Tome o pulso à sua tensão arterial



Com as doenças cardiovasculares a assumirem a principal causa de morte em todo o mundo, mas especialmente nas sociedades ditas desenvolvidas, aumenta a preocupação geral com esta enfermidade e a procura incessante de informação para ajudar a percebê-la. Por isso, nunca é demais congregar alguns dados fundamentais para aumentar o seu conhecimento neste âmbito, facilitando eventualmente a compreensão deste. À semelhança do que acontece com o colesterol, a tensão arterial atinge as suas vítimas sem avisar e a face visível do problema apenas se manifesta num estado demasiado avançado, comprometendo a oportunidade de lhe pôr cobro, deixando somente espaço para minorar as suas consequências. Neste caso, os efeitos nefastos atingem órgãos vitais como os rins, coração e inclusive o cérebro, alterando o habitual funcionamento, capacidades ou até mesmo aspecto, causando sérias dificuldades em geral. O grande desconhecimento relativamente à tensão arterial coloca alguns obstáculos ao seu tratamento e unicamente uma pessoa informada poderá enfrentar essa situação, pelo que reunimos uma série de questões mais frequentemente suscitadoras de dúvidas. Estas não constituem uma linha orientadora única, mas são definitivamente uma boa forma de ficar a par de alguns detalhes fundamentais para o despiste daquele problema. O que é a tensão arterial? Para que o sangue circule em perfeitas condições é necessário que o organismo o bombeie, sendo precisamente esta acção que sai prejudicada com uma pressão arterial anormal. O "entupimento" que daí resulta fomenta o adelgaçamento das veias, travando gravemente a habitual actividade das artérias e comprometendo as suas funções de base. A denominação da força exercida entre as paredes arteriais que impulsionam a circulação do sangue é a pressão arterial, assunto no qual este artigo se tem centrado desde o início. A energia impressa nesta contracção é crucial e não convém ser exagerada (o que acontece quando os níveis colesterol estão elevados), pois fará subir a necessidade de esforço, aumentando consequentemente a extenuação. Níveis ideais de tensão arterial A título de exemplo, a tensão arterial "máxima" (sistólica ou PAS) não pode estar acima dos 140 (14.0), devendo manter-se entre os 130 e 139 mmHg (unidade de medida); já a tensão arterial "mínima" (diastólica) tem de ser inferior a 90 (9.0), preferencialmente estável entre os 85 e 89 mmHg, valores modelo para qualquer sexo e faixa etária. Quando o registo não coincide com o recomendado em três leituras no espaço de três meses, considera-se hipertensão, não interessando estarem as duas acima da quantidade aconselhada, dado que uma é suficiente para o paciente ser hipertenso. O acompanhamento da tensão arterial deve ser feito pelo menos a cada dois anos por pessoas com idade igual ou superior a 20 anos e mais regularmente por quem tenha na família um historial de hipertensão, antecedentes de problemas cardíacos ou vasculares. O mesmo espaço reduzido entre verificações terá de ser respeitado por quem seja obeso, enquanto as crianças devem ser perscrutadas em cada consulta de rotina, a fim da despistagem de eventuais anomalias nesse quadro. Como prevenir a tensão arterial? A solução para evitar a hipertensão de forma natural é muito simples e não implica grandes esforços. Excepto em casos extremos, em que a medicação seja necessária, é possível afastar essa doença consumindo refeições com menos sal, praticando actividade física, reduzindo a ingestão de bebidas alcoólicas, deixando de fumar e optando por alimentos com potássio, demasiado negligenciado na actualidade. Tenha ainda algum cuidado com determinados analgésicos, antigripais e pílulas, cujos efeitos secundários podem causar o aumento da pressão arterial.
Autor: Nuno Ribeiro


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