HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: UMA BREVE ANÁLISE



História da Educação: uma breve análise

O termo educação é muito abrangente, pois, envolve todo processo de vivenciado ser humano no contexto que ele está inserido. Assim, análise da organização escolar brasileira, parte da idéia da sociedade brasileira, desde sua fase embrionária, ter uma vinculação com o sistema econômico, político e social capitalista vigente no mundo.
Para esclarecer melhor a diferenciação entre a história da educação no mundo e a história da educação brasileira, foi necessária a divisão por períodos, onde cada um possui suas características e objetivos comuns. Inicialmente tivemos no Brasil a educação primitiva, ou "Educação antes da escola," onde os povos bárbaros foram educados, de acordo com os seus costumes e hábitos. A educação para os povos primitivos se dava através da imitação, de cerimônias de iniciação, onde os professores inicialmente eram os chefes dos grupos e posteriormente pelo sacerdote.
O principal objetivo da educação primitiva era promover a interação da criança ao seu ambiente físico e social por meio de experiências de gerações passadas. Após essa fase, sucede a Educação Oriental que tem como principal características a preocupação na preservação e reprodução do passado mediante a supressão da individualidade, onde surge nesse contexto, a escrita, centrada no domínio da linguagem e da literatura e surgindo assim as cidades, os estados e as organizações políticas. Sucessiva a educação oriental, veio a Educação Grega que objetivava o desenvolvimento individual de cada individuo. Havia grandes nomes na educação grega, como, Sócrates, ,Platão e Aristóteles que muito contribuíram para a educação mundial. No pensar grego, a educação era conceito de liberdade política onde preparava o individuo para a cidadania, para o amor pelo saber e acima de tudo para conhecimento de si próprio. Com isso, percebia-se que a educação grega, pautava-se na liberdade política e moral, no desenvolvimento intelectual e na racionalidade.
Outra importante fase da educação é a Romana que decorre da concepção de direitos e deveres, que para serem cumpridos, o cidadão precisa ter respeito á autoridade paterna, caráter e honestidade. A comprovação que a educação romana tinha como objetivo da formação do caráter e da moral, era baseada na conquista de novas cidades, daí a necessidade da formação de guerreiros imbatíveis. No contexto da educação dos povos europeus surge a Educação Medieval, que tinha como base as idéias da igreja católicas. Nessa fase, criticava-se o conceito liberal e individual dos gregos e o conceito de educação dos romanos, isto é aos olhos da igreja católica somente os seus pressupostos seriam os corretos. Esse período foi marcado por grandes acontecimentos, como por exemplos, a criação da Companhia de Jesus. Nesse cenário fechado surge o Renascimento, que como "palavra" significa nascer de novo. Nessa perspectiva o período ficou conhecido como século das luzes, onde precisamos destacar João Amós Comênius, pensador da época e criador da Didática Moderna. No século XXII concebeu-s a teoria humanista e espiritualista, onde respeitava-se o estágio do desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem. A perspectiva renascentista baseava-se no interesse pela vida do passado, pelo mundo subjetivo e pelo Mundo da natureza física.
No período da Reforma Religiosa merece destaque os reformistas João Calvino, Martinho Lutero e Henrique VIII. O absolutismo era fonte de muitas injustiças onde havia por parte do rei, monopolização, esbanjava-se o luxo, controlava-se os tribunais, etc. Alguns nomes se destacavam nesta época, merecendo destaque Jean Jacques Rousseau que criticava o absolutismo e pregava que a educação deveria ter como finalidade a alegria e o prazer.
Na passagem da idade Moderna para a contemporânea, segunda metade do século XVIII, surge a educação Burguesa, marcada por resoluções que findaram o absolutismo e consolidaram o capitalismo industrial. O avanço tecnológico, as guerras e as revoluções influenciaram de forma de pensar sobre a educação, favorecendo, as criticas á Escola Tradicional. Neste momento surge a Escola Nova, que tem como principal representante, John Dewey.
Através dessa contextualização, pode-se perceber que a educação foi sendo construída e conceituada, de acordo com o pensamento humano, sobre suas necessidades sociais no atual momento histórico, tanto a educação mundial, quanto a brasileira que vemos a partir desse momento.
A história da educação no Brasil não aconteceu por acaso, mas foi articulada sobre a influência dos princípios e das diretrizes da história da educação geral.
A educação no Período Jesuítico só era conveniente e de interesse da elite da época, onde o contexto social e produtivo da exploração colonial tinha o índio e o negro africano que eram escravizados para satisfazer os interesses da burguesia.
Partindo deste histórico, a ordem dos jesuítas nasceu da união dos sonhos de seu fundador Inácio Loiola, com a denominação da Companhia de Jesus. O objetivo maior da ordem jesuítica era destruir as três grandes religiões que não obedeciam ao Papa, que era igreja ortodoxa, o islamismo e o protestantismo, formando assim uma Nova Ordem Mundial sob a visão do Papa.
A chegada dos jesuítas no Brasil foi por volta de 1549, sob o comando do padre Manoel de Nóbrega e do governador geral, Tomé de Souza. O principio plano educacional era catequizar e instruir os indígenas e, por isso, abriram escolas de ler e escrever e, também de pratica agrícola, mercenária e ferrovia.
A primeira missão concreta jesuítica foi a edificação da 1ª Escola Elementar Brasileira, em Salvador, comandada educacionalmente por Vicente Rodrigues.
Em 1570 a ordem jesuítica já contava com escolas e colégios, como as escolas de: Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo, São Paulo e Piratininga e, colégios como o do Rio de Janeiro, de Pernambuco e da Bahia. Com o objetivo de proteger os índios os jesuítas criaram as missões, onde resultou em algumas conseqüências como, transformar os índios nômades em sedentários, facilitando assim a captura deles pelos colonos.
Porem, em 1759, os jesuítas foram expulsos por decisão de Sebastião José de Carvalho, o Marques de Pombal. Nesse momento, a educação brasileira vivenciou uma grande ruptura histórica, onde os colégios jesuíticos foram palco de formação da elite colonial e os índios eram apenas catequizados.
Portanto, o motivo maior da expulsão dos jesuítas, foi os interesses comerciais de Marques de Pombal.
Finalizando, o contexto histórico da educação brasileira para ser entendido, é necessário uma viagem pela educação mundial, assim sendo, passaremos a entender o caminho percorrido pela educação até chegar aos dias atuais e, vemos que tudo que vivenciamos no momento, nada mais é que resquícios do passado.

BIBLIOGRAFIA

CURY, C. dos R. J. Ideologia e Educação Brasileira: católicos e liberais. São Paulo: Cortez, 1988.
PAVIANE, J. Problemas de Filosofia da Educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1988.
TEIXEIRA, A. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, n. 111, 1969.



Autor: Reinaldo Pacheco


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