Diagnostico da arboriação da praça Gison Serra e Silva do municipio de Teresina - PI



UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
ESPECIALIZAÇÃO EM PAISAGISMO E MANEJO AMBIENTAL



DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DA PRAÇA GILSON SERRA E SILVA DO
MUNICÍPIO DE TERESINA - PI

MARIA LINDALVA ALVES DA SILVA



TERESINA / 2006


MARIA LINDALVA ALVES DA SILVA

DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DA PRAÇA GILSON SERRA E SILVA DO MUNICÍPIO DE TERESINA - PI


Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Especialização em Paisagismo e Manejo Ambiental, da Universidade Estadual do Piauí, como parte do requisito necessário para obtenção do título de Especialista em Paisagismo e Manejo Ambiental.


Orientadora


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TERESINA / 2006




MARIA LINDALVA ALVES DA SILVA






DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DA PRAÇA GILSON SERRA E SILVA DO MUNICÍPIO DE TERESINA - PI





Este defendido e aprovado pela banca examinadora.






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Profª Roselis Ribeiro B. Machado
Orientadora


EXAMINADORES:


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TERESINA / 2006

























Sp Silva, Maria Lindalva Alves da Silva

Diagnóstico da arborização da Praça Gilson Serra e Silva do Município de Teresina-PI.

Artigo apresentado à coordenação do curso de Especialização em Paisagismo e Manejo Ambiental da Universidade Estadual do Piauí ? Campus Teresina, como parte do requisito necessário para ? obtenção do título de Especialista em Paisagismo e Manejo Ambiental.

1. Diagnóstico da arborização 2. Resultado
I ? Título II ? Universidade Estadual do Piauí ? Campus ? Teresina
CDD 001.01




DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DA PRAÇA GILSON SERRA E SILVA DO MUNICÍPIO DE TERESINA - PI


MARIA LINDALVA ALVES DA SILVA*
ROSELES RIBEIRO B. MACHADO**

RESUMO

As praças são fundamentais na composição da paisagem urbana porque ajudam na melhoria da qualidade de vida das pessoas. O objetivo do presente trabalho foi qualificar-quantificar a arborização da praça Gilson Serra e Silva localizada em frente ao hospital Dr. Antonio Pedreira A. Martins e o prédio anexo, a Maternidade Dr. Ursulino Veloso de Sousa Martins conhecida popularmente como "Praça do Hospital do Buenos Aires" em Teresina - PI, nela foram realizadas pesquisas sobre as plantas nativas e ornamentais que compõem sua vegetação. O estudo sobre a flora do local visa conhecer as características das espécies arbóreas e arbustivas com a finalidade de se realizar o planejamento e manejo da arborização. Os dados foram coletados no período de abril a maio de 2006 através de fichas ou formulários específicos onde foram fornecidas informações dos indivíduos arbóreos e arbustivos encontrados no local. Posteriormente registros fotográficos de vários pontos críticos da estrutura física e paisagística e por último, entrevistas com técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. O método de pesquisa utilizado foi a caracterização quali-quantitativa de todos os indivíduos pertencentes à referida praça. Após análise, ficou constatado que 55,73% necessitam de poda, principalmente de limpeza. Algumas espécies são inadequadas para arborização de áreas urbanas.

Palavras-chave: planejamento ? arborização urbana ? praça ? Teresina

* Bióloga e pós graduanda em Paisagismo e Manejo Ambiental pela Universidade Estadual do Piauí.
** Orientadora ? Bióloga, Mestre em Botânica ? UESPI.


DIAGNOSIS OF THE ARBORIZATION OF SQUARE GILSON SAWS AND SILVA OF THE CITY OF TERESINA - PI

MARIA LINDALVA ALVES DA SILVA*
ROSELES RIBEIRO B. MACHADO**


ABSTRACT

The squares are basic in the composition of the urban landscape because they help in the improvement of the quality of life of the people. The objective of the present work was characterize-to quantify the arborization of the square Gilson Serra and Silva located in front of the Dr. hospital Antonio Quarry. the Martins and the attached building, the Maternity Dr. Ursulino Veloso de Sousa known Martins popularly as "Square of the Hospital of the Buenos Aires" in Teresina - PI, it had been carried through research on the native and ornamental plants that compose its vegetation. The study on the flora of the place it aims at to know the characteristics of the arbóreas and arbustivas species with the purpose of if carrying through the planning and handling of the arborization. The data had been collected in the period of April the May of 2006 through specific fiches or forms where information of found the arbóreos and arbustivos individuals in the place had been supplied. Later photographic registers of some critical points of the physical and paisagística structure and finally, interviews with technician of the Secretariat of Urban Development. The used method of research was the quali-quantitative characterization of all the pertaining individuals to the related square. After analysis, was evidenced that 55.73% need pruning, mainly of cleanness. Some species are inadequate for arborization of urban areas.


Word-key: planning - urban arborization - square - Teresina


* Biologist and after graduanda in Paisagismo and Ambient Manejo for the State University of the Piauí.
** Orienting - Biologist, Master in Botany - UESPI.

1. INTRODUÇÃO

A paisagem urbana, quando bem estruturada, com a presença ordenada de elementos naturais como a vegetação, proporciona inúmeros benefícios à comunidade, que vão além dos seus custos de implantação e manutenção. Os parques, as praças, os jardins públicos e outros tipos de áreas verdes, juntamente com uma adequada arborização de ruas e avenidas, colaboram para melhoria de qualidade do ar, redução da poluição sonora, aumento do conforto térmico urbano, sem considerar os benefícios estéticos e psicológicos que a paisagem natural promove às pessoas. Nesse contexto, a cidade pode ser considerada um ecossistema que integra a sociedade e o ambiente. Para a sobrevivência do homem com o ambiente é necessário que exista uma boa harmonia entre a comunidade urbana e o meio em que ela vive. (SILVA, 2006).
A vegetação presente nas cidades tem numerosos usos e funções no ambiente urbano. Podem-se perceber nas cidades, as diferenças entre as regiões arborizadas e aquelas desprovidas de arborização (SILVA, 2006). Os locais arborizados geralmente são mais agradáveis aos sentidos humanos.
Atualmente, o Brasil apresenta 80% de sua população vivendo nas grandes cidades (IBGE 2000). Em muitas dessas cidades, a elevada concentração populacional e as atividades industriais ocasionaram sérios problemas ambientais, como a impermeabilização do solo e a poluição atmosférica, além da redução da cobertura vegetal.
O conhecimento e análise das estruturas das cidades e suas funções, são pré-requisitos básicos para o planejamento e administração das áreas urbanas, na busca de melhores condições de vida para os seus habitantes.
Segundo LEITÃO (2002), as praças constituem "unidades urbanísticas fundamentais para a vida urbana". Refletindo o pensamento do autor, há de se concordar com ele, pois no cenário urbano, as praças além de proporcionar do embelezamento das cidades, são espaços de lazer e de encontro de pessoas de todas as idades que vivem estressadas com a vida agitada da zona urbana. Esses logradouros proporcionam descontração aos habitantes urbanos pelos seus aspectos estruturais e paisagísticos.
Dado a importância das praças para a vida dos habitantes das cidades, é fundamental que se tenha conhecimento sobre seu patrimônio arbustivo e arbóreo com a finalidade de se realizar planejamento e manejo da arborização baseados em fundamentação teórico-prática sobre poda, tratamento fitossanitário ou remoção e plantios, bem como para definir prioridades de intervenções.
Com essa perspectiva, este trabalho tem o objetivo de caracterizar quantitativo e qualitativamente a arborização da Praça Gilson Serra e Silva, localizada em frente à Unidade de Saúde do bairro Memorare. Pretende-se com esse estudo, fornecer subsídios para possíveis intervenções, e ainda a adoção de medidas preventivas para sua preservação.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A área urbana é o processo que melhor retrata a ação humana sobre o meio físico. Nota-se que na maioria das cidades brasileiras o processo de urbanização ocorreu sem planejamento adequado, de forma intensa, sem infra-estrutura e sem orientação. Devido tais motivos faz-se necessário um planejamento da paisagem, isso significa um desafio nos dias atuais, pois o aumento da população e a industrialização têm provocado mudanças drásticas na paisagem urbana. Nesse contexto, para SILVA, (2006).

"As cidades precisam de planejamento para crescer com harmonia. O crescimento ordenado inclui cuidados básicos como a ocupação planejada do solo, a exploração racional da água, afastamento de ruas, construções de escolas,..., lazer e cultura. Tendo isso serve para garantir o bem-estar das pessoas e adequar a expansão urbana no meio ambiente."

Para DEMATTÊ (1999), a Comissão de Planejamento do Meio Ambiente da União Internacional de Conservação da Natureza define planejamento paisagístico como processo contínuo que se empenha em fazer melhor uso para a humanidade de uma área limitada da superfície terrestre, conservando sua produtividade e beleza.
No intuito de que haja entendimento do tema abordado e perceba-se a importância de um planejamento das cidades no que se refere ao convívio do homem com a natureza, faz-se necessário conhecer alguns conceitos de áreas verdes urbanas. Para LIMA et al. (1994) áreas verdes são "espaços onde há predomínio de vegetação arbórea englobando praças, jardins públicos e parques urbanos".
Dessa forma, pode-se afirmar que a organização das funções urbanas e o ordenamento do uso e da ocupação do solo urbano têm como objetivos: primeiro; a boa qualidade de vida dos moradores e usuários da cidade baseado nos princípios; a seguir, qualidade da ambiência urbana, facilidade da mobilidade e co-responsabilidade na gestão do espaço. Estas são as metas e/ou desafios para os próximos anos, pois ao longo da história pode-se observar que quando o espaço não é tratado com cuidado necessário, grandes desastres acontecem como na época da Revolução Industrial na Inglaterra, onde ocorreram epidemias, pestes e outros danos à população devido a superlotação e a deficiência na qualidade de vida nos primórdios da formação da cidade.
Atualmente, não se concebe falar em urbanização sem associar ao termo "qualidade de vida", é uma tendência generalizada das administrações públicas. No Brasil, por exemplo, a utilização de árvores na malha urbana deu inicio no século XVII na cidade de Recife e retornada posteriormente no século XIX com a forte influência européia, (Mesquita apud SANTOS, 2001). Em Salvador no início do século passado, registros dão conta que foi estabelecido certo padrão estético e harmônico em consonância com a paisagem natural na organização urbana da cidade. No Rio de Janeiro durante os séculos XVIII e XIX, o paisagismo brasileiro teve grande destaque em obras como a Rua do Ouvidor e a criação do Passeio Público. Em São Paulo, os destaques são: A Avenida Paulista, o parque da Cantareira e a abertura do bairro Higienópolis e a jardinagem da Luz (MACEDO, 1999). Finalmente Porto Alegre teve inicio na metade do século XX com a arborização de vias públicas, conforme (Sanchotene apud SANTOS, 2001).
Constata-se que durante o século XX com a expansão urbana esse processo foi interrompido, foi um período de profundas mudanças em nome da modernidade e perdas do patrimônio arquitetônico e vegetal, da identidade de certos locais e da ruptura homem-natureza. Nessa época, a presença da árvore ficou limitada a determinados espaços e não a condição adequada ao desenvolvimento da vegetação.
A intervenção aliada às características geográficas e sócio-políticas representa o diferencial das cidades e atestam o seu grau de deteriorização. Com base na soma desses fatores negativos, o papel da arborização em áreas públicas ou privadas assume a importância, como um dos fatores para o ambiente saudável.
Dentro dessa perspectiva:

"A preocupação com a preservação ambiental, tendo em vista não só o valor da natureza em si, como também a relação direta com a existência da humanidade, deve constar de qualquer programa básico de governo". (VITAL 2005)
Para frear os transtornos provocados em decorrência da ocupação desordenadas nas cidades é de grande relevância a criação de áreas verdes urbanas, pois além de atenderem aos objetivos básicos de conservação da natureza, também podem contribuir para uma melhor qualidade de vida do ser humano. Os espaços urbanos caracterizam-se pelo realce da versatilidade com o uso de vegetais imponentes (florestas urbanas) ou pelo realce da horizontalidade (jardins).
As funções que as áreas verdes e os espaços livres desempenham no meio urbano podem ser agrupadas em três conjuntos: valores paisagísticos, valores recreativos e valores ambientais. Em se tratando da função ambiental, verifica-se, que a vegetação tem procurado cumprir o seu papel ecológico, refletindo no social, pois, quando se melhora o padrão ambiental no ecossistema urbano, observa-se o bem-estar físico e mental daqueles que se beneficiam, assim:
"O convívio harmônico entre a população e o "verde" somente se concretizará quando as planificações dos espaços permitirá a presença da vegetação e as arborizações forem, efetivamente, implementadas, monitoradas e preservadas".
"As árvores urbanas são patrimônios, cujo zelo compete a todos, pois elas contam a história e dela fazem parte". (SANTOS, 2001).

Nesse contexto, ganha importância todo o espaço urbano onde se agrupam o elemento árvore na formação da massa vegetal. Desse modo, as praças, parques, jardins públicos e privados, os quintais, os fundos de vale, as encostas e os terrenos provisoriamente vazios, fazem parte de um sistema de áreas verdes que recebe o nome de "Florestas Urbanas".
Algumas pesquisas realizadas sobre a arborização nos centros urbanos dos Estados Brasileiros apontam que esta se encontra em diferentes níveis de avanço. O Piauí está em situação inicial. Não há até o momento, nenhuma publicação especifica sobre sua arborização urbana.
Quanto à arborização urbana de Teresina observa-se a presença marcante de árvores nativas, com ocorrência maior, em ordem decrescente, em parques, quintais, praças e vias públicas (MACHADO, 2002).
As primeiras referências sobre a arborização urbana de Teresina datam da década de 50, época da construção de praças históricas, como a Praça Marechal Deodoro da Fonseca com 30,600 m2 e a Praça Conselheiro Saraiva, com 30,110 m2, ambas consideradas áreas verdes. Depois vieram a construção de grandes vias públicas, novas praças e parques que, atualmente, em conjunto, compreendem cerca de 4.304.952 m2 de área verde, distribuídos, aproximadamente, em parques (3.575.000 m2), praças (729.952 m2), além da arborização das vias públicas.
No enfoque dessa questão é pertinente a idéia de que:

"A arborização de uma cidade pode ser abordada sobre dois pontos de vista. Um referente a ruas e avenidas e outro, a praças e parques. Nestes meios encontram-se espécies nativas, quanto exóticas". (Sousa apud MACHADO, 2002)

Em síntese, compreende-se que as áreas verdes urbanas trazem inúmeros benefícios que se estendem desde o controle das poluições atmosféricas, hídrica do solo, e visual, até o saneamento ambiental, no contato entre as pessoas como a valorização das atividades de lazer. Portanto, é fundamental a criação de um sistema de mapeamento de áreas verdes para que se possa realizar junto à comunidade uma campanha de conscientização e preservação.
A praça classificada como área verde urbana, surgiu da necessidade do homem interagir com o meio ambiente. O livre acesso a opção de lazer, a presença de áreas de natureza contemplativa e de espaços públicos para reunião de pessoas e passeio das famílias são essenciais para uma convivência harmônica. Com essa concepção admite-se que:

"A nova praça é o sucedâneo à escassez de espaços livres informais para lazer, embora seja muito reduzida em numero, em razão da crescente demanda urbana por novos espaços públicos, cuja oferta está sempre defasada em relação à procura, o que se deve à dificuldade crônica do poder público para atendê-la de imediato." (MACEDO, 1999)

Um dos fatores que determina a função de uma praça, além das mudanças históricas e sociais, é o clima. Em cidades de clima quente, onde a população vive ao ar livre, esses espaços, muitas vezes, tem função de descanso, estar, lazer, prática de esportes,..., educativa e psicológica.
Nos últimos anos, o mau-gosto tem prevalecido para os administradores públicos ao substituir árvores nativas por árvores exóticas ou então o ajardinamento das praças para mostrarem à população uma eficiência de caráter exibicionista, cortando, na maioria das vezes, árvores seculares.
As praças não são respeitadas e não são consideradas fatores de primeira necessidade. Não se prevê o aproveitamento de áreas destinadas às reuniões e aos passeios das pessoas e nem para as crianças brincarem a vontade, BURLE MARX, (2004).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Caracterização da Área de Estudo

A praça em estudo situa-se no bairro Memorare, capital, Zona Norte de Teresina do estado do Piauí, cuja cidade é localizada a 05º05? de latitude S e 42º30? longitude W, a altitude é de 79m acima do nível do mar. O clima, de acordo com Koppen é o clima AW, tropical com chuvas de verão e invernos secos. Apresenta temperaturas médias anuais de 25º a 27º C, e uma pluviosidade anual de aproximadamente 1200 mm, sendo o período mais chuvoso de dezembro a março e o período de estiagem de junho a outubro.
O Memorare caracteriza-se como um bairro e tem como principal atividade, o comércio varejista, principalmente de gêneros alimentícios. Outra referência deste bairro é a localização do Colégio Sagrado Coração de Jesus (Colégios das Irmãs), instituição pertencente às irmãs do Sagrado Coração de Jesus. Também é referência importante a Unidade de Saúde local que atende uma grande parcela da população de bairros circunvizinhos.
A Praça Gilson Serra e Silva, objeto de estudo deste trabalho, está localizada em frente a referida Unidade de Saúde, com uma área de 2.584 m2 , em confluência com as ruas: Jerumenha, Castelo do Piauí, Engenheiro Miguel Furtado Bacelar e Miguel Alves. Foi instituído através do decreto municipal nº 1.138, de 23 de agosto de 1988 (anexo 01), na administração do Prefeito Wall Ferraz.
3.2 Coleta de Dados

Os dados foram coletados no período de abril a maio de 2006 através de fichas específicas com as informações a seguir: data da coleta, nome do responsável, nome da praça, nome do bairro, nome vulgar e científico das espécies, altura da planta em m, número do registro da espécie, diâmetro da copa em m, valor visual (0 = inexistente: 1= regular; 2 = bom; 3 = excepcional), notas (de 0,0 a 10,0) (anexo 2) e dados gerais da praça (anexo 3). Quanto as dimensões da praça foram obtidas in loco por um técnico em edificações. Foram também, fotografados pontos críticos da praça e, por último entrevistas com técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU ? Centro Norte) e a coordenadora do Parque Ambiental de Teresina para se obter informações a respeito da história do bairro e da construção da praça em estudo.
Na perspectiva de se elaborar um plano de manejo da arborização da praça em estudo, conhecida popularmente como "Praça do Hospital de Buenos-Aires", foram realizados os seguintes procedimentos: visitas ao local de estudo para coleta de dados na qual foi utilizada uma ficha de campo para levantamento da vegetação arbórea e arbustiva existente. Esse levantamento teve como propósito caracterizar quantitativo e qualitativamente as espécies de vegetação. Em seguida, foi feito o desenho da planta da cobertura vegetal e por último, fotografias da arborização em seus casos mais críticos. Para que todos esses dados fossem obtidos com precisão foram utilizados os materiais e equipamentos: prancheta, filme e máquina fotográfica, bloco de anotações, lápis nº 2, borracha, fita métrica, calculadora, fichas ou formulários.
O método utilizado no levantamento do diagnóstico da praça em estudo é o inventário total. Segundo Milano (1994) é o mais recomendável para locais onde a freqüência da arborização é muito heterogênea. Conforme Robayo (1993) é um método apropriado para áreas localizadas entre vias públicas, bairros ou em cidade de pequeno porte. Assim esse método se ajusta bem a esse caso, pois a área pesquisada localiza-se em um bairro pequeno e bastante aroborizado.
4. Resultados e Discussão
4.1. Espécies e Freqüência Relativa
Foram encontradas 122 plantas arbustivas e arbóreas pertencentes a 15 espécies, sendo que 04 indivíduos não foram identificados (anexo 4). As seis espécies mais freqüentes compreendem 88,52% do total de indivíduos presentes na praça. De acordo com o levantamento, as espécies que encontram com mais exemplares foram: Bromélia laciniosa (24,59%), Hibiscus schizopetatus (22,29%) Euphorbia ingeres (20,59%), Mangifera indica (9,83%), Parapiptadenia rígida e Crescentia cujete com (5,73%) respectivamente, (figura 1).



















Figura 1. Freqüência relativa de indivíduos na Praça Gilson Serra e Silva por espécie, fonte: SILVA, M. L., 2006.
Segundo as recomendações de PAIVA (2001), na composição da vegetação de uma praça não se deve introduzir espécies tóxicas ou que apresentem perigo físico aos usuários e nem tão pouco espécies frutíferas, pois podem causar vários transtornos aos seus usuários (figura 2). Conforme, observou-se que, espécies: Euphorbia ingeres Bromélia laciniosa, Mangifera indica foram encontradas com bastante freqüência.






Espécie inadequada para praça: Bromélia laciniosa
FONTE: SILVA, M. L. 2006.

De acordo com SANTOS (2001), espécies que apresentam sistema radicular superficial em área reduzida e dependendo da qualidade do material empregado, a pressão exercida pelas raízes poderá provocar trincas e comprometer o espaço onde se encontram. Constatou-se que espécie como a Mangifera indica Parapiptadenia rígida e outros indivíduos não identificados comprometem aquele espaço físico ao observar a (figura 3), veja que as raízes estão provocando a desagregação de partículas do solo, este processo se intensifica durante o período chuvoso.







Figuras 3 ? Espécie não identificada que apresenta raízes volumosas:
FONTE: SILVA, M. L. 2006.

A diversidade de espécies não determina a identidade de um espaço COSTA et. al (1996). As 15 espécies encontradas, na praça provavelmente sejam provenientes de plantios aleatórios realizados por funcionários da prefeitura que desconheciam as técnicas de arborização de uma área. Foram encontrados espécies com 3 e 2 indivíduos representando (4,90%) e 5 espécies com apenas 1 individuo representando 4,09% do total de plantas.
Outra indicação que revela a falta de conhecimento e planejamento é que 17,21% das árvores e arbustos dividem o espaço num mesmo canteiro (figura 4), outras bem próximas umas das outras sem mensuração de espaçamento. Mangifera indica Psidum guayava, Parapiptadenia rígida, Hibiscus schizopetatus, Euphorbia ingeres e outras desconhecidas foram distribuídas de forma aleatória nos canteiros. Também foi verificado que alguns indivíduos estão comprometidos devido à poluição, depredação ou pelo ataque de pragas ou doenças.










Figuras 4 ? Espécie de Mangifera indica Figuras 6 ? dividindo o mesmo canteiro ou muito próxima com cantei outros., FONTE: FONTE:SILVA M. L.,2006.

Nestes casos, o aconselhável seria a substituição dos casos mais críticos. SANTOS (2001) orienta que quando só tratar da remoção de árvores urbanas a população deverá ser informada sobre as razões, data e horário para não desencadear reações adversas aos moradores, o processo terá que ser gradativo de acordo com a necessidade.

4.2. Classes de Altura
A distribuição de altura dos indivíduos de acordo com a (figura 5) encontrada na praça foi a seguinte: 45,90% dos apresentam altura igual ou inferior a 6m e 25,40% com altura igual ou inferior a 3,5m. Tais percentuais evidenciam que a composição da vegetação do local possui maior freqüência relativa de plantas arbustivas de formação (espécie ornamental).



















Figura 5. Número de indivíduos em diferentes classes de altura, fonte: SILVA, M. L., 2006


No que se refere às espécies arbóreas, ficou constatado que a representatividade foi de 17,23%. Entre as árvores de maior ocorrência a mangifera indica com 75% de seus indivíduos e 100% dos indivíduos do Parapiptadenia rígda. Cinco indivíduos de espécies não identificadas e uma espécie do Coesalpinea enchinata apresentam altura entre 13,5 a 16,0m.
Foi observado que o porte arbóreo e diâmetro da copa das árvores de alguns indivíduos em determinados pontos da praça estão atrapalhando a iluminação. BLASCO, (2005) deixa claro que deve haver uma harmonia entre a arborização urbana e a iluminação pública, por isso, o planejamento entre os projetos de iluminação e o plantio adequado de mudas vegetais é uma necessidade.
4.3 Classe de Diâmetro da Copa
Com relação ao diâmetro da copa verificou-se que 2,45% apresentam diâmetro médio maior que 10m. a maioria dos indivíduos apresentam diâmetro de 0,0-3,5m. (Tabela 1)
As copas não apresentam características genéticas diferenciadas por se tratarem de árvores urbanas, sofrem alterações em sua conformação natural.
DC (m) Nº de Indivíduos Taxa
> 0,0 ? 3,5 89 72,29%
d 3,6 ? 5,0 08 6,55%
e 5,1 ? 7,5 09 7,57%
e 7,6?10,0 13 10,65%
e 10,1?12,5 3 2,45%

Tabela 1. Número de indivíduos em diferentes classes de diâmetro da copa, FONTE: SILVA, M. L., 2006

4.4 Análise da Freqüência dos Tipos de Poda

As recomendações de poda nesta praça demonstram que 45,08% dos indivíduos não necessitam de intervenções e que 55,73% precisam de algum tipo de poda, seja para estimular a produção de ramos, flores ou frutos ou como medida de controle fitossanitário.
A poda de formação foi indicada em 35,24% dos indivíduos e a poda de limpeza para 18,85%, principalmente para as árvores com altura superior a 10m.
4.5 Análise do Valor Visual

Sobre o valor visual observou-se que 52,03% dos indivíduos estão em bom estado quanto a estética com destaque para as mangifera indica (75%), Parapiptadenia rigida (71%), hibiscus schizopetatus (53,57%) e 60% dos indivíduos da espécie macambira. 46,42% foram classificadas como regular e apenas 5,69% se encontram com aparência excepcional.
Foi verificado que a aparência estética das mesmas pode ser atribuída pela prática de poda inadequada, pela ausência e a falta de conservação por parte dos usuários ou pelo ataque de agentes causadores de doenças.
5. CONCLUSÃO

O estudo realizado sobre a arborização da Praça Gilson Serra e Silva situada em frente à Unidade de Saúde do Memorare ficou constatado que 55,73% dos indivíduos necessitam de poda, principalmente de limpeza. Os indivíduos das espécies Mangifera indica, Parapiptadenia rígida, Psidum guayava, Coesalpinea echinata, Cochlospermum vitfolium e outros não identificados, todas as árvores de médio a grande porte com altura superior a 10m.
Das espécies plantadas, a Mangifera indica, Bromélia laciniosa e Euphobia ingere são inadequados para arborização, pois são considerados incompatíveis com a estrutura do local. Segundo Paiva (2001), não se deve introduzir na vegetação de uma praça, espécies tóxicas ou que representem perigo físico aos usuários e nem tão pouco frutíferas, pois poderá causar danos aos transeuntes que por ali circulam.
Quanto ao equilíbrio entre a diversidade de espécies e a identidade do local, observando as condições analisadas, algumas precisam ser removidas de forma gradativa. A seguir, recomendações indicadas na arborização urbana da praça diagnosticada.
ü Poda de manutenção e limpeza para possibilitar o rebaixamento e levantamento das copas das árvores, no intuito de que se viabilize a compatibilização destas com os equipamentos urbanos;
ü Aumento no tamanho dos canteiros para que as árvores com raízes tabulares tenham um melhor desenvolvimento e uma maior retenção de água e nutrientes do solo;
ü Criação de novos canteiros em espaços da praça onde estão servindo de depósito de lixo pela comunidade;
ü Plantio de mudas para que se aumente o percentual de cobertura arbórea adequada da área e melhoria do micro clima.
ü Substituição de forma gradativa alguns indivíduos considerados incompatíveis para ambientes urbanos;
ü Ajardinamento de espaços próximo à Unidade de Saúde para embelezamento do local;
ü Aumento do número de lixeiras em pontos estratégias da praça;
ü Redução e substituição de alguns bancos por outros que ofereçam maior conforto aos usuários.
Realizar um trabalho dessa categoria é relevante tanto para o profissional do magistério quanto para o técnico em arborização urbana. No caso do último, proporciona ao pesquisador um aprofundamento teórico-reflexivo capaz de detectar sérias falhas na prática de arborização urbana, o que possibilita sua capacitação para possíveis encaminhamentos no sentido de reverter o diagnóstico levantado. Tal como fez-se no caso da praça objeto de estudo deste trabalho.
No caso do pesquisador ? professor com atuação na área em estudo, com certeza sua prática docente, após aprofundamento e reflexão, tomará nova dimensão em sala de aula.





6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BLASCO, Sergio Lucas de Meneses. A busca pela harmonia entre arborização urbana e iluminação pública. Revista Ação Ambiental. Viçosa, MG nº 9, Set/Out. 2005.

DEMATTÊ, Maria Esmeralda Soares Payão, Princípios de Paisagismo, 2ª ed. Jaboticabal: IUNEP, São Paulo, 1999

LEITÂO, Lucia As praças que a gente tem, as praças que a gente quer. Manuel de procedimento para intervenção em praças. Secretária de Planejamento Urbanismo e Meio Ambiente, Recife 2002

MACEDO, Silvio Soares. Quadro do paisagismo no Brasil: coleção quapá, V.L. São Paulo, 1999

MARX, R. B.; TABACON, J. Arte e Paisagem: (Conferências escolhidas), organização e comentários. 2ª ed. Ver. E amp. São Paulo: Stúdio Nobel, 2004.

SILVA, Maria Helena Carvalho Rodrigues. Paisagem e Degradação Urbana. Revista Mundo Jovem, Porto Alegre, RS. Nº 366, Maio/2006.

SANTOS, Nara Rejane Zamberlan; TEIXEIRA, Ítalo Fillipi, Arborização de vias públicas: Ambiente e Vegetação. Ed. Instituto Sousa Cruz, RS. 1ª ed., 2001.

MILANO, M. S. Métodos de amostragem para avaliação de arborização de ruas. In: CONGRESSO BRASILIERO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 2, 1994, São Luis. Anais... São Luis: Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. 1994.

ROBAYO, J. A. M. Inventário da arborização de ruas. In: Curso de Arborização Urbana. Curitiba: Universidade Livre do Meio Ambiente, 1993.

LIMA, Ana Maria Liner Pereira et al. Problemas de utilização na conceituação de Termos como Espaços Livres. Áreas verdes e correlatos, 2. 1994 São Luis. Anais... São Luis: Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, 1994.

VITAL. M.M.P.A. Gestão do Verde em Belo Horizonte: iniciativas e desafios. Revista Ação Ambiental, Viçosa, MG nº 9, set/out. 2005.

MACHADO, Roselis Ribeiro B. Diagnóstico da arborização urbana de Teresina. 19 ed. Qualygraph. Teresina, 2002. .

PAIVA, Patrícia Duarte de Oliveira. Paisagismo II: macro e micropaisagismo. Lavras: UFLA/FAEPE, 2001.

COSTA, L. M. S.; et al. Arborização das ruas do Bairro de Copacabana. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 3. 1996, Salvador. Anais... Salvador: Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, 1996.

SILVA, A. G. Importância da Vegetação em ambientes urbanos. Viçosa, MG: VFV, 1998 (Monografia de Graduação)

IBGE. Censo 2000. Disponível em: acesso em 12 de jul/2006.

Ambiente Brasil. Disponivel em http://www.ambientebrasil.com.br/ em 17 de jul/2006.






















ANEXOS



























ANEXO 2


FICHA DE CAMPOS Nº 1

Diagnóstico de Arborização Urbana
Levantamento da Vegetação ? Praça Pública


Data: 21/05/2006
Responsável: Maria Lindalva Alves da Silva
Praça: Gilson Serra e Silva
Bairro: Memorare
Área Total: 2.584 m2

Árvore Nº
Espécie H
(m) DC (m) V. Visual
Nota
01 Mangifera indica 15 m 10 m 2 8
02 Mangifera indica 15,5 m 10 m 2 7
03 Mangifera indica 14 m 9 m 2 8
04 Mangifera indica 15 m 7 m 2 5
05 Mangifera indica 10 m 3,5 m 1 3
06 Mangifera indica 13 m 8 m 2 7
07 Mangifera indica 15,5 m 6 m 2 5
08 Mangifera indica 15 m 7 m 2 7
09 Mangifera indica 8,5 m 9 m 3 9
10 Mangifera indica 14,5 m 8 m 2 8
11 Mangifera indica 7 m 7 m 2 8
12 Mangifera indica 12 m 4,5 m 1 4
13 Crescentia cujete 6,5m 5 m 2 8
14 Crescentia cujete 6 m 7m 2 8
15 Crescentia cujete 6 m 7 m 2 8
16 Crescentia cujete 5,5 m 5 m 2 7
17 Crescentia cujete 5 m 4 m 2 7
18 Crescentia cujete 5,5 m 6 m 2 8
19 Parapiptadenia rígida 6 m 7 m 2 8
20 Parapiptadenia rígida 15 m 10 m 2 8
21 Parapiptadenia rígida 15 m 10 m 2 8
22 Parapiptadenia rígida 15 m 10 m 2 8
23 Parapiptadenia rígida 14,5 m 10 m 2 7,5
24 Parapiptadenia rígida 14,5 m 10 m 2 7,5
25 Parapiptadenia rígida 15,5 m 8,5 m 1 6
26 Parapiptadenia rígida 16 m 3 m 0 0

FONTE: Ficha utilizada no levantamento das espécies arbóreas cultivada na praça Gilson Serra e Silva.





ANEXO 3

Ficha de Campo Nº 2


Outros Elementos Paisagísticos



A ESPÉCIE CONDIÇÕES GERAIS AVALIAÇÃO
Forrações Bromélia laciniosa Inadequada Necessitam ser removidas


Arbustos Euphorbia Ingeres Inadequada Necessitam ser removidas
Hibiscus schizopetato Regular Necessitam de manejo


QUANT DESCRIÇÃO AVALIAÇÃO
Bancos 24 Em concreto Em estado de deteriorização
Luminárias 06 Postes florescentes Boas
Lixeiras 02 Em concreto Insuficientes
Monumentos 01 Placa em concreto Falta de conservação
Escadas 01 Em concreto Precisando de reforma
Caminhos 03 Em concretos e pedras Necessitando de reparos
Estacionamento 01 Com pedras Bom

FONTE: ficha utilizada no levantamento de elementos arquitetônico na praça acima estuda.















ANEXO 4

Ficha de Campo Nº 03


Diagnostico da Arborização Urbana
Levantamento da Vegetação ? Praça Pública


Nº NOME VULGAR NOME CIENTIFICO QUANT FAMILIA CLASSIFICAÇÃO
01 Mangueira Mangifera indica 12 Anacardiaceae Árvore
02 Cujubeira Crescetia cujete 07 Bignoniaceae Arbustos / Árvore
03 Angico Vermelho Parapiptademia rígida (Benth) 07 Minosoldeae Árvore
04 Hisbico ? Crespo Hibiscus schizopetatus Hook. F. 28 Malvarae Arbustos
05 Macambira Bromélia laciniosa 30 Bromeliácea Forração
06 Caeto-candelabro Euphorbia ingeres E May 25 Euphorbiaceae Arbustos
07 Pau-Brasil Caeralpinea echinata Lam. 07 Coesalpinoldeae Árvore
08 Embaúba Cecropia pachystachya Trec. 01 Cecropiaceae Árvore
09 Goiaba Roystonea régia (H B K) O. F. Cooki 01 Palmácea Palmeira
10 Algodão bravo Psidum gerayava 02 Mirtácea Árvore
11 Espécies não identificadas Cochlos permum Vitfolium spreng. 01 Árvore
12 Espécies não identificadas - 02 - Árvore
13 Espécies não identificadas - 02 - Árvore
14 Espécies não identificadas - 01 - Árvore
15 Espécies não identificadas - 03 - Arbusto

FONTE: SILVA, M. L. A.: Levantamento da Vegetação da Praça em estudo.

Autor: Maria Alves Da Silva


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