Diferenças da Hotelaria do Passado para a Hotelaria do Presente



Hotelaria do Passado e a Hotelaria do Presente

O deslocamento das pessoas entre as regiões sempre esteve na história da humanidade. E foi devido a isso que receber pessoas estranhas em uma casa, ou abrigo e permitindo que o mesmo passasse a noite lá, surgiu a necessidade de se criar instalações para que eles possam ficar.

Atenta-se que os primeiros deslocamentos deram-se pelas sociedades antigas, ou sejam os nômades no qual não tinha intenção de regressar a sua moradia. Mas com a evolução da atividade agrícola, criação de gado, a caça e a pesca foi-se criando uma forma de organização onde esses povos retornariam para seu habitar.

Os hotéis eram bem diferentes da realidade dos dias atuais(ELENARA VIEIRA,P14). Não se tinha a preocupação de proteger ou dar abrigo as pessoas, mas sim aos animais que eram o mais importante, pois eram o meio de transporte que o homem utilizava em suas viagens de longa duração.
Muitos autores identificam como um marco inicial de deslocamento e desenvolvimento dos meios de hospedagem o povo romano. Pois foram eles que iniciaram a construção de estradas entre as cidades porque serviam como um meio de comunicação de uma cidade para a outra.

Outro fator que contribui para o aumento dessa atividade turística que pode ser comprovado foram os Jogos Olímpicos na Grécia. Nestes deslocamentos esportivos tem-se uma comprovação dos deslocamentos dos participantes dos jogos e a estrutura para recebe-los. Logo pode-se falar que os meios de hospedagem são infraestruturas básicas para o desenvolvimento da atividade turística.

As primeiras hospedarias e pousadas surgiram na Idade Média por uma necessidade advinda das autoridades eclesiásticas que viajavam muito e sentiam o desconforto de não terem onde pernoitarem e se alimentarem. E observa-se que o hoteleiro tinha como principal alvo os viajantes de classe rica.

Se observarmos atentamente veremos que o termo turista já está entrando em vigor. Como? Fugindo um pouco do passado para a atualidade a pessoa é considerada turista quando o viajante que se desloca para um ou mais lugares diferentes de sua residência habitual e lá permanece por mais de 24 horas, mas com intenção de retorno. Além disso, não participa do mercado de trabalho no destino.

O núcleo emissor é o local de onde parte o turista, ou seja, é a cidade do cliente. Já o núcleo receptor é o local onde o turista é recebido, segundo a EMBRATUR. Ainda mais, o fluxo turístico são grupos de pessoas que se deslocam de núcleo emissor ao núcleo receptor afim de fazer a prática turismo.

Antigamente havia a questão de motivação e condições favoráveis, assim como hoje em dia, pois se não houvesse aonde instalar o povo que iria-se ter, tudo ficaria uma bagunça, ou seja, haveria uma grande confusão. Não basta apenas realizar um evento para atrair grandes massas, ou impérios, se não tiver toda uma estrutura capaz o suficiente para atender a demanda o evento não será um dos melhores. Principalmente porque os hóspedes buscavam apenas meios de subsistência e descanso fora de suas regiões de origem.

Devido a essa necessidade de oferecer abrigo e alimentação surgiram os primeiros albergues por volta de 500 a.C., que tinham essa finalidade. Segundo o site smugmug.com ele nos mostra que com o apogeu do Império Romano houve um incremento de deslocamentos por toda a Europa, Norte da África e Oriente e com isso surgiram as Mansiones, Tavernas e Resorts.

Na Idade Média construíram-se as hospedarias, que já estavam ganhando seus espaço na Europa e eram mais ou menos padronizadas com pátios internos, espaços para pernoitar, cozinhas, áreas de alimentação etc.

Segundo informações do Portal da Educação houve um aumento significativo das viagens pela Europa e o deslocamento do sistema feudal fez com que surgisse concorrência entre estabelecimentos da indústria hoteleira. Os serviços prestados começaram a funcionar como diferencial e algumas hospedarias passaram a oferecer serviços de troca de cavalos e reparos nas carruagens.

Com o aumento das carruagens foi feito com que a distância a ser percorrida fosse em menos tempo. Com o surgimento das estradas de ferro, as hospedarias e estalagens que se beneficiavam do tráfego das estradas viram seus clientes indo embora. Com isso as estações terminais passam a ser a mais nova inovação dos meios de hospedagem e devido a um grande numero de passageiros a serem transportados, os hotéis já começavam a assumir seu papel.
A Revolução Industrial trouxe consigo mudanças tecnológicas e sociais da época que foram influentes a atividade turística. Um ponto que vale destacar é que junto com a atividade turística o transporte também tem sua participação, pois eles tornaram as viagens mais rápidas, baratas e seguras aumentando assim o número de viajantes. Destaca-se ainda nesse período o surgimento das máquinas a vapor, no qual eram capazes de fazerem viagens a vapor.

Com essas mudanças na área tecnológica os hotéis também passaram a adotar essa modernização. Segundo a apostila Gestão Hoteleira do Portal do Saber, mostraremos alguns exemplos de hotéis que adotaram tal evolução, são:


ü City Hotel nos EUA, 1810 ? iluminação parcial a gás;
ü Tremont House, Boston 1820 ? fechaduras nas unidades habitacionais;
ü Holt´s Hotel, Nova Iorque 1830 ? elevador de bagagem;
ü American Hotel, Nova Iorque 1835 ? iluminação total a gás;
ü Palmer House Hotel, Chicago 1871 ? estrutura a prova de incêndio;
ü Sagamore Hotel, Lake George 1880 ? iluminação elétrica em todas as UHs;
ü Netherland Hotel, Nova Iorque 1890 ? telefones em todas as UHs.

Segundo o Portal Educativo ´´ a hotelaria sempre foi fortemente influenciada pelos estímulos sociais e tecnológicos de cada época``. Com isso pode-se entender que os meios hospedagem sempre procuram se adaptar às circunstâncias e demandas do mercado e nunca se anteciparam-se em relação a isso.
Através de pesquisas observa-se que nas últimas décadas o cliente fica mais livre, ou seja, sua liberdade de escolha é maior e com isso o tempo de permanência num lugar fica mais limitado, logo a transladação de um lugar para o outro aumenta.

O termo empreendedorismo também foi se fixando nos meios de hospedagem, pois começa no espírito empreendedor, para que tal aconteça há que, desde cedo, estimular competências pessoais no sentido de criar cidadãos ativos na sociedade. A palavra empreendedor tem a sua origem francesa e quer dizer, aquele que assume riscos e começa algo de novo. Segundo Robert Menezes, o "Empreendedorismo é a arte de fazer acontecer com motivação e criatividade".

Ao longo dos anos esse espírito empreendedor vêm se fortificando cada vez mais nos meios de hospedagens. Hoteis, Apart Hoteis, Pousadas etc, vêm inovando trazendo a junção de várias caraterísticas dos hóspedes, ou seja um mix para que não se possa agradar somente a um determinado público, mas a todos.

Robert Baron(2007,p.7) diz que ´´o empreendedorismo envolve reconhecer a oportunidade para criar algo novo ? e isso não precisa ser algo novo. Pode-se dizer que é um reconhecimento de novas oportunidades se desenvolverem em um novo mercado, ou seja requer criação ou o reconhecimento de uma aplicação comercial para uma nova coisa. E a hotelaria está aí pra isso, mostrar o que tem de bom e novo em cima do novo.

Pois nas últimas décadas o cliente fica mais livre, ou seja, sua liberdade de escolha é maior e com isso o tempo de permanência num lugar fica mais limitado, logo a transladação de um lugar para o outro aumenta.

Em suma, o hóspede do futuro exigirá um meio de hospedagem personalizado e de forma lenta e bem lenta e gradual as empresas hoteleiras estão adaptando-se a essas tendências mercadológicas.
Chegando ao Brasil no ano de 1996 todos os meios de hospedagem já estavam classificados obrigatoriamente pela EMBRATUR, segundo fontes do próprio site da Embratur. E segundo a mesma foram estabelecidas categorias de 1 a 5 estrelas com relação a equipamentos, aspectos construtivos, serviços e características físicas.

Este sistema serviu como referencial de qualidade só por algumas décadas, pois alguns empreendimentos não cumpriam de forma adequada seu objetivo. Os empreendedores já estavam minando este sistema para a compra de estrelas, para que o clima de status quo do cliente seja maior. Pois os clientes ainda se preocupavam muito não só com a questão de diversão ou lazer, mas também com a questão do status, pois viajar era luxo e só pessoas de classe rica poderiam.

Com isso, a EMBRATUR deixa bem claro através da Deliberação Normativa nº 360 de 16 de Abril de 1996, o cancelamento do Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem de Turismo, com o objetivo de impor uma forma mais consensual de classificação para os meios de hospedagem.

Concordando com a EMBRATUR o público está cada vez mais especificado e suas exigências também os níveis de preço, localização e condições das instalações e serviços passaram a ser referenciais muito mais válidos.

Ainda com a EMBRATUR, a nova matriz que foi criada em 2002, propõe a classificação dos hotéis em seis categorias distintas. A matriz de classificação hoteleira segunda a Associação Brasileira da Industria de Hotéis seria:

SUPERLUXO -
LUXO -
SUPERIOR -
TURÍSTICO -
ECONÔMICO -
SIMPLES ?

Delimitando mais o nosso tema chegamos em Manaus, pode-se observar que muitos empreendimentos na área de hospedagem estão sendo erguidos em Manaus, muitos com o objetivo de fornecer o melhor ao turista nacional e ao internacional. E com isso cresce a competitividade, no qual não atrapalha o turista, mas o ajuda por causa da briga de preços entre os empreendimentos hoteleiros.

Autor: Diego Risuenho


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