anteriores, da comunidade onde vivem e do convívio da comunidade escolar.
Dai que depois de se ter feito a planificação quinzenal e o plano diário já se reuni condições favoráveis para que se possa dar o passo a seguir que é a leccionação.
Mas para que possamos dar bem uma aula é necessário que saibamos enquadrar muito bem os métodos de ensino no devido lugar para que os alunos entendam bem os conteúdos transmitidos pelo professor. Vou destacar antes da leccionação da aula os métodos de ensino.

4.4. Leccionação das Aulas
Segundo o dicionário de língua portuguesa, leccionar é, dar lições, ensinar, instruir.
As aulas foram leccionadas durante um período de dois meses e duas semanas, isto é, a partir do dia 09 de Maio de 2008, até o dia 11 de Julho de 2008.
O estagiário tinha a tarefa de planificar diariamente as aula e entregar ao supervisor (dr. Cardoso para que corrigisse, onde depois de corrigido era entregue ao tutor (Professor Thomo), também para a sua apreciação e dai dirigir-se a sala de aulas.
As aulas sempre eram assistida pelo tutor, onde no final, fazia uma avaliação dos aspectos negativos e positivos para permitir o melhoramento para a aula seguinte.


4.5. Avaliação
Segundo LIBÂNEO citando Luckesi avaliação é, Uma apreciação qualitativa sobre os dados relevantes do processo de ensino-aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho.
Segundo HAIDT, avaliação é, Um processo de colecta e análise de dados, tendo em vista verificar se os objectivos propostos foram atingidos.
Durante este processo, realizou-se três avaliações, onde duas foram ACS, uma elaborada pelo tutor e corrigida por mim e outra elaborada e corrigida por mim e uma ACP, elaborada por mim e meu colega José Capece uma vez que se tratava de ACP e corrigida por mim.
De referir que as avaliações foram positivas.


























Tabela4 : Aulas Leccionadas Durante o Estágio
Unidade 3: Morfologia e Fisiologia das Plantas
Data Conteúdo Objectivos Nr. de aulas


O7/05/08

A


16/05/08 1. Estudo do caule
§ Constituição e função do caule
§ Classificação do caule, quanto a situação, consistência, forma e posição;
§ Adaptações do caule ao ambiente em que vive;
§ Estrutura primaria do caule das monocotiledóneas e dicotiledóneas;
§ Estrutura secundaria do caule das dicotiledóneas
§ Importância do caule na economia, alimentação, medicina e ecologia. O aluno deve ser capaz de:
§ Mencionar as partes que constituem o caule
§ Explicar as funções do caule
§ Identificar os diferentes tipos de caule
§ Identificar a estrutura primária e secundária do caule
§ Falar da importância do caule
1
2

1
1

1

1

19/05/08

A

02/06/08 2. Estudo da folha
§ constituição e função;
§ Classificação da folha quanto a forma, divisão do limbo, inserção e nervação;
§ Estrutura interna folha;
§ Adaptações da folha as condições do meio ambiente, Importância da folha (na economia, alimentação, medicinal e ecológica);
§ ACP. O aluno deve ser capaz de:
§ Mencionar as partes que constituem a folha
§ Explicar as funções da folha
§ Identificar os diferentes tipos de folhas e suas adaptações
§ Falar da importância da folha
1
2

1
1

1

04/06/08

A

09/06/08 4. Estudo da flor
§ classificação e função;
§ Classificação da flor quanto a inflorescencia e quanto ao número de peças florais
§ Correcção e entrega da ACP
§ Importância da flor na economia, alimentação, medicina e na ecologia O aluno deve ser capaz de:
§ Mencionar as partes que constituem a flor
§ Classificar a flor
§ Falar da importância da flor
1
1

1
1

11/06/08

A

16/06/08 5. Estudo do fruto
§ constituição e função do fruto;
§ Classificação do fruto quanto a consistência do mesocarpo, a deiscência e ao tipo;
§ Correcção e entrega da ACS
§ Importância do fruto na economia, alimentação medicina e na ecologia. O aluno deve ser capaz de:
§ Mencionar as partes que constituem o fruto e sua função
§ Classificar os frutos
§ Descrever os diferentes tipos de frutos
§ Falar da importância do fruto
1
1


1
1
18/06/08

A
27/06/08 6. Estudo da semente
§ Constituição da semente quanto ao numero de cotiledones, função da semente;
§ Importância da semente na economia, alimentação e na medicina; § Mencionar as partes que constituem a semente e sua função
§ Falar da importância da semente
1

1




4.6 . Análise crítica das Práticas Pedagógicas III
a) aspectos negativos:
? Elevado número de alunos e a falta de carteiras nas salas de aulas, onde cada carteira sentavam-se 3 alunos o que não é correcto quando estamos perante uma avaliação sistemática, constitui um constrangimento para os objectivos que se pretende atingir com o ensino, pondo em causa o processo de ensino e aprendizagem (PEA).
? Falta de biblioteca e sistema informático é um grande constrangimento para a escola.
? Faltas sistemática dos alunos
Portanto, todos esses aspectos, principalmente o numero elevado de alunos numa sala de aula, contribui para o fraco aproveitamento, consequentemente, o mau relacionamento entre o professor e o aluno, visto que esse problema contribui para indisciplina.
b). Aspectos positivos
? Boa colaboração entre estagiário e aluno
? Facilitação do processo de estágio por parte da direcção da escola


Recomendações
? Os professores devem buscar os meios didáticos funcionais e apropriados para as aulas de Biologia e buscar alternativas metodológicas que façam convergir o enfoque disciplinar para indisciplinar.
? Que o Ministério da educação produza e promova materias paradidático sobre programas de educação ambiental.
? Que os professores se interesem mais sobre problemas ambientais e os discutam com os alunos.
? A direcçãoo da escola deve incentivar os professores a elaborarem actividades de educaçào ambiental a serem implementados na escola e comunidades
? A sensibilização do corpo docente para a mudança de uma pratica estabelecida, frente às dificuldades de novos desafios e reformulações que exigem trabalho e criatividade.












BIBLIOGRAFIA
AB'SABER, A. Re Conceituando Educação Ambiental. In SILVEIRA, F. P. R. A. Histórico, Conceitos, Fundamentos, Métodos e Estratégias em Educação Ambiental. Apostila do Curso de Especialização em Tecnologias Ambientais. São Paulo: FATEC, 2003. p 83.
1988. São Paulo: Saraiva, 2001. (Coleção Saraiva de Legislação).
DIAS, G. F. Atividades interdisciplinares de Educação Ambiental. Manual do professor. São Paulo: Global, 1994.
DIAS, G. F. Atividades interdisciplinares de educação ambiental. 3ª edição. São Paulo: Global, 1997.
DIAS, G. F. Educação Ambiental: Princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 2003.
GUIMARÃES, M. A Dimensão Ambiental na Educação. São Paulo: Papirus, 1995. p. 29-36.
GUIMARÃES, M. A formação de educadores ambientais. Campinas: Papirus, 2004.
OLIVEIRA, H. T.; SANTOS, K. C. Concepções e Práticas de Educação Ambiental na Formação Continuada de Professores do Ensino Fundamental em São Carlos. In Revista Educação: Teoria e Prática, vol. 9, nº 16. São Paulo: UFSCar, 2001.
REIGOTA, M. O que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasileirense, 1994. (Coleção Primeiros Passos). REIGOTA, M In Verde Cotidiano, o meio ambiente em discussão. Rio de Janeiro: DP&A, 1999, p 67-81.
REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 1998. (Coleção Questões da nossa Época, v.41), p 65-70.
REIGOTA, M. Ecologia, elites e intelligentsia na América latina: um estudo de suas representações sociais. V1. São Paulo: Annablume, 1999.


Autor: Herculano Elias Ernesto


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