A Reciprocidade E O... Amor!



O Amor é a essência imprescindível da vida, sem o afeto ao extremo aceitável, a humanidade teria se precipitado no abismo da inconseqüência incoerente, desde os seus primórdios primitivos.
A afeição é a mola-mestre de todo o desenvolvimento plausível e a ligação suprema entre os viventes, inclusive, os irracionais.

O Amor se divide em várias circunstâncias, tais como: Sexual, filial, amizade fraterna ou platônica e, inúmeras outras, dada a sua exuberância plena e insofismável, porém, por isso mesmo, também, tem os sentimentos antagônicos, como o Ódio, a Traição, inveja, exploração etc.

De tanto meditar a respeito das controvérsias entre o Amor e o Ódio, procurando, sempre, localizar as vantagens da existência do amor e a incompatível e asquerosa presença do Ódio, cheguei a uma conclusão de que, somente, a RECIPROCIDADE poderá sobreviver, dando força e alento magistral ao Amor, senão, vejamos:

—Havendo a Reciprocidade, acabar-se-ia com os casamentos por interesse financeiros, pois, o mais pobre não teria como dar a troca equiparativa.
—Os casos antagônicos entre os casais, como: Preto e branco/ Pobre e rico/ Gordo e magro/ Alto e baixo/ Velho e novo/ Escolarizado e analfabeto, Belo e feio e, muitos outros, só poderiam existir fraternalmente e, amorosamente, se os casais amassem de verdade, ao ponto de superarem tais diferenças, as transformando em Reciprocidade de Amor puro, com a troca mútua e soberana do Amor pleno e, comunhão entre Eles!
Indo além do Amor, se isso fosse possível, a Reciprocidade deveria reinar em todas as atitudes humanas, em qualquer setor ou, circunstância da Vida, pois, Ela vem dos ensinamentos bíblicos, conforme a máxima: “É dando que recebemos!” Se você quer algo que não tenha, dê o que tem a quem está em falta e, na certa, havendo das duas partes a reciprocidade, receberás o que lhe falta, mesmo que seja de estrutura diferente da que fora doada.

A troca desinteressada de lucros ou, prêmios! Praticada com fraternidade, dará luzes difusas, que se estenderão ao nosso derredor beneficiando ao Amor e, a todas as eventualidades, pelas quais, estejamos passando nos “caminhos da vida!” Portanto, Ame e, se deixe amar! Com a intensidade projetada a você, desde que atue, sempre... Reciprocamente!

Estou casado há 41 anos e, nos amamos mutuamente!

A seguir, um poema, de minha autoria, em homenagem a todas as esposas fiéis:

Até as flores nos jardins
Curvam-se ao teu mirar,
Como mostrando a mim
A formosura do teu olhar.

As estrelas no infinito
Ficam no éter a cismar,
Achando teu andar bonito
Querendo te acompanhar.

A luz amena do luar
Fica toda embevecida
Em poder te acompanhar
Pelas estradas da vida.

Às águas das cascatas
Soltam chispas de luz,
Cantando em serenatas
Onde tua beleza seduz.

O gorjeio dos passarinhos,
Fazem coro à tua passagem,
Duetando nos belos ninhos
Ao encanto da tua imagem.

Até as estações do ano
Transforma-se em verão
Para te verem passando...
Minha doçura e paixão!

Como ficar insensível
Ante tantos carinhos,
Quando, até o invisível,
Abrem-te os caminhos?

O espelho das águas
Reflete o teu olhar,
Os musgos das margens
Acalenta o teu pisar.
O sereno da madrugada
Ameniza o teu desfilar
Abrindo as cortinas
Para te deixar entrar!

O cenário do riachinho
Recebe da manhã à luz!
Enquanto tu, de mansinho:
Ao riacho doma e seduz!
Os seixos no fundo d’água
Colidem com insistência
Querendo fazer pirâmides
Pra verem a tua inocência.

As gavinhas dos cipós
Desenrola-se pelo chão
Querendo ornar o teu pé
Com adornos de afeição.
A água flui mansamente
Tilintando na margem,
Retardando o prosseguir
Domada por tua imagem!

Saltitando na ramagem,
Pássaros fazem gorjeios,
Disputando bons lugares
Sem terem de ti receios.
Nas arestas do alcantil
O sol aparece radiante
Trazendo maiores luzes
Àquela cena inebriante!

Curvada sobre as águas
Fazes vênia à natureza
E, essa... Embevecida!
Vai refletir a tua BELEZA!

Este é o retrato rimado
De minha esposa querida,
Que, amorosa ao meu lado,
É a razão de minha vida!

Sebastião Antônio Baracho.
[email protected]
Fone: (31) 3846-6567


Autor: Sebastião Antônio Baracho


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