Empowerment - Exige mais que um minuto



Este livro contém reflexões e análises para empregados e empregadores relacionados a todos os setores. Descreve que pessoas empoderadas trazem benefícios para si e para a organização, pois uma organização que adota o Empowerment libera idéias e iniciativas, entusiasmo e orgulho. Os autores enfatizam sempre a responsabilidade em qualquer nível da empresa e ainda o ponderar das crenças pessoais. Fica claro que barreira existe em todos os níveis, mas que não é impossível reavaliar e inovar.
No inicio do livro o autor aborda que organizações devem sair de uma mentalidade de comandar e controlar para um ambiente de apoio e voltado para a responsabilidade, onde todos possam dar o melhor de si. O Empowerment não é dar poder as pessoas, pois elas já o possuem, em conhecimento e motivação, mas permitir que este aflore, deixando explícito que deve fluir de cima para baixo, deve começar nos níveis mais altos, do contrário não trará resultado algum.
Descreve ainda o medo que este poder traz, já que as pessoas temem pela perda de sua posição.
Ao colocar sua primeira chave o livro ratifica a importância de compartilhar informações dentro de uma organização, informações estas que gerarão responsabilidade. "... a informação é a moeda da responsabilidade e da confiança na Terra do Empowerment." (pág 48)
Na segunda chave temos a reestruturação. Propósito, valores, imagem, objetivos, papéis e estrutura e sistemas organizacionais. Neste trecho o livro é mais voltado para visão da organização. De como ela se apresenta para cada colaborador de maneira que ele não tire conclusões próprias e equivocadas do lugar em que trabalha. O autor mostra a importância no falar e como falar, do estabelecimento de parceria que gera compreensão para a melhor contribuição de seus colaboradores. "As crenças sustentam a visão e os valores a transformam em realidade". (pág 64)
Ao chegar a terceira chave, o livro então fala do tema mais temido na área gerencial: trabalho em equipe.
Através da leitura é evidenciado que o gerente deve estar totalmente comprometido com o Empowerment, pois ele precisa ficar a disposição e ensinar as pessoas coisas que podem fazer para tornarem-se menos dependente, ser facilitador e treinador. Enfatiza também que ninguém tem que fazer nada sozinho.
É abordada a compreensão quanto às falhas, ao trabalho em conjunto para analisar o erro e consequentemente a solução. Ensina que cliente sempre deve estar em primeiro plano nas nossas ações, deve-se cuidar dos interesses financeiros da empresa, ser flexível ao tomar decisões sobre qualidade, manter os departamentos informados. Forma simples e direta de comunicação, sem arbitrariedade, fazer com que o treinamento se torne uma cultura da organização.
O gestor não fica a parte das considerações finais do livro. Os autores afirmam que ao empoderar as pessoas o administrador abre mão do controle e ainda assim, permanece responsável.
Há o estágio de insatisfação que é colocado como normal no processo, mas que com persistência e no feedback o administrador verá uma situação que parece que ninguém tem a resposta e de maneira surpreendente alguém toma iniciativa e assim ele perceberá que o "Empowerment" enfim está progredindo.
A dinâmica do Empowerment requer persistência e comprometimento.
"Empowerment não é mágica. Consiste de alguns passos simples e muita persistência". (pág.129)



Conclusão:

Procurei o ano de edição ? 1996 ? passado 11 anos o livro está totalmente atual, dinâmico, envolvente e que nos leva a análise.
Pelo fato do ser humano estar tão agarrado as suas crenças o Empowerment levará ainda tempos até ser realidade em todas as empresas. São etapas que o autor narra de forma que nos leva a desejar que o local onde trabalhamos também visualize os benefícios de inovar.
Analisando o meu ambiente de trabalho vejo que ainda temos mais gente que prefere dirigir, controlar e supervisionar a coordenar, elaborar, treinar. Trabalhar junto então parece utopia.
Vejo a barreira entre os departamentos, o medo de perder posição e controle sobre as pessoas, o quanto ainda existe aqueles que trabalham, sim pelo simples fato de terem um emprego e para ele a realização da mesa ao lado é até engraçado.
A leitura me levou a perceber, por mais que eu esteja estudando e tenha o desejo de inovar no meu local de trabalho, nada acontecerá se a visão da empresa, a começar pela gerencia, não mudar.
Identifiquei-me com o desejo de ser melhor hoje do que ontem e melhor amanhã do que hoje. Na minha realidade não existe a colaboração e parceria.
Por outro lado vejo que na sala de aula houve uma mudança notável desde o início do curso e que ao receber motivação para "pensar" tivemos grandes progressos. Temos recebido a informação e isso gerou responsabilidade em cada aluno porque das nossas ações o resultado traria a nota (satisfatória ou não), ou seja, somos responsáveis pelo que estamos fazendo com o que recebemos.
Temos recebido diretrizes e fomos obrigados a trabalhar em equipe. Erros surgiram e tivemos que ouvir um ao outro para chegar a solução e consenso do que seria o melhor para o grupo. Estávamos sendo guiados pelo mundo do Empowerment mesmo sem saber. Assim sendo, é nosso compromisso não deixar que o aprendizado esmoreça.

Bibliográfia: Empowerment - Exige Mais que um Minuto. 1996. Editora Objetiva
Autor: Maria Aparecida Pereira Rocha


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