Aquelas Flores Coloridas



Bem sei que quando vier me visitar,

Talvez não traga em sua mochila,

Aquelas flores coloridas que tanto gosto.

Pela distância, quem sabe até,

A vontade de me ver,

Ao menos se lembrará delas,

Tão pouco farei menção,

Desde que me traga inteiro seu coração.

Na bagagem, sei que trará saudade,

Lá deixada...

Uma filha muito amada –

Amigos, nem sei quantos..

Mas sei também que, na bagagem, virá

Um montão de sonhos,

Para serem compartilhados a dois.

Não quero, contudo encontrar na bagagem,

O velho homem cansado de guerra.

Quero, sim, a nova criatura,

Que gera...

Gera sonhos...

Gera esperança...

Gera confiança...

Quando vier me visitar,

Que não seja apenas uma visita breve,

Que passe uns dias e logo se vai.

Que seja perene,

Que sinta vontade de não mais partir.

Mas...

Se, realmente vindo me visitar,

Jamais quiser voltar,

Saiba que, juntos tantas flores cultivaremos,

Que nem ao menos lembrar iremos,

Que quando da chegada,

Na mochila, não encontrei,

Aquelas flores coloridas que tanto gosto.


Autor: Inajá Martins de Almeida


Artigos Relacionados


Vida(s)

Dor!

Minha Mãe Como Te Amo

Nossa Literatura

Insanidade

Humildade

Viagem De Amor