MONOGRAFIA SOBRE: BULLYING: AGRESSIVIDADE INFANTIL.



INTRODUÇÃO

Psicopedagogia é a prática que tem o intuito de conduzir à eficiência, evitando dificuldades no processo de ensino aprendizagem, seu caráter é preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas na área clinica, resgatando e criando estratégias que possam despertar o interesse em aprender pela vitima, pelos agressores e telespectadores do bullying. Estudos recentes visam ligar o bullying e psicopedagogica, possibilitando o auxilio entre ambos. Gerando desse fato a necessidade pela intervenção de áreas distintas, com o intuito do trabalho em equipe, na qual participe pais, comunidade e escola.

O bullying, como fenômeno pode acontecer, também, na fase adulta e em diferentes ambientes. O agressor do fenômeno quando criança, se não for cuidado, pode vir se tornar um adulto que o praticará em outros espaços da sociedade.

A escolha do tema sobre; "Bullying: Agressividade infantil", baseado na vivência durante a vida estudantil, familiar e comunidade, e como profissional psicopedagogo o pesquisador, entende ser melhor atender e intervir na infância e adolescência.

Justifica-se esta postura, uma vez que o bullying é uma forma agressiva velada que ocorre na instituição escolar, e acarreta danos diários e irreversíveis, na vida do individuo, dilacerando sua saúde psicológica e física, contribuindo para a baixa-estima, depressão, marginalização, além de estimular o suicídio e assassinato.

Relacionando-se com a psicopedagogia intervir sobre o bullying, para assim evitar que crianças e jovens se tornem agressivos, é necessário um trabalho coletivo, com múltiplos profissionais, além de orientar a família, a escola e a comunidade. Deve-se estender o cuidado para vitima do fenômeno, a qual poderá desenvolver problemas psicológicos, que são ser irreversíveis e devastadores em sua vida. Portanto, o presente estudo, teve o objetivo de estabelecer e desenvolver uma imbricação entre o bullying e a prática psicopedagogica, possibilitando uma interface entre ambos, capaz de esclarecer profissionais, pais, interessados e envolvidos.

II- AGRESSIVIDADE:

Na atualidade têm-se observado o comportamento recorrente nas relações interpessoais. A agressividade do ponto de vista do desenvolvimento humano, a agressividade é a arma daquele que se sente acuado, impotente, com dificuldade de se impor e de expressar aquilo que sente de forma que o outro o entenda e respeite. (MULHER, 2009)

Ainda, segundo Mulher (2009), a agressividade é atitude de defesa sendo para o ser humano o recurso do mais fraco, do menos criativo, como também, a ferramenta dos impulsos advindos dos instintos de sobrevivência em sociedade. Os que não amadurecem as emoções e os sentimentos e, que ainda não fez, de maneira eficaz, a jornada do auto-descobrimento e da auto-educação dispõem dos instintos para se proteger ou como forma de reagir a um desafio.

O ser humano em na conduta social, usando de agressividade para colocar-se em posição de auto-afirmação para si próprio e no grupo. Agride aquele que para colocar-se em evidência, usa de força verbal ou corporal diante do diferente e desfavorecidos, para agrupar-se aos favorecidos.

Muitas vezes o agressor, traz consigo um histórico de agressão familiar e
exclusão, focando assim o outro e suas diferenças desfavorecidas, para se auto-afirma, para integrar-se aos grupos sociais favorecidos e em evidência.

Algumas vezes o individuo incomoda-se com que é, por ser não aceito pela sociedade formal e preconceituosa, da necessidade do ser humano ser gregário e fazer parte da sociedade, ele agride a fim de se sentir bem diante do que lhe incomoda perante a semelhança.

O ciclo da vida humana é caracterizado em oito períodos: pré-natal, primeira infância, segunda infância, terceira infância, adolescência, jovem adulto, meia idade e terceira idade. Durante estes processos do desenvolvimento estão envolvidas mudanças nos aspectos físicos, cognitivos e psicossociais onde cada período afeta o outro. (PAPALIA, 1998, p.479-511)

Por outro lado, Mulher (2009), postula que adquira certa maturidade e senso de autoridade pessoal, em situações de crise usa o bom senso, a diplomacia, o respeito, a objetividade, a firmeza, a com paixão, sabendo exatamente quem é e, qual seu papel diante da situação.

Diz ainda, que apesar de não haver fórmula certa para curar esta problemática, existem sim, muitos caminhos e alternativas viáveis. A atitude dos pais ao lidar no cotidiano com explosões de raiva do seu filho pequeno, o exercício da autoridade com o mesmo, requer que expressem respeito, amor e firmeza, que coloquem limites claros, atreves de atitudes envoltas em qualidade suaves, nutridoras, disciplinadoras e objetivas, deixando de lado o uso da violência com o filho, uma vez que um tapa refletirá na agressividade futura da criança podendo torná-lo um adulto revoltado e agressivo.

Os pais necessitam entender o que se passa no mundo interior de seu filho, que faz com que use de violência invés de outro recurso interior. Cabendo a eles, orientar sobre o que fazer com relação aquilo que esta gerando o comportamento agressivo e que pode ser tanto a indignação, o medo, a raiva, a frustração ou a impotência que sentem, para que estas crianças possam aprender a lidar com estes sentimentos para assim viver melhor. (MULHER, 2009)

Por fim, afirma a autora Mulher (2009), os pais, devem ensinar ao filho que se sente repleto de animosidade, sobre a raiva, sobre as frustrações inerentes à vista, sobre o perdão, a compreensão, a paciência, o altruísmo, a solidariedade e a fraternidade, sempre através de atitudes firmes e objetivas, pacientes e amorosos, que demonstrem empatia com a dor da pequena criança e ao mesmo tempo ajudá-lo a superar ou conviver melhor com seu sentimento de raiva para lidar melhor com aquilo que lhe incomoda.

2.1- AGRESSIVIDADE INFANTIL:

A agressividade infantil é um assunto bastante amplo podendo-se notar suas raízes desde o início das relações das crianças ainda na educação infantil. Precisamos inicialmente, discernir o que é inerente a determinada faixa etária ou sexo e o que está fora dos padrões esperados pelos mesmos. (SACCHETTO, 2009)

Segundo ela, uma criança que morde o amiguinho até dois anos de idade, não pode ser rotulada como agressiva. Ela ainda não sabe usar a linguagem verbal e a linguagem corporal acaba sendo mais eficiente. A criança nesta fase é egocêntrica e acredita que o mundo funciona e existe em função dela. Uma das primeiras maneiras de relacionamento é a disputa por objetos ou pela atenção de alguém querido ? como a mãe, o pai ou o professor. A intenção da criança, ao morder ou empurrar, é obter o mais rápido possível aquele objeto de desejo, já que não consegue verbalizar com fluência. Esta fase de disputa é natural e quanto menos ansiedade for gerada, mais rápida e tranqüilamente será transposta. É claro que o adulto não deve apenas assumir a postura de observador e sim, interferir quando necessário, evitando que se machuquem, e explicando que a atitude não é correta. Enfim, impondo limites! Porém não devem supervalorizar a agressão, pois as crianças ainda não conseguem entender que estão machucando.

Trata-se não somente de que os alunos aprendam com os currículos escolares planejados, mas, sobretudo, que aprendam confrontar a realidade de sua existência com o pensamento critico. (BARÒ, 1997)

Afirma, ainda, Sacchetto (2009), que a agressividade pode ser hostil, com a intenção de machucar ou ser cruel com alguém, seja física ou verbalmente. Ou ainda pode aparecer com o intuito de conquistar uma recompensa, sem desejar o mal do outro. A agressividade aparece ainda em reação a uma frustração. Birras, gritarias e chutes. Comportamento comum, porém necessário ser amenizado até extinguido mais uma vez explicando à criança que não é um comportamento adequado. Outro aspecto fundamental ao desenvolvimento de comportamento agressivo é o meio ambiente em que a criança está inserida, família, escola e estímulos recebidos por meios de comunicação. Também, lógico e ainda, fatores individuais, inatos como sexo e hereditariedade.

Os rituais possibilitam o desenvolvimento de sentimentos de segurança, de auto-estima e de confiança resultando em uma facilitação para resolver a crise juvenil. (LEVISKY, 1998)

Para Sacchetto (2009), é essencial saber discernir quando um comportamento agressivo é passageiro, por motivos temporários, como o nascimento de um irmãozinho, a hospitalização ou perda de um ente querido, ou ainda por mudança de casa ou escola ou se pode ser considerado como um transtorno de conduta, caso em que é necessário um acompanhamento de especialista para auxiliar a sanar o problema. Se não se der a devida importância nesta fase essas atitudes poderão evoluir de forma prejudicial na adolescência e vida adulta, podendo transformar a criança em agente ou alvo de bullying. Afirma, também, que a diferença de gêneros, também pode indicar um aspecto da agressividade.

Diversas pesquisas apontam para uma capacidade precoce das meninas, em relação aos meninos para adaptarem-se em grupo e socializarem-se com maior facilidade. Meninos tendem a apresentar mais problemas para adaptação social.

O que torna a vitima como também provocadora pode ser a exposição à violência e abuso em casa ou a pais punitivos que utilizem estratégias agressivas. (CARVALHOSA, 2005)

Para a Sacchetto (2009), por volta dos três anos, as crianças já acrescentaram milhares de palavras ao seu vocabulário e começam a descobrir o prazer em brincar com o outro e se comunicar. O egocentrismo começa a sair de cena e tem inicio a socialização. Nesta fase, o comportamento agressivo intencional, ainda aparece esporadicamente, não apresenta continuidade.
Já dos quatro, aos seis anos identifica-se alguns comportamentos discriminatórios que podem ter repetidamente o mesmo alvo. Aparecem os conflitos, "panelinhas", provocações e humilhações. É aqui que pais e educadores devem estar atentos para poder inibir esse comportamento antes que ele se instale e seja mais difícil de eliminá-lo.

Necessita-se também, diferenciar as vivências que a criança tem na família e as que têm na escola, onde ocorrem geralmente os comportamentos agressivos. Em casa, normalmente, a criança é sempre querida, amada e compreendida, o que não acontece no convívio social onde precisa conquistar os amigos e inserir-se no grupo.

Sacchetto (2009) confirma que muitas crianças recebem apelidos relacionados a aspectos físicos aos diferenciados desempenho acadêmico. Na escola o papel do professor é essencial na identificação e trabalhar com esses aspectos evitando que sejam recorrentes. A dramatização é uma ferramenta excepcional para fazer com que as crianças vivenciem papéis. Essencial, ainda, é discutir sempre as experiências depois de dramatizadas. Criar regras elaboradas em conjunto também é uma ferramenta eficiente. Quando as próprias crianças criam as regras elas ganham um significado maior e têm um grande impacto nas ações.

Deve-se também trabalhar valores morais éticos como solidariedade, compartilhamento, cooperação, amizade, reciprocidade dentre outros. Se o professor cria um ambiente com atividades prazerosas durante todo o período de aula, a probabilidade de que comportamentos agressivos surjam é muito menor.
Sacchetto (2009) que a agressividade só deve ser tratada como um desvio de conduta quando ela aparecer por um longo período de tempo e também se não estiverem ocorrendo fatos transitórios que possam estar causando os comportamentos agressivos, nas escolas de educação infantil e ensino fundamental, os professores e supervisores podem e devem ficar atentos nas atividades em parques e intervalos assegurando-se de que nenhuma criança está sendo excluída ou humilhada. A direção da escola pode e deve chamar a atenção de alunos que estejam praticando algum ato ofensivo ou preconceituoso e alertar também seus pais.

Ações possíveis que posam amenizar ou superar o bullying são sugeridos por Sacchetto (2009), Jogos cooperativos, atividades de inclusão, mexer sempre os grupos, evitando as "panelinhas", palestra a respeito de boas idéias de como trabalhar em grupo e Mostrar reportagens a respeito das conseqüências sofridas pelos bullies nas mais diversas situações.

III - Bullying?

Como diz a Wikipédia Livre (2009), bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo, bully ou "valentão", ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo ou grupo de indivíduos incapazes de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

Existem três formas de bullying: direto e físico que inclui bater, ameaçar, fazer os colegas realizarem tarefas contra a própria vontade, roubar ou estragar objetos. Direto e verbal que consiste em insultar, por apelidos, salientar os defeitos de deficiências dos colegas, atitude racista. E o indireto que se refere à exclusão do grupo, perda da amizade, ofender, espalhar boatos. (MARTINS, 2005)

Bullying é entender todas as formas de atitudes agressivas; moral, física e intelectual, intencionais e repetidas, ocorrida desnecessariamente, praticada por um ou mais estudantes contra outro, imputando dor e angústia, cometias em uma hierarquia de poder. A intimidação freqüente de um ou mais individuo sobre os menos favorecidos no caso e o exagero de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.

Como afirma a ABRAPIA, (2009), por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de bullying possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes:
Condutas praticadas por bullying.
Colocar apelidos
Ofender
Zoar
Gozar
Encarnar
Sacanear
Humilhar
Fazer sofrer
Discriminar
Excluir
Isolar
Ignorar
Intimidar
Perseguir
Assediar
Aterrorizar
Amedrontar
Tiranizar
Dominar
Agredir
Bater
Chutar
Empurrar
Ferir
Roubar
Quebrar pertences

Diz ainda ABRAPIA (2009), que o bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de bullying entre seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.

Lopes (2005), afirma a desestrutura familiar, falta de afeto, excesso de permissividade ou tolerância, maus tratos físicos ou emocionais, podem ser fatores de risco ao bullying, porém, também, fatores individuais exercem influências no comportamento agressivo como impulsividade, hiperatividade, dificuldades de atenção, baixa inteligência ou distúrbios de aprendizagem e comportamental, ressaltando as conseqüências que o bullying pode trazer a curto ou longo prazo para os alvos ou autores dificuldades acadêmico, social, emocional e legal.

Segunda afirma Bassete, (2007), o bullying já pode ser identificado na pré-escola. As crianças já demonstram atitudes de agressão e rejeição aos colegas, não deixar um determinado colega fazer parte da turminha, dar apelidos. "Barril, nanico, baixinha, Olívia palito, cabelo de macarrão". Esses são apenas alguns apelidos que podem até parecer brincadeira, mas que não têm graça nenhuma, pelo contrario. O bullying se caracteriza principalmente por atitudes como dar apelidos pejorativos, humilhar e admoestar o colega e às vezes a agressão física se concretiza. Afirma ainda, que sempre expõe a pessoa à humilhação, ao constrangimento e também ao medo de não ser aceito.
Pessoas que sofrem o fenômeno do bullying quando criança são mais propensas a sofrerem de saúde mental, depressão e baixa auto-estima quando adulto e quanto mais jovem for à criança agressiva, maior será o risco de apresentar problemas associados a comportamentos anti-sociais quando adultos podem sofrer com problemas como: saúde, anorexia, bulimia, depressão, ansiedade e até ao suicídio.
De acordo ainda com o autor, que o bullying é tipicamente popular, e o praticante vê sua agressividade como qualidade, tem opinião positiva sobre si mesmo e tem maior probabilidade à evasão escolar. Pode manter um grupo em torno de si, que atua como auxiliar em suas agressões.
Para Carvalhosa (2005), os agressores têm dificuldades em fazer amigos, sentem-se infeliz, tem maior probabilidade em se envolverem na delinqüência.

Os praticantes de bullying tendem a pertencer a família desestruturadas emocionalmente, recebendo pouco afeto e atenção, são pouco supervisionados pelos pais e vivem em ambientes onde o comportamento agressivo ou explosivo é usado para solucionar problemas. (CARVALHOSA, 2005)

Os meninos estão envolvidos com o bullying com uma freqüência muito maior, tanto como autores quanto como alvos. Entre as meninas, embora ocorra com menor freqüência o bullying se caracteriza como prática de exclusão ou difamação. (BALLONE, 2004)

Ainda, Ballone (2005), postula que os agressores são pessoas antipáticas, arrogantes e desagradáveis, acham que todos devem atender seus desejos de imediato e demonstram dificuldade de colocar-se no lugar do outro.

Conforme a Abrapia (2009), seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser destacadas, como relacionadas aos papeis que venham a representar: alvos de bullying, são os alunos que só sofrem bullying, alvos/autores de bullying, são os alunos que ora sofrem, ora praticam bullying, autores de bullying, são os alunos que só praticam bullying,
testemunhas de bullying, são os alunos que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.
Os autores do bullying são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferece como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas. (ABRAPIA, 2009)

Os alvos do bullying são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as conseqüências do comportamento de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem serem merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos. Há jovens que estrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.

Cabe neste caso, a escola e seus profissionais para evitar a evasão escolar por conta do bullying, criar estratégias lúdicas sociais, para a convivência coletiva e se for necessário a punição ao agressor para se conscientizar as regras de convivência e respeito ao diferente, para vitima se necessário encaminhar para tratamento com especialistas como: Psicopedagogo, Psicólogo e Neurologista. Pois, para a psicopedagogia a escola e seus princípios fundamentais é ser um ambiente sociável e de respeito de um aos outros e sucessivamente, para isso todos na escola, pais e comunidade, trabalharem em conjunto contra a pratica do bullying na infância, por que, trabalhando com o amor ao próximo nesta fase da vida, irá fazer uma diferença significativa na vida pré-adolescência, adolescência e adulta desse individuo.
Assim, a instituição de ensino trará a criança, pais e comunidade consciência de que em sociedade muitas ações de rejeição e preconceito trazem consigo conseqüências pesadas pela lei, pois, afligem o código de convivência em sociedade, para isso a escol educa para o futuro, oprimindo a pratica do bullying, e semeando a inclusão, tolerância, respeito e felicidade mútua, afim, de fazer um mundo melhor e um olhar para o horizonte, articulando a competência e habilidades em todos os seres aprendente, que fazer parte dessa contextualização sobre a socialização e humanização em um contexto escolar e social, portanto, levar o mesmo à consciência e um ensino-aprendizado significativo e igualitário para levar a criança a um adulto multiplicador de respeito ao próximo e cidadão.

As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem sentir-se incomodados com o que vêem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.

O bullying, de fato, sempre existiu. O que ocorre é que, com a influência da televisão e da internet, os apelidos pejorativos foram tomando outras proporções. "O fato de ter conseqüências trágicas, como mortes e suicídios, e a falta de impunidade proporcionou a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema", aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro "Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil". (MULHER, 2009)

Segundo Sacchetto (2009), no Brasil, o bullying se manifesta em uma proporção pequena se comparada a países com os Estados Unidos e Inglaterra onde o assunto ganha um debate intenso e onde casos graves são constantemente relatados. Os Estados Unidos apontam o bullying como razão do episódio da morte de treze estudantes da Columbine?s scholl em Littleton em 1999.
Um relato de caso recente acontecido em setembro de 2009 foi com que um matou três colegas e feriu outros sete em uma escola na Argentina. O adolescente relatou que cometeu o ato por se sentir diferente dos outros. Para tentar resolver este preocupante problema é necessário um trabalho em conjunto, família, aluno, escola e comunidade.

3.1- LEI DE COMBATE AO BULLYING ESCOLAR:

Bassete (2007), Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou um projeto de lei que obriga as escolas públicas e privadas do estado a adotarem medidas preventivas contra o bullying escolar - formas de intimidação, agressão e pressão psicológica repetitiva, sem motivação evidente. Para entrar em vigor, o projeto depende da sanção do governador.
A expectativa é que o projeto seja aprovado de imediato. Afirma ainda, que se sancionada pelo governador, a lei também contemplará os professores, que são vítimas desse tipo de violência na escola.
Pelo projeto, cada escola terá autonomia para aprovar um plano de ações para a implantação das medidas previstas no programa, entre elas capacitar os docentes e profissionais da escola; criar regras no regimento escolar contra o bullying; observar e identificar quem são os praticantes e quem são as vítimas do bullying e auxiliar as vítimas e agressores. O projeto também prevê a realização de convênios e parcerias, além do encaminhamento vítimas e agressores aos serviços de assistência médica, social, psicológica e jurídica. A autora postula ainda, em seu artigo, que para a organização, as estratégias de combate à violência escolar mais eficientes se concentram na própria escola. Alguns exemplos são o estabelecimento de normas claras de comportamento, treinamento de professores para mudar as técnicas usadas em classe e a promoção da conscientização dos direitos infantis.
Afirma, ainda, que uma campanha terá inicio em 2009, buscando o apoio de dirigentes escolares, professores e dos três níveis de governo para a divulgação do tema. Entre as principais ações está o desenvolvimento de oficinas com os alunos em escolas-pilotos. Ao final eles serão orientados a implementar na escola um comitê dos direitos das crianças. Eles serão multiplicadores também em outras escolas.


DISCUSSÃO


O estudo bullying: agressividade infantil visa esclarecer e alertar a sociedade sobre esse fenômeno atual que tem como objetivo conscientizar, intervir e prevenir, à agressão física, moral e intelectual, e a punição e socialização dos que praticam o fenômeno, no contexto, social, familiar e escolar.

Para esse estudo foi fundamental uma pesquisa cientifica sobre o assunto, uma metodologia, um planejamento e a própria vivencia do pesquisador na infância, tendo praticado e sofrido pelo bullying, se fundindo com os teóricos citadas neste trabalho para chegar à temática escolhida para a justificativa do tema bullying.

Ao estudar a página da internet Wikipédia Livre (2009), por bullying que em inglês se traduz em atos de violência física e psicológica, intencional e repetitiva, praticados por um ou grupo de indivíduo com o objetivo de intimidar e agredir outro indivíduo impossibilitado de se defender. Também existem as vítimas e agressoras, ou autores ou alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma. Partindo desse principio observei que o problema do bullying não começou agora, mas deu um salto, a partir que o tema cientifico, bullying, violência física, moral e psicológica, apareceu em todos os programas de televisão do mundo, com a preocupação à informação, preocupação, orientação e intervenção contra o fenômeno que agride, constrange e exclui.

A gravidade é que esse padrão de comportamento está longe de ser inocente. Trata-se, na verdade, de um distúrbio que se caracteriza por agressão física, moral e intelectual repetitiva, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar ou evasão, a alterações emocionais e à depressão.

Assim como afirma Mulher (2009), na atualidade têm-se observado o comportamento recorrente nas relações interpessoais. A agressividade do ponto de vista do desenvolvimento humano, a agressividade é a arma daquele que se sente acuado, impotente, com dificuldade de se impor e de expressar aquilo que sente de forma que o outro o entenda e respeite. Para um individuo que está começando viver em relações interpessoais na escola etc. Tem a necessidade de ser aceito e sobre sair nos grupos mais favoritos, ou seja, todo esse fenômeno se inicia em casa quando criança, por que, pais agressivos, preconceituosos e omissos juntamente com seu filho pequeno, causarão um efeito na maneira que essa criança começa a crescer, ao passar do tempo em contato com outro na rua na escola, trará efeitos de alto nível de agressividade por ter sofrido agressões, baixa estima ou falta de limites, que trará conseqüências diversas em convivência em grupo, podendo ser agente ativo ou passivo na violência física, moral e psicológica.

Segundo Carvalhosa (2005), afirma que os praticantes de bullying tendem a pertencer a família desestruturadas emocionalmente, recebendo pouco afeto e atenção, são pouco supervisionados pelos pais e vivem em ambientes onde o comportamento agressivo ou explosivo é usado para solucionar problemas. Cabe então a conscientização da família sobre a causa e conseqüência do bullying, uma criança criada com os princípios básicos da disciplina, afetividade e responsabilidade, terá preparo para viver em grupo na sociedade, estará preparado para sair de situações problemas quando se trata do bullying e podendo ser um agente que intervenha quando presenciar um ato de violência, auxiliando assim em seu desenvolvimento pessoal e intelectual.

Conforme cita Abrapia (2009), os que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.

Para reverter o quadro deve-se adotar propostas de conscientização adulto formador de opinião, conhecedor de seus direitos e deveres, que respeite a diversidade e as diferenças, democrático, transformador de sua realidade, enfim, cidadão consciente.

Portanto, é em casa que se inicia esse trabalho, mas a escola tem o dever se fazer um trabalho com seus funcionários, família e comunidade, para orientação e precaução sobre o bullying, para que se oprima o ato de violência e puna severamente os praticantes desse fenômeno, mostrando desde criança que mesmo existindo a diferenças somos todos iguais, e devemos respeito ao próximo, com auxilio de atividades que interaja todos em uma socialização das diferenças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A partir do estudo cientifico, foi relatado aqui, há grande importância das escolas e da sociedade no combate ao bullying, devendo-se tomar algumas medidas e buscar algumas maneiras que sejam capazes de combater ou ao menos evitar o bullying. Para que isso ocorra, é necessário que todos se sensibilizem e se conscientizem que o problema existe nas diferentes culturas e sociedades.

Sendo por meio da educação escolar e familiar, o agente desmotivador ao
preconceito e a intolerância pelo diferente. No momento em que os alunos tomam consciência prática do bullying, se sentirão seguros para comunicar ao educador, cabendo ao educador intervim e desmotivar essa pratica. Da mesma forma, os alunos analisarão as conseqüências, antes de decidirem tornar-se um possível agressor. É de suma importância que a instituição de ensino, capacite e oriente os seus educadores sobre essa problemática. Incluindo no currículo a abordagem ao problema bullying, através das atividades sociais e intervenção sobre as diferenças características físicas e suas normalidades, visando sensibilizar os alunos e alertar para que não sejam obrigados a sofrer em silêncio. Organizar ações de formação para todos os setores envolvidos sobre a temática e todas as suas implicações é também um vetor de combate e prevenção do bullying

Para todos os autores anotados neste estudo, a solução para evitar o bullying é criar um ambiente escolar seguro e sadio, em que se conscientizem os alunos quanto aos valores fundamentais, de respeito, amizade, solidariedade aos outros. Enfim é fundamental que se construa uma escola que não se restrinja a ensinar apenas o conteúdo programático, mas também onde se eduquem as crianças e adolescentes para a prática de uma cidadania justa, juntamente com a comunidade e pais, pois, como a criança já traz consigo sua bagagem de conhecimento, em casa ou na rua o preconceito e intolerância já vêm implantados no mesmo, para dentro da escola, ai, a escola tem que trabalhar com todos, respeito, a solidariedade com os outros.

REFERÊNCIAS



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Autor: Alexandra Adriana Braga De Vasconcelos


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