O AMOR AMANTE NÃO MORRE, APENAS FAZ MORADA EM OUTRO CORAÇÃO
Para qualquer pessoa comum, sem muitos conhecimentos ou recursos, é fácil compreender e aceitar que o amor não se trata de um método científico, uma equação matemática complexamente exata, sem qualquer margem de erro.
O amor que perpassa a relação entre um homem e uma mulher, esse envolve ainda mais variáveis, tornando humanamente impossível engessá-la dentro de uma fórmula perfeitamente lógica e racional.
A rotina do relacionamento a dois, por mais que possa parecer contraditório, não representa a morte dos sentimentos, mas a dificuldade de lidar com a contínua exigência de movimentos e emoções que o amor, juvenil ou maduro, incita em cada parceiro.
A vida, em sua grande complexidade, faz com que o amor em alguns ou muitos momentos se sinta envelhecido e cansado. Mas basta um movimento irregular, o extrapolar de uma emoção que coloque a relação em desequilíbrio e o amor reage, se defende e luta pelo seu espaço no coração de quem ama e pelo direito de amar e ser amado.
Quando se trata de amor não há lugar para a indiferença e o silêncio. O amor não é um sentimento estéril, frio e distante. Ao contrário, ele é a energia que cria e move todas as emoções e é quem dá a medida aproximada de suas formas de expressão dentro de um relacionamento.
O amor não se aprende nos romances, nas telas do cinema ou da TV, ele se faz na vida ordinária de pessoas comuns.
O amor amante não morre, ele apenas se transfere de mudança para outro coração amante.
Por isso mesmo é que em toda relação amorosa se faz necessário o diálogo. Para que o amor se expresse de forma autêntica, sem medos, enganos ou subterfúgios.
Numa relação de amor, quando o diálogo a dois acaba é sinal de que pelo menos uma das partes já não se sente mais ligada à outra, por isso mesmo escolhe o silêncio e a passividade, talvez esperando que a outra parte assuma o ônus da culpa pelo fim da relação.
Autor: Magda Dantas Calíope Sobreira
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