Psicopedagogia: Um novo olhar sobre o fracasso escolar




PSICOPEDAGOGIA: Um novo olhar sobre o fracasso escolar

Andréa Simone de Souza e Silva Maciel



Resumo: O fracasso escolar não pode existir em um país em que todos devem ter acesso a uma educação de qualidade. É preciso, portanto, criar mecanismos para desvendar os mistérios que permeiam o insucesso de alguns aprendizes e se tentar prevenir possíveis problemas de aprendizagem. Surge assim, o psicopedagogo que vem para dismistificar- O Fracasso Escolar que tem rotulado o aluno como o único culpado por esse insucesso e para envolver todos os responsáveis na minimização desse problema. O psicopedagogo terá um papel fundamental no sentido de envolver toda a comunidade: escolar e familiar para se obter o objetivo esperado que é a prevenção do não fracasso escolar.

Palavras-Chaves ? Psicopedagogia; Annaminese; Fracasso escolar.

Abstract: The failure pertaning to school cannot in a country where all must have Access to na educat she is necessary, therefore, to create mechanisms to unmask the mysteries that permeiam the failu pretencees and IF to try to prevent possible of learning.It appears thus, psicopedagogo dismistificar ? the Failure Pertainning to school "that has friction the pupil as the only culprit for this for envolve all the responsible ones in minimização of this problem. Psicopedagogo will have a basic paon of not the failure pertaining to school.



Words Keys: Psicopedagogia; Annaminese; Fracasso escolar





INTRODUÇÃO

Apesar de muitas pesquisas a respeito do fracasso escolar ainda há uma preocupação muito grande quando nos deparamos com assuntos voltados para este problema, pois o número de crianças que estão ficando retidas na mesma série durante vários anos ou abandonam a escola é muito grande e isso tem preocupado profissionais da educação e áreas afins.
Embora a falta de preparo dos professores e a precariedade da escola, entre outros fatores, sejam apontados como causas do fracasso escolar, a culpa continua sendo dos alunos. De fato, investigação por PATTO (1990) mostra que o pensamento educacional brasileiro, nas últimas décadas, tem propagado explicações de que os sucessos ou fracassos dos alunos são individuais, haja vista que boa parte dos professores ainda trabalham de forma tradicional, além de deixar de lado a questão afetiva que é base da relação professor aluno.
Outro fator que se deve observar é a relação da família com a criança, buscar compreender como os pais tratam seus filhos, quais os responsáveis legais pela criança, O que essa criança faz em seus momentos ociosos, enfim, perceber como é o convívio desse educando no grupo família.
Diante de várias situações que levam ao fracasso escolar, percebeu-se que o mesmo não pode ser eliminado, mas, pode ser prevenido e isso será possível através do trabalho fundamental do psicopedagogo que vem com a idéia de que a psicopedagogia é um novo olhar sobre o fracasso escolar.
Por tudo isso, o trabalho tem como objetivo mostrar que é possível prevenir a questão do fracasso escolar com a atuação do psicopedagogo na escola, possibilitando não só ao aluno a oportunidade de se perceber como sujeito, mas também ao educador como mediador do ensino-aprendizagem, bem como à comunidade escolar, a possibilidade de ter um meio que lhe permita ser partícipe no processo de transformação da sociedade em que está inserida.
Assim, sendo, o artigo está estruturado de forma organizada a partir de uma pesquisa bibliográfica, contendo: breve história da psicopedagogia, a Psicopedagogia no Brasil, a importância da aprendizagem, a psicopedagogia no contexto escolar e o papel do psicopedagogo.




I - Breve história da Psicopedagogia no mundo
Segundo MERY (1985) os Centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa, a partir da segunda metade do século XX, e objetivavam, a partir da integração de conhecimentos pedagógicos e psicanalíticos, atender pessoas que apresentavam dificuldades para aprender apesar de serem inteligentes.
Nos Estados Unidos, o mesmo movimento acontecia, enfatizando mais os conhecimentos médicos e dando um caráter mais organicista a esta preocupação com as dificuldades de aprendizagem.
Muitas definições foram elaboradas para diferenciar aqueles que não aprendiam, apesar de serem inteligentes, daqueles que apresentavam deficiências mentais, físicas e sensoriais.
Os esforços de investigadores americanos, como Samuel Orton, segundo GEARHART (1978), resultaram em processos de tratamento altamente desenvolvidos dessas dificuldades, que incluíam, além de médicos, também psicólogos, foniatras, pedagogos e professores, que atendiam em clínicas, seguindo um modelo multidisciplinar.
O movimento europeu acabou por originar a Psicopedagogia, enquanto que o movimento americano proliferou a crença de que os problemas de aprendizagem possuíam causas orgânicas e precisavam de atendimento especializado, influenciando parte do movimento da Psicologia Escolar que, até bem pouco tempo, segundo BOSSA (1994), determinou a forma de tratamento dada ao fracasso escolar.
A corrente européia influenciou a Argentina, que passou a cuidar de suas pessoas portadoras de dificuldade de aprendizagem, há mais de 30 anos, realizando um trabalho de reeducação. Mais tarde, este acabou sendo o objeto de estudo que contava com os conhecimentos da Psicanálise e da Psicologia Genética, além de todo o conhecimento de linguagem e de psicomotricidade, que eram acionados para melhorar a compreensão das referidas dificuldades.




II ? A psicopedagogia no Brasil

Conforme Scoz (1990), a psicopedagogia no Brasil é a área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades e, numa ação profissional, deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os.
A psicopedagogia já passou por diversas lutas no Brasil em termos de regularização, pois não era tida como um curso de graduação e sim, como especialização o que deixava a desejar, pois a especialização oferece carga horária de 360 horas-aulas, e isso demonstrou que os currículos mostram-se inadequados, e a prática não oferece a experiência requerida à intervenção psicopedagógica.
A Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional 9.394/96, no art. 43 II, estabelece como finalidade da educação superior "formar diplomado nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação do desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação continuada". Este fato remete à formação profissional para a graduação, já que os cursos de pós-graduação, na modalidade de aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado, estão abertos a diplomados em cursos de graduação (art. 44 III).
O reconhecimento legal da psicopedagogia exige que sua formação ocorra em nível superior de graduação. Por essa razão, a oferta de curso de graduação é condição para o próprio reconhecimento legal da profissão.
Baseando-se no que se refere a Lei desde o ano de 2002 a Pontífice Universidade Católica do Rio Grande do Sul oferece o curso de bacharelado em psicopedagogia, na Faculdade de Educação.
Percebe-se, assim que a psicopedagogia tem um papel fundamental no processo ensino aprendizagem em nosso país, mas requer uma busca incessante do psicopedagogo para que tenha um espaço maior para desenvolver seu trabalho com sucesso.



III ? A importância da Aprendizagem.

A preocupação em prevenir contra o fracasso escolar vem crescendo à medida que surgem notícias ou estatísticas sobre o assunto. Mas por que tanta preocupação em se aprender?
A aprendizagem é uma marca que o ser humano trás consigo e é a partir dela que irá demonstrar quais suas competências e habilidades, caso contrário este indivíduo é deixado de lado e passa a fazer parte de um outro grupo: o dos especiais.
Quando o indivíduo não se encaixa no grupo dos especiais, tem-se um outra preocupação a de que algo contribui para que não aprenda. Vai-se então em busca de possíveis respostas para que se descubra onde está o problema: ora na família, ora na escola, ora no professor, enfim, busca-se minimizar ou até mesmo prevenir contra tal situação.
Mas para se prevenir é necessário que busquemos informações importantes tais como: O que os alunos estão aprendendo, que fatores influenciam na aprendizagem dessas crianças, que tipo de alimentação elas tem acesso, o que influencia em sua cultura, qual a relação das mesmas com a família. As respostas de tudo isso será a base para se perceber o que de fato reforça a falta de aprendizagem desses educandos.
Percebe-se que as crianças são influenciadas pelo meio que a cercam, logo a aprendizagem ocorre de acordo com a influência que recebe deste meio.






IV - A contribuição da psicopedagogia no contexto escolar
Sabemos que a escola é formada por um corpo técnico, pela comunidade escolar e é desenvolvido um trabalho para que a criança aprenda a ler e escrever de forma que siga os padrões da sociedade, e isso, requer que o educando esteja psicologicamente bem para que aprenda e coloque em prática suas habilidades do dia-a-dia. Mas há situações que fogem dessa regra e isso deve preocupar a escola como um todo, pois a criança não tem contato apenas com o professor em sala de aula, mas também com todos que trabalham na instituição.
E o que fazer quando a escola se vê diante de situações onde o educando não aprende? Fingi-se que se ensina e que o aluno aprende? Deixa-se o educando de lado?
Diante dessas situações procurou-se mandar para as escolas livros recheados de receitas para que o professor desenvolvesse em sala dinâmicas para estimular o aluno sem saber o que ele tem ou então surgia uma equipe das secretarias de educação para saber qual aluno está com dificuldade, como o professor deve proceder.
As buscas para solucionar tais problemas foram muitas até que se entendeu que era preciso ir além, conhecer a criança, o meio em que vive, sua relação com a família, enfim, compreender o aluno como o sujeito da história. Mas para isso, necessita-se de um profissional que seja específico para desenvolver o trabalho na escola e é aí que surge o psicopedagogo.
A educação é muito complexa, e por isso, surgem inúmeros problemas que precisam ser solucionados ou procurar maneiras de preveni-los e foi pensando nestes fatores que surgiu a idéia de se fazer um apanhado do papel do psicopedagogo e sua prática. Qual sua contribuição no contexto escolar? Qual o olhar da psicopedagogia sobre o fracasso escolar?
O psicopedagogo não pode ser visto como aquele sujeito que está pronto para apontar os erros do professor, mais sim, deve ser visto como o mediador de uma prática pedagógica onde o educador realmente consiga repassar ao aluno o conhecimento e que o último apreenda tal conhecimento e que possa fazer parte das habilidades desse educando em seu dia-a-dia.
Na escola, o psicopedagogo utiliza sistema específico de avaliação e estratégias capazes de atender aos alunos em sua individualidade e de auxiliá-los em sua produção escolar e para além dela, colocando-os em contato com suas reações diante da tarefa e dos vínculos com o objeto de conhecimento. Desse modo, resgata, positivamente, o ato de aprender. Cabe, ainda, ao psicopedagogo assessorar a escola, alertando-a para o papel que lhe compete, seja reestruturando a atuação da própria instituição junto a alunos e professores, seja ainda redimensionado o processo de aquisição e incorporação do conhecimento como já foi citado dentro do espaço escolar, seja encaminhando alunos para outros profissionais.
Diante dessa assessoria cabe ao psicopedagogo promover: O levantamento, a compreensão e a análise das práticas escolares e suas relações com a aprendizagem; o apoio psicopedagógico a todos os trabalhos realizados no espaço da escola; a ressignificação da unidade ensino/aprendizagem, a partir das relações que o sujeito estabelece entre o objeto de conhecimento e suas possibilidades de conhecer, observar e refletir, a partir das informações que já possui; a prevenção de fracassos na aprendizagem e a melhoria da qualidade do desempenho escolar.
A orientação psicopedagógica proporcionará ao educador conhecimento para a reconstrução de seus próprios modelos de aprendizagem, de modo que, ao se perceber também como aprendiz, reveja seus modelos de ensinante, poderá perceber as diferentes etapas de desenvolvimento evolutivo dos educandos e a compreensão de sua relação com a aprendizagem, compreenderá como se processou a evolução dos conhecimentos na história da humanidade, para compreender melhor o processo de construção de conhecimentos dos alunos e intervir para a melhoria da qualidade do contexto escolar.

V ? O papel do Psicopedagogo
O Fracasso escolar sempre foi e ainda é uma incógnita para os profissionais da área de educação e as diversas tentativas de minimizá-las não tem apresentado resultados positivos. Surge então a psicopedagogia para estudar o ato de aprender e ensinar , levando sempre em conta as realidades internas e externas da aprendizagem, procurando entender a construção do conhecimento em todo a sua complexidade.
A psicopedagogia é uma área de estudo recente e veio para dismistificar o fracasso escolar. Surgiu em 1970, mas foi em 1983 que surgiu a primeira resolução, embora os psicopedagogos já tenham uma vasta discussão sobre o assunto.
O profissional de psicopedagogia tem o papel fundamental de prevenção, ainda que a escola já apresente alguns problemas. Ele deverá ver além das necessidades da escola as do conjunto: família, grupos de amigos, etc.
Ao desempenhar seu papel o psicopedagogo irá trazer para a escola uma nova visão de se trabalhar a educação, alcançando o objetivo que a psicopedagogia busca alcançar.
O psicopedagogo terá várias resoluções de trabalho com o professor, aluno, diretor, família, etc. Fará a inter-relação de forma significativa, criando vínculos para que o processo de observação / ação seja positivo.
Na relação com o professor e o profissional deve orientá-lo no sentido de desenvolver um trabalho totalmente voltado para o sujeito em questão ? o aluno, com uma prática pedagógica que a turma realmente desenvolva a cognição e a relação com o ambiente escolar e perceba as dificuldades daqueles (alunos) que não estão tendo desenvolvimento de ensino-aprendizagem.
A relação do psicopedagogo com o aluno deverá ser de forma mais pessoal, onde, através do comportamento e de diálogos com o educando, observando se ele é ativo, dinâmico, calmo, nervoso, impulsivo. Fará uma diagnose de como é aquele aluno, como será sua relação com a família, etc.
Com a família o psicopedagogo buscará uma relação com vínculo para que não só o aluno seja ajudado, mas também a família, pois é ela a base social do educando.
Já a relação do psicopedagogo com o diretor deve ser essencial porque o diretor, além de ser gerenciador da escola é aquele que conhece os professores, o trabalho que desempenham, conhece os outros funcionários e alunos em geral. Irá apresentar a escola a este profissional.
Na intervenção que o psicopedagogo fará diante dos grupos apresentados ele não irá apenas procurar encontrar as causas do não aprendizado, mas também organizar métodos para facilitar a aprendizagem e o desempenho escolar do aluno.
O psicopedagogo e a escola como um todo devem tentar encontrar soluções para se minimizar o fracasso escolar, visto que não há culpados por tal situação, e sim verificar como o educando adquiriu tal fracasso, o que contribui para o mesmo tenha dificuldades em aprender. Deve-se, portanto, analisar a realidade do aluno, fazer a anaminese de sua vida.
Busca-se, novos rumos para diminuir os conflitos na aprendizagem do educando, levando o psicopedagogo a investigar as causas desse s conflito e intervir com sutileza, pois sua prática pedagógica de estar voltada para a observação de fatores que levam o educando a obter baixo rendimento escolar. E que através de sua observação utilizará estratégia que viabilize a interação professor e aluno. Além do mais deve-se levar em consideração as questões familiares e sociais, onde o educando está inserido, desse modo o trabalho realizado com este indivíduo obterá resultados positivos para um futuro bem próximo e assim, prepará-lo para inserção na sociedade.
A prática psicopedagógica tem facilitado também a prática pedagógica do docente quando usa de flexibilidade para ministrar suas aulas tendo como base o estímulo para que as temáticas apresentadas, sejam assimiladas com mais prazer e satisfação até mesmo os que são poucos discutidos no âmbito escolar. As atividades desenvolvidas pela psicopedagogia dentro de uma instituição escolar são inerentes a vários fatores como: professor e aluno, escola e família, pautados ainda na afetividade, no cognitivo e respeito mútuo. Portanto o psicopedagogo após realizar um diagnose completa acerca dos fatores que envolvem o aprendizado do educando deve elaborar projetos que elevem e priorizem os valores que antecedem a convivência em harmonia dentro contexto social que está inserido.



E quanto o psicopedagogo institucional é através de sua qualificação está apto a exercer seu trabalho em função de ajudar não só professores, mas todos os profissionais da área, visando o melhoramento do ensino aprendizagem e também a prevenção de problemas ligados a aprendizagem, utilizando técnicas que possibilitem intervenções junto a comunidade escolar, visando metodologias que facilitam o desempenho do educando dessa forma desbloqueando todo o processo de construção de ensino-aprendizagem do mesmo.
O psicopedagogo a partir da realização de verificação são iniciadas ações que proporcionem, dinamizando a trajetória do cotidiano escolar, refletindo na vida familiar, escolar e no meio social em que a criança é inserida.
Portanto, há necessidade de se ter uma integração da família e escola, e considerando que a família tem o maior vínculo com criança, onde inicia a vida educacional, será necessário que a mesma se preocupe com o que poderá ocorrer de bom ou ruim no decorrer da vida escolar. No entanto é grande o número de crianças que chegam na escola com problemas emocionais, financeiros e social e muitas vezes a escola não se preocupa com tal situação, ocorrendo com isso dificuldades na aprendizado. É preciso que a escola tenha suportes adequados que possam lidar com essa problemática. Para isso o psicopedagogo vem intervir, partindo de princípios como a verificação através da observação, entrevistas com todos que fazem parte do desenvolvimento educacional da criança, podendo chegar a um diagnóstico. Usar estratégias tentando amenizar essa situação como fala Bossa (1994, p. 74).
" O... diagnóstico é um processo contínuo sempre revisável, onde a intervenção do psicopedagogo inicia, segundo vimos afirmando numa atitude investigadora, até a intervenção.
È preciso observar que esta atitude investigadora, de fato, prossegue durante todo, o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo de observação ou acompanhamento da evolução do sujeito"
Como se pode observar, não só a família é a responsável pelo processo educacional da criança, mas sim cabe a todos que compõe a vida social e intelectual da mesma. Enfim, existem inúmeras situações que podem acarretar problemas que possam interferir no contexto da educação do aluno. É é aí que o psicopedagogo irá interferir.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de fatos reais e que trazem a psicopedagogia à luz de resultados positivos, percebe-se que esta área de estudos tem muito a contribuir para a prevenção de possíveis problemas de aprendizagem para se minimizar o chamado fracasso escolar, além disso, observa-se que o psicopedagogo é o mediador na relação professor aluno, aluno e comunidade, aluno e família, enfim, é este profissional que fará o intercâmbio entre o educando e seus grupos, em especial o da comunidade escolar.
A psicopedagogia é uma área de estudos que realmente dará um novo caminho à educação, pois está diretamente ligada aos problemas que a escola vivencia , além do mais, dá subsídios para que todos da instituição interajam com o sujeito que é o aluno, mas que requer força de vontade de todos que fazem parte dessa história, visto que o processo de transformação da educação brasileira só terá realmente transformação se todos nós nos empenharmos no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem e acompanharmos a globalização do mundo que a cada dia exige que a escola ofereça ao educando possibilidades de seguir e acompanhar tais transformações e seja um espaço inovador de idéias e forme possíveis cidadãos capazes de contribuir com uma sociedade mais justa.
Os educadores necessitam compreender que nenhuma teoria ou corrente acontece por si só, mas necessitam serem desenvolvidas por nós que acreditamos que a educação transforma uma sociedade, principalmente como a nossa que a distribuição de renda é injusta, onde poucos tem tudo e muitos não tem nada ou quase nada, e isso, influencia muito na aprendizagem de crianças que vêem a escola como mais um lugar sem significado.



Um trabalho psicopedagógico pode contribuir muito, auxiliando os educadores a aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias de ensino/aprendizagem e as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação educativa, onde o educador poderá se olhar como aprendente e como ensinante, podendo, perceber-se como indivíduo capaz de errar, expressar suas angústias e acima de tudo buscar diversas maneiras para melhorar sua prática afetivo-pedagógica.
Um trabalho psicopedagógico vai além de uma simples orientação ao professor, uma preocupação com as dificuldades de ensino-aprendizagem do educando ou um trabalho em conjunto com a equipe técnica, busca com que todos que participam do processo de ensinar e aprender, percebam-se como peças importantes de possíveis transformações na sociedade em que vivem.
Para que ocorra uma ação verdadeiramente transformadora, é necessário ainda abrir mãos de posturas educacionais distantes da realidade de hoje e abarcar propostas que contribuam para uma educação brasileira consistente e articulada, considerando o ser humano em todo sua amplitude.













REFERÊNCIAS
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PORTO, Olívia. Bases da psicopedagogia: Diagnóstico e Intervenção nos problemas de aprendizagem. 2ª edição. Rio de Janeiro, Ed. Wak, 2007
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Autor: Andréa Souz E Silva Maciel


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