Remédio aos Olhos do Louco, Fraqueza aos Olhos do Sábio!



A grande jogada de "mestre", a maior de todos os tempos contra os "sábios" e os "grandes", foi a invenção do cristianismo por parte dos "loucos" e "pequenos"! A valorização da fraqueza e da loucura, caiu como uma luva na mão dos medrosos, dos malogrados, dos medíocres, dos doentes e conformados com uma "possível vida depois da vida". Medrosos por terem medo da vida e conseqüentemente, de si mesmos. Malogrados por terem uma mente fraca e "abortiva", uma mente que só gera "mortificação", uma mente que não suporta a vida e antes que a vida amadureça este ventre podre e seco dá conta de abortá-la; uma mente que estando dentro desse "cemitério" de "ressurretos" ? "... se já ressuscitastes com cristo..." ? sente-se valorizada mesmo estando morta, e não é só isso, também é ela a responsável pela falta de vida nos "ressurretos". Medíocres "por sofrerem com a falta de valor intelectual da base do edifício; mas deixemos em paz os "pescadores", não se podia esperar muito deles! Chegamos ao ponto principal da coisa, à doença, ao câncer da negação da vida ? "se conformar com o além é desprezar a vida" ? à adulteração dos prazeres, ou seja, o cristianismo em si! Os loucos e os doentes desse mundo se viram pela primeira vez sobre os sábios e doutores ? nasce o cristianismo. De que adianta ser sábio e temente a D?us, quando um peito e uma cabeça envergonhada que mira o chão sairão de sua presença (de D?us) justificados (Lucas 18: 9-14)? Qual a vantagem de ser "são" se as mãos e os pés furados de um salvador vertem remédio ao invés de antídoto ("Vim para os doentes")? Será que foi coerente torna o "cordeiro" o centro das atenções? Não seria isso amor ao pecado? Amor ao pecado sim, visto que se não há pecado o cordeiro perde sua função de purgador logo, chega-se à conclusão "de que quanto maior for o pecado maior será o valor do cordeiro"! O mal psicológico que castigava o povo encontrou enfim uma cura. A opressão romana perdera o seu sentido visto que os oprimidos "não são deste mundo". O "messias morto" teve por fim seu triunfo sobre o império, o amor à morte acabou com as ameaças; e mesmo os opressores ao se verem corroídos por seus "pecados" ? falhas administrativas ? viram o grande poder que havia nesta doença e tornaram-se também doentes ? nasce a "igreja". O fardo leve tornou-se pesado demais. "Misericórdia e não sacrifício" perdeu seu sentido. Qual sacrifício pode ser maior de que o sacrifício da própria vida? Este foi sem dúvida o "êxodo" mais ingrato em que alguém já se lançou, não há uma "terra" prometida aonde se chega vivo, é primordial morrer para o "mundo", para os prazeres, para os sabores da vida, morrer par a própria vida em si ? "... meu reino não é deste mundo...". Um reino em que a busca pelo "homem-perfeito" nunca tem um fim e mesmo assim é esse o alvo a ser mirado. O cristianismo criou um "deus" estúpido, um deus com sentimentos maternos, um deus que não suporta ver o filho ensangüentado a ponto de desprezar sua própria lei por amor a esse filho moribundo. Esse mesmo deus que "amou o mundo de tal maneira" traiu Abraão que havia realmente amado dessa forma, dando o seu filho. Seria esse o mesmo D?us que impediu Abraão de praticar tal ato? Ou seria outro, que vê prazer em sacrifícios humanos mesmo que seja o de seu "próprio filho"? Concluo, portanto, que os fracos, os loucos, os doentes, os malogrados, todos esses, são essenciais ao mantimento do cristianismo tendo em vista que ele, o cristianismo, que trabalha no campo psicológico das emoções, precisa daqueles que clamam desesperadamente por respostas mesmo que essas transcendam o campo da realidade, ou seja, faz parte do seu metabolismo o ser enganado. O que me causa arrepios é saber que foi essa mesma mistura que deu forças ao "Hitler": uma massa oprimida e desesperada por socorro, um salvador que consiga valorizar até mesmo as suas fraquezas, um discurso arrebatador no qual os doutores e sábios saem boquiabertos com a instrução do "filho do carpinteiro (filho do povo)", mesmo que esse seja um estrangeiro ? "não sou deste mundo". Confesso que é difícil não fazer tal comparação. Cabe ao sábio sendo minoria, conviver com a "loucura" de não querer ser também um louco. Para ele não vale a pena trocar sua sabedoria e sua vida por sangue e mortificação ? sacrifício humano diário. Já que os sábios se negam à loucura e à "glória da cruz", cabe aos medíocres dar às massas o que elas querem e por conseqüência tornam-se manipuladores das páginas sagradas e ainda ganham prêmios de justiça e de sabedoria por isso. Que golpe contra a sanidade!

Jônatas Félix da Silva.
Autor: Jônatas Félix Da Silva


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