Poesia Piauiense: Anotação Sobre A Poesia De Demétrius Galvão
O que chama a atenção para a poesia deste escritor piauiense, é como a sua escrita se fragmenta até a quase esquizofrenia completa, e, logo depois retorna ao eu, sem nunca uni-lo totalmente.
Esta maneira de ver o sujeito tem muito a ver com o pensamento de Deleuze e até com a proposta de Edgar Morin, a proposta de um sujeito sem ponto fixo, variável, não essencial.
Como o filósofo grego Heráclito, Demétrius vê o mundo em fuga, movimento, oscilação, sendo a mudança a única constante. Para ele, o tema está a fugir, a perder-se.
Sua poesia tem de certa forma uma marginalidade e agressivamente que buscam retirar o leitor de sua apatia, chamando-o para a participação ativa no texto.
Interessante também como, em poemas mais prosaicos, o autor se utiliza das reticências. Ele transforma o texto numa continuidade, sem deixar jamais o presente, aliando a isso, ainda, o universo do cinema.
Aguardemos mais de Demétrius.
Autor: Ivaldo Ribeiro Filho
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