EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA



Este trabalho tem por justificativa abordar a educação ambiental, pois a partir do momento em que o homem começou a modificar a natureza, plantando e colhendo, criando animais, erguendo construções, o planeta deixou de ser apenas uma paisagem natural para se transformar geográfico: um espaço humanizado, construído por meio do trabalho. À medida que mudam os instrumentos de trabalho, a sociedade também vai se modificando surgem novas formas de pensar, de morar, de se relacionar e vão surgindo também as graves conseqüências ambientais do homem ao uso dos recursos naturais no desenvolvimento das atividades econômicas, atribuídas ao fluxo de material e energia manipuladas pelas atividades humanas que impõe ao meio ambiente graves efeitos negativos, como vegetação alterada por conta da agricultura e pecuária extensiva, destruição da mata ocasionadas por queimadas causando erosão do solo. Por isso, ao olhar uma paisagem não podemos deixar de refletir sobre o modo como vive a sociedade que a construiu, e assim discutir as novas formas de organização social que surgem como avanço tecnológico. Particularmente, a ciência geográfica vem contribuindo cada vez mais ativamente, na tomada de decisões que atentem para a importância da preservação e conservação ambiental.
A Geografia enfoca a necessidade de se promover a Educação Ambiental como primeiro passo a ser dado, quando se deseja mobilizar pessoas para ações relacionadas à preservação ambiental. Nesse sentido, formar cidadãos críticos e conscientes de suas responsabilidades individuais, faz-se necessário, uma vez que o âmbito escolar enquanto produtor e propagador de conhecimentos sistematizados deve está em consonância com os problemas atuais da sociedade.


1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por justificativa abordar a educação ambiental, pois a partir do momento em que o homem começou a modificar a natureza, plantando e colhendo, criando animais, erguendo construções, o planeta deixou de ser apenas uma paisagem natural para se transformar geográfico: um espaço humanizado, construído por meio do trabalho. À medida que mudam os instrumentos de trabalho, a sociedade também vai se modificando surgem novas formas de pensar, de morar, de se relacionar e vão surgindo também as graves conseqüências ambientais do homem ao uso dos recursos naturais no desenvolvimento das atividades econômicas, atribuídas ao fluxo de material e energia manipuladas pelas atividades humanas que impõe ao meio ambiente graves efeitos negativos, como vegetação alterada por conta da agricultura e pecuária extensiva, destruição da mata ocasionadas por queimadas causando erosão do solo. Por isso, ao olhar uma paisagem não podemos deixar de refletir sobre o modo como vive a sociedade que a construiu, e assim discutir as novas formas de organização social que surgem como avanço tecnológico. Particularmente, a ciência geográfica vem contribuindo cada vez mais ativamente, na tomada de decisões que atentem para a importância da preservação e conservação ambiental.
A Geografia enfoca a necessidade de se promover a Educação Ambiental como primeiro passo a ser dado, quando se deseja mobilizar pessoas para ações relacionadas à preservação ambiental. Nesse sentido, formar cidadãos críticos e conscientes de suas responsabilidades individuais, faz-se necessário, uma vez que o âmbito escolar enquanto produtor e propagador de conhecimentos sistematizados deve está em consonância com os problemas atuais da sociedade.


2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Geografia vivencia um processo de renovação do pensamento de uma visão descritiva para uma visão crítica do que havia sido até então. O conhecimento geográfico é utilizado como instrumento de luta para uma sociedade mais justa ganhando assim, um caráter político (MORAES, 1999).
Atualmente a degradação ambiental ameaça o meio em que vivemos, desencadeados pelo fato de que a população não tem consciência de conservação da natureza, representada pela falta de educação ambiental.
A educação ambiental é necessário para a proteção da natureza, aproveitamento de suas riquezas e melhoria na qualidade de vida em nosso planeta. Na obra da jornalista Rachel Carson (1962), intitulada "Primavera Silenciosa" a autora aborda a perda da qualidade de vida em várias partes do planeta, causada sobretudo pela crescente queda da qualidade ambiental, produzida pela ganância dos lucros a qualquer custo, por meio da exploração predatória. Rachel Carson ( 1907-1964), bióloga marinha e escritora, impressionou-se com o desaparecimento dos pássaros que, na primavera, enchiam de alegria com seus cantos as imensas planícies verdes ao longo das margens do Mississipi, Carson condenava o uso indiscriminado de agrotóxicos ou pesticida. A maior contribuição de A Primavera Silenciosa foi à conscientização pública de que a natureza é vulnerável à intervenção humana. Poucas pessoas até então se preocupavam com problemas de conservação, a maior parte pouco se importava se algumas ou muitas espécies estavam sendo extintas. Mas o alerta de Rachel Carson era assustador demais para ser ignorados pesticidas sã tóxicos não apenas para as pestes que se pretende combater, mas também para as pessoas, plantas e animais. Contaminam alimentos e poluem as reservas de águas potáveis, com isso aumentam a contaminação de alimentos, os riscos de câncer, de alteração genética e a morte de espécies inteiras. Pela primeira vez, a necessidade de regulamentar a produção industrial de modo a proteger o meio ambiente se tornou aceita.Hoje em vários paises do mundo os fertilizantes, pesticidas e herbicidas vêm sendo substituídos por novos métodos. Os fertilizantes químicos são substituido pelo orgânico. Os pesticidas e herbicidas são substituídos pelo controle integrado de pestes, ou controle biológico, que consiste na introdução de predadores naturais no meio ambiente e de variedades de plantas mais resistentes, com o uso seletivo de produtos químicos, para manter a produção de alimentos e ao mesmo tempo eliminar os riscos a saúde e ao meio ambiente. Portanto, a Educação Ambiental tratada pela Geografia tem importância fundamental para a construção de uma sociedade mais igualitária e para o uso racional dos recursos naturais, uma vez que os mais pobres são os mais afetados pela degradação do Planeta.
É determinante, então, que a chamada Nova Geografia, hoje concebida como Ciência que adota uma postura crítica, tenha como principal preocupação às mudanças na ordem social.
Os geógrafos críticos, em suas diferenciadas orientações, assumem a perspectiva popular, da transformação da ordem social. Buscam uma geografia mais generosa e um espaço mais justo, que seja organizado em função dos interesses dos homens (MORAES, 1994, p. 127)


3. ESTRATEGIAS PARA O TRABALHO COM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

As aulas de geografia tornam-se cansativa, pelo fato de o professor trabalhar a disciplina apenas de forma descritiva, utilizando apenas o livro didático. Ao utilizar o livro didático, o professor, encontra varias oportunidades para discutir problemas ambientais que ocorrem no Brasil e no mundo, mas problemas relacionados realidade local o livro didático não oferece.
Uma das estratégias de ensino para a prática da educação ambiental é promover um programa de educação ambiental. A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da localidade em que vive aluno e professor. É de grande importância, colocar em prática, o conteúdo visto em sala. Mostrar a realidade ambiental para o aluno. Por exemplo:
· Retratar uma vegetação rasteira, alterada com as margens do açude desprotegidas efetuaremos um incentivo a preservação e recuperação do meio, com o intuito de preparar os alunos a terem uma visão critica do meio ambiente local.
· Discussão em classe, permite que os estudantes exponham suas opiniões oralmente a respeito do assunto determinado, ajuda o estudante a compreender as questões, desenvolve autoconfiança e expressão oral.
· Mutirão de idéias, atividades que envolvem pequenos grupos, 5-10 alunos para a apresentar soluções possíveis para um determinado problema, todas as sugestões são anotadas, estimula idéias voltadas a soluções de um certo problema.
· Projetos, os alunos supervisionados, planejam, executam, avaliam e redirecionam um projeto sobre um tema especifico (reciclagem), as realizações das tarefas pode ser feita com a comunidade e podem ser apresentadas durante uma feira de ciências.
· Outras ações diretas para e prática da Educação Ambiental são as visitas a museus, criadouro científico de animais silvestres, passeios em trilhas ecológicas e desenhos ecológicos.

"Na atualidade difundem-se as preocupações relacionadas com o desenvolvimento econômico e com a conservação dos recursos naturais (...)".
(CRISTOFOLETTII, 1981).

Há ainda as parcerias com Secretarias de Educação de Municípios, formando Clubes de Ciências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais locais. Os temas mais trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente. Existem ainda atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental, com o intuito de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos ao conhecimento e melhoria de seu próprio ambiente. Podem ser organizadas e incentivadas diversas atividades que envolvem a comunidade da região, como por exemplo, caminhada rústicas.

Conforme WAINER (1991), em temos constitucionais no Brasil, A Educação Ambiental passa a ser um dos instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente, com a promulgação da Constituição (1988), que no seu artigo 225, relata: "Todos têm direito ao meio ambiente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações".
Dentro dessa perspectiva, o MEC (Ministério da Educação e do Desporto), propõe para o Ensino Fundamental dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1997), temáticas transversais que abre espaço para discussões relacionadas à Ética, Cidadania, Meio Ambiente e Saúde, que podem ser trabalhadas em qualquer disciplina do currículo do Ensino Fundamental. Uma das estratégias de ensino para a prática da educação ambiental seria promover um programa de educação ambiental. Para ser efetivo é preciso o desenvolvimento do conhecimento e planejamento sobre o que vai ensinar.A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da localidade em que vive aluno e professor. Com a ajuda de alguns temas transversais, como palestras sobre meio ambiente local, debates e discussões, exploração do ambiente local para eles compreender a interação complexa dos processos ambientais a sua volta. Fazer com que a geografia física se torne menos cansativa, através de processo pedagógico, participativo e permanente para despertar no educando uma consciência critica sobre a problemática ambiental local.


4. ESCOLA DE CARA LIMPA"- EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A reciclagem é umas das alternativas para o tratamento do lixo urbano e contribui diretamente para a conservação do meio ambiente. Ela trata o lixo como matéria-prima que é reaproveitada para fazer novos produtos e traz benefícios para todos, como a diminuição da quantidade de lixo enviada para aterros sanitários, a diminuição da extração de recursos naturais, a melhoria da limpeza da cidade e o aumento da conscientização dos cidadãos a respeito do destino do lixo.Por isso devemos aplicar em nossa escola a coleta seletiva que é separar o lixo dos resíduos sólidos para que seja enviado para reciclagem. Significa não misturar materiais recicláveis com o restante do lixo. Ela pode ser feita por um cidadão sozinho ou organizada em comunidades, como por exemplo, em condomínios, empresas, escolas, clubes, cidades, etc. Todos os materiais devem estar separados, limpos e secos. As cores dos receptores de resíduos sólidos recicláveis são:

PLASTICOS - METAIS - VIDROS - PAPEL


Temos que enxergar a escola como sendo uma potencial formadora de cidadãos, desta forma uma das funções da escola é a educação ambiental, pois a partir dela faremos com que os alunos tenham atitudes ambientalmente corretas no seu cotidiano. Em algumas escolas já existem projetos voltados para a educação ambiental. Com a implantação de alguns projetos a escola pode:
- Reduzir o desperdício de papel em sala de aula.
- Depositar corretamente os materiais descartados pelos alunos nos recipientes adequados a coleta seletiva e o estabelecimento de ensino interagir junto à comunidade como ponto de coleta de óleo de cozinha.
- Destinar adequadamente os resíduos coletados para não prejudicar o meio ambiente.
Esse projeto deve ser realizado em conjunto com professores, funcionários, pais e alunos interessados em adotar essa prática no ambiente escolar. Todas as turmas serão inseridas no projeto e como estimulo a turma que se destacar ao longo do ano terá como mérito um passeio cultural e a premiação de medalhas para todos os alunos da turma.


5. DICAS DE RECICLAGEM
Apresento abaixo algumas dicas que eu, vocês e o mundo podem fazer e com isso ajudar a natureza e o meio ambiente. Agora imaginem se todo mundo pensasse da mesma maneira e cada um ajudasse mesmo que fosse só um pouco, com certeza teríamos um cenário diferente no Brasil, porém não vamos esperar que o dia de amanhã, vamos começar hoje mesmo.
· Separar o lixo para reciclagem;
· Ao comprar um eletrodoméstico, prefira os novos e de qualidade (economizam energia);
· Regar as plantas no período da manhã ou no cair da noite;
· Evitar deixar torneiras abertas ou pingando;
· Economize no papel, utilize o outro lado do papel para anotações ou fazer rascunhos;
· Reduza o uso do automóvel (carro), tenha uma vida mais saudável, se for sair para lugares próximos prefira a pé;
· Faça doações das roupas que não utiliza mais, normalmente bazares de caridade recebem e doam para quem precisam;
· Prefira lâmpadas fluorescentes compactas para as salas cujo índice de ocupação é maior - são mais eficazes se estiverem acesas durante algumas horas. Embora mais caras, duram mais e gastam um quarto da energia consumida pelas lâmpadas incandescentes. Você vai evitar que meia tonelada de dióxido de carbono seja expelida para a atmosfera.
· Desligue as luzes e os equipamentos (computadores fotocopiadoras, etc.) quando sair do escritório. Está provado que, se durante um ano desligarem-se dez computadores pessoais, à noite e durante os fins-de-semana, vai se poupar em energia o equivalente ao preço do computador. Instale sensores de presença que desliguem as luzes sempre que a sala fique vazia.


6. CONCLUSÃO

É verdadeiramente preocupante a situação em que se encontra o Planeta. As pesquisas ? leituras, estudos e diálogos ? que são feitas só tendem a confirmar tal realidade. Através da educação ambiental nas escolas, esperamos que o aluno venha se ver dentro da sociedade como um cidadão ativo, consumista e modificador do meio, que tem como dever preservar ao máximo o meio ambiente para si e para as futuras gerações. Contudo, pretendemos despertar nos alunos uma mudança de hábitos com relação ao descarte dos produtos utilizados no seu cotidiano para que possam vir a contribuir com a separação voluntária dos resíduos sólidos de sua residência, com a reutilização de alguns produtos como também com a redução do consumo desnecessário, criando desta forma uma consciência ambiental, inclusive em âmbito familiar. Enfim, é de suma importância que nós, professores de geografia, tenhamos a consciência de que somos formadores de opinião, e que depende primeiramente das nossas atitudes a formação dos futuros cidadãos. Além disso, a pratica ambiental no ambiente escolar possibilita formar cidadãos mais conscientes de suas ações para com o meio que o cerca e que podemos conviver harmoniosamente e em equilíbrio com a natureza mesmo extraindo dela os recursos necessários para nossa sobrevivência.
Conclui-se que a ciência da Geografia usando os argumentos levantados nessa pesquisa pode viabilizar muito bem o estimulo de um maior debate na área ampliando o papel social da disciplina diante da presente problemática ambiental.

7. REFERENCIAS
CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1962.305p.
CARVALHO, M. de. O que é Natureza? São Paulo: Brasiliense, 1991.
CHRISTOFOLETTI, A. A Inserção da Geografia Física na Política de Desenvolvimento Sustentável. Geografia, Rio Claro: Abril, 18(1). p. 1-22, 1993.
MORAES, Antônio Carlos Robert. Meio ambiente e ciências humanas. São Paulo: Hucitec, 1994.
SANTOS, Milton. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. São Paulo: EDUSP, 2002.


8. ANEXOS


Constituição da República Federativa do Brasil
(Somente os Artigos referentes à Educação) .

TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL

(...)

CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
DA EDUCAÇÃO


Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.

Art. 207. As universidades gozam de autonomia dídático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

§ 1o É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Acrescentado pela Emenda Constitucional n. 11/96)
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Acrescentado pela Emenda Constitucional n. 11/96)

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (Alterado pela Emenda Constitucional n. 14/96)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Alterado pela Emenda Constitucional n. 14/96)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

§ 1o O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2o O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3o Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1o O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2o O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1o A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino, mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. (Alterado pela Emenda Constitucional n. 14/96)
§ 2o Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Alterado pela Emenda Constitucional n. 14/96)
§ 3o Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Acrescentado pela Emenda Constitucional n. 14/96)
§ 4o Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Acrescentado pela Emenda Constitucional n. 14/96)

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1o A parcela da arrecadação de impostos transferidos pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2o Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3o A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.
§ 4o Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ 5o O ensino fundamental público tenha como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei. (Alterado pela Emenda Constitucional n. 14/96)

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1o Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
§ 2o As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público.

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

(...)
CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.

§ 1o A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências.
§ 2o A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.
§ 3o O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.
§ 4o A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.
§ 5o É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

(...)
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1o Para assegurar a efetividade deste direito, incumbe ao Poder Público:

(...)

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

Brasília, 5 de outubro de 1988.

COMO MELHORAR O AMBIENTE

SABÃO DE ÓLEO DE COZINHA USADO
1 balde limpo de pelo menos 10 litros
1 pedaço de madeira com pelo menos 60 cm que servirá como colher para mexer a mistura
1 litro de soda caustica líquida (tenha mais 1 litro de reserva)
3 a 5 litros de óleo de cozinha usado
1 copo de 250 ml de álcool (tenha mais 250 ml de reserva)
1 par de luvas de borracha (essas que as pessoas usam para fazer limpeza)
1 óculos de segurança
Estar vestido com uma camisa de manga comprida, calça e utilizar um calçado fechado tipo tênis ou bota.

Modo de fazer:
Primeiro certifique de que está bem vestido e nenhuma parte de seu corpo está exposta, coloque as luvas, óculos.
Passo 1: Despejar devagar 1 litro de soda caustica no balde (limpo) acrescentar de 3 a 5 litros de óleo de cozinha usado bem devagar para não espirar, mexa de forma lenta para que os dois produtos se misturem por mais ou menos 3 minutos, se desejar coloque sua mão na parte externa do balde para verificar as reações químicas que estão ocorrendo gerando calor (chega a gerar mais de 70 graus centigrados).
Se você tiver tempo deixe essa reação química ir ocorrendo e vá mexendo essa massa a cada 20 minutos se der, observe que essa massa vai modificando sua cor, textura e ficando CAD vez mais consistente. Se você optar por essa forma talvez não haja necessidade de colocar o álcool, pois esse produto só é colocado para funcionar como um ingrediente acelerador das reações químicas, ou seja, sem a presença dele o sabão pode demorar para ficar pronto entre 2 a 12 horas, e na presença dele o sabão fica pronto em 5 minutos.
Se você quiser fazer sabão de 5 a 10 minutos, siga as instruções do Passo 1, acrescente os 250 ml de álcool bem devagar, continue mexendo até a massa ficar bem dura.
Problemas, Soluções e Dicas:
Saiba de uma coisa cada vez que você for fazer sabão você obterá resultados diferentes, isso ocorre por diversos motivos. Exemplo: quanto mais o óleo utilizado for sujo (utilizado para fritar muitas coisas) mais soda caustica será necessário acrescentar, por esse motivo que informamos que o óleo pode variar de 3 a 5 litros para 1 litro de soda caustica. Você pode ter utilizado soda caustica de diferentes fabricantes e assim você terá esse produto com diferentes composições.
Quando estiver produzindo o sabão e ele não estiver ficando no ponto, pode estar faltando colocar soda caustica, acrescente mais 250 ml e mexa, se notar que na superfície forma uma nata, ou que a mistura está talhando como leite o processo ETA caminhando corretamente, se mesmo assim a mistura continuar líquida acrescente mais soda caustica (sempre de 250 ml) e veja como a mistura ficou, se desejar acelerar o processo acrescente sempre 100 ml de álcool.
Após o sabão começar a ficar duro, na consistência de uma massa mole é a hora mais aconselhada para embalar o mesmo, eu coloco o sabão ainda meio mole em caixinhas de leite tetra pak, pois elas são resistentes e ótimas para que o sabão termine de sua reação química, elas também permitem que você vá cortando os pedaços de sabão na quantidade que desejar.
Preste muita atenção o sabão demora entre 15 a 50 dias para ficar curado (pronto), ele necessita que diversas reações químicas continuem ocorrendo até sua plena cura, então saiba que é importante sempre ter um lote de sabão curando e um lote de sabão sendo utilizado assim você sempre terá sabão.











































































































































































































































































































Autor: Gabriella Maciel Fekete


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