Produção de mateiral pedagógico a partir das TICs



PRODUÇÃO DE MATERIAL PEDAGÓGICO

Rosely das Graças Souza Coelho

Universidade Federal de Juiz de Fora ? CEAD UFJF
Sete Lagoas ? MG ? Brasil

1 ? Introdução:


Atualmente, estamos inseridos num contexto altamente tecnológico, cuja revolução é aparente e inevitável ao atual contexto em que vivemos. A revolução tecnológica se evidencia pela forte alteração dos meios e modos de comunicar e informar, posto que as tecnologias criadas nesse contexto, tornaram-se presentes nas mais diversas instâncias sociais e são constitucionalmente divisíveis, flexíveis e dóceis, adaptáveis a todos os meios e culturas, ainda que não sejam acessíveis a todos. O uso das TICs têm superado e transformado os modos e processos de produção e socialização de uma variada gama de saberes. Criar, transmitir, armazenar as diversas formas de conhecimento mudaram e estão acontecendo como em nenhum outro momento da história. Os novos suportes digitais permitem que o tratamento das informações seja feito de forma extremamente rápida e flexível.

2 ? Desenvolvimento

Para maior adaptação, é necessário que muitas transformações venham ocorrer, entre elas, conscientização da importância do processo de evolução tecnológica, políticas públicas de qualidade que favoreçam a inclusão digital, formação continuada, sobretudo, de produção de material pedagógico a partir do uso das TICs.

A conscientização é um fator preponderante para manter a evolução tecnológica. Assim, é possível passar por um processo de redemocratização digital de forma a propiciar aos estudantes autonomia e criticidade no processo de aprendizagem escolar, a fim de formar indivíduos digitalmente corretos. Percebe-se que a tecnologia no mundo digital deixou de ser exclusivamente virtual e passou a ser integrante de nossa realidade. Lançamos algumas questões para reflexão.

Quantos adolescentes fornecem senhas particulares a amigos sem critério? Quantos são informados dos riscos de se abrir uma correspondência eletrônica de origem desconhecida? Quantos sabem que a lei do direito autoral protege os proprietários dos softwares e que a pirataria é crime? Quantos recebem piadas preconceituosas através de seus e-mails e as repassam? Quantos são informados que um repasse de fotos pornográficas pode ser alvo de acusação de assédio sexual? Quantos sabem que o adultério - crime previsto no Código Penal Brasileiro e que estava em desuso - voltou a ser rediscutido por juristas sob o enfoque do adultério virtual? Quantos de nossos jovens têm consciência que é responsável civil e criminalmente por seus atos na rede?

A maioria dos adolescentes crê que os atos digitais são anônimos. Sabemos que todo computador possui um endereço na rede: o IP (Internet Protocol).

Desta forma, tudo o que for feito sob um IP pode ser rastreado, identificado, divulgado e usado como prova em tribunais. No caso das Lan Houses, Cyber Cafés e Cyber Offices, foi aprovada uma lei estadual em 2006 que as obriga a criar e manter cadastro dos usuários por 60 meses. A privacidade é assegurada, mas as informações obtidas pelo rastreamento das ações da pessoa na rede podem ser divulgadas mediante ordem judicial. Dessa forma, precisamos conscientizar nossos alunos da importância de um uso digital perfeito, seguro e correto.

Outro fator importante é o investimento em políticas púbicas de qualidade que venha favorecer o contexto escolar. Quando falamos e pensamos em evolução tecnológica, nos deparamos com uma diversidade muito grande no contexto escolar. Ainda há muitas escolas que não possuem computadores, muito menos acesso à Internet. Muitos alunos estão aquém deste processo. Cabe aos governantes, aos responsáveis pelo desenvolvimento educacional maior dedicação, maior zelo, mediação e intervenção nesse processo para que de fato, não só os professores, bem como nossas escolas e nossos alunos sejam de fato inseridos nesse tão relevante contexto social.

A "inclusão digital" tem por objetivo promover acesso às tecnologias àqueles que não têm esta possibilidade, para que possam exercer a cidadania e se integrar à sociedade, participar da vida cultural e competir no mercado de trabalho. É indiscutível o abismo existente entre o mundo dos incluídos e dos excluídos digitais. No entanto, há uma série de preocupações que nós, pais e professores, devemos ter com os jovens que integram o grupo dos incluídos. São adolescentes que fizeram do computador os nossos carrinhos e bonecas de antigamente, mas que não receberam formação adequada para utilização dos recursos tecnológicos.

3 ? Conclusão

Dessa forma, a produção de material didático, precisa ser o condutor de um conjunto de atividades que procure levar à construção do conhecimento; daí a necessidade desse material se apresentar em linguagem dialógica que, na ausência física do professor, possa garantir um certo tom coloquial, reproduzindo mesmo, em alguns casos, uma conversa entre professor e aluno, tornando sua leitura leve e motivadora.

Nesse contexto, o material didático adquire uma posição de grande importância, pois é ele que, ao lado do mediador, poderá possibilitar ao sujeito que aprende um lugar de autonomia e criticidade, além disso, que permita desenvolver-se como sujeito autônomo e crítico ao tempo em que constrói o conhecimento objetivo a que se propôs. Também no material didático reside o êxito da construção de práticas pedagógicas colaborativas e emancipadoras. Este é um ponto crucial da elaboração desse material.

Dessa forma, a produção de material didático deve privilegiar a interação, a interatividade e a aprendizagem colaborativa, levando em consideração que todo processo de aprendizagem deva ser construído em sintonia com o desenvolvimento do ser humano.

4 - Referência bibliográfica:

DUARTE, Rosália. Aprendizagem e interatividade em ambientes digitais. Porto Alegre:
Anais ENDIPE, 2008.

SILVA, Angélica - Apostila produção de material pedagógico - A Convergência de Mídias como Ferramenta na Construção das Inteligências Coletivas.


PRETTO. Nelson, Educação e Inovações tecnológicas: Um olhar sobre as políticas públicas brasileiras. ( Disponível em: http://www2.ufba.br/~pretto/textos/rbe11.htm ) acessado em 02/10/2010.


MORAN: José Manuel, Avaliação do Ensino Superior no Brasil, disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moram/avaliacao.htm) acessado em em 02/10/2010.







Autor: Rosely Souza Coelho


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