Escola dos Annales: a introdução da "mulher" na historiografia



Escola dos Annales: a introdução da "mulher" na historiografia

Eliazar Lopes Damasceno ¹ Eliseu dos Santos Lima ²
Resumo
O artigo tem por objetivo entender o que foi a Escola dos Annales, fazendo um breve relato das duas primeiras fases, e dando um pouco mais de ênfase a segunda metade do século XX, período esse que iniciara a terceira fase desta Escola, marcada por forte mudança cultural e ideológica dos intelectuais da época, com a entrada de jovens na sua administração. Além disso, procura compreender como ocorreu a introdução da mulher na historiografia, assunto este que merece destaque, pois até então a política desenvolvida pela corrente positivista não permitia a inclusão delas, por possuir uma política historiográfica de caráter administrativo, diplomático e militar e se tratar de setores que as mulheres ainda não tinham participações efetivas e desta forma acabavam também exclusas da história.

Palavras?Chaves: Escola dos Annales, Participação da Mulher e Historiografia.

Summary
The paper aims to understand what was the Annales school, making a brief report on the first two phases, and giving a little more emphasis on the second half of the twentieth century, a period that started the third phase of the school, marked by strong changing cultural and ideological intellectuals of the time, with the entry of young people in his administration. It also seeks to understand how the goods were placed in the historiography of women, a matter which deserves mention, because until then the policy pursued by the positivists did not allow their inclusion, because it has a political historiography of administrative, diplomatic, and military and it is sectors that women were not yet effective participation and thereby also ended exclusive story.

Key- Words: Annales School, Women's Participation and Historiography.
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¹ Graduando em História pela Universidade do Estado da Bahia ? UNEB Campus IV.
[email protected]
² Graduando em História pela Universidade do Estado da Bahia ? UNEB Campus IV.
[email protected]
A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DOS ANNALES PARA A HISTORIOGRAFIA
A escola dos Annales foi um movimento que se deu por volta do século XIX, tendo como principal força motora para o êxito desta corrente historiográfica os idealizadores Lucien Febvre e Marc Bloch, que trouxeram para esse campo uma nova abordagem no que se refere ao estudo de história, resultando em um grande abalo nas já existentes correntes historiográficas da época, sendo elas: a positivista e a marxista. Até então, apesar de alguns historiadores estarem em lados opostos devido a filosofia de cada corrente supracitada, quando se tratava de defender a escrita dos fatos que para ambos seria determinante e merecedor de destaque no âmbito da historiografia, estes uniam forças e se dedicavam para que assim acontecesse da melhor forma possível.
No período em que foi criado, os Annales causou um profundo impacto nas chamadas corrente historiográfica tradicionais da época, tudo isso porque os propagadores desta nova abordagem vieram trazendo e fazendo algumas mudanças no antigo método de produzir a história, principalmente em suas narrativas que antes se faziam por meio de fatos marcantes, de ordem preferencial sócio-econômico e político que passaram a serem desvalorizadas com o pós Annales, tornando a forma de fazer história de uma forma diferenciada, através de problematização destes acontecimentos, levando-os ao questionamento pelos fundadores e seguidores desta nova corrente.
Marc Bloch e Lucien Febvre tinham um alvo mais amplo e não estavam consentindo com aquela idéia exclusivista das correntes historiográficas que se seguiam. Como já relatara estas correntes priorizavam casos de grande repercussão e a isso se limitava, enquanto Bloch e Febvre se relacionavam e buscavam uma integração com outras ciências, diferentes da história. Assim, viu-se então uma necessidade de fazer de forma não exclusivista, mas de integração, daí passa a se dar valor aos pequenos acontecimentos, e foi trilhando esse caminho, que os Annales procurou uma integração com o social, não visto pelos historiadores das demais correntes historiográficas, como fatos merecedores de uma análise. Por fim surge a necessidade de fazê-lo ser conhecido através da escrita, e isso pode ser entendido quando são analisadas as diretrizes que marcam esse movimento, e uma delas segundo Peter Burke, é "a colaboração com outras disciplinas, tais como a geografia, a sociologia, a psicologia, a economia, a lingüística, a antropologia social ." (BURKE, 1991:12).
A escola dos Annales fora dividida por alguns estudiosos em três períodos distintos, desde o seu surgimento até onde as suas convicções já estavam mais sólidas, podendo ser entendida como primeira, segunda e terceira geração. A primeira geração que começa com os já citados Marc Bloch e Lucien Febvre inicia-se por volta de 1920, com os movimentos de renovação da historiografia e se prolongou até 1945. Para Burke esta fase "caracteriza-se por ser pequeno, radical e subversivo conduzindo uma guerra de guerrilhas contra a história tradicional, a história política e a historia dos eventos."(BURKE, 1991:12)
A segunda geração segundo Burke, foi uma fase com diferentes conceitos e novos métodos, tendo Fernand Braudel como líder. Na terceira geração, podemos dizer que, apesar da grande evolução, fora uma época difícil e conturbada, tudo porque a escola estava sendo liderada por uma administração fraca, o que resultou em sinais de desintegração por parte de alguns dos membros que a compunham e que "solaparam o projeto pelo retorno á história política á dos outros eventos" (BURKE,1991:79). Não obstante, houve aqueles que permaneceram levando o projeto á sério, e aquilo que os seus fundadores tinham como objetivo. Coube a esta geração ainda, introduzir a mulher á história, o que causou para a classe feminina um efeito muito grande, não somente naquele período, mas também alcançou até os dias atuais.
Sobre a fundação dos Annales existem várias idéias fundamentadas onde para Jacques Revel este movimento seria um "conjunto de estratégias, uma nova sensibilidade, uma atividade que demonstra pouca preocupação com as definições teóricas"¹, enquanto que o autor François Dosse, procura nos fazer entender que este movimento surgiu em um "contexto de questionamentos das certezas anteriores á segunda guerra [...] e não somente na evolução do historiador e seus discursos desvinculado da realidade" (DOSSE, 2003:37).
A escola dos Annales desde a sua criação ao seu apogeu causou especulações e grandes mudanças no campo histórico, onde segundo Dosse:
"os Annales propõe um alargamento do campo da história [...] acaba por orientar o interesse dos historiadores para outros horizontes: a natureza, a paisagem, a população e a demografia, as trocas os costumes..." (DOSSE, 2003:83).
Por tanto, diante do que foi visto podemos concluir que o processo histórico em que a Escola dos Annales se encontrou foi de grande importância para a nova dinâmica em que os fatos puderam ser passados, causando grandes transformações na forma em que estas narrativas eram realizadas, levando não somente a observação dos fatos, como também a discussão e questionamento sobre o ocorrido, além de ter dado grande contribuição para a inserção da mulher na historiografia.
A TERCEIRA GERAÇÃO E A INCLUSÃO DA MULHER NA HISTORIOGRAFIA
A partir da segunda metade do século XX o surgimento de uma terceira geração da escola dos Annales se torna inevitável. Com a participação de jovens na sua administração ocorreram muitas mudanças intelectuais, e
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¹ citação feita por Olívia Pavani Naveira Bacharel em História / Graduanda em Letras ? USP.


em decorrência disso tornou-se difícil traçar um perfil dessa terceira geração. Vários membros que compunham esse grupo levaram a frente o projeto de Febvre, expandindo a fronteiras da história, incorporando a infância, o sonho, o corpo, e até mesmo o odor. Uns queriam o retorno da história política e dos eventos, alguns continuaram a praticar a história quantitativa ao mesmo tempo em que outros a criticavam. O que podemos perceber é que nesse período havia vários conflitos e projetos historiográficos dentro de um mesmo grupo. Também foi na terceira geração que ocorreu a inclusão da mulher na historiografia dos Annales, e uma mulher recém incorporada, e que merece destaque é Cristiane Klapisch, que segundo Burke fez um bom trabalho sobre a história da toscana durante a Idade Média e o Renascimento, além desta, outras mulheres também merecem destaque como é o caso de Mona Ozout, que fez um estudo sobre os festivais durante a Revolução Francesa; Arlete Farge, que estudou o mundo social das ruas da Paris no século XVIII; Michele Perrot, que escreveu sobre a história do trabalho e a história da mulher.
Burke trata em sua obra sobre a forma em que a mulher era tratada antes desta terceira geração e como ela foi incorporada a partir de então:
"os historiadores anteriores dos Annales haviam sido criticados pelas feministas por deixarem a mulher fora da história, ou mais exatamente, por terem perdido a oportunidade de incorporá-la à história de maneira mais integral, já que haviam obviamente mencionado as mulheres de tempo em tempo." (BURKE, 1992, p. 56)
Com essa afirmativa podemos perceber que até a terceira geração dos Annales, as mulheres não tiveram participação com significância na historiografia. Além da incorporação feminina esta geração ficou mais aberta à idéias vindas do exterior, Reis afirma que "os Annales, apesar de sua vivacidade, nunca construíram uma escola no sentido estrito, isto é um modelo de pensamento fechado em si mesmo (REIS, 2000), além das novas abordagens que ainda estão sendo exploradas por historiadores, mas como nosso interesse é a inclusão da mulher na história, não faremos um maior aprofundamento sobre esses assuntos.
Tentando compreender e explicar a trajetória feminina na historiografia a partir da terceira geração da Escola dos Annales, percebemos que a história das mulheres não fica restrita a França, sede desta escola, ela se estende a países como a Grã-Betanha, Estados Unidos, Olanda, Itália, dentre outros que também tiveram nomes de significância para a historiografia. No final do século XIX, com a história positivista voltada para as questões políticas e pelo domínio publico, o foco estava centrado nas questões administrativas, políticas e militares, lugares estes onde a mulher não estava inserida ou não tinha participação significante, daí é um pressuposto de seu esquecimento, a não participação nos movimentos historiográficos desta época. A Escola dos Annales tenta mudar isso e construir uma história dos seres vivos, concreta e a trama do seu cotidiano. Foram estes fatores junto com o desenvolvimento de novos campos como a história das mentalidades e a história cultural que contribuíram para a incorporação das mulheres à historiografia. Os movimentos feministas que começaram na década de 60 nos Estados Unidos, assim como em outros países, tiveram grande contribuição para o surgimento da história das mulheres. Esses movimentos reivindicavam direitos e participações em setores da sociedade, isso levou a várias discussões em universidades, que se viram obrigadas a criarem cursos e grupos de reflexão sobre o assunto.
Para entendermos melhor o porquê da dificuldade em se fazer uma história das mulheres, Cardoso e Vainfas afirmam que "a escassez de vestígios acerca do passado das mulheres, produzidos por elas próprias constitui-se num dos grandes problemas enfrentados pelos historiadores." (CARDOSO E VAINFAS, p 195). Desta forma podemos perceber algumas das barreiras que os historiadores encontram quando tentam fazer uma trajetória da mulher. Numa tentativa de ampliar as fontes de pesquisa, Michelle Perrot afirma que os arquivos particulares como os diários, fotos e anotações são mais generosos em informações, e que tem um maior teor de conteúdos para construção de uma história mais completa sobre as mulheres.
A MULHER COMO OBJETO DE ESTUDO DA HISTORIOGRAFIA
Reconhecer a importância da mulher no desenvolvimento das sociedades talvez seja a idéia que melhor expresse a necessidade da introdução e do seu uso como objeto de estudo no campo historiográfico. Desde tempos remotos vemos que, aqueles que faziam o uso da escrita da história utilizavam de preferência á comunidade masculina como fator primário de suas obras, e por que não falar das civilizações antigas que deixavam a mulher como produto secundário nos trabalhos sociais, na religião e suas práticas; cada civilização com sua "cegueira" moral. A mulher desde antes foi motivo de gracejo e desprezo. Na cultura judaica encontramos a seguinte oração feita por um homem: "Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo que não me fizeste mulher"**. Esta era a oração matinal do homem judeu, fazia parte da sua cultura, sendo motivo de agradecer a Deus. Já para os gregos, inclusive os filósofos que também foram influenciados por este pensamento machista, era motivo de agradecer ao destino por não ter nascido mulher. Contudo barreiras foram quebradas com o passar dos séculos, novos conceitos surgiram e alguns fatores contribuíram para a mulher surgir no campo da história.
Para ter o seu nome inserido nos livros de história e qualquer outro tipo de documento, a classe feminina precisou de alguém que pudesse vê-la como um grande objeto de estudo e que este tivesse uma visão ampla dos fatos que acontecia. Além disso, o historiador que fosse fazer o uso da escrita deveria se desprender de qualquer sentimento de machismo
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² citação feita por: Rabina Sandra Kochmann - é formada Rabina pelo Seminário Rabínico Latino-americano "Marshall T. Meyer"do Movimento Conservador, na Argentina, e em Organização e Direção de Instituições sem Fins Lucrativos, pela Universidade Hebrea-Argentina Bar-Ilán. Participou no Programa "Melton" de Capacitação de Professores judeus da Diáspora na Universidade Hebraica de Jerusalém; desde setembro de 2003 é Rabina da Associação Religiosa Israelita do Rio de Janeiro (ARI).
ou tipo de atitude de discriminação e de preconceito em suas diversas áreas e especialmente na social. Como também, não ser um historiador exclusivista quanto aos fatos, pessoas etc. Podemos dizer que dentre outras muitas características do perfil desse historiador, essas seriam suas principais qualidades.

A historiografia e os que faziam o uso da escrita da historia, anteriores ao século XIX, assumiam uma postura e se enquadravam a tudo que é de contrario a esse perfil traçado. Fazendo uma breve analise das correntes historiográficas da época, vamos compreender que os historiadores que compunham aquelas correntes deixavam transparecer uma visível discriminação. Este termo refere-se basicamente a um tratamento desigual ou injusto por parte de uma pessoa com relação a um grupo religioso, étnico, social, cultural, sexual etc. Quando passamos a analisar as correntes historiográficas anteriores e posteriores aos Annales vamos entender que esse pensamento permeava a mente dos historiadores da época. Como não citar o exemplo da historia positivista, que tem suas raízes "nos séculos XVI, XVII e XIII com Bacon, Hobbes e Hume" (TRIVINOS, 2007:33) e ganha força no "século XIX com August comte" (TRIVINOS, 2007:33). Esta corrente tinha um grande interesse pelos fatos políticos e por aqueles que exerciam certo domínio publico, privilegiava os fatos marcantes dos quais as mulheres não participavam, excluindo e discriminando a classe feminina. A outra corrente conhecida como marxista, criada por volta do século XIII por Carl Marx baseava-se em questões políticas, sendo que "a história realizada pelos marxistas é uma história estrutural e econômico-social e essencialmente política" *** Talvez sem terem noção do prejuízo que estavam tendo quando assumiram essa posição, agiam desta maneira.

A visão dos fundadores da escola dos Annales possibilita a inclusão de
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³ citação feita por Olívia Pavani Naveira Bacharel em História / Graduanda em Letras ? USP. ulher em desempenhar esta tarefa no Brasil.
vários assuntos, de forma abrangente. Bloch e Febvre deixam de ter uma visão horizontal da escrita da história e dos fatos e passam a vê-la e analisá-la, o que lhes permitem entender que a historia não deveria se resumir somente as questões relacionadas a política e matérias sócio-econômicas, mas sim as demais situações que envolviam todo sistema social. O que vai permitir isso é uma interdisciplinaridade que acontece entre os membros dos Annales e demais profissionais de diferentes ciências como a sociologia e a antropologia. Talvez a antropologia seja a coluna, não desprezando a sociologia, que vai a fundo no estudo do ser humano, de suas ações, comportamento e organização e "etnologicamente falando o termo Antropologia (anthropos = homem; logos - estudo) significa o estudo do homem" (MARCONI e PRESOTTO, 1998:23), possibilitando o entendimento do dinamismo humano e suas característica. MARCONI e PRESOTTO falam que "o individuo não é visto como um simples receptor e portador de cultura, mas como um agente de mudança cultural desempenhando papel dinâmico e inovador" (MARCONI e PRESOTTO 1998:29). A partir daí, poderíamos tentar entender a visão de Bloch e Febvre, na qual o ser humano é visto como dinâmico, que provoca mudanças e é inovador. A partir de então, com esta relação com outras ciências, é que começa a despontar a possibilidade da mulher ser inserida no campo da história e é somente a partir da 3ª geração que isto acontece como já foi mencionado anteriormente.

De acordo com os textos discutidos podemos concluir que a Escola dos Annales teve grande importância na construção da historiografia, pois durante seu período ocorreram várias mudanças na ideologia, na cultura e nos intelectuais, criando uma nova forma de ver e fazer história. Também foi fundamental para que as mulheres entrassem de vez na historiografia, uma vez que sempre foram exclusas simplesmente por não terem espaço para desempenhar um papel considerado relevante pela sociedade daquele período, e até então só os "homens" faziam a história.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A idéia central que permeou o presente artigo durante a sua construção foi justamente a de tentar mostrar de forma clara como se desenvolveram as três gerações da Escola dos Annales e quais as influencias que elas tiveram para a inserção da mulher na historiografia. Além disso, discutimos sobre as mudanças que ocorreram provocadas também pelas idéias desta escola, referente à forma de escrever as narrativas dos fatos. Esperamos que este artigo sirva para que as pessoas interessadas em conhecer essa corrente historiográfica possam compreender o quanto ela foi influente diante de mudanças importantes que são perceptíveis hoje no nosso dia-a-dia.




















REFERÊNCIAIS

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BURKE, Peter. A Revolução Francesa da Historiografia: A Escola dos Annales (1929-1989). São Paulo, Unesp, 1992
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CARDOSO, Ciro Flamarion e VAINFAS, Ronaldo. Domínios da História: Ensaios de teoria e metodologia. São Paulo.
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DOSSE, François. A história em migalhas: dos Annales à Nova História/François Dosse; tradução Dulce Oliveira Amarante dos Santos; revisão técnica José Leonardo do Nascimento ? Bauru, SP: EDUSC, 2003. ___________________________________________________________
PRIORE, Mary Del. (org.) História das Mulheres no Brasil. São Paulo, Contexto, 1997. ___________________________________________________________
REIS, José Carlos. Escola dos Annales: A inovação em história. São Paulo, Paz e Terra, 2000.










Autor: Eliseu Dos Santos Lima


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