Muito a aprender



Edson Silva

Sem querer julgar, afinal esta é missão que não nos cabe, vez ou outro me coloco a pensar sobre inconstâncias e incoerências humanas. Se há parcela de cientistas que dedica toda a vida de trabalho em busca da cura de doenças e em outras ações que possam levar ao bem estar da humanidade, há outra que se dedica ao aperfeiçoamento de armas e produtos para destruição em massa. Também anda cada vez mais comum a violência gratuita, agressão por qualquer motivo ou seria por motivo nenhum?

Afinal, existem agressões e até mortes porque a outra pessoal não torcer pelo mesmo time de futebol; por ela ser de outra religião; por ter outra cor de pele; outra preferência sexual; outra opção política, enfim ações que remetem ou nos fazem continuar a viver na época da barbárie, mesmo nos julgando seres civilizados e animais superiores aos demais seres vivos. Em regra geral, no mundo selvagem vemos ataques violentos quando provocados pela fome, na chamada lei da sobrevivência da selva.

Já na selva de concreto, registrados pelas câmeras de segurança e retransmitidos pelas TVs, temos visto bandos que atacam violentamente outro ser humano ao supor que se trata de um homossexual ou porque a pessoa não está com a mesma camisa do time para qual torcem os bandos. Ser conivente com tais situações é abrir perigosos precedentes em favor da intolerância.

Se tudo se permitir sem contestação, quem sabe amanhã tais bandos se verão no direito de banir das ruas todos que não se encaixarem em seus perfis de violência e terrorismo? E poderão correr perigo: crianças, velhos, mulheres, professores e outros trabalhadores, mendigos, animais de estimação, plantas, religiosos, ateus, deficientes, artistas, enfim lá se sabe quantos milhares e milhares de gêneros humanos e de seres vivos em geral que não se encaixam nas verdadeiras gangues que se escondem em grupos intolerantes por natureza.

Talvez ainda haja tempo para que nossos educadores, não apenas nas escolas, mas principalmente os pais e responsáveis, tomem rédea dos destinos de nossas crianças e jovens e mostrem caminho da compreensão, do diálogo, da tolerância e da fraternidade. Conviver em paz com o semelhante, respeitar limitações e diferenças dos amigos, saber que as pessoas podem escolher o que querem, seja no esporte, na religião, em qualquer área da vida, é dever de todos e direito sagrado de cada um dos seres de nosso planeta.

Edson Silva, 48 anos, jornalista, Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Sumaré.

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Autor: Edson Terto Da Silva


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