Vômito



Vou vomitar toda aquela imundície
Que vem enchendo minh'alma
Desde minha manifestação
No universo da matéria

E tudo aquilo formará um incandescente rio
Que se espalhará pela larga planície
Do terreno de teu inconsciente
Varrendo impiedosamente
Tua poética concepção do viver
E fazendo-te querer a morte
Depois de descobrires toda a mundana hipocrisia
Que é a humana criação

Sim,vou vomitar
E de minhas fétidas tripas
Verás sair o amargo líquido jamais digerido
E ainda morno
Porque a combustão que destrói a forma
Tinha apenas começado

Insuportáveis contorções me porão em agonia
Ao mesmo tempo e que meto a mão à goela
Auxiliando assim o processo purificatório
Do avesso de mim
Que se encontra cansado
Qual caldeira
A transformar matéria
Em desejo de matar a mim mesmo
Ou às fomes do mundo
Que me vomitou por não ser-lhe útil
E por fazer estátuas do nada.

(1)
Autor: Waney Vasconcelos De Brito


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