EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS NAS AULAS DE CIÊNCIAS NA 5ª SÉRIE



José Smokovicz
Professor Orientador: Ademar Flávio Alexandre
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Ciências Biológicas (BID 1761) - Trabalho de Graduação.
10/11/10.


RESUMO

Experimentos científicos nas aulas de ciências de 5ª série são motivados pelo professor que em sala de aula busca transformar enunciados científicos em conteúdos escolares. Valorizando o que cada aluno já trás consigo, procura somar saberes aproveitando que cada personalidade é intrínseca no quesito "do como aprender", isto é, cada criança particulariza a incorporação dos saberes a sua estrutura mental através de seus canais cinestésicos mais desenvolvidos, cabe ao professor explorá-los. Os avanços científicos e o nosso grau de evolução são devidos aos experimentadores e os que não se conformaram com o que foi inventado e sempre buscaram novas alternativas. Somente buscamos quando temos interesse, só prendemos quando somos motivados pela vontade de descobrir, de entender, "do como é que é". Atualmente em competição com as mídias populares e desmerecedoras de créditos, o aprendizado escolar está fadado ao fracasso. Somente com aulas bem preparadas e munidas de práticas escolares os professores levam o conteúdo até os seus alunos de modo que estes aprendam e perpetualizem os enunciados. O método experimental investigativo é o que se adapta ao currículo exigente. Cada disciplina escolar pode adaptar práticas de comprovação usando métodos experimentais para facilitar o entendimento e melhorar o aproveitamento escolar.


Palavras-chave: Experimentação. Comprovação. Conhecimento


1 INTRODUÇÃO

O conhecimento acumulado pela humanidade ao longo da evolução é repassado aos alunos em forma de conteúdos escolares, sendo este o maior objetivo da escola. Para ensinar e se fazer compreender disseminando estes conhecimentos, o simples cumprimento de horários escolares, o uso do livro didático, as explicações e a escrita destes conteúdos no quadro não bastam.
O legado aqui deixado servirá aos interessados em provir e rever seus métodos de ensino. É comum no meio escolar ouvir frases do tipo "não agüento mais os meus alunos", e muitas vezes a solução é bastante óbvia ? motivação e vontade de mudar.
Conscientes de que essa polêmica não é corri¬queira nem pode ser resolvida tão facilmente, deve¬mos ter em mente que a ciência é uma produção hu¬mana, resultado de um trabalho coletivo, dinâmico, passível de erros e acertos, construído historicamen¬te e compartilhado por grupos mais ou menos nu¬merosos, ao longo do tempo. O sucesso e o fracasso de idéias científicas usadas em beneficio do progresso humano não dependem apenas do objeto de investigação, dos métodos utilizados nas pesqui¬sas e dos resultados obtidos - eles estão associados ao seu momento histórico.
Como a escola está pautada ao cumprimento de horários e ao numero de dias letivos, o corpo docente tem compromisso de vencer os conteúdos escolares planejados para o ano letivo. Não raras ocasiões o que se vê é o fracasso escolar, e não menos alunos que somente "passam de ano", mas de conhecimento mesmo não agregam nada a sua bagagem cultural e ou científica.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a área de Ciências Naturais inclui ramos da Astronomia, da Biologia, da Física, da Química e das Geociências. No Ensino Fundamental, a área de Ciências é contemplada em uma única disciplina escolar: Ciências.
Usando métodos antigos e rudimentares de ensino-aprendizagem, escolas estão se limitando a feituras de cópias, questionários e provas com questões dissertativas e ou de múltipla escolha.
Diante do exposto questiona-se:
Ø Será que os alunos estão entendendo?
Ø Por que tanta indisciplina?
Ø Qual a finalidade de uma mera cópia?
As respostas a estes questionamentos levam o professor a pensar, raciocinar e a introverter o pensamento de modo a atingir os objetivos almejados e aplicados durante as aulas. Produzir uma aula tal que mesmo não tendo todos os meios disponíveis de visualização possa fazer com que o aluno imagine, viaje para dentro da informação, e assim adquira conhecimentos. Melhorar as formas de explicar os conteúdos, fazendo contextualizações e buscar meios de experimentar os princípios científicos.
Facilmente são atendidos estes objetivos com os experimentos dentro da própria sala e ou no momento da aula concomitantemente, sendo num primeiro momento um verdadeiro paradoxo.


2 DESENVOLVIMENTO

O professor pesquisador da área de Ciências, 5ª série, percebendo o problema do aprendizado no ensino - propõe que as aulas de ciências sejam elaboradas de modo a produzir conhecimento "in loco", buscando explicações da parte teórica a comprovando o enunciado científico através de experiências realizáveis na sala de aula.
A partir do enfoque dos problemas em sala, a experimentação científica vem a preencher uma grande lacuna, o professor passa a ter mais gosto pelo trabalho, em contrapartida os alunos passam a gostar mais das aulas. Todo o problema humano é de comunicação e este só pode ser resolvido através da comunicação, cada vez mais a formação humana depende de pesquisa e comprovação, é como uma necessidade. Desta forma passa-se também a valorizar os aspectos psicológicos e a par¬ticipação ativa do estudante no processo de aprendizagem, o que resulta em uma preocupação particular em desenvolver as atividades práticas. A intenção fundamental do ensino de Ciências é a de dar condições para que o aluno vivencie o que se deno¬minava método científico, pelo método da redescoberta. Infelizmente ainda há professores que acreditam que só é possível um bom ensino de Ciências com o uso de la¬boratórios. Por outro lado houve uma mudança de perspectiva de considerar a participação do aluno não apenas individualmente, mas trabalhando em grupos. As dificuldades de encontrar professores especializados, formados adequadamente são uma raridade maior ainda. Aqueles que não só sejam formados, mas que também gostem de Ciências são heróis que precisam ser reconhecidos. Sem recursos ou salário adequado, eles se esforçam em trazer para as crianças um pouco do que sabem sobre o mundo.
Vários métodos são utilizados entre eles:
Ø Oratória apoiada na retórica;
Ø Quadro e giz;
Ø Recursos audiovisuais.
A forma de entendimento é particular e inerente a cada um. Cada pessoa é um conjunto de crenças e opiniões e as crianças não são diferentes. Cada personalidade é atingida por diferentes canais, portanto cada um percebe o mundo á seu modo.
Assim, numa mesma turma de alunos é possível encontrar os que aprendem:
Ø Ouvindo;
Ø Vendo;
Ø Sentindo;
Ø Intuindo.
O enfoque das aulas deve ser direcionado de modo a atingir todos, pois numa sala de aula temos indivíduos que usam mais de um canal cinestésico. Quanto mais interacionados com o "mundo" e com o uso destes canais, ou seja, os sinestésicos (sentem), os auditivos (ouvem) os visuais (vêem), e os intuitivos (intuem).
Cada indivíduo particulariza a forma de aprender.
O canal visual é construído em conseqüência da utilização do terminal/sentido da visão, talvez o mais forte, direto e poderoso instrumento de percepção e comunicação do homem. [...] se amolda mais naturalmente às estruturas e comportamentos típicos do hemisfério analítico e aos estados característicos dos comportamentos fechado e independente que resultam dos processos de entrada e saída da individualidade. (SEVERINO).

É por isso que quando uma explicação é bem feita e de forma exaustiva há ainda os que não entendem. Para que cada estudante, entronize e incorpore os conteúdos escolares à sua estrutura mental, este usará os canais cinestésicos - haverá os que ouvem, vêem, sentem, intuem e os que vão usar o conjunto proprioceptivo pessoal de forma diferente, o ser humano não é um robô, e as crianças também não o são, e muitos educadores se frustram por que não sabem deste particular.
Os indivíduos auditivos preferem ouvir;
O canal auditivo é estruturado a partir da utilização do terminal/sentido da audição, [...] devido às múltiplas interferências a que está sujeito, tanto no próprio ato do ouvir como, principalmente, no momento seguinte de tradução desse estímulo [...] se relacionar adequadamente com o mundo exterior por meio da palavra e dos apelos auditivos preferindo, igualmente, uma comunicação mais objetiva e lógica. Sentem-se bem quando estão falando ou discutindo com os outros suas questões de trabalho e posições: - Têm o dom da palavra e o usam para convencer os outros; - Só conseguem estudar lendo os textos em voz alta; - Gostam de ouvir rádio, música ou comparecer a concertos. (SEVERINO).

Enquanto que os indivíduos cinestésicos;
O canal cinestésico resulta da combinação/utilização do terminal/sentido do olfato, tato e paladar, um caminho impregnado de sensações mais vivas, de troca, de contato, de convivência. [...] estruturas e comportamentos típicos do hemisfério emocional/relacional e com os estados característicos dos comportamentos receptivos e abertos, oriundos dos processos de entrada e saída da individualidade. (SEVERINO).

E por fim os indivíduos que intuem, ou seja, enquanto o professor está anunciando o que vai ser feito eles intuem, são aqueles alunos que acompanham o raciocínio do professor;

O canal intuitivo transcende os cincos terminais/sentidos, operando no campo extra-sensorial e indo além das três dimensões concretas de largura, altura e profundidade. Como o cinestésico ele se amolda aos comportamentos típicos do hemisfério emocional/relacional e aos estados característicos dos comportamentos receptivos e abertos, oriundos dos processos de entrada e saída de individualidade. (SEVERINO).

Seguida à explicação teórica, o que perpetua o aprendizado é o "ver" o "sentir", o "comprovar", é o "fazer". As experiências científicas realizadas na sala de aula atingem o aluno pelos canais sinestésicos. São experiências simples quando corretamente desenvolvidas farão parte para sempre do aprendizado e ainda despertarão a curiosidade e o interesse permanente em descobrir o "como é que é?", "como que funciona?".
É desta forma que a humanidade avança. Os níveis atuais de civilização que nos encontramos é uma prova de que só avançamos pela experimentação e melhoramentos de modelos antes concebidos e aperfeiçoados com o uso prático. Depois que as primeiras sociedades conceberam a roda o mundo nunca mais foi o mesmo. A grande maioria dos alunos não se depara com a extrema simplicidade destes princípios. Quando são estudados, estes ressurgem como algo complexo e inexplicável, é o confronto com a redescoberta do que já se sabia.
Além, da admissão do pressuposto de que o conhecimento humano é subjetivamente determinado, posto que a realidade é construída, podemos destacar, também, que há uma ênfase na prioridade da experiência prática na elaboração do conhecimento e este desenvolve um entendimento de que a investigação científica que se debruça sobre a realidade prática, pressupõe a idéia que essa prática não é uma prática neutra, ou seja, sem uma construção contextual e reflexiva. [...] Deve-se tentar novos testes por conta dos resultados que não satisfizeram, subjetiva ou objetivamente, ao que foi proposto; deve-se aprender com os próprios erros; não se deve confiar em nenhum pressuposto; deve-se tratar tudo como provisório, não admitindo, assim, qualquer postura absoluta. (MACHADO)
.
Todas as crianças em idade escolar de 5ª série sabem adoçar um café ou fazer um suco. Mas quando o conteúdo escolar estudado sobre misturas, eles se confundem, se perdem, não sabem o que é "mistura". Quando adoçam o café e adicionam leite não sabem que tem em mãos uma mistura homogênea. São raríssimos os pais que ensinam aos filhos o que são misturas simples, homogêneas ou ainda heterogêneas, e desta forma na escola irão redescobrir o que já é trivial. E assim princípios científicos ensinados e ou demonstrados nas aulas tem seu entendimento parcial. Vivenciados no dia-a-dia de cada criança quando estas se defrontam na escola com os mesmos acontecimentos e reaprendem os feitos caseiros de modo cientifico, estes se tornam por demais complexos, havendo a necessidade de demonstrações, pois do contrário os alunos só percebem e ou aceitam de forma superficial e o aprendizado do conhecimento só ensaia e ou encena, mas não internaliza a experiência do fazer para aprender.
O que se percebe no processo da elaboração do conhecimento é que, segundo os arquétipos científicos, na contemporaneidade, a realidade não é um processo acumulativo e contido, mas um processo fluido em permanente desdobramento; é um universo aberto, sempre afetado e moldado pelas ações das crenças, explicado pela linguagem, deliberado pelo discurso, satisfeito pela prática e adequado às prioridades temporais. Isto porque, admite-se que a realidade deva ser moldada pela necessidade e polida pela vontade humana mesmo que essa vontade seja apenas uma satisfação do desejo e do prazer. (MACHADO).

O professor atual deve se preparar para ensinar demonstrando "como é que é?", "como é que funciona?", "porque que é assim?" Os ensaios e as repetições só aumentam o gosto pelo prazer de descobrir, de comprovar, de refazer, de provar que deu certo.


3 METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada na forma qualitativo-exploratória e bibliográfica, buscando conhecer a realidade do ensino de Ciências, onde o aluno respondeu questões referentes ao aprendizado, entendimento e de como ele vê o estudo de Ciências.


3.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As condições de aprendizado que uma criança encontra na escola nem sempre é a ideal. As condições sociais são agravadas pela constante competição em que somos propelidos por uma mídia inconveniente apregoadora do "ter", e não do "ser". Fatores como estes levam muitas vezes ao fracasso escolar.
Pesquisas atuais em ensino de Ciências trazem novas contribuições para essa disciplina e apontam a importância dos conhecimentos prévios dos alunos no processo de elaboração do conhecimento cien¬tífico. Por isso, não é mais sensato pensar que o aluno "não sabe nada" dos conteúdos que preten¬demos ensinar. Esses conhecimentos, desenvolvidos pelos alunos, independentemente do ensino escolar são, muitas vezes, conflitantes com os conhecimen¬tos científicos que a escola deseja ensinar e poder, até representar obstáculos à aprendizagem. (ALVARENGA).

Não se pode ignorar o conhecimento prévio do aluno, pois a aprendizagem do novo depende da mobilização desses conhecimentos prévios, para que eles possam ser confrontados com outras formas de explicação, modificados e alterados pelo conhecimento científico. O ensino de Ciências tem, assim, o desafio de contribuir com a educação do jovem e do cidadão, em um momento de mudanças e incertezas, e a ne¬cessidade de resgatar valores importantes e priori¬zar novas atitudes condizentes com os desafios da sociedade contemporânea.
Nas escolas públicas que trabalhei e que trabalho o currículo escolar não valoriza a experimentação e o cenário Paranaense não aponta nesta direção.
As principais causas são:
Ø Falta de instalações adequadas;
Ø Escassez de equipamentos e outros materiais;
Ø Exces¬sivo número de alunos por classe;
Ø Deficiências na formação dos professores.
Ø Indisciplina;
Ø Falta de tempo para preparar a prática;
Ø Questão salarial.
Mesmo em escolas que possuem laboratório de ciências o ensino experimental ainda não foi incorporado aos processos de aprendi¬zagem. Este fato indica que não basta ter as condições materiais; é necessária uma mudança de mentalidade que pressuponha um novo modo de conceber o papel da experimentação na aquisição de conhecimentos.
As práticas científicas realizadas em sala de aula trazem maior satisfação, maior rendimento escolar e o mais importante ? os alunos gostam de realizar as experiências com expressivas melhoras no rendimento escolar suprimindo inclusive os casos de indisciplina.
É visível quando uma aula "desce bem", é satisfatório escutar os comentários e as novas perguntas que surgem, assim como ouvir dos alunos que refizeram a experiência em casa para seus familiares. A teoria é feita de conceitos que são abstrações da realidade, pode-se afirmar que o aluno que não reconhece o conhecimento científico, ou que não se depara com a ciência no seu dia-a-dia, não é capaz de compreender a teoria ensaiada em sala de aula.
A ciência e a tecnologia foram responsáveis pelo estabelecimento da "sociedade da informação". A informação produzida é altamente especializada e acelerada, o acesso a essa informação é dinâmico e quase instantâneo. A criança e o jovem não têm tempo nem estímulo de compreender e vivenciar uma informação, pois ela é rapidamente substituída por outra. (BEVILACQUA & COUTINHO-SILVA).

A escola é a porta de entrada e de encaminhamento para uma vida cultural. Embora se compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no processo de socialização e sistematização dos conhecimentos acumulados ao longo da história e transformados em conteúdos escolares, não se pode conceber esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares.
A valorização e o aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condições para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade. Mesmo quando condicionamentos históricos e culturais estão presentes no formato do sistema educativo, não impedem a intenção de buscar transformar a teoria em prática visando o fortalecimento do aprendizado.
Para que o pensamento científico seja incorporado pelo educando como uma prática de seu cotidiano é preciso que a Ciência esteja ao seu alcance e o conhecimento tenha sentido e possa ser utilizado na compreensão da realidade que o cerca. A escola tem a responsabilidade de formar cidadãos conscientes, críticos e ativos na sociedade. A atual legislação brasileira para educação orienta as escolas nesse sentido. (BEVILACQUA & COUTINHO-SILVA).

A satisfação de vir, de estar na escola, de realmente aprender é o que se busca com práticas escolares e aprendizados mais eficientes. Faz-se necessário possibilitar ao aluno um melhor acompanhamento da evolução da Ciência, das transformações que ocorrem na natureza e da história do homem. A base da formação cultural das crianças e jovens é moldada na escola.
O caminho que vai da aprendizagem à sua aplicação prática passa pelo desenvolvimento de competências, pela adoção de atitudes e pela aquisição de habilidades, que são as mediações necessárias nesse processo. Aprendizagem, [...] é o processo por meio do qual o educando interage, assimila, incorpora, compreende, significa e domina um conteúdo. Trata-se, portanto, de uma atividade de natureza interativa e aquisitiva. (COSTA).

As experiências em sala de aula são os mecanismos de percepção e comprovação de que o que está sendo estudado é de valia, é real. Através das experiências os alunos percebem uma ressignificação do conteúdo. E uma vez comprovado o que se está estudando perpetua-se, passa a valer, começa a fazer parte e uma vez incorporado a estrutura psicológica, jamais é esquecido, é como andar de bicicleta ? depois que se aprende, pode levar anos sem andar de bicicleta, mas logo quando for andar novamente o ensinamento é relembrado.
Para o professor a questão da prática científica deve ser vista como a que dá forma e ampara o ensinamento, pode ser vista como um processo composto de três fases:
Ø Reprodução do conteúdo;
Ø Validação do conteúdo;
Ø Incorporação de conhecimentos.
A partir do momento que o aluno "vê" o que foi descrito na teoria, e realiza através da feitura do experimento passa a entender de forma irrefutável, uma vez que não há controvérsias, o processo social da aceitação e o registro do conhecimento científico passam então a fazer parte da vida d?ele. A concepção de ciência deve ser entendida como falível e provisória, pois embora o conhecimento humano acumulado nos permitisse evoluir sabemos que ele não está pronto e acabado. Quando demonstrativos e ou experiências não derem certo o professor tem que se apressar e comunicar que atividades experimentais nem sempre devem apresentar resultados verdadeiros. Por outro lado critico as atividades experimentais fantásticas e espetaculares, coloridas, com efeitos explosivos, alcançam resultados esplêndidos por parte de um publico não crítico e preparado, mas são muito difíceis de serem explicados. Tais atividades devem ser consideradas estratégias de ensino que permitam a propaganda de um ensino moderno, o estudante deve refletir sobre o conteúdo em estudo e os contextos que o envolvem, se realmente ele precisa deste tipo de experiência, qual a finalidade prática, o que é que agrega a sua vida estudantil.
Aprender é um direito prazeroso, é uma dinâmica que encanta como ao artista que compõe sua paisagem a partir de cada peça que integra ao mosaico, com alegria criadora; portanto, não é um dever moral. O aprender não está dissociado da construção da liberdade e esta se afirma pela responsabilidade criativa. Se a ética é a responsabilidade consigo e com o outro, inclusive de ser feliz, a estética é ensinada como capacidade de sentir em comum, de ser-estar em comunhão, de manifestar sentimentos de comunidade, de não competir para ser certificado de melhor ou pior. (SOUSA).

Uma formação pobre de sentidos e repetidora de mecanismos falhos evidencia uma estrutura de currículos viciada e falha podendo até mesmo ser considerada uma expressão de violência que é imposta através de cobranças nos sistemas de avaliação, são as marcas entre escola e sociedade que deixam seqüelas em cada um e que nem sempre podem ser revertidas em favor dos sociáveis em questão. Tanto o educador como o educado sofrem as consequencias de um sistema antigo, que ruiu, e se mostra doente, quando a escola percebe esta ruptura e reverte o quadro, passa por uma transformação, visando sanar esta deficiência é de longe reconhecida. A ciência passa a ser vista como objeto da construção humana, e não como a deten¬tora da verdade.
Quando uma escola tem o seu currículo embasado na experimentação cientifica e passa a vivenciar a Ciência de forma experimental colhe os objetivos do aprendizado como:
Ø Aprender o respeito pela ciência e pela tecnolo¬gia;
Ø Adquirem-se habilidades ou instrumentos cognitivos relacionados aos processos científicos;
Ø Aprender habilidades manipulativas;
Ø Aprendem-se os principais conceitos e princípios científicos;
Ø Desenvolvem-se interesses, atitudes e valores;
Ø Proporcionar a auto-aprendizagem;
Ø Desenvolve-se a iniciativa, a responsabilidade, a participação;
Ø O interesse pela descoberta e a investigação.
Cada professor deve procurar o melhor para poder fazer seu trabalho a contento e tendo proveito. Por certo não há dúvida de que o ensino favoreça a compreensão do modo como se faz ciência. O professor engajado na tarefa de ensinar verá que as aulas experimentais possam tornar-se um instrumento privi¬legiado para os estudantes aprenderem a:
Ø Observar;
Ø Discriminar;
Ø Organizar;
Ø Classificar;
Ø Medir;
Ø Experimen¬tar;
Ø Avaliar.
É possível que mesmo numa escola com pouca tradição experimental os alunos passem a:
Ø Desenvolver habilidades e técnicas inovadoras;
Ø Passem a usar e calibrar instrumentos;
Ø Passem a utilizar um microscópio;
Ø Possam preparar soluções.
Propiciar ao estudante experiências concretas que ampliem sua capacidade de estabelecer relações e compreender conceitos e princípios. Propositadamente deve-se dar prioridade para que os alunos passem a entender os mo¬mentos propícios para a valorização da vida, em sua diversidade, e o desenvolvimento das atitudes e va¬lores importantes, na ciência e no trabalho coletivo.

4 EXPERIMENTO CIENTÍFICO

Ainda que haja discordâncias quanto a alguns dos aspectos citados, justifica-se o uso da atividade experimental como recurso capaz de assegurar uma aprendizagem eficaz dos conteúdos escolares. Assim, o experimento pode ser realizado pelo pro¬fessor, como demonstração, e pelos próprios alunos, segundo um roteiro mais ou menos detalhado e pre¬viamente elaborado. O experimento deve ter um ensaio prévio, deve ser realizado de forma antecipada pelo professor de modo a garantir o sucesso no momento da execução. Como regra geral primeiramente usa-se explicar o assunto visando a introduzir e explorar os temas e, principalmente, motivar o aluno sobre o "que" será abordado. De antemão deve-se pensar e ter um caráter indutivo, em que os estudantes podem controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas, ou dedutivo, quando eles têm a oportunidade de testar certas predições da teoria.
Segundo Piaget, "uma experiência que não seja realizada pela própria pessoa, com plena liberdade de iniciativa, deixa de ser, por definição, uma expe¬riência, transformando-se em simples adestramento, destituído de valor formador por falta da compreen¬são suficiente dos pormenores das etapas sucessivas". Isso significa que um experimento em que o aluno seja apenas espectador ou aquele em que alguém segue um roteiro previamente estabelecido, sem ter participado de nenhuma de suas etapas (identifica¬ção do problema, levantamento de hipóteses, suges¬tões de verificação dessas hipóteses, observação e coleta de dados, discussão, etc.), pouco cumprirá de sua função formadora. (ALVARENGA).

Quando ensinar sobre reações químicas, use o fogo como exemplo. Justifica-se pelo fato de ser a reação mais comum no dia-a-dia, e que todos os alunos conhecem. Trata-se de uma reação de combustão, portanto irreversível e que só se processa na presença de três fatores básicos:
Ø Combustível;
Ø Comburente;
Ø Faísca inicial.
E então passe a descrever a parte teórica:
Ø Combustível é o material que vai reagir, é o que será oxidado (queimado);
Ø Comburente é o gás oxigênio que vai reagir com o combustível;
Ø Faísca inicial.
Uma vez iniciada a reação química de combustão, esta será interrompida somente com a exaustão e ou a retirada de um dos componentes, ou seja, com a exaustão do combustível ou do comburente. É aí que entra o entendimento da quantidade de oxigênio disponível e existente na atmosfera. Com esta experiência simples, mas não de total precisão, podemos comprovar e ou clarear três feitos científicos: a existência do oxigênio; a comprovação da composição do ar atmosférico com teor de oxigênio a 21% e a existência e comprovação da pressão atmosférica. E deixar em aberto a questão da poluição pela produção de gás carbônico produzido na reação.
Para fazer esta experiência basta que se providencie:
Ø 1 Prato fundo de preferência metálico;
Ø 3 velas;
Ø 1 caixa de fósforos;
Ø 1 vidro grande;
Ø 1 jarra com água.
Com todos os ingredientes para a reação química então proceda de forma trivial.
Ø Ascende-se o fósforo e as velas;
Ø Pingar algumas gotas de parafina no centro do prato de modo a fixar as velas;
Ø Deixa a reação proceder até a chama das velas atingirem o máximo tamanho.
Enquanto as velas oxidam, explique que neste momento está sendo transformado o gás oxigênio, o pavio, e a parafina em:
Ø Água;
Ø Calor;
Ø Luz;
Ø Gás carbônico.
A combustão se processa em seu grau máximo, diagnosticada pelo brilho característico das chamas. Como parece que tudo é muita novidade, há aproximação dos alunos, quando a chama está no máximo então enclausure as velas com o vidro grande, e adicione água ao prato.



Fig. 1 Velas em combustão.

Nos momentos que se seguem as chamas começam a diminuir, e a água a "entrar no vidro", devido à grande força causada pela pressão atmosférica que atua no sistema, e pelo espaço que se "abre" dentro do gás confinado no interior do vidro. Como o oxigênio é convertido, deixa de ocupar o espaço de 21% dentro da composição do gás que ora ocupava. As chamas se mantém até culminarem com a extinção do oxigênio, em conseqüência a combustão (reação) cessa.
A entrada da água no vidro ocorre por dois motivos:
Ø A conversão do oxigênio "abre" espaço no volume do gás confinado no interior do vidro;
Ø A existência da pressão atmosférica, externa ao vidro ? que "empurra" a água para dentro do vidro.

Fig. 2 A pressão atmosférica começa a "empurrar" a água para dentro do vidro.

Na mesma velocidade de conversão, o volume do gás oxigênio vai sendo reduzido e a água começa a entrar. O volume máximo de água só vai ocorrer depois de cessada à reação.



Fig. 3 A água ocupa todo o volume do oxigênio que existia dentro do vidro, em torno de 21%.


As explicações deste fenômeno são muitas, porém comprovadamente a mais sensata é a que foi descrita. Deve-se levar em consideração os princípios científicos ora exaustivamente ensaiados pelos que nos antecederam. A "Lei da conservação das massas". Descoberta pelo célebre Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794), que em suas publicações afirma que "a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos de uma reação", que ficou conhecida pela famosa frase de que "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
De acordo com esta lei, em qualquer sistema, físico ou químico, nunca se cria nem se elimina matéria, apenas é possível transformá-la de uma forma em outra. Tudo se realiza com a matéria que é proveniente do próprio planeta, apenas havendo a retirada de material do solo, do ar ou da água, o transporte e a utilização desse material para a elaboração do insumo desejado, sua utilização pela população e, por fim, a disposição, na Terra, em outra forma, podendo muitas vezes ser reutilizado. (CAMMAROTA).


4.1 RELATÓRIO

Nenhum experimento científico cumpre com seu papel no aprendizado se o aluno não realizar o experimento. Se não comprovar pelas próprias mãos, se "ele" não realizar a experiência totalmente não "vale", ter o cuidado de deixar que "eles façam", é claro que devemos ter toda a cautela e ensiná-los com persistência a terem organização. Se o aluno não for capaz de fazer um relatório do que viu, e o que se comprovou, então a experimentação perdeu totalmente o foco. Sugere-se que os alunos façam relatórios de forma avaliativa descrevendo os passos da experiência. Por isso devemos ensiná-los a seguir uma ordem.
Recomenda-se que:
Ø Todos os alunos devem participar dos experimentos;
Ø Os alunos devem ser agrupados em três, quatro ou cinco, conforme a característica de cada turma;
Ø Anotar no caderno tudo o que acontecer durante a experiência;
Ø Discussão em grupo;
Ø Elaboração do relatório.
Basicamente um relatório escolar do nível de 5ª série deve conter:
Ø Nome da escola/colégio;
Ø Nome dos alunos ou do grupo;
Ø Nome do experimento;
Ø Explanação da parte teórica;
Descrever o que foi usado, como:
Ø Nomes dos materiais;
Ø Quantidade dos materiais;
Ø Os "como";
Ø Os "por quês"
Ø Como é que funciona?
Ø O que é que eu entendi?
Ø O que eu aprendi?
Os primeiros relatórios normalmente são mais trabalhosos, mas com as sucessivas práticas os alunos logo acostumam. A qualidade dos relatórios tende a melhorar. Logo se percebe os destaques e naturalmente vão aparecendo os líderes. Com estes recomenda-se ter mais atenção, pois podem contribuir positivamente como podem fazer exatamente o contrário, começam a ser e a se sentirem mais importantes e acabam deturpando o andamento dos experimentos.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Se todos os professores, das mais variadas disciplinas, contextualizarem suas aulas, os conteúdos escolares seriam melhores disseminados e as satisfações, tanto de mestres como de aprendizes seriam maiores. A vivência escolar embasada na fundamentação experimental de longe oferece vantagens incontáveis sobre os métodos tradicionais. É bem verdade que cada personalidade é única, mas todas as crianças são curiosas. Infelizmente professores mal formados e mal preparados castram seus súditos intelectualmente, principalmente quando o assunto é curiosidade, o novo, o diferente, muitos não querem nem chegar perto, e assim a sociedade como um todo perde. Independentemente das classes econômicas existem meninos e meninas com potenciais de inteligências fantásticas, que se não forem corretamente cultivados deixam sua genialidade beirar a bestialidade devido à falta de estímulos que muitas vezes a escola como um todo não ofereceu. O conhecimento que foi acumulado ao longo do nosso tempo facilmente é transformado em oficinas dinâmicas que reproduzirem de forma prática e marcante eventos que bravamente foram defendidos pelos que vieram antes de nós.
Nos países em que o ensino experimental foi re¬almente implantado, foram realizados estudos a respei¬to dos resultados destes modelos e a sua contribuição efetiva para o ensino de Ciências. Um dos objetivos dessas pesquisas era verificar que objetivos do ensino de Ciências só poderiam ser alcançados com o ensino experimental, ou seja, qual o grande diferencial do ensino experimental, quando comparado com outras modalidades do ensino de Ciências. Pelos resultados das pesquisas que procuraram examinar o efeito da atividade experimental na aquisição de conceitos, atitudes e pensamentos crí¬ticos, na compreensão da ciência, etc, permanece sem resposta conclusiva a pergunta sobre o que se consegue com o laboratório que não se pode conseguir, também, com alternativas menos dispendiosas e menos demoradas. (ALVARENGA).

Em nossos modelos educacionais não podemos ter conclusões parecidas, pois estudos experimentais não são realidades como práticas escolares implantadas em nosso país. Mas seguramente posso afirmar que não dependemos de laboratórios caros e dispendiosos para realizar práticas escolares do cunho que se fazem necessários no ensino fundamental. A crença de que só a escola com laboratórios tem ensino de qualidade não se sustenta. Experimentos simples e com baixos custos suplantam em muitos casos escolas ditas de elite, o que falta é vontade de mudar.


6 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Inês Maria M. Zanforlin Pires de. et al. INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A EDUCAÇÃO. Disponível em: . Acesso em: 02 set. 2010.

ALVARENGA, Jenner Procópio. Ciências integradas. 6º ano. Curitiba: Positivo, 2008.

ANDRADE, Antonio Carlos de. O ESPELHO DA MENTE. Disponível em: . Acesso em: 03 set. 2010.

BEVILACQUA, Gabriela Dias & COUTINHO-SILVA, Robson. O ensino de Ciências na 5ª série através da experimentação. Disponível em: . Acesso em: 03 set.2010.

CAMMAROTA, Magali Christe. Disponível em: . Acesso em: 03 set.2010.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. POR UMA EDUCAÇÃO TRIDIMENSIONAL. Disponível em: . Acesso em: 02 set. 2010.

DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Disponível em: . Acesso em: 03 set. 2010.

MACHADO, João Carlos Bernardo. O CONHECIMENTO CONTEMPORÂNEO: OS CRITÉRIOS DE VERDADE SOBRE O REAL. Disponível em: . Acesso em: 06 set.2010.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Disponível em: . Acesso em: 04 set. 2010.

PORTAL DE ENSINO DE CIÊNCIAS. Experiência da Vela (4). Disponível em:
. Acesso em 05 out. 2010.

PRAIA, João. et. al A HIPÓTESE E A EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIA: CONTRIBUTOS PARA UMA REORIENTAÇÃO EPISTEMOLÓGICA. Disponível em: . Acesso em: 02 set.2010.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Disponível em:
. Acesso em: 03 set. 2010.

SEVERINO, Ernesto Domingos. Influência dos canais sensoriais na atividade prática. Disponível em:
. Acesso em: 03 set. 2010.

SOUSA, Ana Maria Borges de. Violência e fracasso escolar: a negação do outro como legítimo outro. Disponível em: .
Acesso em: 06 set.2010.

ANEXOS


Modelo de questionário usado em sala de aula para coleta de dados.

COLEGIO ESTADUAL ELEUTÉRIO FERNANDES DE ANDRADE ? EFM ? QUITANDINHA - PR.
QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA A ALUNOS DA 5ª SÉRIE TURMA "E"
ALUNO (A)
QUESTÕES OBJETIVAS
1) Considera as experiências importantes para o aprendizado dos conteúdos de Ciências?
( ) sim ( ) não ( ) muito ( ) pouco ( ) nada.
2) A sua compreensão da "aula" melhora com a realização de experiências?
( ) sim ( ) não ( ) muito ( ) pouco ( ) nada.
3) Como você entende o assunto quando ele é apenas ensinado pela discurso do Professor e os resumos são passados no quadro?
( ) entende muito ( ) entende pouco ( ) não entende nada
4) Como você aprende o conteúdo quando o professor pede para desenhar/copiar um quadro?
( ) Aprende muito ( ) Aprende pouco ( ) não aprende nada
5) Como que você entende o conteúdo quando vê uma experiência?
( ) entende muito ( ) entende pouco ( ) não entende nada
6) Como que você entende o conteúdo quando faz uma experiência?
( ) entende tudo ( ) entende parte ( ) não entende nada
7) Quando você faz o relatório da experiência, o entendimento do que você aprendeu fica memorizado?
( ) sim ( ) não ( ) muito ( ) pouco ( ) nada.
8) Na sua opinião é melhor aprender os conteúdos fazendo experiências?
( ) sim ( ) não ( ) muito ( ) pouco ( ) nada.
9) Qual a experiência que você já fez ou que você viu?R:
10) Quando são feitas experiências você comenta em casa com seus familiares?
( ) sim ( ) não










QUADRO DA ENTREVISTA

ALUNOS ENTREVISTADOS 21

1) Considera as experiências importantes para o aprendizado dos conteúdos de Ciências?
SIM 21 NÃO 0
(2) A sua compreensão da "aula" melhora com a realização de experiências?
SIM 20 NÃO 1 MUITO POUCO 2 NADA
3) Como você entende o assunto quando ele é apenas ensinado pela discurso do Professor e os resumos são passados no quadro?
ENTENDE MUITO
15 ENTENDE POUCO 6 ENTENDE NADA 0

4) Como você aprende o conteúdo quando o professor pede para desenhar/copiar um quadro?
ENTENDE MUITO
14 ENTENDE POUCO
7 ENTENDE NADA 0

5) Como que você entende o conteúdo quando vê uma experiência?
ENTENDE MUITO
16 ENTENDE POUCO
5 ENTENDE NADA
0
6) Como que você entende o conteúdo quando faz uma experiência?
ENTENDE MUITO
11 ENTENDE POUCO 0 PARTE 9 ENTENDE NADA
1
*7) Quando você faz o relatório da experiência, o entendimento do que você aprendeu fica memorizado?
SIM 20 NÃO 1 MUITO 19 POUCO 2 NADA 0
* 8) Na sua opinião é melhor aprender os conteúdos fazendo experiências?
SIM 20 NÃO 1 MUITO 18 POUCO 3 NADA 0
9) Qual a experiência que você já fez ou que você viu?
COMBUSTÃO = VELA/ PRESSÃO ATMOSFÉRICA
10) Quando são feitas experiências você comenta em casa com seus familiares?
SIM 21
NÃO 0
OBS. AS RESPOSTAS DA QUESTÃO 7 COMO "SIM" FORAM TAMBÉM CONSIDERADAS COMO "MUITO" DESCONTADOS OS DOIS CASOS DE "POUCO", NA QUESTÃO 8 IDEM.


























Gráfico 1
















































Gráfico 2




















































Gráfico 3


















EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS NAS AULAS DE CIÊNCIAS DE 5ª SÉRIE.


José Smokovicz
Professor Orientador: Ademar Flávio Alexandre
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Ciências Biológicas (BID 1761) - Trabalho de Graduação.
10/11/10.


RESUMO

Experimentos científicos nas aulas de ciências de 5ª série são motivados pelo professor que em sala de aula busca transformar enunciados científicos em conteúdos escolares. Valorizando o que cada aluno já trás consigo, procura somar saberes aproveitando que cada personalidade é intrínseca no quesito "do como aprender", isto é, cada criança particulariza a incorporação dos saberes a sua estrutura mental através de seus canais cinestésicos mais desenvolvidos, cabe ao professor explorá-los. Os avanços científicos e o nosso grau de evolução são devidos aos experimentadores e os que não se conformaram com o que foi inventado e sempre buscaram novas alternativas. Somente buscamos quando temos interesse, só prendemos quando somos motivados pela vontade de descobrir, de entender, "do como é que é". Atualmente em competição com as mídias populares e desmerecedoras de créditos, o aprendizado escolar está fadado ao fracasso. Somente com aulas bem preparadas e munidas de práticas escolares os professores levam o conteúdo até os seus alunos de modo que estes aprendam e perpetualizem os enunciados. O método experimental investigativo é o que se adapta ao currículo exigente. Cada disciplina escolar pode adaptar práticas de comprovação usando métodos experimentais para facilitar o entendimento e melhorar o aproveitamento escolar.


Palavras-chave: Experimentação. Comprovação. Conhecimento


1 INTRODUÇÃO

O conhecimento acumulado pela humanidade ao longo da evolução é repassado aos alunos em forma de conteúdos escolares, sendo este o maior objetivo da escola. Para ensinar e se fazer compreender disseminando estes conhecimentos, o simples cumprimento de horários escolares, o uso do livro didático, as explicações e a escrita destes conteúdos no quadro não bastam.
O legado aqui deixado servirá aos interessados em provir e rever seus métodos de ensino. É comum no meio escolar ouvir frases do tipo "não agüento mais os meus alunos", e muitas vezes a solução é bastante óbvia ? motivação e vontade de mudar.
Conscientes de que essa polêmica não é corri¬queira nem pode ser resolvida tão facilmente, deve¬mos ter em mente que a ciência é uma produção hu¬mana, resultado de um trabalho coletivo, dinâmico, passível de erros e acertos, construído historicamen¬te e compartilhado por grupos mais ou menos nu¬merosos, ao longo do tempo. O sucesso e o fracasso de idéias científicas usadas em beneficio do progresso humano não dependem apenas do objeto de investigação, dos métodos utilizados nas pesqui¬sas e dos resultados obtidos - eles estão associados ao seu momento histórico.
Como a escola está pautada ao cumprimento de horários e ao numero de dias letivos, o corpo docente tem compromisso de vencer os conteúdos escolares planejados para o ano letivo. Não raras ocasiões o que se vê é o fracasso escolar, e não menos alunos que somente "passam de ano", mas de conhecimento mesmo não agregam nada a sua bagagem cultural e ou científica.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a área de Ciências Naturais inclui ramos da Astronomia, da Biologia, da Física, da Química e das Geociências. No Ensino Fundamental, a área de Ciências é contemplada em uma única disciplina escolar: Ciências.
Usando métodos antigos e rudimentares de ensino-aprendizagem, escolas estão se limitando a feituras de cópias, questionários e provas com questões dissertativas e ou de múltipla escolha.
Diante do exposto questiona-se:
Ø Será que os alunos estão entendendo?
Ø Por que tanta indisciplina?
Ø Qual a finalidade de uma mera cópia?
As respostas a estes questionamentos levam o professor a pensar, raciocinar e a introverter o pensamento de modo a atingir os objetivos almejados e aplicados durante as aulas. Produzir uma aula tal que mesmo não tendo todos os meios disponíveis de visualização possa fazer com que o aluno imagine, viaje para dentro da informação, e assim adquira conhecimentos. Melhorar as formas de explicar os conteúdos, fazendo contextualizações e buscar meios de experimentar os princípios científicos.
Facilmente são atendidos estes objetivos com os experimentos dentro da própria sala e ou no momento da aula concomitantemente, sendo num primeiro momento um verdadeiro paradoxo.


2 DESENVOLVIMENTO

O professor pesquisador da área de Ciências, 5ª série, percebendo o problema do aprendizado no ensino - propõe que as aulas de ciências sejam elaboradas de modo a produzir conhecimento "in loco", buscando explicações da parte teórica a comprovando o enunciado científico através de experiências realizáveis na sala de aula.
A partir do enfoque dos problemas em sala, a experimentação científica vem a preencher uma grande lacuna, o professor passa a ter mais gosto pelo trabalho, em contrapartida os alunos passam a gostar mais das aulas. Todo o problema humano é de comunicação e este só pode ser resolvido através da comunicação, cada vez mais a formação humana depende de pesquisa e comprovação, é como uma necessidade. Desta forma passa-se também a valorizar os aspectos psicológicos e a par¬ticipação ativa do estudante no processo de aprendizagem, o que resulta em uma preocupação particular em desenvolver as atividades práticas. A intenção fundamental do ensino de Ciências é a de dar condições para que o aluno vivencie o que se deno¬minava método científico, pelo método da redescoberta. Infelizmente ainda há professores que acreditam que só é possível um bom ensino de Ciências com o uso de la¬boratórios. Por outro lado houve uma mudança de perspectiva de considerar a participação do aluno não apenas individualmente, mas trabalhando em grupos. As dificuldades de encontrar professores especializados, formados adequadamente são uma raridade maior ainda. Aqueles que não só sejam formados, mas que também gostem de Ciências são heróis que precisam ser reconhecidos. Sem recursos ou salário adequado, eles se esforçam em trazer para as crianças um pouco do que sabem sobre o mundo.
Vários métodos são utilizados entre eles:
Ø Oratória apoiada na retórica;
Ø Quadro e giz;
Ø Recursos audiovisuais.
A forma de entendimento é particular e inerente a cada um. Cada pessoa é um conjunto de crenças e opiniões e as crianças não são diferentes. Cada personalidade é atingida por diferentes canais, portanto cada um percebe o mundo á seu modo.
Assim, numa mesma turma de alunos é possível encontrar os que aprendem:
Ø Ouvindo;
Ø Vendo;
Ø Sentindo;
Ø Intuindo.
O enfoque das aulas deve ser direcionado de modo a atingir todos, pois numa sala de aula temos indivíduos que usam mais de um canal cinestésico. Quanto mais interacionados com o "mundo" e com o uso destes canais, ou seja, os sinestésicos (sentem), os auditivos (ouvem) os visuais (vêem), e os intuitivos (intuem).
Cada indivíduo particulariza a forma de aprender.
O canal visual é construído em conseqüência da utilização do terminal/sentido da visão, talvez o mais forte, direto e poderoso instrumento de percepção e comunicação do homem. [...] se amolda mais naturalmente às estruturas e comportamentos típicos do hemisfério analítico e aos estados característicos dos comportamentos fechado e independente que resultam dos processos de entrada e saída da individualidade. (SEVERINO).

É por isso que quando uma explicação é bem feita e de forma exaustiva há ainda os que não entendem. Para que cada estudante, entronize e incorpore os conteúdos escolares à sua estrutura mental, este usará os canais cinestésicos - haverá os que ouvem, vêem, sentem, intuem e os que vão usar o conjunto proprioceptivo pessoal de forma diferente, o ser humano não é um robô, e as crianças também não o são, e muitos educadores se frustram por que não sabem deste particular.
Os indivíduos auditivos preferem ouvir;
O canal auditivo é estruturado a partir da utilização do terminal/sentido da audição, [...] devido às múltiplas interferências a que está sujeito, tanto no próprio ato do ouvir como, principalmente, no momento seguinte de tradução desse estímulo [...] se relacionar adequadamente com o mundo exterior por meio da palavra e dos apelos auditivos preferindo, igualmente, uma comunicação mais objetiva e lógica. Sentem-se bem quando estão falando ou discutindo com os outros suas questões de trabalho e posições: - Têm o dom da palavra e o usam para convencer os outros; - Só conseguem estudar lendo os textos em voz alta; - Gostam de ouvir rádio, música ou comparecer a concertos. (SEVERINO).

Enquanto que os indivíduos cinestésicos;
O canal cinestésico resulta da combinação/utilização do terminal/sentido do olfato, tato e paladar, um caminho impregnado de sensações mais vivas, de troca, de contato, de convivência. [...] estruturas e comportamentos típicos do hemisfério emocional/relacional e com os estados característicos dos comportamentos receptivos e abertos, oriundos dos processos de entrada e saída da individualidade. (SEVERINO).

E por fim os indivíduos que intuem, ou seja, enquanto o professor está anunciando o que vai ser feito eles intuem, são aqueles alunos que acompanham o raciocínio do professor;

O canal intuitivo transcende os cincos terminais/sentidos, operando no campo extra-sensorial e indo além das três dimensões concretas de largura, altura e profundidade. Como o cinestésico ele se amolda aos comportamentos típicos do hemisfério emocional/relacional e aos estados característicos dos comportamentos receptivos e abertos, oriundos dos processos de entrada e saída de individualidade. (SEVERINO).

Seguida à explicação teórica, o que perpetua o aprendizado é o "ver" o "sentir", o "comprovar", é o "fazer". As experiências científicas realizadas na sala de aula atingem o aluno pelos canais sinestésicos. São experiências simples quando corretamente desenvolvidas farão parte para sempre do aprendizado e ainda despertarão a curiosidade e o interesse permanente em descobrir o "como é que é?", "como que funciona?".
É desta forma que a humanidade avança. Os níveis atuais de civilização que nos encontramos é uma prova de que só avançamos pela experimentação e melhoramentos de modelos antes concebidos e aperfeiçoados com o uso prático. Depois que as primeiras sociedades conceberam a roda o mundo nunca mais foi o mesmo. A grande maioria dos alunos não se depara com a extrema simplicidade destes princípios. Quando são estudados, estes ressurgem como algo complexo e inexplicável, é o confronto com a redescoberta do que já se sabia.
Além, da admissão do pressuposto de que o conhecimento humano é subjetivamente determinado, posto que a realidade é construída, podemos destacar, também, que há uma ênfase na prioridade da experiência prática na elaboração do conhecimento e este desenvolve um entendimento de que a investigação científica que se debruça sobre a realidade prática, pressupõe a idéia que essa prática não é uma prática neutra, ou seja, sem uma construção contextual e reflexiva. [...] Deve-se tentar novos testes por conta dos resultados que não satisfizeram, subjetiva ou objetivamente, ao que foi proposto; deve-se aprender com os próprios erros; não se deve confiar em nenhum pressuposto; deve-se tratar tudo como provisório, não admitindo, assim, qualquer postura absoluta. (MACHADO)
.
Todas as crianças em idade escolar de 5ª série sabem adoçar um café ou fazer um suco. Mas quando o conteúdo escolar estudado sobre misturas, eles se confundem, se perdem, não sabem o que é "mistura". Quando adoçam o café e adicionam leite não sabem que tem em mãos uma mistura homogênea. São raríssimos os pais que ensinam aos filhos o que são misturas simples, homogêneas ou ainda heterogêneas, e desta forma na escola irão redescobrir o que já é trivial. E assim princípios científicos ensinados e ou demonstrados nas aulas tem seu entendimento parcial. Vivenciados no dia-a-dia de cada criança quando estas se defrontam na escola com os mesmos acontecimentos e reaprendem os feitos caseiros de modo cientifico, estes se tornam por demais complexos, havendo a necessidade de demonstrações, pois do contrário os alunos só percebem e ou aceitam de forma superficial e o aprendizado do conhecimento só ensaia e ou encena, mas não internaliza a experiência do fazer para aprender.
O que se percebe no processo da elaboração do conhecimento é que, segundo os arquétipos científicos, na contemporaneidade, a realidade não é um processo acumulativo e contido, mas um processo fluido em permanente desdobramento; é um universo aberto, sempre afetado e moldado pelas ações das crenças, explicado pela linguagem, deliberado pelo discurso, satisfeito pela prática e adequado às prioridades temporais. Isto porque, admite-se que a realidade deva ser moldada pela necessidade e polida pela vontade humana mesmo que essa vontade seja apenas uma satisfação do desejo e do prazer. (MACHADO).

O professor atual deve se preparar para ensinar demonstrando "como é que é?", "como é que funciona?", "porque que é assim?" Os ensaios e as repetições só aumentam o gosto pelo prazer de descobrir, de comprovar, de refazer, de provar que deu certo.


3 METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada na forma qualitativo-exploratória e bibliográfica, buscando conhecer a realidade do ensino de Ciências, onde o aluno respondeu questões referentes ao aprendizado, entendimento e de como ele vê o estudo de Ciências.


3.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As condições de aprendizado que uma criança encontra na escola nem sempre é a ideal. As condições sociais são agravadas pela constante competição em que somos propelidos por uma mídia inconveniente apregoadora do "ter", e não do "ser". Fatores como estes levam muitas vezes ao fracasso escolar.
Pesquisas atuais em ensino de Ciências trazem novas contribuições para essa disciplina e apontam a importância dos conhecimentos prévios dos alunos no processo de elaboração do conhecimento cien¬tífico. Por isso, não é mais sensato pensar que o aluno "não sabe nada" dos conteúdos que preten¬demos ensinar. Esses conhecimentos, desenvolvidos pelos alunos, independentemente do ensino escolar são, muitas vezes, conflitantes com os conhecimen¬tos científicos que a escola deseja ensinar e poder, até representar obstáculos à aprendizagem. (ALVARENGA).

Não se pode ignorar o conhecimento prévio do aluno, pois a aprendizagem do novo depende da mobilização desses conhecimentos prévios, para que eles possam ser confrontados com outras formas de explicação, modificados e alterados pelo conhecimento científico. O ensino de Ciências tem, assim, o desafio de contribuir com a educação do jovem e do cidadão, em um momento de mudanças e incertezas, e a ne¬cessidade de resgatar valores importantes e priori¬zar novas atitudes condizentes com os desafios da sociedade contemporânea.
Nas escolas públicas que trabalhei e que trabalho o currículo escolar não valoriza a experimentação e o cenário Paranaense não aponta nesta direção.
As principais causas são:
Ø Falta de instalações adequadas;
Ø Escassez de equipamentos e outros materiais;
Ø Exces¬sivo número de alunos por classe;
Ø Deficiências na formação dos professores.
Ø Indisciplina;
Ø Falta de tempo para preparar a prática;
Ø Questão salarial.
Mesmo em escolas que possuem laboratório de ciências o ensino experimental ainda não foi incorporado aos processos de aprendi¬zagem. Este fato indica que não basta ter as condições materiais; é necessária uma mudança de mentalidade que pressuponha um novo modo de conceber o papel da experimentação na aquisição de conhecimentos.
As práticas científicas realizadas em sala de aula trazem maior satisfação, maior rendimento escolar e o mais importante ? os alunos gostam de realizar as experiências com expressivas melhoras no rendimento escolar suprimindo inclusive os casos de indisciplina.
É visível quando uma aula "desce bem", é satisfatório escutar os comentários e as novas perguntas que surgem, assim como ouvir dos alunos que refizeram a experiência em casa para seus familiares. A teoria é feita de conceitos que são abstrações da realidade, pode-se afirmar que o aluno que não reconhece o conhecimento científico, ou que não se depara com a ciência no seu dia-a-dia, não é capaz de compreender a teoria ensaiada em sala de aula.
A ciência e a tecnologia foram responsáveis pelo estabelecimento da "sociedade da informação". A informação produzida é altamente especializada e acelerada, o acesso a essa informação é dinâmico e quase instantâneo. A criança e o jovem não têm tempo nem estímulo de compreender e vivenciar uma informação, pois ela é rapidamente substituída por outra. (BEVILACQUA & COUTINHO-SILVA).

A escola é a porta de entrada e de encaminhamento para uma vida cultural. Embora se compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no processo de socialização e sistematização dos conhecimentos acumulados ao longo da história e transformados em conteúdos escolares, não se pode conceber esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares.
A valorização e o aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condições para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade. Mesmo quando condicionamentos históricos e culturais estão presentes no formato do sistema educativo, não impedem a intenção de buscar transformar a teoria em prática visando o fortalecimento do aprendizado.
Para que o pensamento científico seja incorporado pelo educando como uma prática de seu cotidiano é preciso que a Ciência esteja ao seu alcance e o conhecimento tenha sentido e possa ser utilizado na compreensão da realidade que o cerca. A escola tem a responsabilidade de formar cidadãos conscientes, críticos e ativos na sociedade. A atual legislação brasileira para educação orienta as escolas nesse sentido. (BEVILACQUA & COUTINHO-SILVA).

A satisfação de vir, de estar na escola, de realmente aprender é o que se busca com práticas escolares e aprendizados mais eficientes. Faz-se necessário possibilitar ao aluno um melhor acompanhamento da evolução da Ciência, das transformações que ocorrem na natureza e da história do homem. A base da formação cultural das crianças e jovens é moldada na escola.
O caminho que vai da aprendizagem à sua aplicação prática passa pelo desenvolvimento de competências, pela adoção de atitudes e pela aquisição de habilidades, que são as mediações necessárias nesse processo. Aprendizagem, [...] é o processo por meio do qual o educando interage, assimila, incorpora, compreende, significa e domina um conteúdo. Trata-se, portanto, de uma atividade de natureza interativa e aquisitiva. (COSTA).

As experiências em sala de aula são os mecanismos de percepção e comprovação de que o que está sendo estudado é de valia, é real. Através das experiências os alunos percebem uma ressignificação do conteúdo. E uma vez comprovado o que se está estudando perpetua-se, passa a valer, começa a fazer parte e uma vez incorporado a estrutura psicológica, jamais é esquecido, é como andar de bicicleta ? depois que se aprende, pode levar anos sem andar de bicicleta, mas logo quando for andar novamente o ensinamento é relembrado.
Para o professor a questão da prática científica deve ser vista como a que dá forma e ampara o ensinamento, pode ser vista como um processo composto de três fases:
Ø Reprodução do conteúdo;
Ø Validação do conteúdo;
Ø Incorporação de conhecimentos.
A partir do momento que o aluno "vê" o que foi descrito na teoria, e realiza através da feitura do experimento passa a entender de forma irrefutável, uma vez que não há controvérsias, o processo social da aceitação e o registro do conhecimento científico passam então a fazer parte da vida d?ele. A concepção de ciência deve ser entendida como falível e provisória, pois embora o conhecimento humano acumulado nos permitisse evoluir sabemos que ele não está pronto e acabado. Quando demonstrativos e ou experiências não derem certo o professor tem que se apressar e comunicar que atividades experimentais nem sempre devem apresentar resultados verdadeiros. Por outro lado critico as atividades experimentais fantásticas e espetaculares, coloridas, com efeitos explosivos, alcançam resultados esplêndidos por parte de um publico não crítico e preparado, mas são muito difíceis de serem explicados. Tais atividades devem ser consideradas estratégias de ensino que permitam a propaganda de um ensino moderno, o estudante deve refletir sobre o conteúdo em estudo e os contextos que o envolvem, se realmente ele precisa deste tipo de experiência, qual a finalidade prática, o que é que agrega a sua vida estudantil.
Aprender é um direito prazeroso, é uma dinâmica que encanta como ao artista que compõe sua paisagem a partir de cada peça que integra ao mosaico, com alegria criadora; portanto, não é um dever moral. O aprender não está dissociado da construção da liberdade e esta se afirma pela responsabilidade criativa. Se a ética é a responsabilidade consigo e com o outro, inclusive de ser feliz, a estética é ensinada como capacidade de sentir em comum, de ser-estar em comunhão, de manifestar sentimentos de comunidade, de não competir para ser certificado de melhor ou pior. (SOUSA).

Uma formação pobre de sentidos e repetidora de mecanismos falhos evidencia uma estrutura de currículos viciada e falha podendo até mesmo ser considerada uma expressão de violência que é imposta através de cobranças nos sistemas de avaliação, são as marcas entre escola e sociedade que deixam seqüelas em cada um e que nem sempre podem ser revertidas em favor dos sociáveis em questão. Tanto o educador como o educado sofrem as consequencias de um sistema antigo, que ruiu, e se mostra doente, quando a escola percebe esta ruptura e reverte o quadro, passa por uma transformação, visando sanar esta deficiência é de longe reconhecida. A ciência passa a ser vista como objeto da construção humana, e não como a deten¬tora da verdade.
Quando uma escola tem o seu currículo embasado na experimentação cientifica e passa a vivenciar a Ciência de forma experimental colhe os objetivos do aprendizado como:
Ø Aprender o respeito pela ciência e pela tecnolo¬gia;
Ø Adquirem-se habilidades ou instrumentos cognitivos relacionados aos processos científicos;
Ø Aprender habilidades manipulativas;
Ø Aprendem-se os principais conceitos e princípios científicos;
Ø Desenvolvem-se interesses, atitudes e valores;
Ø Proporcionar a auto-aprendizagem;
Ø Desenvolve-se a iniciativa, a responsabilidade, a participação;
Ø O interesse pela descoberta e a investigação.
Cada professor deve procurar o melhor para poder fazer seu trabalho a contento e tendo proveito. Por certo não há dúvida de que o ensino favoreça a compreensão do modo como se faz ciência. O professor engajado na tarefa de ensinar verá que as aulas experimentais possam tornar-se um instrumento privi¬legiado para os estudantes aprenderem a:
Ø Observar;
Ø Discriminar;
Ø Organizar;
Ø Classificar;
Ø Medir;
Ø Experimen¬tar;
Ø Avaliar.
É possível que mesmo numa escola com pouca tradição experimental os alunos passem a:
Ø Desenvolver habilidades e técnicas inovadoras;
Ø Passem a usar e calibrar instrumentos;
Ø Passem a utilizar um microscópio;
Ø Possam preparar soluções.
Propiciar ao estudante experiências concretas que ampliem sua capacidade de estabelecer relações e compreender conceitos e princípios. Propositadamente deve-se dar prioridade para que os alunos passem a entender os mo¬mentos propícios para a valorização da vida, em sua diversidade, e o desenvolvimento das atitudes e va¬lores importantes, na ciência e no trabalho coletivo.

4 EXPERIMENTO CIENTÍFICO

Ainda que haja discordâncias quanto a alguns dos aspectos citados, justifica-se o uso da atividade experimental como recurso capaz de assegurar uma aprendizagem eficaz dos conteúdos escolares. Assim, o experimento pode ser realizado pelo pro¬fessor, como demonstração, e pelos próprios alunos, segundo um roteiro mais ou menos detalhado e pre¬viamente elaborado. O experimento deve ter um ensaio prévio, deve ser realizado de forma antecipada pelo professor de modo a garantir o sucesso no momento da execução. Como regra geral primeiramente usa-se explicar o assunto visando a introduzir e explorar os temas e, principalmente, motivar o aluno sobre o "que" será abordado. De antemão deve-se pensar e ter um caráter indutivo, em que os estudantes podem controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas, ou dedutivo, quando eles têm a oportunidade de testar certas predições da teoria.
Segundo Piaget, "uma experiência que não seja realizada pela própria pessoa, com plena liberdade de iniciativa, deixa de ser, por definição, uma expe¬riência, transformando-se em simples adestramento, destituído de valor formador por falta da compreen¬são suficiente dos pormenores das etapas sucessivas". Isso significa que um experimento em que o aluno seja apenas espectador ou aquele em que alguém segue um roteiro previamente estabelecido, sem ter participado de nenhuma de suas etapas (identifica¬ção do problema, levantamento de hipóteses, suges¬tões de verificação dessas hipóteses, observação e coleta de dados, discussão, etc.), pouco cumprirá de sua função formadora. (ALVARENGA).

Quando ensinar sobre reações químicas, use o fogo como exemplo. Justifica-se pelo fato de ser a reação mais comum no dia-a-dia, e que todos os alunos conhecem. Trata-se de uma reação de combustão, portanto irreversível e que só se processa na presença de três fatores básicos:
Ø Combustível;
Ø Comburente;
Ø Faísca inicial.
E então passe a descrever a parte teórica:
Ø Combustível é o material que vai reagir, é o que será oxidado (queimado);
Ø Comburente é o gás oxigênio que vai reagir com o combustível;
Ø Faísca inicial.
Uma vez iniciada a reação química de combustão, esta será interrompida somente com a exaustão e ou a retirada de um dos componentes, ou seja, com a exaustão do combustível ou do comburente. É aí que entra o entendimento da quantidade de oxigênio disponível e existente na atmosfera. Com esta experiência simples, mas não de total precisão, podemos comprovar e ou clarear três feitos científicos: a existência do oxigênio; a comprovação da composição do ar atmosférico com teor de oxigênio a 21% e a existência e comprovação da pressão atmosférica. E deixar em aberto a questão da poluição pela produção de gás carbônico produzido na reação.
Para fazer esta experiência basta que se providencie:
Ø 1 Prato fundo de preferência metálico;
Ø 3 velas;
Ø 1 caixa de fósforos;
Ø 1 vidro grande;
Ø 1 jarra com água.
Com todos os ingredientes para a reação química então proceda de forma trivial.
Ø Ascende-se o fósforo e as velas;
Ø Pingar algumas gotas de parafina no centro do prato de modo a fixar as velas;
Ø Deixa a reação proceder até a chama das velas atingirem o máximo tamanho.
Enquanto as velas oxidam, explique que neste momento está sendo transformado o gás oxigênio, o pavio, e a parafina em:
Ø Água;
Ø Calor;
Ø Luz;
Ø Gás carbônico.
A combustão se processa em seu grau máximo, diagnosticada pelo brilho característico das chamas. Como parece que tudo é muita novidade, há aproximação dos alunos, quando a chama está no máximo então enclausure as velas com o vidro grande, e adicione água ao prato.



Fig. 1 Velas em combustão.

Nos momentos que se seguem as chamas começam a diminuir, e a água a "entrar no vidro", devido à grande força causada pela pressão atmosférica que atua no sistema, e pelo espaço que se "abre" dentro do gás confinado no interior do vidro. Como o oxigênio é convertido, deixa de ocupar o espaço de 21% dentro da composição do gás que ora ocupava. As chamas se mantém até culminarem com a extinção do oxigênio, em conseqüência a combustão (reação) cessa.
A entrada da água no vidro ocorre por dois motivos:
Ø A conversão do oxigênio "abre" espaço no volume do gás confinado no interior do vidro;
Ø A existência da pressão atmosférica, externa ao vidro ? que "empurra" a água para dentro do vidro.

Fig. 2 A pressão atmosférica começa a "empurrar" a água para dentro do vidro.

Na mesma velocidade de conversão, o volume do gás oxigênio vai sendo reduzido e a água começa a entrar. O volume máximo de água só vai ocorrer depois de cessada à reação.



Fig. 3 A água ocupa todo o volume do oxigênio que existia dentro do vidro, em torno de 21%.


As explicações deste fenômeno são muitas, porém comprovadamente a mais sensata é a que foi descrita. Deve-se levar em consideração os princípios científicos ora exaustivamente ensaiados pelos que nos antecederam. A "Lei da conservação das massas". Descoberta pelo célebre Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794), que em suas publicações afirma que "a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos de uma reação", que ficou conhecida pela famosa frase de que "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
De acordo com esta lei, em qualquer sistema, físico ou químico, nunca se cria nem se elimina matéria, apenas é possível transformá-la de uma forma em outra. Tudo se realiza com a matéria que é proveniente do próprio planeta, apenas havendo a retirada de material do solo, do ar ou da água, o transporte e a utilização desse material para a elaboração do insumo desejado, sua utilização pela população e, por fim, a disposição, na Terra, em outra forma, podendo muitas vezes ser reutilizado. (CAMMAROTA).


4.1 RELATÓRIO

Nenhum experimento científico cumpre com seu papel no aprendizado se o aluno não realizar o experimento. Se não comprovar pelas próprias mãos, se "ele" não realizar a experiência totalmente não "vale", ter o cuidado de deixar que "eles façam", é claro que devemos ter toda a cautela e ensiná-los com persistência a terem organização. Se o aluno não for capaz de fazer um relatório do que viu, e o que se comprovou, então a experimentação perdeu totalmente o foco. Sugere-se que os alunos façam relatórios de forma avaliativa descrevendo os passos da experiência. Por isso devemos ensiná-los a seguir uma ordem.
Recomenda-se que:
Ø Todos os alunos devem participar dos experimentos;
Ø Os alunos devem ser agrupados em três, quatro ou cinco, conforme a característica de cada turma;
Ø Anotar no caderno tudo o que acontecer durante a experiência;
Ø Discussão em grupo;
Ø Elaboração do relatório.
Basicamente um relatório escolar do nível de 5ª série deve conter:
Ø Nome da escola/colégio;
Ø Nome dos alunos ou do grupo;
Ø Nome do experimento;
Ø Explanação da parte teórica;
Descrever o que foi usado, como:
Ø Nomes dos materiais;
Ø Quantidade dos materiais;
Ø Os "como";
Ø Os "por quês"
Ø Como é que funciona?
Ø O que é que eu entendi?
Ø O que eu aprendi?
Os primeiros relatórios normalmente são mais trabalhosos, mas com as sucessivas práticas os alunos logo acostumam. A qualidade dos relatórios tende a melhorar. Logo se percebe os destaques e naturalmente vão aparecendo os líderes. Com estes recomenda-se ter mais atenção, pois podem contribuir positivamente como podem fazer exatamente o contrário, começam a ser e a se sentirem mais importantes e acabam deturpando o andamento dos experimentos.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Se todos os professores, das mais variadas disciplinas, contextualizarem suas aulas, os conteúdos escolares seriam melhores disseminados e as satisfações, tanto de mestres como de aprendizes seriam maiores. A vivência escolar embasada na fundamentação experimental de longe oferece vantagens incontáveis sobre os métodos tradicionais. É bem verdade que cada personalidade é única, mas todas as crianças são curiosas. Infelizmente professores mal formados e mal preparados castram seus súditos intelectualmente, principalmente quando o assunto é curiosidade, o novo, o diferente, muitos não querem nem chegar perto, e assim a sociedade como um todo perde. Independentemente das classes econômicas existem meninos e meninas com potenciais de inteligências fantásticas, que se não forem corretamente cultivados deixam sua genialidade beirar a bestialidade devido à falta de estímulos que muitas vezes a escola como um todo não ofereceu. O conhecimento que foi acumulado ao longo do nosso tempo facilmente é transformado em oficinas dinâmicas que reproduzirem de forma prática e marcante eventos que bravamente foram defendidos pelos que vieram antes de nós.
Nos países em que o ensino experimental foi re¬almente implantado, foram realizados estudos a respei¬to dos resultados destes modelos e a sua contribuição efetiva para o ensino de Ciências. Um dos objetivos dessas pesquisas era verificar que objetivos do ensino de Ciências só poderiam ser alcançados com o ensino experimental, ou seja, qual o grande diferencial do ensino experimental, quando comparado com outras modalidades do ensino de Ciências. Pelos resultados das pesquisas que procuraram examinar o efeito da atividade experimental na aquisição de conceitos, atitudes e pensamentos crí¬ticos, na compreensão da ciência, etc, permanece sem resposta conclusiva a pergunta sobre o que se consegue com o laboratório que não se pode conseguir, também, com alternativas menos dispendiosas e menos demoradas. (ALVARENGA).

Em nossos modelos educacionais não podemos ter conclusões parecidas, pois estudos experimentais não são realidades como práticas escolares implantadas em nosso país. Mas seguramente posso afirmar que não dependemos de laboratórios caros e dispendiosos para realizar práticas escolares do cunho que se fazem necessários no ensino fundamental. A crença de que só a escola com laboratórios tem ensino de qualidade não se sustenta. Experimentos simples e com baixos custos suplantam em muitos casos escolas ditas de elite, o que falta é vontade de mudar.


6 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Inês Maria M. Zanforlin Pires de. et al. INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A EDUCAÇÃO. Disponível em: . Acesso em: 02 set. 2010.

ALVARENGA, Jenner Procópio. Ciências integradas. 6º ano. Curitiba: Positivo, 2008.

ANDRADE, Antonio Carlos de. O ESPELHO DA MENTE. Disponível em: . Acesso em: 03 set. 2010.

BEVILACQUA, Gabriela Dias & COUTINHO-SILVA, Robson. O ensino de Ciências na 5ª série através da experimentação. Disponível em: . Acesso em: 03 set.2010.

CAMMAROTA, Magali Christe. Disponível em: . Acesso em: 03 set.2010.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. POR UMA EDUCAÇÃO TRIDIMENSIONAL. Disponível em: . Acesso em: 02 set. 2010.

DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Disponível em: . Acesso em: 03 set. 2010.

MACHADO, João Carlos Bernardo. O CONHECIMENTO CONTEMPORÂNEO: OS CRITÉRIOS DE VERDADE SOBRE O REAL. Disponível em: . Acesso em: 06 set.2010.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Disponível em: . Acesso em: 04 set. 2010.

PORTAL DE ENSINO DE CIÊNCIAS. Experiência da Vela (4). Disponível em:
. Acesso em 05 out. 2010.

PRAIA, João. et. al A HIPÓTESE E A EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIA: CONTRIBUTOS PARA UMA REORIENTAÇÃO EPISTEMOLÓGICA. Disponível em: . Acesso em: 02 set.2010.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Disponível em:
. Acesso em: 03 set. 2010.

SEVERINO, Ernesto Domingos. Influência dos canais sensoriais na atividade prática. Disponível em:
. Acesso em: 03 set. 2010.

SOUSA, Ana Maria Borges de. Violência e fracasso escolar: a negação do outro como legítimo outro. Disponível em: .
Acesso em: 06 set.2010.

ANEXOS


Modelo de questionário usado em sala de aula para coleta de dados.

COLEGIO ESTADUAL ELEUTÉRIO FERNANDES DE ANDRADE ? EFM ? QUITANDINHA - PR.
QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA A ALUNOS DA 5ª SÉRIE TURMA "E"
ALUNO (A)
QUESTÕES OBJETIVAS
1) Considera as experiências importantes para o aprendizado dos conteúdos de Ciências?
( ) sim ( ) não ( ) muito ( ) pouco ( ) nada.
2) A sua compreensão da "aula" melhora com a realização de experiências?
( ) sim ( ) não ( ) muito ( ) pouco ( ) nada.
3) Como você entende o assunto quando ele é apenas ensinado pela discurso do Professor e os resumos são passados no quadro?
( ) entende muito ( ) entende pouco ( ) não entende nada
4) Como você aprende o conteúdo quando o professor pede para desenhar/copiar um quadro?
( ) Aprende muito ( ) Aprende pouco ( ) não aprende nada
5) Como que você entende o conteúdo quando vê uma experiência?
( ) entende muito ( ) entende pouco ( ) não entende nada
6) Como que você entende o conteúdo quando faz uma experiência?
( ) entende tudo ( ) entende parte ( ) não entende nada
7) Quando você faz o relatório da experiência, o entendimento do que você aprendeu fica memorizado?
( ) sim ( ) não ( ) muito ( ) pouco ( ) nada.
8) Na sua opinião é melhor aprender os conteúdos fazendo experiências?
( ) sim ( ) não ( ) muito ( ) pouco ( ) nada.
9) Qual a experiência que você já fez ou que você viu?R:
10) Quando são feitas experiências você comenta em casa com seus familiares?
( ) sim ( ) não










QUADRO DA ENTREVISTA

ALUNOS ENTREVISTADOS 21

1) Considera as experiências importantes para o aprendizado dos conteúdos de Ciências?
SIM 21 NÃO 0
(2) A sua compreensão da "aula" melhora com a realização de experiências?
SIM 20 NÃO 1 MUITO POUCO 2 NADA
3) Como você entende o assunto quando ele é apenas ensinado pela discurso do Professor e os resumos são passados no quadro?
ENTENDE MUITO
15 ENTENDE POUCO 6 ENTENDE NADA 0

4) Como você aprende o conteúdo quando o professor pede para desenhar/copiar um quadro?
ENTENDE MUITO
14 ENTENDE POUCO
7 ENTENDE NADA 0

5) Como que você entende o conteúdo quando vê uma experiência?
ENTENDE MUITO
16 ENTENDE POUCO
5 ENTENDE NADA
0
6) Como que você entende o conteúdo quando faz uma experiência?
ENTENDE MUITO
11 ENTENDE POUCO 0 PARTE 9 ENTENDE NADA
1
*7) Quando você faz o relatório da experiência, o entendimento do que você aprendeu fica memorizado?
SIM 20 NÃO 1 MUITO 19 POUCO 2 NADA 0
* 8) Na sua opinião é melhor aprender os conteúdos fazendo experiências?
SIM 20 NÃO 1 MUITO 18 POUCO 3 NADA 0
9) Qual a experiência que você já fez ou que você viu?
COMBUSTÃO = VELA/ PRESSÃO ATMOSFÉRICA
10) Quando são feitas experiências você comenta em casa com seus familiares?
SIM 21
NÃO 0
OBS. AS RESPOSTAS DA QUESTÃO 7 COMO "SIM" FORAM TAMBÉM CONSIDERADAS COMO "MUITO" DESCONTADOS OS DOIS CASOS DE "POUCO", NA QUESTÃO 8 IDEM.
Autor: José Smokovicz


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