Uma análise crítica sobre a aprendizagem criativa



Uma análise crítica sobre a aprendizagem criativa
e o prazer de aprender:

Refletir sobre a aprendizagem criativa e sobre o prazer de aprender pode ser o caminho para uma educação com mais qualidade, pois desperta algo pessoal, valioso e inovador. Oferece uma variedade de possibilidades de solução, estimulando a opção pelo caminho adequado à capacidade e ao interesse de cada um, de acordo com as exigências do meio.
Para essa aprendizagem criativa acontecer, primeiramente surge um pensamento criador, esse, fruto de um conjunto de elementos inseparáveis, que atuam de forma interativa, sempre em busca de novidades, podendo-se destacar como auxiliadoras nesse processo as seguintes fases: apreensão, preparação, incubação, iluminação e verificação, que servem como referencial para melhor ajudar o educando a desenvolver sua criatividade e perceber suas potencialidades.
Ainda se faz necessário dizer algumas palavras sobre as origens ou causas da criatividade. Está muito claro que sua origem é coberta de mistérios. De fato, alguns indivíduos são visivelmente mais criativos do que outros, mas isso com certeza não é apenas uma questão de genialidade. Na verdade, a origem da criatividade permanece misteriosa, mesmo que seja presente em todos nós. Agora é moda entre alguns psicólogos, quando eles se deparam com algo que é difícil de explicar, chamá-lo de inato ou hereditário, como se esta fosse uma explicação. Mas absolutamente não é uma explicação, e desse modo só transferem o problema para o campo da biologia. E, na biologia, estamos muito longe de ser capazes de explicar qualquer tipo de atitude mental, que dirá a criatividade. Criatividade não é apenas uma questão de precocidade em indivíduos que se tornaram muito criativos. Os indivíduos não são sempre precoces. Mozart, é claro, é um dos melhores exemplos de uma alma precoce e criativa. Mas muitos outros se tornaram criativos muito mais tarde em suas vidas, foi bem mais tarde que tiveram as idéias mais originais.
Através da criatividade somos motivados a buscar novas formas de resolver os problemas, mas para que isso aconteça é importante utilizarmos como critério as diversas formas de motivação, sendo elas: as que dão informações a respeito da tarefa a ser aprendida e sua realização; as que apelam para as emoções, no caso dos elogios, prêmios, repressões e ainda as que agem mediante os contatos dos alunos com seus colegas. Nos ambientes educacionais, a criatividade deve ser potencializada pelas ações pedagógicas. Como define Novaes (1980, p. 13), é fundamental favorecer "a mobilização do potencial criativo em todas as disciplinas e assuntos, dando valor ao pensamento produtivo, uma vez que a criatividade estará presente em várias situações e diversidade de assuntos".
Além da motivação e incentivos, o brincar é a essência do pensamento lúdico e caracteriza as atividades executadas na infância. As experiências do brincar na escola auxiliam a formação de vínculos entre alunos e professores e certamente facilitam a aprendizagem. Na educação, a brincadeira funciona como uma simulação de experiências e conteúdos, aproximando-os do universo dos alunos. Independente da idade dos participantes, as brincadeiras criativas resgatam o caráter lúdico, o prazer, a alegria, o poder de imaginar e criar próprios do ser humano. Porém sempre surge a questão de como propiciar a oportunidade de aprender com prazer? Esta é uma pergunta que o professor deve fazer-se a cada dia, encontrando respostas diferentes a cada instante. Isto porque a resposta está relacionada aos interesses e necessidades dos alunos, devendo ser investigada permanentemente.
Também se pode dizer que a importância por uma educação mais abrangente tem mobilizado os educadores à busca de alternativas que supram as carências encontradas em alguns métodos de ensino. Busca-se um ensino mais humano, voltado para os reais interesses dos alunos e propício para a atuação dos educandos como verdadeiros agentes no processo educacional. Quando se trabalha em grupo, a imaginação e a curiosidade de cada participante são ressaltadas e compartilhadas, e quem consegue se expressar junto aos outros se adapta melhor às circunstâncias e à troca de experiências.
Dessa forma, os educadores sejam mais exigentes, peçam aos alunos que dêem e rendam o que são capazes, cada um de acordo com suas próprias capacidades. E, para assim proceder, procurem ser criativos e originais, mesclando variedade e entusiasmo como ingredientes que motivam o trabalho e o rendimento dos alunos; pode-se ressaltar ainda, que o bom professor é aquele com quem os alunos aprendem; bom educador é aquele com quem os alunos vão se tornando mais pessoas e mais eles mesmos, estes são os alunos que, no fundo, gostam de seus mestres, pois aprendem de forma criativa e prazerosa.

Referências Bibliográficas:
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Dinâmica lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1978.
CETEB. Programa de formação Continuada do Professor. Reflexões sobre o fazer pedagógico, módulo4.
FREINET, C. Pedagogia do bom senso. Lisboa: Martins Fontes, 1985.
GARDNER, 1995, p.29
MACHADO, Luiz. Superinteligência. Rio de Janeiro, Qulitymark, 2005, p.104
NOVAES (1980, p. 13)


Autor: Jocelaine Da Silva.


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