O traidor



Também é traído que trai,
Pesou Roberto consigo.
Esse homem perdeu seu primo,
Alem de um grande amigo.
No lar Antônio era xucro,
Humilhava a doce Amélia.
Mulher linda de sorriso encantador,
Que Antônio, se negava a ver.
Pra ela só palavras de dor,
A mulher sofria sem merecer.
Mas na vida tudo tem limite,
E o inocente pode se vingar!
Antônio era homem bom,
Menos para dona do lar.
Roberto era sempre bem vindo,
Como se casa fosse sua.
Antonio contava estórias,
Garanhão, predador, irresistível,
Aos olhos de muitas damas.
Roberto dividia com o primo,
Suas aventuras libidinosas.
Mas o pecado mora ao lado,
Ele buscou a mais formosa.
A carne é fraca pode afirmar,
Precisa ser amada essa mulher.
Cobiçou-a com olhar,
Malicioso em seus mistérios.
Entregaram-se à fraqueza da carne,
Consagrou-se o adultério.
Por vários anos sentiu-se amada,
Se viu mulher, valorizada.
Desabafava suas angustia,
E sem juízo se entregava,
Ao amor em pecado que tudo podia.
A mulher reprimida e mal tratada,
Liberava no quarto sua ousadia.
Vindo a tona tudo acabou,
Perdeu Roberto seu primo,
E mulher que só ele valorizou.
Antônio Surpreendeu a todos
Pois Amélia, ele perdoou!
Seguem juntos seus destinos,
Nada igual como começou.
Hoje faz de tudo para esposa,
Mudou o estilo de vida.
Mas Roberto saiu machucado,
Pois não cicatriza essa ferida.
A traição tem conseqüências,
Que nós pagamos com a vida.
Uma dor que mina a consciência,
Pois perdeu algo de muito valor,
Perdeu seu primo, seu amigo,
E uma mulher que muito amou.


Marcos França

Autor: Antônio Marcos Soares França (Marcos França)


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