A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO SINDICALISMO: Período ditadura.



A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO SINDICALISMO: Período ditadura.

O regime ditador destroçou o movimento sindical e cassou toda sas lideranças mais atuantes. Os primeiros meses do golpe 50.000 pessoas foram presas no país; e entre 1964 e 1965 foram feitas 452 intervenções em sindicatos, 45 em federações e 4 em confederações. D e 1965 e 1970 foram mais de 1000 intervenções nos sindicatos restantes e mais 4 federações.
Nesse período alguns líderes que haviam escapado das perseguições unem-se a elementos que vieram das comunidades de Base e a Antigos comunistas discordantes da atuação do PCB, para fazerem uma longa analise do golpe militar e das conseqüências para os trabalhadores.
O resultado desta longa avaliação pode ser considerado como a semente do que viria a se transformar no novo sindicalismo e uma das principais propostas que surge dos debates é a necessidade d lutar pela alteração da estrutura sindical existente.
É nesse momento que iniciam e afirmam as oposições sindicais, principalmente em São Paulo, com um trabalho com pequenos grupos e atuantes nas fábricas.
Em 1973, reaparece as greves localizadas na região de São Bernardo (SP). Os operários do Volks, Chiryler e Mercedes em datas diferentes param o trabalho reivindicando 10% de aumento salarial. A conquista em São Bernardo leva os trabalhadores da Villares (SP), a uma paralisação pelo mesmo índice, terminando com a conquista do aumento. Assim vão amadurecendo outras formas de lutas: operação tartaruga, parada por seção, operação padrão, etc.
Portanto, a luta dos trabalhadores deveriam ser pelo fim do atrelamento sindical, pela liberdade sindical para uma organização mais forte nas bases independentemente da política tradicional do governo.
Nesse sentido, os trabalhadores vão sentindo a necessidade de unificar o movimento para que o alcance seja maior.
Com a greve de 1978, trinta e dois dirigentes sindicais representantes de um novo sindicalismo devulga uma declaração conjunta. Era o primeiro posso para as jornadas que levariam uma central sindical.
Como disse, o Presidente do Sindicato na época, Luis Inácio Lula da Silva:
" A greve foi uma manifestação da classe trabalhadora que não fez mais que, pura e simplismente, mostrar que ela existe, que é parte viva da nação e, como conseqüência disso, tem que ser respeotada".


KOK, GLORIA
TRABALHADORES EM MOVIMENTOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS/ GLORIA KOK SÃO PAULO: AÇÃO EDUCATIVA ASSESSORIA, PESQUISA E INFORMAÇÃO 2003( COLEÇÃO VIVER, APRENDER).

Autor: Maria Aparecida De Oliveira Santos


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