Nossa! Nunca Vi Ninguém Mais Chato!



Se você costuma fazer críticas ou julgar o comportamento de alguém, é melhor ler isso antes. Você vai se surpreender!

Se por acaso eu falar que Maria é uma completa ridona, você vai querer saber o que eu quis dizer com ridona. Quando esta nova palavra entrou no seu cérebro, no processamento de informações ela foi dada como nova, ou seja, não havia nada dentro de sua cabeça para comprar e dizer ah! Isso eu já vi antes. Ridona? Nunca senti isso antes, portanto isso é totalmente novo para mim, seu cérebro argumenta.
No entanto se estou assistindo um filme pode ser que eu sinta a mesma coisa que a personagem e chore junto com ela. Pode ser que eu me irrite com o vilão e queira enforcá-lo do mesmo modo que o mocinho. Por que isso acontece? Porque se há alguém triste perto de mim, fico triste também?
Em nosso cérebro há neurônios chamados "neurônios - espelho". Estes neurônios decodificam o que a outra pessoa esta sentindo e espelham esta sensação em nós (em maior ou menor grau dependendo da sensibilidade de cada um). Portanto, se há alguém feliz perto de você é possível que você fique feliz também. Ou se o clima está pesado é bem provável que você fique chateado também.
Eu apenas reconheço o sentimento do outro quando este sentimento está dentro de mim, também. Sei o que é raiva, medo, alegria, prazer, ódio, etc.
Muito bem quando digo que Maria é ridona, este sentimento está em mim também, caso contrário não o reconheceria.
Quando criticamos ou julgamos alguém, estamos usando este mecanismo. Muitas vezes não nos damos conta claramente, porque eu aceito tudo o que está dentro de mim como certo e o que está fora de mim, como passível de julgamento.
Ao dizer que João é um oportunista, por exemplo, a sensação de aproveitar alguma coisa está dentro de mim, em maior ou menor grau, por isso reconheço isso no João. Assim, se o Pedro é chato eu também sou, se a Luiza é arrogante também sou.
Posso ter estes sentimentos sob controle, é verdade. Quer por crença, quer por exigência da sociedade, quer por meus valores morais, estes sentimentos foram controlados pelo meu ego, mas eles existem dentro de mim, dentro de cada um de nós.
Então se eu me irrito com alguém por causa de um determinado comportamento, é certo que eu identifiquei esse comportamento em mim, e apenas não quero vê-lo, e nem saber de sua existência em mim. É muito mais fácil enxergar quando o problema está fora de mim, ou seja, dentro de outra pessoa.
O Dr. Laitman PhD, professor de ontologia, diz que "Cada pessoa julga os outros na medida de suas próprias deficiências". Isso significa que ao perceber essas qualidades como externas a mim, eu as vejo em sua verdadeira forma.
Em maior ou menor grau reconheço no outro as minhas qualidades. Quando são boas crio uma empatia com a pessoa, quando negativas não. Seria admitir que as tenho em mim, assim é mais fácil negar o que trago comigo e criticar o outro.
É mais fácil apontar o dedo para o outro, mas não posso esquecer: quando eu aponto o dedo indicador para alguém há três dedos apontando para mim.

Mais sobre o Ego? Visite: www.kabbalah.info/brazilkab
Autor: Andie Sheppard


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