Entraves à amamentação relacionado aos mamilos invertidos e a prática de Enfermagem



Entraves à amamentação relacionado aos mamilos invertidos e a prática de Enfermagem



SILVANA PEREIRA PINHEIRO*



RESUMO

Este estudo tem como o tema: Entraves a amamentação relacionada aos mamilos invertidos e a pratica Enfermagem. Cuja motivação veio das situações cotidianas no cenário de saúde da mulher.Objetivos: Identificar o estado da arte sobre a prática de Enfermagem nos casos de mamilos invertidos através da analise acadêmica a respeito da pratica de Enfermagem nos casos de mamilos invertidos. Metodologia: trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados nas bases de dados do sistema BIREME (SCIELO, LILACS, BDENF) através de uma pesquisa em documentos impressos publicados nos últimos dez anos. Resultados: identificou-se que os mamilos invertidos são problemas anatômicos, geralmente possíveis de correção, e não constitui obstáculo real a amamentação. Esta situação exige uma atenção direta da Enfermagem como educadora que seria de suma importância. Cujas orientações e intervenções sejam realizadas na gestação e logo após o nascimento do bebê. A ação educativa tem sido um cuidar cada vez mais presente na Enfermagem, sendo assim o Enfermeiro deve ter percepção ao programar e executar ações educativas de manejo e promoção ao aleitamento materno.

Palavras-chave: mamilos invertidos, aleitamento materno, Enfermeiro, práticas, Enfermagem.





















INTRODUÇÃO

O aleitamento materno é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, portanto um direito inato (ICHISATO & SHIMO, 2006). É uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida. É uma prática natural e eficaz. Um ato, cujo sucesso depende de fatores históricos, sociais, culturais, e psicológicos da puérpera e do compromisso e conhecimento técnico-científico dos profissionais de saúde envolvidos na promoção, e incentivo ao aleitamento materno. Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) o sucesso da amamentação depende de uma interação entre a mãe e o seu filho, com suporte familiar, comunitário e profissional apropriados. Acrescido a isso, a mãe deve trazer uma história de vida positiva em relação à amamentação, estar aberta a mudanças e, além disso, ter vontade, poder e ter disponibilidade de amamentar.
Apesar da amamentação ser um ato favorável ainda existem alguns obstáculos que não contradizem a amamentação, porém algumas mães têm uma anatomia diferente que são mamilos invertidos esta situação pode dificultar a amamentação, mas não necessariamente a impedir. É caracterizada muitas vezes pela dificuldade do recém nascido (RN) em apreender a região do mamilo areolar de forma adequada. Precisa-se de insistência no posicionamento e pega adequada; pois o posicionamento de forma incorreta pode ocasionar lesões.
É preciso que a mãe tenha perseverança a prática da amamentação, pois a sucção do bebê ajuda a protrair os mamilos. Muitas vezes o recém nascido poderá precisar do auxílio intermediário de silicone para conseguir mamar. Caso o bebê não sugue efetivamente, as mães podem ordenhar seu leite, assim, irá manter a produção e permanecer com as mamas lactantantes e flácidas para facilitar a pega.
Escoriação e lesão do mamilo no início do aleitamento materno, a mulher pode sentir uma discreta dor ou desconforto no início das mamadas, o que pode ser considerado normal. No entanto, mamilos muito dolorosos e machucados, apesar de serem muito comuns, não é fato normal e na maioria das vezes é causado por má-técnica da amamentação. Uma posição da mãe e/ou do bebê que dificulta o posicionamento adequado da boca do bebê em relação ao mamilo pode resultar no que se denomina de má pega. Esta, por sua vez, interfere na dinâmica de sucção e extração do leite materno, podendo dificultar o esvaziamento da mama e levar à diminuição da produção do leite. Calmo e menos faminto. Algumas mulheres pensam que seus mamilos são muito curtos para amamentar. (CAMPESTRINI, 2006).
Há mamilos que são curtos, planos ou invertidos, mas o tecido mamário se protraindo bem não causará problemas ou maiores dificuldades na amamentação (KING, 1991).
Giugliani (2000) relata que os mamilos planos ou invertidos são umas barreiras no início da amamentação, mas não os considera um obstáculo, veste que um trabalho junto à mãe pode encorajá-la à amamentação.
Mamas cheias, doloridas ou ingurgitadas: O ingurgitamento mamário reflete falha no mecanismo de auto-regulação da fisiologia da lactação, resultando em congestão e aumento da vascularização, acúmulo de leite e edema devido à obstrução da drenagem linfática pelo aumento da vascularização e enchimento dos alvéolos. O aumento de pressão intraductal faz com que o leite acumulado se torne mais viscoso, originando o "leite empedrado".
Para o alívio do ingurgitamento recomenda-se extração do leite que está congestionando a mama, por meio da amamentação direta ao recém-nascido. Se após a satisfação do bebê ainda houver "inchaço" da mama, o alívio se dá pela retirada manual do leite materno Recomenda-se a realização de massagens delicadas nas mamas (importante na fluidificação do leite viscoso e no estímulo do reflexo de ejeção do leite) e, compressas frias (ou gelo envolto em tecido) em intervalos regulares (2 em 2horas nos casos mais graves), por 15 minutos (hipotermia local provoca vasoconstrição e, conseqüentemente, reduz o fluxo sangüíneo e a produção do leite) .
A pega inadequada pode gerar lesões mamilares, causando dor e desconforto para a mãe, o que pode comprometer a continuidade do aleitamento, caso não seja devidamente corrigida. A técnica de amamentação deve ser corrigida sempre que for detectado algum erro.
A mastite é uns processos inflamatórios da mama que tem início, geralmente, na segunda ou terceira semana pós-parto, podendo ocorrer, no entanto, em qualquer estágio da lactação e, quando não tratada, pode evoluir para abscesso. Quando há infecção, ocorrem manifestações sistêmicas importantes, como febre alta, calafrios e mal-estar. A mastite pode ocorrer, na maioria das vezes, unilateralmente, em área localizada ou em vários pontos da mama.


RESULTADOS E DISCUSSÃO


Para que ocorra a prática da amamentação é necessário destacar por meio da orientação, a sua importância relacionada ao desenvolvimento e crescimento saudável da criança, a importância da educação como praticas educativas e a necessidade de se promover e respeitar, buscando compreender os múltiplos significados na discussão no pré-natal deve-se ressaltar a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida; as vantagens do aleitamento materno e o manejo básico da amamentação.
A pratica da arte da enfermagem é ter atitude e solução para os obstáculos referidos pelas mães e saber resolvê-los sem trazer qualquer tipo de insegurança e encorajá-la a pratica de amamentar mostrando-lhes as técnicas corretas para uma melhor interação e criar laços afetivos durante este processo.
O Enfermeiro precisa ser convicto e entusiasta e ter conhecimento técnico sobre aleitamento materno, podendo assim contribuir para o aumento do número de mães que amamentam. É preciso estabelecer empatia com a mãe e estar disponível para estabelecer as dúvidas, além de estimular as famílias para que apóiem as mulheres que estão grávidas ou amamentando.
A abordagem sobre a importância da amamentação e o processo envolvido nesta prática, como a produção do leite; o leite materno; as vantagens da amamentação para a mãe e o bebê; as dificuldades para amamentar e como solucionar essas dificuldades; seus direitos e deveres, entre outras, durante o pré-natal é de fundamental importância.
Nesse processo, o enfermeiro e toda a equipe de saúde que presta cuidados às mães e aos bebês, deve estar capacitada para o adequado acolhimento da gestante e mães para que promovam, protejam e apóiem a amamentação.
Estudando a dinâmica de alimentação infantil através de observação direta e entrevista, os profissionais podem descobrir importantes falhas de informação sobre o aleitamento materno, como o desconhecimento da fisiologia e manejo da lactação. Aponta Venâncio et al. (2002).
O aleitamento materno na deve ser visto como uma forma de resolver o problema da desnutrição infantil em população mais carente. Para isso há necessidade de se criarem infra-estruturas básicas que é a educação e saúde.

CONSIDERAÇÃOES FINAIS

Este estudo permitiu uma relevante discussão sobre a atuação do Enfermeiro na arte da pratica da amamentação em unidades de saúde da mulher, onde o enfermeiro desenvolve um papel importante nas praticas educativas desenvolvida no seu campo de trabalho através das consultas d enfermagem nas consultas de pré-natal, como educador, orientador, assistindo e respeitando a mãe e a nutriz no incentivo sobre as questões do aleitamento maternoe também no ensino continuado para treinamento para equipe de saúde para que os mesmos atuem para efetivar e auxiliar as mães no manejo da amamentação.
O tema escolhido para abordar este assunto foi na vivencia cotidiana no campo de estagio de saúde da mulher,onde observamos as dificuldades das mães que possuem mamilos invertidos e a importância de encorajá-la apesar do problema anatômico e levando informação para que este processo de amamentar seja saudável e agradável a nutriz.
O Enfermeiro como educador tem um papel importante no processo de amamentação e contribui para amamentação exclusiva e assim com processo educativo diminui o desmame precoce.


















REFERÊNCIAS


ALMEIDA, JAG. Amamentação: Um híbrido natureza-cultura. Rio de
Janeiro: Editora Fiocruz; 1999.

CAMPESTRINI. S Palma: Projeto de Aleitamento Materno. Amamentação Informações e Dicas. Curitiba P. 12-25, 2006.

GIUGLIANI, ERJ. O aleitamento materno na prática clínica. Jornal de
Pediatria, v.76, n.3, p. S238 - S252, 2000.

ICHISATO, SMT. SHIMO, AKK. Aleitamento Materno e as Crenças Alimentares. Revista Latino-Americana de Enfermagem. v. 9, n. 5, p. 70-6, 2006

KING, F.S. Como ajudar as mães a amamentar. Londrina: Universidade Estadualde Londrina, 1991.

VENÂNCIO, S.I. Dificuldades para o Estabelecimento da Amamentação: O Papel das Práticas Assistenciais das Maternidades. Jornal Pediatria, 79 (1): p.

Autor: Silvana Pereira Pinheiro


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