Sobre a poeticidade de Amélia Dalomba
A poesia de Améli Dalomba, apresenta-nos uma grande dimensão estética, onde vemos predominar o belo e o seu efeito avassalador:
Incógnitas
Um manto de pedra
Uns olhos vigiando
São uns ritos
São máscaras de cinza aterrando
Um fatasma entalado
No traço do tempo
Um sol sem raios
Um começo sem chuva
de planta sem semente
é a luta
é a luta
Temos aqui, portanto, um verdadeiro hino à coragem, retratando um tempo de sonhos desfeitos, de hetero-utópias constantes e da manifestação do desejo de liberdade. Amélia Dalomba, em minha opinião, é daquelas que não deve ser analisada numa perspectiva nua, crua e insípida, já que no mundo das ideias, a crítica entre o que é mau e o que é belo deve ser feita com base nos critérios científicos e artísticos, de forma honesta, com prova refutáveis ou irrefutáveis de livre juízo de valores. Nesta senda, concordon com aqueles que dizem que há fraca divulgação de muito dos nossos escritores. Acredito que seja necessário aprofundarmos a investigação sobre nós mesmos, para que os nossos poetas, escritores, pensadores sociais e outros, sejam mais lidos e conhecidos, e este, talvez seja o problema que temos: a universalização da nossa literatura. Pelo que, penso que a poesia de Améli Dalomba, é uma grande fonte inspiração e conhecimento para as futuras gerações.
Amélia Dalomba, nasceu em Cabinda e, tem artigos e poemas publicados em revistas, joranis e CD. Um dos temas que mais trata nos seus textos, é o papel e o lugar da mulher na literatura angolana. Dalomba é galardoada pela República de Cabo-Verde, com a Ordem do Vulcão (Medalha de Mérito do 1º Graú). Além disso, é membro da União dos Escritores Angolanos.
Autor: Dionísio Halata
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