TURISMO EM ÁREAS RURAIS: ESTUDO DA POTENCIALIDADE DO DISTRITO DE BACUPARI, PALMARES DO SUL (RS)



UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CAMPUS TORRES
CURSO DE TURISMO



ANGELA BEATRIZ TEIXEIRA FERREIRA DE FERREIRA





TURISMO EM ÁREAS RURAIS: ESTUDO DA POTENCIALIDADE DO DISTRITO DE BACUPARI, PALMARES DO SUL (RS)



Monografia apresentada à Universidade Luterana do Brasil ? Campus Torres como requisito para obtenção do título de Bacharel em Turismo na Área de Ciências Sociais Aplicadas


Orientador: Ma. Alexandra Marcella Zottis


Torres
2010


ANGELA BEATRIZ TEIXEIRA FERREIRA DE FERREIRA




Trabalho de Conclusão do Curso de Turismo com o título, TURISMO EM ÁREAS RURAIS: ESTUDO DA POTENCIALIDADE DO DISTRITO DE BACUPARI, PALMARES DO SUL (RS), submetido ao corpo docente da Universidade Luterana do Brasil-ULBRA, Campus Torres/RS, como requisito necessário para a obtenção do grau de Bacharel em Turismo.

Torres, julho de 2010.


Aprovado por:




_________________________
Professora Orientadora
Profª. Ma. Alexandra Marcella Zottis




_________________________
Banca Examinadora 1
Prof. Me. Carlos Alberto Krause



__________________________
Banca Examinadora 2
Prof. Me.José Alberto Chemin




















AGRADECIMENTOS







Agradeço a Deus em primeiro lugar por me conceder lindas filhas, Bianca e Amanda, fortes e companheiras, livres de egoísmo.
Agradeço também à minha professora e orientadora
Alexandra Marcella Zottis pelos ensinamentos, pela confiança e
pelo estímulo.Obrigada.






































"Ninguém comete mais erros do que aquele que nada fez por que pouco podia fazer".
Edmundo Burke




RESUMO


As atividades turísticas em áreas rurais favorecem a recuperação de áreas estagnadas, o retorno das atividades agrícolas tradicionais e, até, o desenvolvimento de novas funções, gerando ganhos econômicos, ambientais e sociais. Também auxilia no resgate da auto-estima do produtor e no retorno de familiares que foram em busca de alternativas de geração de renda. Este trabalho tem como objetivo geral avaliar a potencialidade do Distrito de Bacupari, município Palmares do Sul/RS em desenvolver atividades turísticas na área rural. Como objetivos específicos: destacar as diferenças conceituais do turismo em áreas rurais; evidenciar a importância do planejamento turístico e verificar o interesse de produtores rurais na atividade. Esse estudo adota como método a pesquisa exploratória e descritiva, de caráter qualitativa. Como procedimentos metodológicos, emprega a revisão da literatura e a pesquisa de campo, utilizando como instrumento questionário de entrevistas e inventário. Desta forma foi possível avaliar o potencial da região estudada, e verificar através da pesquisa de campo a potencialidade real para a atividade proposta.

Palavras-chaves: Turismo; Agroturismo; Turismo Rural; Palmares do Sul.











ABSTRACT


Tourism activities in rural areas favor the recovery stalled, the return of traditional farming activities, and even the development of new functions, generating economical, environmental and social gains. It also helps to restore self-esteem of the producer and the return of family members who were seeking alternatives to generate income. This study aims to evaluate the potential of Bacupari, town of Palmares do Sul / RS to develop tourism activities in the rural area. As specific objectives: to highlight the conceptual differences of tourism in rural areas, highlighting the importance of tourism planning and verify the interest of farmers in the activity. This study adopts the method to be exploratory and descriptive, qualitative character. As methodological procedures, a literature review and field research, using questionnaire interviews and inventory were used. Thus, it was possible to verify the potential of the region studied and verified, by field research, the real potential for the proposed activity.

Keywords: Tourism, Agritourism, Farm Tourism, Palmares do Sul













SUMÁRIO


1 INTRODUÇÃO.........................................................................................08
1.1 Turismo em Áreas Rurais......................................................................11
1.2 Diferenciações Conceituais...................................................................13
1.3 Turismo Rural........................................................................................15
1.4 Agroturismo...........................................................................................16
1.5 Experiências no Brasil...........................................................................17
1.5.1 Turismo em áreas rurais no Rio Grande do Sul.................................18
1.5.2 Exemplos do Litoral Norte Gaúcho.....................................................20

2.DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM ÁREAS RURAIS...................23
2.1 Atividade turística e a agregação de valores.........................................23
2.2 Planejamento turístico no meio rural.....................................................31
2.3 Elementos de identificação de potencialidade......................................36
3.MUNICÍPIO PALMARES DO SUL...........................................................40
3.1 Palmares do Sul....................................................................................40
3.1.1 O Distrito Bacupari........................................ ....................................42
4.POTENCIALIDADE DO TURISMO EM ÁREAS RURAIS NO MUNICÍPIO
DE PALMARES DO SUL........................ ...................................................45
4.1 Procedimentos metodológicos............................................................. .45
4.1.1 Propriedade 1.....................................................................................45
4.1.2 Propriedade 2.....................................................................................56
4.1.3 Propriedade 3.....................................................................................69

4.2 Análise dos Resultados.........................................................................80
4.3 Análise Geral........................................................................................ 82
CONCLUSÃO..............................................................................................86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................88
APÊNDICES................................................................................................


INTRODUÇÃO


O Turismo em áreas rurais se insere numa proposta de reformulação e revitalização das atividades rurais, como também no surgimento de novas fontes de produção que por vezes estavam esquecidas, decorrentes das atribuições impostas pelo corre-corre do mundo moderno.
A atividade turística no meio rural de forma planejada e ordenada, em conjunto com os atores locais, proporciona a formatação de políticas e normatizações de turismo condizentes com a realidade local, respeitando culturas, fortalecendo a identidade local e principalmente agindo de forma sustentável com o meio ambiente.
A implantação de atividades turísticas pode gerar novas oportunidades de trabalho e novas perspectivas de produção, contribuindo significativamente na correção ou diminuição do êxodo rural, pois hoje o espaço rural não mais é visto como antigamente, somente para produção de matéria-prima, hoje ele se posiciona como um espaço de múltiplas dimensões.
Desta forma nos espaços rurais pode-se desenvolver vários segmentos de turismo, como turismo de eventos, gastronômico, turismo rural e agroturismo, entre outros.
Dentre os diversos segmentos de turismo, o Turismo Rural traz uma proposta de crescimento econômico e social para as comunidades rurais, pois tem a premissa de resgatar os saberes e fazeres da localidade, baseado num desenvolvimento de forma ordenada e consciente com a sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural.
O Agroturismo também surge como uma possibilidade de permanência na área rural das pequenas famílias agricultoras, agregando às atividades tradicionais, serviços e atividades não agrícolas que podem proporcionar qualidade de vida, e consequentemente crescimento da localidade que está inserida no processo turístico.
Sendo a atividade turística dinâmica, poderá conferir ao meio rural a possibilidade de desenvolver propostas de serviços e produtos, a fim de promover e divulgar as localidades e seus atrativos, resgatando e fortalecendo a cultura local, com uma proposta de recriar manifestações culturais identificadas com o espaço rural e seus atores, e desta forma contribuir para o fomento da economia local.
Nesta proposta de revitalização rural busca-se avaliar a potencialidade do Distrito Bacupari, no município de Palmares do Sul/RS, município o qual na década de 30 sobressaiu-se como o maior produtor de arroz, e também por ter sido um entroncamento hidroferroviário, se destacando como ponto estratégico para escoar a produção.
O estudo problematiza a seguinte questão: É possível a implantação de atividades turísticas no Distrito de Bacupari, município de Palmares do Sul /RS e quais benefícios advirão desta atividade? A resposta ao problema ficará clara no decorrer do trabalho e nas análises finais.
O objetivo geral é avaliar a potencialidade do Distrito de Bacupari, município Palmares do Sul/RS em desenvolver atividades turísticas na área rural.
Como objetivos específicos propõe-se destacar as diferenças conceituais do turismo em áreas rurais; evidenciar a importância do planejamento turístico e verificar o interesse de produtores rurais na atividade.
Esse estudo adota como método a pesquisa exploratória e descritiva, de caráter qualitativa. Como procedimentos metodológicos, emprega a revisão da literatura e a pesquisa de campo, utilizando como instrumento questionário de entrevistas e inventário.
O trabalho está disposto em quatro capítulos. Sendo que o primeiro capítulo aborda conceitos de turismo em áreas rurais, enfocando diversas conceituações sobre o tema, conforme autores como Cabral e Scheib (2004), Rodrigues (2003), Sartor (1981) e Tulik (2000). Também será abordado algumas experiências que ocorrem no Brasil, no Rio Grande do Sul e na região do Litoral Norte.
No segundo capítulo será abordado o turismo como agregador de valores, a importância de planejamento e planejamento turístico em áreas rurais, e os elementos necessários para identificar a potencialidade para o desenvolvimento da atividade turística, apresentando conceitos de autores como Bregolin e Barreto (2006), Fávero e Beni (2005), Guimarães e Paixão (2002) e Solha (2006).
O terceiro capítulo abordará o histórico do município de Palmares do Sul, relatando os recursos reais e potenciais. Também será apresentado um breve relato do Distrito Bacupari. Para o levantamento das informações utilizou-se material bibliográfico de autores como Pereira (1994) e Soares (2000).
O quarto capítulo se estrutura da seguinte forma: apresentação dos instrumentos de análise, organização dos dados coletados nas propriedades rurais e a análise dos resultados, relacionando o referencial teórico com a pesquisa de campo.





1.TURISMO EM ÁREAS RURAIS


Neste capítulo será abordado os conceitos de turismo em áreas rurais, enfocando diversas conceituações sobre o tema. Também será abordado algumas experiências que ocorrem no Brasil, no Rio Grande do Sul e na região do Litoral Norte.


1.1 O Meio Rural


O meio rural vem sofrendo um grande processo de mudança, no qual a denominação de multifuncionalidade se apresenta como um importante debate das reais funções que este meio pode desempenhar na sociedade atual, a que em outros tempos era tão somente o de produzir matéria-prima e alimentos.
Conforme coloca Gediel (2006, p. 08) a função principal atribuída aos espaços rurais era a de produtor de alimentos e biomassa em agricultura de larga escala, moto-mecanizada, com elevado grau de produtos químicos e com pouquíssima mão-de-obra ocupada.
Para Beber e Barretto (2002, p.16) o meio rural brasileiro passa a ser analisado não só pelas tradicionais atividades agropecuárias e agroindustriais, mas pelas novas funções rurais agrícolas e não agrícolas. Simplesmente o meio rural tem se apresentado como um espaço de múltiplas dimensões, um espaço diversificado, não mais como um local em que se realizam somente atividades agropecuárias.
Segundo Gediel:
Os territórios rurais permitem outras atividades além da tradicional exploração agropecuária, as quais enriquecem o espaço rural com o advento de novos hábitos e técnicas de melhoria do padrão de vida das
populações rurais e/ou urbanas, baseadas na troca de experiências entre visitantes e habitantes de cada região. (GEDIEL, 2006, p.22).

Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário os territórios rurais são compreendidos como:
[...] um espaço geograficamente definido, não necessariamente contínuo, caracterizado por critérios multidimensionais, tais como o ambiente, a economia, a sociedade, a cultura, a política, as instituições,
e uma população, com grupos sociais relativamente distintos que se relaciona, interna e externamente por meio de processos específicos,onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e territorial. Predominância de elementos "rurais", sobretudo a paisagem e os elementos constitutivos da cultura, valores, história e economia. (MINISTÉRIO DO TURISMO AGRÁRIO, 2005, p.28).

Santos (2008, p. 29) também concorda que para atender a um mercado mais globalizado o meio rural alterou a sua forma de produzir, sendo que as modificações significam que o homem do campo não produz mais apenas para prover sua família e vender o excedente; agora, em função de diversos fatores, a produção se torna produto e o homem do campo precisa desta moeda de troca, para permanecer na propriedade. As alterações se devem a fatos como, por exemplo, as dificuldades que as propriedades agrícolas brasileiras encontram para produzir uma renda satisfatória para a sua família, dificuldades estas ocasionadas pela crise financeira fundiária e a falta de incentivos.
Cabral e Scheib escrevem que:
[...] devemos focalizar a significação ou apropriação do "espaço enquanto paisagem", sobretudo porque a partir do exercício de atividades e serviços agroturísticos a propriedade familiar e o seu entorno deixam de ser vistos apenas como substrato à produção agropecuária e à fruição de um modo de vida agrícola, passando a ser organizados e valorizados também como espaço de consumo (conhecimento e lazer) de visitantes e de integração campo-cidade, o que vem contribuindo à construção de outras formas de ruralidade. (CABRAL E SCHEIB, 2004, p.230)

Nos espaços rurais os elementos se traduzem pela destinação da terra, focado em práticas agrícolas, e na concepção de ruralidade que o meio urbano concebe a estes espaços. Este valor que o meio urbano concebe ao rural é caracterizado pela paisagem, a biodiversidade, a cultura, o modo de vida, a produção, entre outros.
Conforme Sartor (1981, p.14) a ascensão dos núcleos urbanos e o conjunto das alterações e reflexos que provocam no homem atual, representam motivos que dão suporte à atividade de turismo no meio rural, o que também se justifica na necessidade que a sociedade industrial tem de assumir um novo comportamento produtivo. Este intenso processo de urbanização leva o citadino a buscar uma maior aproximação com a natureza e com os animais, com cenários naturais, bucólicos, que servem para muitos indivíduos como um remédio anti-stress.
Conforme observa Gediel:
Os novos sentidos para a ruralidade vinculam-se às demandas que os atores sociais buscam satisfazer e, nesta direção, a busca pela preservação da biodiversidade tanto quanto um estilo de vida diferenciado daquele encontrado nos centros urbanos, valoriza os espaços rurais, conferindo-lhes novos papéis. (GEDIEL, 2006, p.23).


Então o meio rural surge como um local valorizado a partir da necessidade que o homem moderno tem de alterar suas concepções, suas crenças a fim de que obtenha mais qualidade de vida sob a ótica do desenvolvimento sustentável. Os espaços rurais servem-se dos recursos do próprio local a fim de satisfazer as necessidades deste turista, que deseja tranquilidade, um ambiente livre de poluição, retorno às origens, e que no espaço urbano não encontra estas particularidades, pois predomina a tecnologia, serviços padronizados e poluição.


1.2 Diferenciações conceituais


Para Oliveira (2009, p.31) turismo em áreas rurais refere-se a qualquer atividade turística implantada no meio rural, considerando as matrizes do que seja rural para cada país e/ou região.
Brunetti (apud Roque e Mendonça, 2006, p.51) defende a utilização do termo turismo no espaço rural a toda maneira turística de visitar e conhecer o ambiente rural, enquanto se resgata e valoriza a cultura regional.
Para De Rose (2000, p.10), o Turismo praticado em zonas rurais, oportuniza aos visitantes a participação em atividades próprias de uma zona rural, sendo uma alternativa que é intensamente procurada por pessoas que residem em grandes centros urbanos e que necessitam de descanso físico e mental.
Para Rodrigues (2003, p.103) o elemento geográfico de localização da atividade turística deve ser interpretado não simplesmente como o rural em oposição ao urbano. Segue a autora citando que são necessários vários fatores fundamentais:
? Processo histórico de ocupação territorial;
? A estrutura fundiária;
? Características paisagísticas regionais;
? Estrutura agrária com destaque para as relações de trabalho desenvolvidas;
? Atividades econômicas atuais;
? Características da demanda;
? Tipos de empreendimentos.
Os espaços devem ter particularidades que os diferenciem do meio urbano, enfocando a produção agropecuária com suas técnicas e processos do passado e do presente, incluindo paisagens com características peculiares decorrentes de adaptações conforme as necessidades de cada época.
A atividade turística no meio rural vem recebendo diferentes denominações. Há uma gama enorme de termos e expressões, sendo que esta diversidade de termos varia de acordo com a realidade de cada país ou região, levando em conta o aproveitamento dos recursos existentes no espaço rural. Há diferentes denominações como, por exemplo: Turismo Verde, Turismo de Interior, Turismo

endógeno, Turismo Alternativo, Turismo Campestre, Agroecoturismo, Ecoagroturismo, Turismo Rural, Agroturismo, entre outros.


1.3 Turismo Rural


A conceituação de Turismo Rural se atém nos aspectos territoriais, econômicos, nos recursos naturais, culturais e sociais. Baseado nestes aspectos o Ministério do Turismo conceituou o turismo rural como:
O conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. (MINISTÉRIO TURISMO, 2003, p.11).

Santos (2008, p.36) enfatiza que o Turismo rural deve ser percebido como uma atividade que prospera, que cresce no meio agrícola, não como parte principal, mas como alternativa para dar forma ao mundo rural.

Sartor assevera que:
Turismo Rural corresponde ao exercício de atividades turísticas desenvolvidas em áreas rurais. Implica a produção de bens e serviços turísticos destinados a satisfazer a uma clientela turística, que é atraída pelo consumo destes bens no ambiente rural. (SARTOR, 1981, p.13).

Brunetti (apud Beni, 2006, p.53) defende que o turismo rural é desenvolvido em espaços rurais, onde as pessoas buscam lazer, recreação e descanso. A atividade tem como base uma sincronia de natureza, contato humano e cultural, com benefícios para ambas às partes; visitante e visitado.
Para Tulik o Turismo Rural:
[...] desenvolve-se em áreas rurais decadentes ou estagnadas, principalmente nas que foram afetadas por crises econômicas; tem implantação difusa, em pequena escala e ocorre nas proximidades de centros emissores; está apoiado na atividade agrária; tem contribuído

para diversificar a renda dos proprietários e fixar a população ao meio rural. (TULIK, 2000, p.142).

Para Beni (Turismo Visão e Ação, 2000, p.28) é a denominação dada ao deslocamento de pessoas a espaços rurais, em roteiros programados ou espontâneos, com ou sem pernoite para fruição dos cenários e instalações rurícolas.
Desta forma a atividade constitui-se em produto turístico capaz de revitalizar e despertar cidades e núcleos ignorados podendo dinamizar a economia da região, pois há um interesse crescente das famílias rurais em diversificar as atividades na propriedade, a fim de resolverem os problemas econômicos que as afetam.


1.4 Agroturismo


Assim como o Turismo Rural, o Agroturismo vem recebendo diferentes conceituações.
Para Lima (apud ALMEIDA; RIEDEL, 2009, p.27) o agroturismo surge como atividades internas à propriedade, que geram ocupações complementares às atividades agrícolas, às quais continuam a fazer parte do cotidiano da propriedade, em menor ou maior intensidade, devem ser entendidas como parte de um processo de agregação aos produtos agrícolas e bens não materiais existentes nas propriedades rurais (paisagem, ar puro, etc), a partir do tempo livre das famílias agrícolas, com eventuais contratações de mão-de-obra externa.
Segundo Beni (Turismo Visão e Ação, 2000, p.09) é a denominação dada ao deslocamento de pessoas a espaços rurais, em roteiros programados ou espontâneos, com ou sem pernoite, para fruição dos cenários e observação, vivência e participação nas atividades agropastoris, atividades estas que por si só

se constituem em atrativos. Segue o autor observando que a prática turística se utiliza apenas de propriedades produtivas.
Conforme escreve Balderramas (1999, p.73) o turista quando interage com o manejo nas atividades agropastoris, configura-se como Agroturismo, como por exemplo: ordenhar, tratar dos animais, trabalhar em colheitas, auxiliar no manejo do gado, etc.
Para Slapnicka (2008, p.27) o agroturismo é um segmento recente na exploração turística com características voltada à cultura local, aos costumes típicos, a vida social e sua interação com o modo de vida local.
O Agroturismo em meio às práticas agrícolas, em espaços peculiares e paisagens naturais formam cenários diferenciados de outros ambientes, tornando-se uma atividade geradora de ganhos para as propriedades e seu entorno.


1.5 Experiências no Brasil


Para Rodrigues (2003, p.101) o Turismo Rural é uma modalidade de turismo relativamente nova no Brasil quando comparada a outras modalidades, tais como o "modelo sol e praia" e o "ecoturismo". Não há registros precisos, mas tem-se que no início da década de 1980, no município de Lages, situada no planalto catarinense, iniciaram-se as primeiras atividades, com o objetivo de aproveitar a estrutura de fazendas, estâncias e atividades agropecuárias. A iniciativa se deu na fazenda Pedras Brancas, onde a propriedade oferecia pernoite e participação nas atividades diárias, oferecendo ao turista "um dia no campo". As fazendas do Barreiro e Boqueirão também são consideradas as pioneiras nesta atividade. A cidade de Lages é considerada a "Capital Nacional do Turismo Rural". Esta nova modalidade multiplicou-se rapidamente, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Atualmente pode-se acrescentar que em todo o Brasil existem experiências de turismo rural.
O município de Santa Rosa de Lima, situado às encostas da Serra Geral, em Santa Catarina, se destaca em cenário nacional, e sedia a Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia-AAAC, que abrange também os municípios de Anitápolis, Rancho Queimado, Rio Fortuna e Gravatal, todos localizados nos arredores do município sede. Devido às explorações ambientais de forma indevida, Santa Rosa de Lima e demais municípios da Encosta da Serra sentiram a necessidade de buscar novas alternativas produtivas, sendo que em meados do ano de 1996, com uma proposta produtiva e econômica voltada para a produção agroecológica, é fundada então a Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral-AGRECO. Devido a essa nova atividade a região passa a receber visitantes, que querem conhecer o trabalho cooperativo,o que acaba por desenvolver-se em Santa Rosa de Lima o Agroturismo.
Com o intuito de organizar esta atividade, de forma cooperada, é criado em 1999 a Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia, inspirada no projeto de agroturismo francês Accueil Paysan .(OLIVEIRA, 2009, p.55).
Relata-se também o exemplo do estado do Paraná, onde a partir do ano de 1992 a região inicia o processo de implantação do Turismo Rural. A Pousada das Alamandas, no município de Rolândia, propriedade agrícola cafeeira, tornou-se uma das pioneiras do gênero no estado. Posteriormente outros municípios seguiram a trajetória do Turismo Rural.
Atualmente vinte municípios paranaenses tem atividades ligadas ao Turismo Rural. (www. paranaturismo.com.br)


1.5.1 Turismo em áreas rurais no Rio Grande do Sul


No Estado do Rio Grande do Sul existem vários roteiros, rotas e empreendimentos no meio rural. Citam-se aqui várias experiências, sendo que algumas se destacam no cenário nacional.
O Roteiro Estrada do Sabor em Garibaldi iniciou em 2001, sendo composto por seis famílias de origem italiana, que oferecem passeios pelos parreirais de uva, trilhas ecológicas, visitas a vinícolas, degustação de produtos caseiros e vinhos, museus, réplicas e também os famosos contadores de causos. As propriedades tem como principal atividade a agricultura e agroindústria.(www. estradadosabor.com.br).
Em Carlos Barbosa pode-se conhecer o Roteiro de Agroturismo Via do Queijo e do Leite, pelo interior do município, percorrendo as localidades de Linha 19, Linha 12, Torino, Santa Clara e São José. Pode-se desfrutar da pesca, passeio de carretão, trilhas, gastronomia serrana, visitas a monumentos, moinhos, propriedades de produção de queijos, restaurantes. Também podem ser visitados locais de interesse religioso e cultural, como o Capitel Santa Bárbara, Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e Moinho Colonial São José, entre outros. (www. carlosbarbosa.rs.gov.br).
Cabe aqui destacar recentemente em Porto Alegre o Programa "Domingo no Campo ? Uma volta às origens sem sair da cidade" um passeio de lazer aos domingos junto à natureza e à paisagem da área rural da cidade de Porto Alegre. A oferta dos passeios é uma promoção da Associação Porto Alegre Rural. Os passeios são oferecidos todos os domingos, com saída fixa em local próximo ao Brique da Redenção. A cada edição será realizado um trajeto diversificado, orientado por guia de turismo, com visitação a três propriedades. A Rota Caminhos Rurais reúne cerca de 40 propriedades e atrativos em 11 bairros da Zona Sul, com serviços e alternativas de lazer diversificadas como cantinas de produtos coloniais e artesanato, restaurantes, hospedarias, haras, campings. (www. ecoviagem.uol.com).







1.5.2 Exemplos do Litoral Norte Gaúcho


No Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul podem-se encontrar vários empreendimentos no meio rural. Descrevem-se a seguir algumas propriedades com atividade turística na área rural:
A Pousada Sítio da Esperança fica localizada em meio a Mata Atlântica, no Morro da Borússia, Osório. Dista 107 km de Porto Alegre. Oferece alojamento, área de camping, balneário, passeios e trilhas, pomar, campo de futebol, vôlei de areia, restaurante, café rural. (www. pousadaesperanca.com.br).
Próximo a Osório há o empreendimento Coisas do Sítio Agrolazer e Hospedagem, é um espaço ecológico localizado a 100 km de Porto Alegre, Gramado, Torres e os Aparados da Serra, situado no litoral norte do Rio Grande do Sul, entre Osório e Tramandaí. O Empreendimento conta com pousada equipada com suítes e quartos singles, cozinha completa, serviço Sky e internet wi-fi. Há cabanas para grupos, totalmente equipadas. O Sítio oferece espaços de lazer, tais como: campo de futebol (iluminado), voley na areia, parede de escalada,
paint-ball, play-ground infantil, piscina, jogos de sinuca, bilhar, fla-flu e bocha, espaço karaoke, passeios a cavalo e charrete, e outros serviços de entretenimento e relaxamento. (www. coisasdositio.com.br).
Também próximo ao município de Osório, localiza-se a propriedade A Pousada de Todos os Santos, em meio a Mata Atlântica, na rodovia RS-030 km 69, Santo Antônio da Patrulha, distante 97 km de Porto Alegre. Em 1999, a Família Urbim adquiriu a propriedade (25 hectares) com a intenção de torná-la um sítio para ser desfrutado nos finais de semana pelos parentes e amigos. A mata nativa abundante e a vista para a lendária Lagoa dos Barros incentivaram a construção da Pousada de Todos os Santos. Em 2003, iniciaram as atividades através dos serviços de hospedagem e alimentação com atendimento familiar. Atualmente, a infra-estrutura é composta também de trilhas ecológicas, piscinas, cachoeira cíclica, quiosque com churrasqueira, galpão crioulo com fogo de chão,

campos de futebol, vista panorâmica da Lagoa dos Barros.(www. pousadadetodosossantos. com.br).
Localizado no 4º Distrito do Município de Três Cachoeiras, o Roteiro Vale do Paraíso vem destacando-se na modalidade de Turismo Rural. O Roteiro consiste na visitação de propriedades envolvidas em atividades comuns no meio rural, onde o visitante pode conhecer a cultura e história local. Entre outros, o roteiro combina o passeio pela mata nativa de Preservação da Mata Atlântica, banhos em rio, passeios a cavalo, visita a engenhos de cachaça, moinhos d?água, artesanato típico, saboroso café colonial/rural ou hospedagem colonial.
No Roteiro, são visitadas a Casa de Colonização, a Casa do Filó, o Sítio da Dona Cenira, o Sitio da Dona Lúcia, o artesanato Paraíso das Artes, o alambique Terceiro Gole, onde é produzido artesanalmente a cachaça e os derivados de cana de açúcar, além do Moinho de Pedra, e a Casa da Tia Laura. Caminhadas por mata nativa, cachoeiras e rios fazem o cenário do roteiro de Morro Azul.
Cita-se uma das propriedades, a Casa da Tia Laura, construída em 1904, ao pé da Serra Geral,que foi a moradia do casal Ambrósio e Laura Maggi. Hoje a casa foi restaurada mantendo as suas características originais para proporcionar aos visitantes, descanso e lazer em estilo colonial. A casa tem cinco quartos com acomodações para até 16 pessoas. No seu centro tem uma sala grande com lareira, cozinha completa, no galpão da casa um fogão campeiro, forno de barro e uma churrasqueira, no galpão da rua uma churrasqueira de vala, uma pequena horta com temperos chás e verduras, além de água corrente com nascente no próprio sítio. Conta também com área de lazer com jogos, campo de futebol, cancha de bocha e rio próprio para banho. Para entretenimento interno a casa possui televisão, antena parabólica, DVD, som e caixa de jogos (baralho de cartas, jogos de damas, detetive, etc.).
Próximo a Casa da Tia Laura localiza-se o sitio dos proprietários, onde os hóspedes poderão desfrutar das instalações, jantar e tomar seu café da manhã. No sítio o hóspede também poderá usufruir gratuitamente de rede wireless com Internet banda larga. Oferece farto café da manhã, repleto de pães, sucos, bolos

e geléias caseiras. (www.trescachoeiras.rs.cnm.org.br)-(www.casadatialaura.com.br).
Em 2006, o município de Arroio do Sal lançou, em parceria com a Emater/RS, o Roteiro Turismo Rural Campeiro. A área rural de Arroio do Sal representa 1/3 da área total do município, e está localizada à beira da Lagoa Itapeva. O Roteiro oferece passeios contemplativos e lazer campeiro. Há três fazendas que fazem parte do Roteiro: Caramuru, Pousada da Lagoa e Matão.
Fazenda Caramuru: museu, equoterapia, doma racional, musculação de cavalo (com piscina), além de demonstrações como "vaca louca", doma gaúcha e provas de tambor e rédeas. Cavalgadas guiadas.
Fazenda Pousada da Lagoa: Trilhas em meio à mata nativa, espaço para jet sky, remo, moto náutica, passeios de lancha, piscina, cabanas.
Fazenda Matão: Museu Campeiro, trilhas, Demonstrações de laço, prova campeira. (www. arroiodosal.rs.gov.br).
















2. DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM ÁREAS RURAIS


Neste capítulo será abordado o turismo como agregador de valores, a importância de planejamento e planejamento turístico em áreas rurais, e os elementos necessários para identificar a potencialidade para o desenvolvimento da atividade turística.


2.1 Atividade turística e agregação de valores


Durante muito tempo o meio rural sofreu com uma forte discriminação, vivendo sob o enfoque de diversos mitos, com um local isolado, sem cultura, atrasado, de "caipiras", um local somente de produção de alimentos, sendo considerado o inverso do meio urbano, e que não era capaz de absorver a evolução dos centros urbanos.
Hoje, decorrente do avanço tecnológico, esta concepção vem se alterando, pois o homem está em busca do verde, querendo fugir dos centros urbanos, tem mais tempo livre, valoriza o lazer, o que o leva a procurar constantemente formas de recuperar o equilíbrio psicofísico.
Para Balderramas (1999, p.73) as atividades turísticas visam aproveitar a propriedade como atrativo turístico e satisfazer as motivações de necessidade e desejo que o turista tenha de estar em contato com o ambiente natural e ou resgatar as raízes culturais de seus antepassados que habitaram a zona rural, ou, ainda, simplesmente conhecer e contemplar o cotidiano daqueles que trabalham no sistema de produção agropecuária.
Binatti (2000, p.95), escreve que a atividade turística apresenta-se como uma alternativa de desenvolvimento para a sociedade de localidades rurais, baseada na inter-relação da dimensão econômica, sócio cultural e ambiental, em


um plano estratégico no âmbito desse território, num conceito de sustentabilidade, incentivando o resgate da cidadania e reduzindo o êxodo rural.
Conforme Loch e Walkowski (2009, p.48) o turismo no espaço rural vem ganhando força à medida que possibilita ao agricultor usufruir dos recursos como forma de atrair visitantes a sua propriedade e valorizar as atividades cotidianas.
Esta valorização das atividades deve ser entendida pela dimensão social, pois eleva a auto-estima do produtor rural, e serve de estímulo para a busca de novos serviços, ou resgate de atividades que antes estavam esquecidas.
Para Santos (2008, p.37) torna-se uma alternativa na busca de solucionar crises econômicas e frear a destruição da infraestrutura de base nas zonas rurais, que levam a descaracterização dos espaços. Na busca por melhores condições de vida, o homem rural se desloca para os grandes centros, ocorrendo então o êxodo rural, e desta forma promovendo o crescimento de favelas que ocasionam o aumento vertiginoso das estatísticas de desemprego e de atividades marginais.
Conforme Novaes escreve (2007, p.33) , o desenvolvimento do turismo no espaço rural pode ser compreendido como um processo que permite mobilizar todos os recursos do mundo rural, numa perspectiva de interação de todos os setores e atividades, desde o turismo na pequena propriedade ao da grande fazenda, ao artesanato, ao comércio local, aos eventos, à agroindústria, à pecuária e ao uso racional dos recursos florestais. Entende-se que todos os indivíduos, independente da atividade que desempenham, ou da posição que ocupam, estão interligados neste processo, juntamente com a preservação dos recursos naturais.
Guimarães e Paixão dizem que:
O turismo no ambiente natural quando associado às atividades agrícolas e não agrícolas pode mostrar que os atrativos ganham destaque e possibilitam a inserção de agricultores familiares e outros atores sociais residentes no campo a contribuir e participar do desenvolvimento local sustentável.(GUIMARÃES E PAIXÃO, 2002, p.91).

Filho, Tredezini e Santos (2007, p.76) defendem que o turismo no meio rural deve ser uma atividade difusa, diretamente relacionada com aspectos


ambientais e com especificidades inerentes a cada local. Os autores citam ainda que devem ser levados em considerações alguns aspectos de grande importância
no momento do planejamento do produto rural, como: atrativo turístico, estrutura turística e a interação com a comunidade local.
Para Sartor a atividade turística rural dessa forma:
Pode contribuir para elevar a "qualidade de vida" da população rural, preenchendo o isolamento sócio-econômico por estruturas de caráter humano, oportunizando prospecções culturais decorrentes do convívio com diferentes culturas e da possibilidade do alargamento das opções de trabalho (SARTOR, 1981, p.18).

Segundo observa Bruneti (2006, p.58) se faz essencial organizar os recursos disponíveis: o espaço agrário, o espaço natural, o patrimônio histórico, arquitetônico e sócio-cultural, a fim de transformá-los em produto turístico, levando-se em conta que a implantação de outros serviços é de fundamental importância para a atividade turística como, por exemplo, espaços produzidos para o lazer, instalações físicas, mão-de-obra capacitada. As propriedades rurais podem disponibilizar diversos tipos de serviços turísticos como gastronomia rural, produtos artesanais, trilhas ecológicas, eventos culturais, day use na propriedade, hospedagem, entre outras.
Brunetti (ibidem, p.53) coloca que as hospedagens podem ser em casas rústicas, geralmente antigas casas de colônia adaptadas para a atividade turística, como em sede de fazendas de valor histórico-arquitetônico que refletem os diversos períodos da história brasileira, como os ciclos do café e da cana-de-açúcar, ou em instalações modernas, edificadas exclusivamente para esta finalidade. As atividades turísticas fazem com as propriedades familiares e o seu entorno sejam visto de outra forma, não mais como antigamente, que era como um espaço somente de produção agropecuária, e de um estilo de vida agrícola, mas vistos agora como de espaços organizados e valorizados, como um local de lazer e busca de conhecimento. Os agricultores devem reorganizar seus espaços, dando enfoque para paisagens naturais, ornamentando entradas e seu entorno,


recuperando equipamentos tradicionais, mobiliários, construindo novas instalações etc.
Os elementos rurais presentes nestes espaços remetem à autenticidade das relações de vida do local, sendo que o turista urbano está em busca de símbolos e imagens do ambiente rural, com o objetivo de sair deste espaço culturalmente enriquecido. Devem-se levar em consideração as características peculiares de cada localidade, a fim de preservar os costumes e manter a originalidade.
Para Gediel (2006, p.15) o imaginário sobre o rural o vê como refrigério das turbulências urbanas justamente porque o relaciona a uma natureza idealizada como tendo propriedades repousantes, acolhedoras e saudáveis.
Ainda segundo Gediel (2006, p.21) a necessidade crescente do homem urbano por espaços de lazer e bem-estar possibilita o revelar de uma série de novas atividades e serviços no rural, como os hotéis-fazenda, pesque-pagues, colônias de férias, esportes radicais, ecoturismo, entre outras.
Oliveira (2009, p.29) salienta que a conservação de atividades relacionadas direta ou indiretamente à agropecuária é de suma importância para que as regiões não se tornem dependentes da atividade turística, o que causaria alguns desequilíbrios socioeconômicos, culturais e sem dúvida, ambientais.
Atividades como produção orgânica de ervas medicinais, cultivo de cogumelos, cultura hidropônica, cultivo de plantas exóticas e ornamentais, criação de aves exóticas, entre outras, faz com que o produtor rural tenha grandes possibilidades de criar novos mercados, não ficando dependente somente da atividade turística, desta forma diversificando a renda da propriedade, contribuindo para a economia das zonas rurais, e também promovendo o regresso de indivíduos que foram em busca de melhores condições de vida.
Pois para Binatti (2000, p.93) o fomento à atividade turística (novo mercado) poderá promover o desenvolvimento e resultar ainda no retorno dos habitantes que saíram em busca do progresso urbano, mas que, sem o menor preparo estão cada vez mais excluídos da sociedade.
A paisagem, a gastronomia, a aventura, a cultura e a história são motivações que podem ser exploradas pelos proprietários rurais na busca do turista urbano. Observa-se que o turista se desloca para o meio rural devido a um
conjunto constituído pela atividade produtiva, pela natureza e pelo modo de vida que diferem da paisagem e do ritmo urbano.
O citadino busca nas atividades rurais novas experiências de estilo de vida, um espaço ideal para o exercício da aproximação interpessoal e de transmutação.
Balderramas escreve que:
O turismo Rural como atividade turística que ocorre no meio rural, integrando a atividade agrícola e pecuária, tendo como oferta o ambiente natural e suas modificações para atividades agropastoris e cultura local da zona rural, [...] torna-se um empreendimento capaz de captar recursos financeiros para a propriedade rural. (BALDERRAMAS, 1999, p.73).


Segue Balderramas (apud SEBRAE/SP, 1999, p.76) citando que o turismo rural, como empreendimento, necessita estruturação e adequação da propriedade para a recepção dos turistas, sendo um investimento capaz de tornar as propriedades em empresas turísticas, com objetivos específicos:
-Integrar nova fonte de renda, receita adicional da propriedade;
-Melhorar a qualidade de vida do homem do campo, tornando sua propriedade auto-suficiente;
-Diminuir o êxodo rural, evitando a venda da propriedade;
-Favorecer o reequilibrio dos lucros e dividendo da empresa agrícola;
-Explorar adequadamente o meio rural, conservando e protegendo o meio ambiente;
-Valorizar os produtos típicos;
-Resgatar as tradições culturais do meio rural;
-Estreitar as relações entre o campo e a cidade;
-Gerar emprego e renda.
Lima (2009, p.27) salienta que [...] temos que compreender que a agricultura permanece como destaque no espaço rural, ao lado de outras funções


econômicas e sociais conferindo um caráter multifuncional ao turismo rural, contudo sob uma nova dinâmica.
Para o Ministério do Turismo (2003 p.10) a prática deste segmento turístico pode proporcionar alguns benefícios para a comunidade autóctone como:

ü a diversificação da economia regional, pelo estabelecimento de micro e pequenos negócios;
ü a melhoria das condições de vida das famílias rurais;
ü a interiorização do turismo;
ü a difusão de conhecimentos e técnicas das ciências agrárias;
ü a diversificação da oferta turística;
ü a diminuição do êxodo rural;
ü a promoção de intercâmbio cultural;
ü a conservação dos recursos naturais;
ü o reencontro dos cidadãos com suas origens rurais e com a natureza;
ü a geração de novas oportunidades de trabalho;
ü a melhoria da infra-estrutura de transporte, comunicação e saneamento;
ü a criação de receitas alternativas que valorizam as atividades rurais;
ü a melhoria dos equipamentos e dos bens imóveis;
ü a integração do campo e da cidade;
ü a agregação de valor ao produto primário por meio da verticalização da produção;
ü a promoção da imagem e revigoramento do interior;
ü a integração das propriedades rurais e comunidade;
ü a valorização das práticas rurais, tanto sociais quanto de trabalho;
ü o resgate da auto-estima.
A implantação da prática turística rural proporciona ao agricultor uma possibilidade para a resolução de seus problemas econômicos e sociais, pois se torna uma opção para a sobrevivência do modo de vida do homem rural, principalmente ao incorporar valor às atividades agropecuárias. A revitalização destes espaços rurais e a manutenção ou retomada do processo de produção agrícola, poderá tornar as propriedades mais competitivas e inseri-las no mercado globalizado.
Segundo Sartor (1981, p.16) as ações turísticas no espaço rural agem direta e indiretamente sobre as comunidades locais. A instalação de uma nova atividade nesses meios tenderá a gerar algum tipo de alteração nos modos de vida de sua população. A autora (1981, p.21) segue escrevendo que o consumo turístico permite a revitalização de certas culturas agrícolas e pecuárias, bem como o surgimento de novas fontes de produção próprias das zonas rurais. A implantação de turismo rural proporciona para os produtores rurais a criação de mercado para produtos já existentes como artesanato e alimentos, sendo o excedente da produção absorvido pelo mercado e gerando receita para os produtores, e a criação de novas fontes de produção favorece a sustentabilidade econômica da propriedade.
A atividade turística de Turismo Rural e Agroturismo propiciam o contato direto do consumidor com o agricultor que pode disponibilizar, além de serviços de hospedagem, gastronomia, lazer, também a venda de produtos in natura ou beneficiados, gerando desta forma preços e qualidade para o turista e renda para o produtor. A valorização do que é realmente rural, do que é do homem do campo, pode a vir transformar-se numa oportunidade real de ganhos, tanto econômicos quanto sociais para o produtor e o seu entorno.
Segundo Silva (2008, p.08) além de fornecer uma renda extra à família rural, o Turismo Rural ajuda reter estas famílias naquele meio desacelerando o êxodo rural. A autora observa que é de fundamental importância que a atividade turística vise sempre alcançar o bem estar da comunidade receptora e a satisfação do turista sempre em paralelo ao desenvolvimento da sustentabilidade local e regional. A autora segue escrevendo que as atividades turísticas devem ser planejadas de acordo com as necessidades de quem procura o meio rural para

a fruição de seu tempo livre, levando-se em conta também as necessidades da comunidade receptora.
Para Novaes (2007, p.33) todo o processo de desenvolvimento do turismo sustentável do espaço rural deve acontecer e se manter de tal forma e em tal escala garantindo a viabilidade por um período indefinido de tempo, sem degradar ou alterar o ambiente em que existe e sem comprometer o desenvolvimento das outras atividades da propriedade.
Silva (2008, p.08) ressalta que ao implantar o turismo rural, deve-se atentar para a preservação do patrimônio natural e cultural, ou caso for até para a recuperação destes, e que a comunidade receptora também deverá se beneficiar em todos os sentidos desta atividade, pois o processo de participação da comunidade está vinculado ao desenvolvimento e a sustentabilidade do meio em que está inserida a atividade turística. O turismo rural é um importante segmento da atividade turística e necessita de muitos cuidados ao ser trabalhado já que está envolvido diretamente com o meio ambiente.
Ainda segundo a autora (2008, p.09) faz-se necessário organizar e planejar de forma adequada o turismo em áreas rurais sempre levando em consideração as diversas variáveis envolvidas ? culturais, ambientais, econômicas, sociais, política e tecnológica -, onde o governo, em parceria com o setor privado e com a comunidade local, elabore ações regulamentadoras, além de capacitação profissional e uma infraestrutura básica adequada.
Em relação ao Agroturismo Slapnicka escreve que as atividades tornam-se uma:
Possibilidade de incremento de renda para as pequenas famílias agricultoras que somente com atividades agrícolas dificilmente conseguiriam sobreviver, fazendo com que alguns membros das famílias migrem para centros urbanos em busca de rendas complementares com o abandono das propriedades. (SLAPNICKA, 2008, p.30)

A autora enfoca que o Agroturismo surge como uma possibilidade da permanência na área rural das pequenas famílias agricultoras, que podem exercer além dos serviços agrícolas outras atividades não agrícolas (pluratividade), no sentido de melhorar seu nível de vida e manter a população no espaço rural.
Como descreve a autora, esta pluriatividade e as rendas não agrícolas são ferramentas que podem viabilizar a sobrevivência da agricultura familiar, contribuindo para que o homem rural se mantenha na sua localidade, e desta forma atenuando a pobreza.
Segundo Moraes (2008, p.26) as atividades pluriativas permitem que as famílias possam satisfazer seu desejo de continuar no campo, através do incremento na renda. Tais rendas possibilitam a essas famílias sua manutenção no meio rural, bem como um incremento em sua qualidade de vida, equiparando-se às suas congêneres urbanas.
As atividades turísticas no meio rural constituem-se numa proposta de revitalização e reformulação de atividades rurais, proporciona ao homem urbano o retorno às origens e a saída temporária do caos urbano inserindo-se numa proposta de vida saudável e respeito às atividades do homem rural. A implantação das atividades turísticas no meio rural deverá estar atrelada à cultura dos autóctones, ser direcionada para a preservação ambiental, e a busca constante de alternativas que visem a criar condições econômicas de manter-se no meio rural.


2.2. Planejamento turístico no meio rural


Atualmente, o Turismo tornou-se uma atividade altamente complexa, movimentando milhões de pessoas e centenas de bilhões de dólares a cada ano, interagindo fortemente com a sociedade, a cultura e o meio ambiente das localidades e regiões envolvidas com o Turismo. Este crescimento do Turismo impulsionou o surgimento do planejamento da atividade, o qual se adaptou à realidade, aos fatos econômicos e políticas de cada época.
O tema planejamento turístico, na América Latina, mais precisamente no Brasil, é um instrumento que vem sendo discutido recentemente, em função das discussões referentes à preservação ambiental.
Para Almeida o Planejamento Turístico é o:

Processo que tem por finalidade ordenar as ações humanas sobre uma localidade turística, bem como direcionar a construção de equipamentos
e facilidades, de forma adequada, evitando efeitos negativos nos recursos que possam destruir ou afetar sua atratividade. Constitui o instrumento fundamental na determinação e seleção das prioridades para a evolução harmoniosa da atividade turística, determinando suas
dimensões ideais para que, a partir daí, se possa estimular, regular ou restringir sua evolução. (ALMEIDA apud RUSCHMANN, 2006, p.70).

Petrocchi conceitua que:
O planejamento dá coerência e convergência às atividades em prol do crescimento do turismo. Além disso, deve transformar recursos naturais em recursos turísticos, ordenando o território e melhorando as infra-estruturas, equipamentos, serviços, promoções e preservação do ambiente físico, natural e urbano. (PETROCCHI, 2002, p.72).

Conforme Fávero e Beni (2005, p.153) planejar o produto turismo é diferente de planejar o produto industrial, ou qualquer outro dos setores primário, secundário e /ou terciário, e essa instabilidade e mutabilidade fazem com que seja difícil propor um modelo de planejamento. Os autores evidenciam que se faz necessário haver um conhecimento profundo da realidade existente, a ser alterada, visando-se adotar a forma mais adequada de planejamento para se atingir os objetivos. Ainda segundo Fávero e Beni (2005, p.154) os aspectos externos à realidade do que está sendo planejado também poderão influenciar no processo e em seu resultado.
O Planejamento turístico visa estabelecer objetivos, delimitar ações e planos pormenorizados para obter resultados, servindo-se de recursos para sua implementação. Necessita de constante avaliação a fim de ser alterado ou corroborar com as ações estabelecidas.
Lindner (2007, p.35) ressalta que [...] é necessário um amplo planejamento, que, além de buscar as potencialidades locais, apresente-se como um processo contínuo, verificando e buscando soluções para as dificuldades encontradas durante o desenvolvimento da atividade e com a participação dos atores locais em todas as etapas do processo de planejamento, implementação e controle das ações de seu desenvolvimento. O planejamento promove o debate, a discussão da atividade de forma, que a comunidade possa beneficiar-se da infraestrutura, serviços e melhorias proporcionados pela atividade, gerando desta forma mais qualidade de vida.
Segundo Bacal & Miranda (2000, p.70) para não criar hostilidade e rejeição ao turismo pela população é preciso que se tomem providências quanto à conservação e melhoria da qualidade de vida da população residente.
Novaes (2007, p.42) cita que na perspectiva da dimensão social compreende-se a interatividade dos membros da comunidade no processo de planejamento do turismo no espaço rural. A autora coloca que a comunidade deve interagir neste processo, sendo que ao adotar um planejamento de forma multidisciplinar, no intuito de tornar uma localidade altamente competitiva, e desta forma captar e satisfazer a todo um fluxo de turistas, este planejamento deverá promover o debate e a gestão de forma integrada e de acordo com a realidade de cada localidade.
Ainda citando Novaes (2007, p.44) que enfatiza que o turismo no espaço rural deve ser promovido de forma planejada e estrategicamente administrado na busca da sustentabilidade, respeitando as diferenças e particularidades presentes em cada região e pelas condições necessárias de qualidade e de comodidade exigidos pela demanda de hábitos ambientalmente corretos.
Pois conforme observa Petrocchi (2000, p.14) grandes regiões de incrível beleza e de excelente potencial turístico foram agredidas por especulações imobiliárias, falta de planejamento urbano e migração de populações carentes.
Para Bregolin e Barreto (2006, p. 227) a lista de problemas oriundos do crescimento turístico desordenado é extensa, variando conforme as características do território e da sociedade onde acontecem. Os autores citam que vão desde a destruição de dunas, visando a construção de moradias e empreendimentos turísticos, passando pela descaracterização de culturas até furto de fauna e flora em ambientes legalmente protegidos.
Teles (2006, p.51) ressalta que quando não se planeja o turismo a partir da região, cria-se uma área deslocada de seu contexto. Segue o autor observando


que ao se partir da região para viabilizar a atividade, se criam diversas opções diferenciadas para demandas também diferenciadas.
Os autores Boiteux e Werner acordam que:

A atividade turística pressupõe a devida estruturação do núcleo receptor para receber visitantes nacionais e internacionais, o que envolve um planejamento cujo objetivo seja racionalizar as providências que serão desenvolvidas para fazer uma cidade um grande destino turístico. (BOITEUX e WERNER, 2002, p.65).

Bregolin e Barreto (2006, p. 229) ressaltam que para ocorrer o desenvolvimento turístico, além de atrativos turísticos de alguma hierarquia e bons serviços, se faz primordial também contar com instrumentos de regulação (mediação) dos processos de implantação e desenvolvimento da atividade, onde devem estar presentes ações que definam o que desenvolver, quando, de que forma e a que custos econômicos, sociais, culturais e ecológicos.
Segundo Loch e Walkowski (2009, p.47) o planejamento do espaço rural surge a partir da necessidade de revalorizar os espaços naturais como fonte de riqueza, desempenhando um papel importante para o desenvolvimento local.
Atualmente as propriedades rurais tem buscado no turismo o aumento e a diversificação de sua renda, o que deve visar a adoção de ações que estruturem e caracterizem a atividade no meio rural, a fim de que as atividades não ocorram de forma imediatista e desordenada.
Sartor escreve que:
A influência das atividades turísticas sobre o espaço rural repercutem positiva ou negativamente, na razão direta do tipo de soluções efetivas que forem programadas. As ações em favor dessa modalidade de turismo exigem a adoção de medidas reguladoras e instrumentos que definam tipos, formas, qualidade e quantidade da produção turística. (SARTOR, 1981, p.16).

Solha (2006, p.90) também enfatiza que no Turismo as preocupações de estabelecer políticas para o setor só aparecem quando este adquire importância econômica ou quando começa a causar transtornos. Prossegue a autora, que antes disso, a principal característica é espontaneidade, com pouco ou nenhum controle de seu desenvolvimento, seguindo apenas à lei de mercado.
Mesmo com uma grande quantidade de estudos sobre o assunto, as localidades que buscam o turismo rural como meio de estimular o crescimento econômico, ainda não dispõem de políticas públicas ou normatizações locais que possibilitem a orientação de ações e estratégias a fim de implantarem esta atividade.
Beni (2000, p.81) conceitua política de turismo como o conjunto de decisões que, integradas de forma coerente no contexto regional e nacional do desenvolvimento, orientam a condução das esferas e regulam os procedimentos a serem realizados, as quais se traduzem em planos e programas de desenvolvimento setorial. O autor enfatiza que a formatação de políticas e normatizações devem levar em conta a regionalidade de cada local, mas deve estar conectadas em nível nacional, o que resultará em estratégias para o desenvolvimento local ou regional.
Solha (apud OMT; Hall, 2006,p.92) descreve que a política de turismo passou por importantes fases:
? 1950-1970- quando se efetuava a expansão do turismo de massa, eram comuns as políticas de fomento, que tinham como principal finalidade o aumento do fluxo de visitantes;
? 1970-1985- as políticas começavam a focar o turismo como agente de desenvolvimento, havendo um crescente envolvimento governamental no fornecimento de infraestrutura;
? 1985-atual - observa-se ao mesmo tempo, maior preocupação com as questões ambientais e um grande aumento da competitividade, incitando a um posicionamento responsável e profissional do setor, o que levou o Estado a diminuir sua participação, buscando assumir um papel de coordenação e estruturação da atividade.
A autora continua observando que:
a formulação da política de turismo deve contemplar a observação e a análise da situação de modo macro e deve ser capaz de orientar a


tomada de decisões de longo prazo, e, portanto, são necessárias informações constantemente atualizadas e é preciso contar com o envolvimento e o compromisso dos diversos segmentos que atuam no turismo, a fim de promover e estimular a participação contínua e realista nas decisões de planejamento do turismo.(SOLHA, 2006, p.94).

A noção de planejamento do turismo deve ser considerada na sua forma mais abrangente, ampla, onde as práticas turísticas, os atores locais, governantes, iniciativa privada, devem estar em sinergia.
Deve-se levar em conta a capacidade e saberes de uma comunidade a fim de identificar problemas e soluções para a atividade.
As localidades devem ater-se ao fato que a implantação do planejamento turístico é de suma importância para o desenvolvimento do destino, mas encontram-se dificuldades para desenvolver uma discussão aprofundada, ou obter consenso sobre qual ou quais as decisões mais corretas a serem seguidas. As decisões variam de acordo com a necessidade e objetivos de cada região ou local, estando também relacionada aos valores culturais e ideológicos dos atores envolvidos. Reflete o momento, o nível de consciência no qual a sociedade está inserida.


2.3 Elementos de identificação de potencialidade


Para Filho, Tredezini e Santos (2007, p.76) um dos primeiros passos à implantação da atividade turística é o conhecimento e a identificação dos atrativos do produto turístico, considerando a vocação natural do local e da região. O autor coloca ainda que a autenticidade e a naturalidade são inerentes ao produto turístico rural. Para Balderramas (1999, p. 74) a vocação turística para o turismo rural é aspecto relevante para qualquer implantação de atividade turística. Deve-se verificar a potencialidade do local, baseado no interesse do público alvo, analisar se as propriedades terão atividades somente para um dia, ou se os visitantes terão interesse em permanecer um final de semana.
Conforme coloca Moraes (2006, p.30) a localidade necessita de requisitos mínimos para o desenvolvimento do turismo rural, como atrativos naturais, uma cultura marcante e uma conscientização da comunidade sobre seu papel, sua cultura, sua história.
Para Lima (2009, p.31) o espaço rural dotado de qualidade natural e potencial produtivo e turístico, para se tornar viável, tem que se observar que a apropriação paisagística deve ocorrer sem causar alterações, por meio de um uso social singular, a preservação. A paisagem rural não deve ser transformada, pois quanto mais natural, mais original, maior será o poder de atração, e menor as chances de ocorrer a saturação do local.
Para Novaes (2007, p.30), a crescente demanda voltada para o espaço rural tem como aspecto motivador a percepção da atratividade das paisagens rurais. Como expõe a autora, as paisagens rurais se devem às modificações ocorridas pelas atividades agropecuárias e agrícolas, e também pelas alterações ocorridas pela ocupação do espaço rural, o que gerou um grande patrimônio paisagístico.
Conforme Filho, Tredezini e Santos (2007, p.76) a paisagem é um elemento substancial do fenômeno turístico, e, portanto, um recurso de grande valor no desenvolvimento e na consolidação da oferta turística. Deve-se reconhecer que a paisagem representa o pressuposto para a prática turística rural. Seguem os autores escrevendo que a topografia, clima ou modificações ambientais são recursos utilizados para a prática turística.
Para Novaes (2007, p.30) o aspecto cultural torna-se o vértice para o desenvolvimento do turismo rural com a integração do turismo e cultura local, agregando valores ao produto. Elementos como a história, as crenças, hábitos e costumes da região, são importantes na formatação do produto turístico rural, pois cada localidade ou região possui a sua cultura, o que faz com que seja um diferencial entre localidades.
Os espaços rurais devem integrar atividades agrícolas e pecuárias, oferecer ambientes naturais, bucólicos, com modificações para as práticas agropastoris, para atividades de lazer e entretenimento e desta forma ofertar uma receita

suplementar para as propriedades. Atividades agrícolas como ordenha, marcação de gado, manejo da horta, colheita, plantio, tosquia, são atividades que o turista busca na propriedade rural, a fim de interagir e agregar novos conhecimentos.
Passeios em trilhas, cursos de artesanato, passeios de carroça incentivam a permanência do turista por mais tempo no local. A gastronomia também se torna um atrativo na captação de turistas para o espaço rural, pois resgata as formas mais antigas de produzir alimentos. Os cenários de preparação dos alimentos ganham destaque através do fogão a lenha, fogão de barro, panela de ferro, churrasco na vala, entre outros.
Para Cavaco (2006, p. 74), a escolha dos turistas quanto a destinos fazem-se em função dos recursos-atractivos de cada lugar-destino, dos produtos turísticos disponíveis e propostos [...]. Os atrativos e recursos turísticos ganham destaque quando se inserem numa proposta de sustentabilidade e preservação, mantendo a originalidade e a naturalidade, com qualidade de vida para todos que usufruem destes espaços. Para Sartor (1981, p.17), a imitação, no intento de satisfazer uma demanda mais exigente, repercute falsa, descaracteriza a propriedade e tem como resultado a perda de seus atrativos. Segue a autora ressaltando que a imitação levará ao esvaziamento da localidade, sob o ponto de vista social e cultural.
Para Tulik:
A ocorrência do Turismo Rural pressupõe áreas dotadas de recursos diferenciados do meio urbano, um mínimo de infra-estrutura representada pelas vias de acesso e meios de transportes, possibilidades de alojamento e alimentação, e, sobretudo a proximidade de uma demanda, ou possibilidade de captá-la. (TULIK, 2000, p.140).

Segundo escreve Gediel (2006, p.14) no momento em que são oferecidos serviços de saneamento básico, assistência médica e social, pavimentação de estradas, energia elétrica, entre outros, o espaço rural passa a dispor de privilégios antes exclusivos do espaço urbano. As melhorias, ou implantação dos serviços possibilitam aos autóctones a inserção no contexto social, de forma que as condições de vida e de preservação ambiental sejam respeitadas.
Conforme Sartor (1981, p.24), a infraestrutura, os serviços e os equipamentos (saúde, educação, comunicação, saneamento) assumem um papel concreto para a satisfação da vida das comunidades rurais. A autora coloca que a infraestrutura de base será um fator de estímulo para a coletividade rural, promovendo desta forma uma maior animação social e cultural.
Para Binatti (2000, p.92) o turista busca a plena satisfação de sua expectativa centrada na qualidade da oferta, em uma comunidade integrada ao processo, educada e conscientizada da importância do turismo, pois a partir de uma comunidade conscientizada, os serviços e atividades disponíveis virão de encontro ao que todos buscam, um estilo de vida mais qualitativo e sustentável.
Verifica-se que são considerados vários elementos fundamentais para a implantação de atividades turísticas em áreas rurais. Elementos como: gastronomia original, atrativos naturais, com uma cultura autêntica e oferta de atividades rurais, incluindo atividades de entretenimento e serviços básicos favorecem a formatação de destinos originais e menos suscetíveis a saturação.


















3. MUNICÍPIO PALMARES DO SUL


Será abordado neste capítulo o histórico do município Palmares do Sul, relatando os recursos reais e potenciais. Também será apresentado uma descrição do Distrito Bacupari, objeto do presente estudo.


3.1 Palmares do Sul


Desde 1750 o governo português estimulava a emigração de portugueses das Ilhas dos Açores, que se encontrava superpovoadas, para as terras conquistadas o continente de São Pedro (RS). O governo português incentivava a emigração fornecendo pagamento em dinheiro, sementes, isenção de impostos e doações de sesmarias para as famílias açorianas que emigravam. Os pioneiros enfrentaram muitas dificuldades, como animais selvagens, índios, invernos rigorosos e verões escaldantes, as dunas, e falta de comunicação com o Rio de Janeiro e Laguna.
Palmares do Sul foi uma das sesmarias escolhidas para povoamento, aproximadamente pelo ano de 1783. Pereira (1994, p.69) relata que até 1857 o Distrito de Palmares era vinculado ao Município de Santo Antônio da Patrulha, que foi criado na primeira divisão em municípios da Província do Rio Grande do Sul em 1811 [...] Palmares era na realidade vinculado com a Freguezia de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, em 1858, e passou a ser o 3º distrito do município de Conceição do Arroio, hoje Osório. Permaneceu distrito de Osório até 12 de maio de 1982, quando se emancipou.
Entre 1920 e 1950 foi ponto estratégico para o escoamento da produção do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, através do Rio Palmares, que deságua na
Lagoa dos Patos, comunicando-se com o Rio Guaíba, até o cais do porto de Porto Alegre, através do sistema de trapiches (forma mais rudimentar de atracagem). De Palmares até Osório a ligação se dava através da ferrovia, dessa forma formou-se um entroncamento hidroferroviário, de onde se exportava couro, lã, arroz, pescado, passageiros, etc.
O nome Palmares deve-se ao fato que na região há grande abundância de butiazeiros (butiatuvas ou butiatubas), da família das palmáceas, que se adaptam ao solo arenoso e ao clima da região. Daí a origem do nome: palmáceas, palmares. Mas em 1944 denominaram Palmares de Emilio Mayer, mas por um curto período, pois devido às solicitações da comunidade retornou para Palmares.
Para evitar a duplicidade com o município do estado de Pernambuco, foi adicionado o Sul, decorrente de uma ordem federal que informava que não poderia haver no país cidades de nomes semelhantes.
Palmares do Sul foi palco de vários fatos históricos, foi ponto de apoio para os viajantes, ponto de embarque e desembarque de pessoas e mercadorias, e sobressaiu-se economicamente no setor agrícola através do cultivo de arroz. (SOARES, 2000, p.158).
Segundo site da prefeitura a área total é 946,24 km²,representando 0,3519% do Estado e 0,0111 % do território brasileiro, sendo que o IDH (índice de desenvolvimento humano) é de 0,787 (PNUD, 2000). (www. palmaresdosul.rs.gov.br) .
A população está em torno de 11.998 habitantes, sendo na área rural em torno de 1.800 pessoas, e a densidade demográfica 13,0 km², gentílico palmarense.
A topografia é de campos, restingas e dunas. O clima é subtropical, com a média anual 18,5º C, sendo os verões quentes e chuvosos e os invernos frios e chuvosos.
A economia do município do setor primário é baseada no cultivo de arroz, pecuária de corte, apicultura, exploração de madeiras (pinus e eucaliptos). No setor secundário o comércio em geral, indústria de beneficiamento de arroz, indústria de madeira, metalúrgicas.
Há na cidade dois hotéis, num total de 25 Uhs. Restaurantes, lanchonetes, agência de correio, três agências bancárias, delegacia civil e da polícia militar,rádio comunitária, duas empresas jornalísticas, hospital, clínicas odontológicas, postos de combustíveis distribuídos em pontos diversos da rodovia de acesso aos distritos,compõem a infraestrutura de base da cidade.
Palmares do Sul dista 73.5645 km de Porto Alegre e 55 km de Osório, com acesso asfaltado. As principais vias de acesso são RS 040, RST 101, RS 776.
O Município é banhado pelo Rio Palmares, Sanga do Pangaré e uma rede de 15 lagoas interiores - Lagoa da Charqueada, Quintão, Pinheiro, Capão Alto, Potreirinho, Porteira, Lavagem, Cipó, Rincão das Éguas Cerquinha, Quilombo, Palomas, Capivari, Vigia e Leão, próprias para banho, pesca e esportes náuticos.
O município é formado por seis distritos, os quais cinco se situam na área rural e um na área do litoral.


3.1.1 O Distrito Bacupari


O Distrito do Bacupari,objeto do presente estudo localiza-se a 35 km da Sede do município, ao sul, com acesso asfaltado pela RST 101, e faz divisa com o Município de Mostardas.
A população do Distrito encontra-se dispersa com pequena concentração próxima a igreja. Na localidade também há uma comunidade Quilombola.
O distrito conta com uma infraestrutura básica como:
? Energia elétrica
? Escola de ensino municipal fundamental
? Telefonia fixa e móvel
? Unidade sanitária
? Salão Paroquial


? Parque de Rodeios
As principais atividades econômicas é o cultivo do arroz irrigado, pecuária de corte e a exploração de madeira (pinus e eucalipto). O artesanato com lã crua tem expressiva participação na renda familiar.
A origem do nome Bacupari deve-se a uma planta que cresce nos campos, possui frutos comestíveis tanto para a fauna quanto para o homem, com possíveis propriedades terapêuticas, sendo raro encontrá-la, pois geralmente o gado a consome ainda pequena. Em tupi-guarani bacupari ou bacuri significa "?ybá ou yba" (fruta de árvore) + "cury", fruto apressado, fruto que amadurece rápido.

Foto: fruta bacupari
Fonte: http://www.reflexosonline.com
Acesso em 27 jun 2010






Na localidade tem uma Capela que é considerada ponto turístico. Segundo site oficial da Prefeitura de Palmares do Sul a Capela foi construída por volta de 1948 pela comunidade do Bacupari. Mas a história desta Capela começa em 1944 nas terras do Sr.Manoel Barbosa, em um local chamado Figueiras, onde havia uma capelinha com uma imagem de São Sebastião que pertencia a uma senhora chamada carinhosamente de Tia Zefa.Nesta época os moradores realizavam uma festa em homenagem ao Santo para ajudar Tia Zefa, a festa sempre acontecia em 20 de janeiro, dia de São Sebastião.Quando Tia Zefa faleceu, a festa perdeu o significado e a imagem do Santo ficou naquele local. Conta a história que quando a nova Capela foi construída, foi realizada uma festa também no dia 20 de janeiro, o que causou divergências entre os moradores que mais tarde decidiram dar o nome da Capela de São Sebastião. A antiga imagem foi substituída por uma maior e o Santo oficializado como padroeiro do Bacupari. (www. palmaresdosul.rs.gov.www.palmares).


Foto:Capela de São Sebastião
Fonte: Foto
Acesso em 27 junh 2010
4. POTENCIALIDADE DO TURISMO EM ÁREAS RURAIS NO MUNICÍPIO DE PALMARES DO SUL


A pesquisa de campo se destina a avaliar a potencialidade da área rural, no Distrito Bacupari. Para tanto, definiu-se a necessidade de realizar entrevistas com proprietários de áreas rurais e também verificar se as propriedades possuem elementos necessários para a implantação das atividades.


4.1 Procedimentos metodológicos


Para avaliar a potencialidade turística foram selecionadas três propriedades da área rural de Palmares do Sul, todas localizadas no distrito de Bacupari.
Na entrevista, utilizou-se como instrumento um questionário formatado com 11 questões, com perguntas abertas e fechadas , conforme apêndice A, a fim de identificar o interesse das propriedades na atividade turística e como percebem o tema turismo.
Para a identificação da potencialidade do local e das propriedades, foi aplicado um inventário, baseado na metodologia de Salles (2006, p.43), sendo inventariados 74 itens (apêndice B). As coletas foram realizadas em 06 de junho de 2010 nas propriedades 1 e 2, e no dia 20 de junho de 2010 na propriedade 3.


4.1.1 Propriedade 1


Entrevista A1




2.Idade:48 ANOS
3.Fonte de renda principal:plantio de arroz irrigado
4.Descrição da propriedade:
Uma área de 32 ha, sendo a renda da família baseada no cultivo do arroz irrigado. Há na propriedade diversos animais para suprir as necessidades da família, como vaca, porcos, galinhas. Também há pomar de bergamotas, laranjas, abacate, banana, maracujá, etc. Uma pequena horta, onde também existe o cultivo de chás e ervas. O local é bem arborizado, por árvores de diversos tamanhos e porte. Ao lado casa principal tem uma Magnólia, que segundo a moradora, existe há pelo menos 40 anos. Também próximo à casa principal existe dois bosques, propício para a prática de trilhas, e para contemplação de para lazer. Aos fundos da propriedade é possível avistar um banhado e dunas.
5.Fonte de renda principal da propriedade:cultura de arroz irrigado
6.O que Sr(a) entende por Turismo?
É um lugar onde a pessoa pode ver um ambiente diferente e que traga prazer visual, traz uma paz, um descanso mental, um lugar calmo.
7.Tem interesse em receber turistas?
( x )sim ( )não ( )não sabe
8.Que benefícios o(a) Sr(a) entende que o Turismo poderá lhe trazer?
Conhecimento, troca de ideias, uma renda extra para a família, incluindo até as propriedades vizinhas.
9.O (a) Sr (a) costuma realizar cursos ou treinamentos específicos para a sua atividade de produtor (a)?Quais?
Sim, coleta seletiva, educação ambiental,artesanato da fibra da banana, chás e ervas condimentares.
10.Em relação à culinária, quais os pratos que habitualmente são preparados para a família? Bolo de milho,Ambrósia,mouse de maracujá,doce de leite.
11.Sugestões e Comentários:
Dentro da realidade rural do meu distrito não há o menor apoio do poder público.


Inventário Turístico B1

1.Equipamentos e serviços

1.1 Área de Saúde
( x ) Posto de Saúde

( x )Clínica

( x )Consultório odontológico

( x )Hospital

1.2 Área de Comunicação
( x )Correios
( x )Rádio
( x )Jornais
( x )Telefonia fixa
( x )Telefonia móvel

1.3 Assistência mecânica
( x )Serviço de Guincho e Socorro
( x )Borracharias
( x )Oficinas
( x )Postos de Abastecimento

1.4 Segurança Pública
( x )Delegacia Polícia Militar
( x )Delegacias Polícia Civil
( x )Corpo de Bombeiros
( x )Delegacias de Trânsito

1.5 Estabelecimentos financeiros
( x )Agências Bancárias
( x )Caixas eletrônicos
( )Casas de câmbio

1.6 Serviços diversos
( x )Bancas de jornais
( x )Farmácias e drogarias
( )Centro de compras
( x )Igrejas,templos,mesquitas

1.7 Organismos Públicos e privados de apoio à área rural:
( x )Sindicato Rural
( x )Emater
( x )Secretaria municipal/estadual de agricultura
( x )Cooperativas
( )Outros

1.8 Meios de Hospedagem
( x )hotel ( )pousada ( )camping ( ) Albergue
( )hotel histórico

1.9 Quantidade de Uhs:25 Uhs

2.Endereçamento

2.1 Nome completo da propriedade:não há

2.2 Identificação oficial da Estrada ou Rua:
Beco do Mato Grande
2.3 Numeração:4650

2.4 Nome do Município e da Unidade da Federação:
Palmares do Sul/RS

2.5 Código de endereçamento postal CEP: 95540-000

2.6 Entrega domiciliar de correspondência-periodicidade: não há

2.7 Endereço eletrônico:não possui

2.8 Telefone/Fax:(51)97.68.05.62

3 Acesso principal/vias de circulação
3.1 Extensão e largura em metros (Rodovia): 35 km -8 m

3.2 Tipo de pavimento:
( )cascalho/saibro ( x )asfalto ( )pedras

3.3 Condições de acesso:
( x )boas ( )más ( )regular

3.4 Arborização
( x ) Arborização natural ( x )Arborização modificada
( ) Sem arborização
3.5 Iluminação
( )sim ( x )não

3.6 Trilhas/Caminhos/Pontes (Para acesso à propriedade):

3.6.1 Extensão e largura em metros:6 metros de extensão, 8 a 15 metros de largura
( )Segurança ( x )Arborização natural ( x )Paisagismo
( )Iluminação

3.6.2 Condições de conservação
( )boas ( )más ( x )regular

3.6.3 Tipo de pavimento:
( x )terra batida ( )cascalho ( ) asfalto

3.7 Formas de Acesso interno viáveis:

3.7.1 Acesso principal:
( x ) automóvel ( x )jeeps ( x )caminhões
3.7.2 Trilhas
( x ) a pé ( x )cavalo ( x )trator

3.8 Sinalização:

3.8.1 Sinalização turística
( )sim ( x )não

3.8.2 Acesso principal:
( )placas ( )setas ( )painéis

3.8.3 Trilhas:
( )placas ( )setas ( )painéis

3.8.4 Iluminação
( ) sim ( x )não

4.Saneamento

4.1 Água
( )Companhia de Abastecimento-Corsan
( x )Poços artesianos
( )Cisternas

5 Destino das águas servidas
( x )fossas ( x )sumidouros ( )tanques de tratamento

6.Lixo rural e resíduos sólidos/liquídos:

6.1Forma de destino/coleta:
( )coleta seletiva ( x )enterro ( x )queima ( )lançados em rios, valas
( )coleta pública ( x )outra forma -Qual ?adubo orgânico

7 Características Naturais

7.1 Classificação quanto à localização geográfica:
( )equatorial ( )tropical ( x )subtropical ( )tropical de altitude
( )tropical atlântico ( )temperado ( )semi-árido

8 Média anual da temperatura em graus Celsius:

8.1 Regime de Precipitação:
( x )verões (chuvosos e quentes) ( ) Invernos (frios e secos)
( )verões (secos e quentes) ( x ) Invernos (frios e chuvosos)

9 Relevo

9.1Descrição do tipo de relevo predominante na região: planícies, várzeas.

10 Descrição tipo de Vegetação na região: Mata atlântica remanescente, mata ciliar,
Gramíneas.

10.1 Variedade de animais na propriedade
( x )sim ( )não
Quais:bovinos,suínos,galinhas,patos,ganso,ovinos,cachorro,gato,caturrita.

10.2 Problemas Ambientais na região:
( x )Desmatamentos ( )Queimadas ( )Desertificação
( x )Alterações climáticas ( )Lixo ( x )Poluição das águas
( )Ocupação desordenada do solo ( )Desastres ecológicos
( )Substâncias tóxicas ( )Poluição do ar ( x )Outros:retirada da água da lagoa para irrigação das lavouras de arroz, isso provocou a invasão das dunas sobre a lagoa, reduzindo a quantidade de peixes e aumento da pesca predatória.

11. Descrição do tipo de Fauna na região: capivara, jacaré, cardeal, pica-pau, caturrita, quero-quero, galinhola, mão-pelada (graxaim), lontra, cobras de várias espécies, tatu, gambá, zurrilho, João de barro, coração-de-boi, bem-te-vi, beija-flor, viuvinha.

12. Descrição do tipo de Flora na região: figueira, pororoca, maricá, aroeira brava e mansa, imbirá, banana do mato, ananá, orquídeas, marcela, pitanga, butiá.

12.1 Diversidade e singularidade:
( x )Visão bucólica,beleza cênica ( )Mirantes ( x )Mata ciliar
( x )Harmonia da paisagem x construções ( x )Mata nativa e ou remanescentes

13 Hidrografia
( x )Lagoas ( x )banhados ( x )açudes naturais ( x )açudes artificiais
( )Rios ( )Cascatas ( )Termais

13.1 Acessos (em relação à propriedade)
( ) fácil ( x )médio ( )difícil

13.2 Possibilidade de banho:
( x )sim ( )não

13.3 Possibilidade de Pesca:
( x )sim ( )não

13.4 Possibilidade da prática de atividades de lazer e esportivas:
( x )pedalinho ( x )passeios de barco/bote

14 Comercialização de produtos:
( x )sim ( )não

14.1 Produtos comercializados na propriedade:
( )chimias,geléias,doces ( )pães,biscoitos, cucas ( )licores,sucos
( x )artesanato .Qual (is) chinelos de tecido
( )outros:aipim,batata,cebola,feijão,ovos,galinhas e patos.

14.2 Forma de comercialização:
( ) Feiras /eventos ( )Na propriedade ( )Venda p/comércio local
( x ) à domicílio ( )CEASA

15 Construções existentes na propriedade :
( x )casa sede ( )administração ( )casa de funcionários ( )Cocheiras
( )baias ( x )galinheiros ( )quiosques ( x )oficinas
( )mirantes ( )sanitários ( x )ranchos /chalés ( )piscinas
( )balanços ( )bancos rústicos ( )churrasqueiras ( )brinquedos

16 Atividades desenvolvidas na propriedade:
( x )tosquia ( x )plantio ( x )colheita ( x ) artesanato ( x )ordenha

17 Utensílios rurais:
( x )fogão à lenha ( x )panelas de barro,ferro ( )lareira rústica

18 Recursos Humanos:

18.1 Funcionários
( )sim ( x )não

18.2 Número de membros familiares: 03

18.3 Aptidões artísticas, artesanais, musicais:
( x )sim ( )não

19 Aspectos Históricos e Culturais

19.1 Colonização predominante:afro-descendentes e açoriana

19.2 Manifestações culturais relevantes: festas religiosas, rodeios, Terno de Reis.

19.3 Aspectos históricos da propriedade

19.3.1 Edificações centenárias
( )casas ( )tulhas ( )senzalas ( )moinhos ( )galpões

19.3.2 Acervo histórico
( )mobiliário ( x )ferramentas de trabalho ( x )maquinários ( x )documentos
( )fotos ( )mapas ( x )utensílios domésticos ( )vestimentas
( )esculturas ( )brinquedos ( )objetos pessoais ( x )outros
Sineta,lampião,roda de carreta.
19.4 Antecedentes étnico-culturais de proprietários fundadores e recentes
Ascendência: afro-descendentes
Idioma:português
Crença religiosa:católica
Tradição familiar ou local: muda da cebola (viveiros para canteiros permanentes)
e colheita da cebola entre família e vizinhos.
Hábitos e costumes familiares ou locais: chimarrão, churrasco.
Outras características relevantes: feriados e datas especiais a família se reunia para confraternizar.

20 Existe o interesse em desenvolver atividades:
( x )Roda de viola ( x )Contos e Causos ( )Danças folclóricas
( )Atividades esportivas ( x )Outras :bocha,corrida de cancha reta.

21 Quais atividades existem no Distrito:
( x )benzedeiras ( x )festas folclóricas ( )festas cívicas ( x )festas religiosas
( x )Tocadores de instrumentos musicais ( x )contadores de causos ( x )Outras
Rodeios crioulos

22 Tipo de Artesanato produzido na localidade:
( )cerâmica ( )marcenaria ( )tapeçaria ( x )cestaria ( )renda
( x )couro ( )instrumentos musicais ( )brinquedos ( )bordados ( x )outros
Artesanato de lã de ovelha e da fibra da bananeira



Foto:Propriedade 1 ,e a Magnólia de aproximadamente 40 anos
Fonte:Foto da pesquisadora




Foto: Sineta antiga utilizada para avisos
Fonte: Foto da Pesquisadora



4.1.2 Propriedade 2


Entrevista A2


2.Idade:49 ANOS
3.Fonte de renda principal:Corretora de Imóveis
4.Descrição da propriedade: Com uma área de 35 ha, sendo que na parte frontal da propriedade há o plantio de pastagem nativa para a criação do gado, tem a casa principal, ao lado galpão de máquinas e ferramentas,galinheiros, horta, pequeno paiol, atelier de pintura, baia para os cavalos quarto de milha, açude natural de carpas. Na propriedade também existe uma figueira centenária.
5.Fonte de renda principal da propriedade: agropecuária
6.O que Sr(a) entende por Turismo?é a melhor coisa que tem . É qualidade de vida, conhecimento,contato com a natureza.
7.Tem interesse em receber turistas?
( x )sim ( )não ( )não sabe
8.Que benefícios o(a) Sr(a) entende que o Turismo poderá lhe trazer?Qualidade de vida e renda para as pessoas da região, qualidade de vida para os turistas. Integração, conhecimento.
9.O(a) Sr(a)costuma realizar cursos ou treinamentos específicos para a sua atividade de produtor(a)?Quais?Específicos não, mas tenho formação em administração e contabilidade, pesquiso muito em Internet e livros, e também amigos que repassam informações da área ambiental.Fiz pelo SEBRAE , IPGN (Iniciando um pequeno grande negócio).
10.Em relação à culinária, quais os pratos que habitualmente são preparados para a família?o esfregolá (origem italiana) , a torta da cumadre, queijos temperados, conservas e compotas, massa caseira, pão caseiro.
11.Sugestões e Comentários: melhorias na infraestrutura, como estradas,Internet . A proprietária coloca que reside em Viamão, mas desde que se aposentou, há um ano e meio, fica em torno de 4 dias na propriedade, sendo que o marido é quem reside diretamente na propriedade.


Inventário Turístico B2

1.Equipamentos e serviços

1.1 Área de Saúde
( x ) Posto de Saúde
( x )Clínica
( x )Consultório odontológico
( x )Hospital

1.2 Área de Comunicação
( x )Correios
( x )Rádio
( x )Jornais
( x )Telefonia fixa
( x )Telefonia móvel

1.3 Assistência mecânica
( x )Serviço de Guincho e Socorro
( x )Borracharias
( x )Oficinas
( x )Postos de Abastecimento

1.4 Segurança Pública
( x )Delegacia Polícia Militar
( x ) Delegacias Polícia Civil
( x )Corpo de Bombeiros
( x ) Delegacias de Trânsito

1.5 Estabelecimentos financeiros
( x )Agências Bancárias
( x )Caixas eletrônicos
( )Casas de câmbio

1.6 Serviços diversos
( x )Bancas de jornais
( x )Farmácias e drogarias
( )Centro de compras
( x )Igrejas,templos,mesquitas

1.7 Organismos Públicos e privados de apoio à área rural:
( x )Sindicato Rural
( x )Emater
( x )Secretaria municipal/estadual de agricultura
( x )Cooperativas
( )Outros

1.8 Meios de Hospedagem
( x )hotel ( )pousada ( )camping ( ) Albergue
( )hotel histórico

1.9 Quantidade de Uhs:25 Uhs

2.Endereçamento

2.1 Nome completo da propriedade: Sítio Quero -Quero

2.2 Identificação oficial da Estrada ou Rua:
Beco do Mato Grande

2.3 Numeração:


2.4 Nome do Município e da Unidade da Federação:
Palmares do Sul/RS

2.5 Código de endereçamento postal CEP: 95540-000

2.6 Entrega domiciliar de correspondência-periodicidade: não há

2.7 Endereço eletrônico: [email protected]

2.8 Telefone/Fax:(51)91.57.15.11
3. Acesso principal/vias de circulação

3.1 Extensão e largura em metros (Rodovia) 35 km -8 m

3.2 Tipo de pavimento:
( )cascalho/saibro ( x )asfalto ( )pedras

3.3 Condições de acesso:
( x )boas ( )más ( )regular

3.4 Arborização
( x ) Arborização natural ( x )Arborização modificada
( ) Sem arborização

3.5 Iluminação
( )sim ( x )não

3.6 Trilhas/Caminhos/Pontes (Para acesso à propriedade):

3.6.1 Extensão e largura em metros:
( )Segurança ( x )Arborização natural ( x )Paisagismo
( )Iluminação

3.6.2 Condições de conservação
( )boas ( )más ( x )regular

3.6.3 Tipo de pavimento:
( x )terra batida ( )cascalho ( ) asfalto

3.7 Formas de Acesso interno viáveis:

3.7.1 Acesso principal:
( x ) automóvel ( x )jeeps ( x )caminhões

3.7.2 Trilhas
( x ) a pé ( x )cavalo ( x )trator

3.8 Sinalização:

3.8.1 Sinalização turística
( )sim ( x )não

3.8.2 Acesso principal:
( )placas ( )setas ( )painéis

3.8.3 Trilhas:
( )placas ( )setas ( )painéis

3.8.4 Iluminação
( ) sim ( x )não

4.Saneamento
4.1 Água
( )Companhia de Abastecimento-Corsan
( x )Poços artesianos
( )Cisternas

5 Destino das águas servidas
( x )fossas ( x )sumidouros ( )tanques de tratamento

6.Lixo rural e resíduos sólidos/liquídos:

6.1Forma de destino/coleta:
( )coleta seletiva ( )enterro ( )queima ( )lançados em rios, valas
( )coleta pública ( x )outra forma ?Qual ?Junta o lixo e leva até a lixeira pública
mais próxima, e também faz compostagem do lixo orgânico

7 Características Naturais

7.1 Classificação quanto a localização geográfica :
( )equatorial ( )tropical ( x )subtropical ( )tropical de altitude
( )tropical atlântico ( )temperado ( )semi-árido

8 Média anual da temperatura em graus Celsius:

8.1 Regime de Precipitação:
( x )verões (chuvosos e quentes) ( ) Invernos (frios e secos)
( )verões (secos e quentes) ( x ) Invernos (frios e chuvosos)

9 Relevo

9.1Descrição do tipo de relevo predominante na região: planícies, várzeas.

10 Descrição tipo de Vegetação na região: mata atlântica, mata ciliar, gramíneas.

10.1 Variedade de animais na propriedade
( x )sim ( )não
Quais? vaca, boi, cavalo, ovelha, touro, galinha, pato, ganso, porco, peixe,abelhas.

10.2 Problemas Ambientais na região:
( )Desmatamentos ( )Queimadas ( )Desertificação
( x )Alterações climáticas ( x )Lixo ( x )Poluição das águas
( )Ocupação desordenada do solo ( )Desastres ecológicos
( )Substâncias tóxicas ( )Poluição do ar ( )Outros_____________

11. Descrição do tipo de Fauna na região: lagarto, tuco-tuco, ratão do banhado,
gambá, lontra, corujão, coruja, sabiá, bem-te-vi, cardeal, caturrita, mergulhão,
garsa, perdiz, marrecão, quero-quero, jacaré.

12. Descrição do tipo de Flora na região:orquídeas,figueiras,butiazeiros,gravatá,
pitanga,araçá.

12.1 Diversidade e singularidade:
( x )Visão bucólica,beleza cênica ( )Mirantes ( x )Mata ciliar
( x )Harmonia da paisagem x construções ( x )Mata nativa e ou remanescentes

13 Hidrografia
( x)Lagoas ( x )banhados ( x )açudes naturais ( x )açudes artificiais
( )Rios ( )Cascatas ( )Termais

13.1 Acessos( em relação à propriedade)
( x ) fácil ( )médio ( )difícil

13.2 Possibilidade de banho:
( x )sim ( )não

13.3 Possibilidade de Pesca:
( x )sim ( )não

13.4 Possibilidade da prática de atividades de lazer e esportivas:
( x )pedalinho ( )passeios de barco/bote

14 Comercialização de produtos:
( )sim ( x )não

14.1 Produtos comercializados na propriedade:
( )chimias,geléias,doces ( )pães,biscoitos, cucas ( )licores,sucos
( )artesanato .Qual (is)_________________________________________________
( )outros:____________________________________________________________

14.2 Forma de comercialização:
( ) Feiras /eventos ( )Na propriedade ( )Venda p/comércio local
( ) à domicílio ( )CEASA

15.3 Construções existentes na propriedade :
( x )casa sede ( )administração ( )casa de funcionários ( x )Cocheiras
( )baias ( x )galinheiros ( )quiosques ( x )oficinas
( )mirantes ( )sanitários ( )ranchos /chalés ( )piscinas
( x )balanços ( x )bancos rústicos ( x )churrasqueiras ( )brinquedos

16. Atividades desenvolvidas na propriedade:
( x )tosquia ( x )plantio ( x )colheita ( x ) artesanato ( )ordenha
17. Utensílios rurais:
( x )fogão à lenha ( x )panelas de barro,ferro ( )lareira rústica

18 Recursos Humanos:

18.1 Funcionários
( )sim ( x )não

18.2 Número de membros familiares:03

18.3 Aptidões artísticas,artesanais,musicais:
( x )sim ( )não

19 Aspectos Históricos e Culturais

19.1 Colonização predominante:afro-descendentes

19.2 Manifestações culturais relevantes:contador de causo e trovador Manoel da Zita,
gineteadas.

19.3 Aspectos históricos da propriedade

19.3.1 Edificações centenárias
( )casas ( )tulhas ( )senzalas ( )moinhos ( )galpões

19.3.2 Acervo histórico
( x )mobiliário ( x )ferramentas de trabalho ( x )maquinários ( )documentos
( x )fotos ( x )mapas ( x )utensílios domésticos ( x )vestimentas
( )esculturas ( x )brinquedos ( x )objetos pessoais ( x )outros
Televisor,rádio,tocadiscos,luminárias,lampião ,relógio,roda de carreta.

19.4 Antecedentes étnico-culturais de proprietários fundadores e recentes
Ascendência:afro-descendentes e açoriana
Idioma:português
Crença religiosa:católica
Tradição familiar ou local:laço,gineteada,pesca.
Hábitos e costumes familiares ou locais:chimarrão e pesca
Outras características relevantes:___________________________________________

20 Existe o interesse em desenvolver atividades:
( x )Roda de viola ( x )Contos e Causos ( )Danças folclóricas
( x )Atividades esportivas ( )Outras ______________________________________

21 Quais atividades existem no Distrito:
( x )benzedeiras ( x )festas folclóricas ( )festas cívicas ( x )festas religiosas
( x )Tocadores de instrumentos musicais ( x )contadores de causos ( )Outras

22 Tipo de Artesanato produzido na localidade:
( )cerâmica ( )marcenaria ( )tapeçaria ( x )cestaria ( )renda
( x )couro ( )instrumentos musicais ( )brinquedos ( )bordados ( x )outros
Artesanato em lã crua,fibra da bananeira e com material reciclado.



Foto: Lagoa nos fundos do Sítio Quero Quero
Fonte:Foto da Pesquisadora


Foto:Criação de ovinos
Fonte: Foto da Pesquisadora








Foto:Cavalos quarto de milha
Fonte:Foto da pesquisadora




Foto: Açude natural para criação de carpas
Fonte:Foto da pesquisadora







Foto: Mobiliário e colcha de renda antiga Foto:tela a óleo de autoria da proprietária 2
Fonte:Foto da pesquisadora Fonte:Foto da proprietária 2






4.1.3 Propriedade 3


Entrevista A3

2.Idade:46 anos

3.Fonte de renda principal: Artesanato em lã e fibras naturais

4.Descrição da propriedade:Terreno de 600m²(12mx60m) com duas entradas com casa de moradia (sobrado com 4 dormitórios,banheiro,salas, cozinha e área de lazer) e instalações para o artesanato que compreende abrigo para seleção e lavagem da lã suja (área coberta de aprox. 60m²); Ateliê para cardagem, fiação,e tecelagem; Depósito para a lã a ser trabalhada. Estacionamento frontal com sombra, jardim, entrada coberta com 28m²(entre os ateliês).Contém a plantação de bananeira da qual é trabalhadas a fibra, e outras plantas como o papiro, usadas em cestaria e para o processo de tingimento. Situado em estrada de acesso principal na região a 300 metros da rodovia RST 101,sendo fácil o acesso de ônibus e carro.
5.Fonte de renda principal da propriedade:Artesanato em lã e fibras

6.O que Sr (a) entende por Turismo? Visitação planejada a lugares interessantes. Atividade que proporciona prazer para quem visita e renda a quem oferece condições de visitação.
7.Tem interesse em receber turistas?
( x )sim ( )não ( )não sabe
8.Que benefícios o (a) Sr (a) entende que o Turismo poderá lhe trazer?
Aproveitamento da propriedade em uma atividade diferenciada. Visibilidade constante ao trabalho desenvolvido e por conseqüência sua comercialização.
9.O(a) Sr(a)costuma realizar cursos ou treinamentos específicos para a sua atividade de produtor(a)?Quais?Gestão rural, Processamento de frutas e hortaliças, Artesanato em lã crua, Chás medicinais e ervas aromáticas,artesanato da fibra da banana,artesanato de jornal.


10.Em relação à culinária, quais os pratos que habitualmente são preparados para a família?doces de frutas,como laranja,abóbora,figo,ambrósia,churrasco.
11.Sugestões e Comentários: Poderão ser oferecidos cursos na propriedade, pois tem condições de hospedagem.


Inventário Turístico B3

1.Equipamentos e serviços

1.1 Área de Saúde
( x )Posto de Saúde
( x )Clínica
( x )Consultório odontológico
( x )Hospital

1.2 Área de Comunicação
( x )Correios
( x )Rádio
( x )Jornais
( x )Telefonia fixa
( x )Telefonia móvel

1.3 Assistência mecânica
( x )Serviço de Guincho e Socorro
( x )Borracharias
( x )Oficinas
( x )Postos de Abastecimento

1.4 Segurança Pública
( x )Delegacia Polícia Militar
( x ) Delegacias Polícia Civil
( x )Corpo de Bombeiros
( x ) Delegacias de Trânsito

1.5 Estabelecimentos financeiros
( x )Agências Bancárias
( x )Caixas eletrônicos
( )Casas de câmbio

1.6 Serviços diversos
( x )Bancas de jornais
( x )Farmácias e drogarias
( )Centro de compras

1.7 Organismos Públicos e privados de apoio à área rural:
( x )Sindicato Rural
( x )Emater
( x )Secretaria municipal/estadual de agricultura
( x )Cooperativas
( )Outros

1.8 Meios de Hospedagem
( x )hotel ( )pousada ( )camping ( ) Albergue
( )hotel histórico

1.9 Quantidade de Uhs:25 Uhs

2.Endereçamento

2.1 Nome completo da propriedade:Morada dos Fios

2.2 Identificação oficial da Estrada ou Rua:
Estrada do Limoeiro

2.3 Numeração:177

2.4 Nome do Município e da Unidade da Federação:
Palmares do Sul/RS

2.5 Código de endereçamento postal CEP: 95540-000

2.6 Entrega domiciliar de correspondência-periodicidade: não tem

2.7 Endereço eletrônico: [email protected]

2.8 Telefone/Fax:(51)91.14.44.32

3 Acesso principal/vias de circulação
3.1 Extensão e largura em metros (Rodovia) 35 km -8 m

3.2 Tipo de pavimento:
( )cascalho/saibro ( x )asfalto ( )pedras

3.3 Condições de acesso:
( x )boas ( )más ( )regular

3.4 Arborização
( x ) Arborização natural ( x )Arborização modificada
( ) Sem arborização

3.5 Iluminação
( )sim ( x )não

3.6 Trilhas/Caminhos/Pontes (Para acesso à propriedade):

3.6.1 Extensão e largura em metros:3km , 8 metros
( )Segurança ( x )Arborização natural ( )Paisagismo
( x)Iluminação

3.6.2 Condições de conservação
( x )boas ( )más ( )regular

3.6.3 Tipo de pavimento:
( x )terra batida ( )cascalho ( ) asfalto

3.7 Formas de Acesso interno viáveis:

3.7.1 Acesso principal:
( x ) automóvel ( x )jeeps ( x )caminhões
3.7.2 Trilhas
( x ) a pé ( x )cavalo ( x )trator

3.8 Sinalização:
3.8.1 Sinalização turística
( )sim ( x )não

3.8.2 Acesso principal:
( )placas ( )setas ( )painéis

3.8.3 Trilhas:
( )placas ( )setas ( )painéis

3.8.4 Iluminação

4.Saneamento

4.1 Água
( )Companhia de Abastecimento-Corsan
( x )Poços artesianos
( )Cisternas

5 Destino das águas servidas
( x )fossas ( x )sumidouros ( )tanques de tratamento

6 Lixo rural e resíduos sólidos/liquídos:

6.1Forma de destino/coleta:
( )coleta seletiva ( )enterro ( )queima ( )lançados em rios, valas
( x )coleta pública ( x )outra forma -Qual ?adubação orgânica

7 Características Naturais

7.1 Classificação quanto à localização geográfica :
( )equatorial ( )tropical ( x )subtropical ( )tropical de altitude
( )tropical atlântico ( )temperado ( )semi-árido

8 Média anual da temperatura em graus Celsius:

8.1 Regime de Precipitação:
( x )verões (chuvosos e quentes) ( ) Invernos (frios e secos)
( )verões (secos e quentes) ( x ) Invernos (frios e chuvosos)

9 Relevo

9.1Descrição do tipo de relevo predominante na região :planícies,várzeas

10 Descrição tipo de Vegetação na região: mata nativa,campos,mata ciliar,plantações
de eucalipto e pinus,lavouras de arroz

10.1 Variedade de animais na propriedade
( )sim ( x )não
Quais:_______________________________________________________________

10.2 Problemas Ambientais na região:
( )Desmatamentos ( )Queimadas ( )Desertificação
( )Alterações climáticas ( )Lixo ( )Poluição das águas
( )Ocupação desordenada do solo ( )Desastres ecológicos
( x )Substâncias tóxicas ( )Poluição do ar ( )Outros_____________

11Descrição do tipo de Fauna na região:capivara,ratão do banhado,jacaré,pássaros
silvestres,ema,aves migratórias

12 Descrição do tipo de Flora na região:orquídeas,araçá,butiá,pitanga

12.1 Diversidade e singularidade:
( x )Visão bucólica,beleza cênica ( )Mirantes ( x )Mata ciliar
( x )Harmonia da paisagem x construções ( x )Mata nativa e ou remanescentes

13 Hidrografia
( x )Lagoas ( x )banhados ( x )açudes naturais ( x )açudes artificiais
( )Rios ( )Cascatas ( )Termais

13.1 Acessos( em relação à propriedade)
( x ) fácil ( )médio ( )difícil

13.2 Possibilidade de banho:
( x )sim ( )não

13.3 Possibilidade de Pesca:
( x )sim ( )não

13.4 Possibilidade da prática de atividades de lazer e esportivas:
( )pedalinho ( )passeios de barco/bote

14 Comercialização de produtos:
( x )sim ( )não

14.1 Produtos comercializados na propriedade:
( )chimias,geléias,doces ( )pães,biscoitos, cucas ( )licores,sucos
( x )artesanato .Qual (is) artesanato em lã,fios tingidos,fibra
( )outros:____________________________________________________________
14.2 Forma de comercialização:
( x ) Feiras /eventos ( x )Na propriedade ( )Venda p/comércio local
( ) à domicílio ( )CEASA

15 Construções existentes na propriedade :
( x )casa sede ( )administração ( )casa de funcionários ( )Cocheiras
( )baias ( )galinheiros ( )quiosques ( x )oficinas
( )mirantes ( x )sanitários ( )ranchos /chalés ( )piscinas
( )balanços ( )bancos rústicos ( )churrasqueiras ( )brinquedos

16 Atividades desenvolvidas na propriedade:
( )tosquia ( )plantio ( )colheita ( x ) artesanato ( )ordenha

17 Utensílios rurais:
( x )fogão à lenha ( x )panelas de barro,ferro ( )lareira rústica

18 Recursos Humanos:

18.1 Funcionários
( )sim ( x )não
18.2 Número de membros familiares:04

18.3 Aptidões artísticas,artesanais,musicais:
( x )sim ( )não

19 Aspectos Históricos e Culturais

19.1 Colonização predominante:açoriana e afro-descendentes

19.2 Manifestações culturais relevantes:presença de Quilombola na localidade

19.3 Aspectos históricos da propriedade

19.3.1 Edificações centenárias
( )casas ( )tulhas ( )senzalas ( )moinhos ( )galpões

19.3.2 Acervo histórico
( x )mobiliário ( x )ferramentas de trabalho ( x )maquinários ( x )documentos
( )fotos ( )mapas ( x )utensílios domésticos ( )vestimentas
( )esculturas ( )brinquedos ( x )objetos pessoais ( )outros

19.4 Antecedentes étnico-culturais de proprietários fundadores e recentes
Ascendência:afro-descendentes
Idioma:português
Crença religiosa:católica
Tradição familiar ou local:Comemorações familiares no jardim, estilo "luau"
Hábitos e costumes familiares ou locais:chimarrão e churrasco
Outras características relevantes:___________________________________________

20 Existe o interesse em desenvolver atividades:
( x )Roda de viola ( x )Contos e Causos ( )Danças folclóricas
( )Atividades esportivas ( )Outras ______________________________________

21 Quais atividades existem no Distrito:
( x )benzedeiras ( x )festas folclóricas ( )festas cívicas ( x )festas religiosas
( x )Tocadores de instrumentos musicais ( x )contadores de causos ( )Outras

22 Tipo de Artesanato produzido na localidade:
( )cerâmica ( )marcenaria ( x )tapeçaria ( x )cestaria ( )renda
( x )couro ( )instrumentos musicais ( )brinquedos ( x )bordados ( x )outros
Artesanato em lã de ovinos e fibras


Foto:A proprietária da propriedade 3 preparando o tingimento
Fonte: Foto de Elvira Regina Marques Rodrigues













Foto:Lã de ovino tingida com elementos naturais:casca de cebola, ervas,etc.
Foto: Fonte de Elvira Rodrigues



Fotos: objetos de herança propriedade 3
Fonte:Fotos da pesquisadora

4.2 Análise dos Resultados

Os resultados serão apresentados de forma textual, a partir do que foi coletado nas entrevistas e nos inventários.
Verifica-se que no Distrito de Bacupari, município Palmares do Sul/RS, o acesso se dá por via asfaltada, boas condições, mas em relação às estradas vicinais que ligam às propriedades o acesso se dá de forma regular, por ser de chão batido, tornando-se intransitável por automóvel em tempos chuvosos. O meio mais adequado quando nesta situação é o trator, jipe ou cavalo.
O relevo local é formado por planícies, com vegetação de gramíneas, arbustos e árvores variadas e de diversos tamanhos.
Atrativos naturais como dunas, lagoas, banhados, açudes naturais e artificiais compõem o cenário, e conforme informações coletadas nas entrevistas é possível desenvolver atividades esportivas e de lazer, como pesca, passeios de barco ou bote, inclusive pedalinhos e banho.
Constatou-se nas propriedades 1 e 2 grandes áreas de cultivo e de pastagem, com grande variedade de animais para suprir as necessidades da família, como vaca, porcos, galinhas, ovelhas.


Árvores de frutas cítricas como bergamotas, laranjas, limão, entre abacateiros, bananeiras e maracujá, compõem o cenário rural,além do cultivo de hortaliças, chás e ervas.
Atividades como tosquia e ordenha, além do cultivo de diversos produtos para uso familiar e venda, fazem parte da rotina diária das propriedades 1 e 2.
Ao serem questionadas se há interesse em receber turistas na propriedade as informantes responderam que sim, informando também que o turismo poderá trazer vários benefícios como: "conhecimento, troca de ideias, uma renda extra" "qualidade de vida e renda para as pessoas da região, qualidade de vida para os turistas", "aproveitamento da propriedade em uma atividade diferenciada".
Em relação à cultura, a ascendência local é afro-descendente e também açoriana, católica, com idioma português. Registra-se a localização de um quilombola, denominado "Limoeiro".
Segundo informações coletadas do inventário existem na localidade benzedeiras, contadores de causos, tocadores de instrumentos, artesanato em lã crua, rodeios, festas religiosas, como o terno de reis e folclóricas como de São João. Também há pessoas com aptidões artísticas, artesanais e musicais, destacando-se o Manoel da Zita, grande repentista.
Dentre as tradições locais se destacam as atividades de doma, gineteada e laço, sendo também a pesca um costume tradicional. Como hábito de consumo da localidade se destacam o chimarrão e o churrasco.
Em relação à gastronomia pratos à base de leite, frutas, hortaliças, cereais e carnes, produtos cultivados e tratados na propriedade, são elaborados na forma tradicional, em fogões à lenha, e panelas de ferro. Conforme relato da proprietária 2 ,uma das especialidades elaboradas por ela, é a geléia de butiá que pode ser consumida com carneiro assado.
Em relação à propriedade 3, encontra-se situada a 300 m da rodovia RST 101, através de acesso asfaltado, em boas condições. O acesso à propriedade se dá também por uma entrada secundária, também de chão batido.
A fonte de renda principal da proprietária e da propriedade é proveniente do artesanato em lã e fibras naturais. A proprietária comercializa os produtos em feiras e eventos. Para a proprietária turismo "é visitação planejada a lugares interessantes. É uma atividade que proporciona prazer para quem visita e renda a quem oferece condições de visitação". A proprietária comenta que poderão ser oferecidos cursos na propriedade, pois declara que fez capacitação em cursos de artesanato da fibra da bananeira, tecelagem em lã, incluindo também capacitações em processamento de frutas e hortaliças, manejo de ervas medicinais e aromáticas, além de gestão rural. Observa também que a propriedade tem condições de oferecer hospedagem. Um dos hábitos da família é que quando há uma festa ou confraternização se reúnem no jardim da propriedade, decorando e iluminando num estilo "luau". Adora preparar churrasco, compotas de laranja, abóbora, figo, ambrósia, tudo no fogão a lenha, em panelas de ferro.
Verifica-se em todas as propriedades pesquisadas utensílios domésticos, documentos, ferramentas de trabalho, objetos pessoais e maquinários de valor histórico.
Constata-se que além do artesanato em lã, também existe o artesanato em couro, tapeçaria, cestaria, bordado e de material reciclado na localidade.


4.3 Análise Geral


Com base nos dados coletados nas propriedades, identifica-se no Distrito do Bacupari, Palmares do Sul/RS que a paisagem principal que circunda a região é formada por várzeas, campos de arroz, imensos e verdes, já nas estradas
vicinais a paisagem se transforma, sendo abundante árvores de diversas espécies e porte e campos de pastagem. A harmonia e a beleza se fazem presente no cenário rural. Verificou-se também que é abundante e diversificada a fauna e a flora.
Em relação à estrada de acesso vicinal às propriedades 1 e 2 , dependendo da época do ano, o trajeto torna-se difícil, ocasionando transtornos para quem necessita transitar nesta via.
Verificou-se na propriedade 1 as práticas de agricultura, com o cultivo e beneficiamento do arroz, plantações diversas para consumo e venda, e as práticas agropastoris, como a ordenha, trato dos animais, tosquia, etc. Práticas estas que conferem à propriedade características para desempenhar a atividade de agroturismo, além da característica principal que é agricultura como fonte de renda principal da família.
A paisagem que compõe o cenário rural da propriedade 1 é de beleza cênica e harmônica, sendo que há dois bosques próximos a residência principal que podem ser utilizados para a prática de trilhas, lazer ou para contemplação. Aos fundos da propriedade é possível avistar o banhado e dunas, que se for em estações secas permite a prática de trilhas ou caminhada até o local, em nível médio de dificuldade.
Os atrativos naturais existentes são de incrível beleza, como a lagoa, os banhados e açudes, sendo próprios para banho, pesca e atividades de lazer. A presença de dunas confere ao local uma beleza cênica.
Para hospedagem verificou-se que existe possibilidade de as propriedades oferecerem hospedagem de forma planejada e organizada, necessitando apenas de adaptações como banheiros ,mobiliário , fogão à lenha ou lareira.
Nas propriedades 1 e 2 o acesso à tecnologia, como celular e Internet é prejudicado pela altura das árvores, que inviabilizam a transmissão do sinal.
Para a questão do celular as propriedades dispõem de antenas rurais, que acopladas ao celular minimizam a dificuldade de comunicação.
Em relação à Internet ainda está em estudo uma forma de implantar as antenas via rádio, a fim de solucionar este problema para os moradores do Beco do Mato Grande. Para as demais áreas do Distrito a conexão da Internet se faz de forma normal.
Na propriedade 3 verificam-se espaços que podem ser utilizados para venda e oficinas de artesanato.Também existe a possibilidade de construção e adaptações de equipamentos para lazer e recreação dado o espaço físico existente nos fundos da propriedade, e pela disponibilidade de acesso secundário.
Pode-se definir que esta propriedade insere-se na atividade de turismo rural, pois o turismo seria a fonte de renda principal da propriedade.
Com a implantação de atividades turísticas se podem resgatar atividades de lazer como corrida de cancha reta, jogo de bocha atividades que antigamente faziam parte do cotidiano das famílias. A pesca e atividades de tiro de laço e gineteadas também são atividades que a comunidade local aprecia, e com certeza os turistas também teriam interesse em participar.
Verifica-se que os alimentos cultivados nas propriedades podem exercer sobre os turistas uma atração, pois a maioria são produtos que não utilizam agrotóxicos, ou químicas. A simplicidade da gastronomia, do sabor caseiro da comida feita em fogão à lenha, em panelas de ferro ou barro, remete-se a uma imagem de alimento saudável, diversificado e prazeroso. Destaca-se como hábito de costume o churrasco e o chimarrão.
A cultura predominante da localidade é de afro-descendentes sendo que existe uma comunidade Quilombola, que vem organizando-se com artesanato, agricultura e gastronomia. Também na região, distante aproximadamente 30 km, existe uma comunidade indígena da tribo guarani.
Destaca-se na localidade a existência de um grupo de Terno de Reis registrado. Como contador de causos e repentes sobressai-se o seu Manoel da Zita. As festas religiosas são comuns na localidade e na região.
O acervo histórico presente nas propriedades pode tornar-se um atrativo, pois ocorre que muitos utensílios são ainda utilizados nas propriedades.
O artesanato de lã é produzido a partir da matéria prima, a lã de ovelha, que é abundante na região, ou da lã processada, oriunda de Uruguaiana. As práticas artesanais se fazem presentes também através da fibra da bananeira, do couro,crochê e tricô, hábitos herdados dos colonizadores açorianos e dos índios.
Segundo o que foi analisado nas propriedades , as práticas agrícolas se fazem presentes, assim como a rusticidade, a originalidade, elementos essenciais para atividade turística rural.
Observa-se que a localidade tem um grande potencial a ser explorado através da atividade turística rural, pois possui atrativos naturais, cultura, gastronomia rica e variada, e pessoas interessadas em diversificar a sua renda , sem que tenha que perder a sua identidade, a sua originalidade.
Conforme referencial teórico abordado no trabalho, a atividade deve ser planejada e organizada de acordo com a realidade local, respeitando o meio ambiente e a cultura local.






























CONCLUSÃO


O Turismo em áreas rurais é considerado um dos segmentos turísticos que pode resgatar a cultura e dinamizar a economia de uma localidade, desde que esteja de acordo com a realidade de cada local, para isto tem que ser planejado e ordenado de forma que todos possam usufruir os benefícios que resultarão da atividade turística.
Verifica-se que as atividades turísticas no meio rural vem crescendo gradativamente, expandindo-se para várias regiões do Brasil. Pois, ocorre que, com a implantação das atividades turísticas, podem surgir novas formas de produção, visando geração de renda para os envolvidos no processo, e desta forma contribuir para o crescimento das localidades rurais.
Faz-se necessário o trabalho em conjunto de produtores rurais, órgãos públicos e comunidade para que se alcancem os objetivos propostos pela implantação das atividades turísticas, pois somente de forma integrada e de acordo com a realidade de cada localidade pode se buscar o desenvolvimento sustentável.
Dessa forma o presente trabalho permitiu que, de acordo com o referencial teórico, se analisasse a localidade de Bacupari, Distrito de Palmares do Sul/RS, e se verificasse que o objeto de estudo possui atrativos e características que apresentam potencialidades para agregar valor à atividade turística, dinamizando desta forma a economia local.
Assim, o estudo permitiu o alcance do objetivo geral proposto, no qual pode-se avaliar a potencialidade do Distrito Bacupari para desenvolver atividades
turísticas na área rural. Constatou-se também que há interesse de produtores na atividade turística de forma planejada e organizada.
Como pesquisadora, este estudo me proporcionou uma visão mais ampla e concreta da realidade local, sinalizando que há muito trabalho a ser realizado na área rural, de forma desafiadora e estimulante.
Este trabalho não se encerra, ficando aberto a novos estudos e reflexões, e também de base para outros pesquisadores, a fim de aprofundarem a temática turismo em áreas rurais.
Como sugestão de pesquisa para estudos futuros, verificou-se que uma pesquisa de demanda para o turismo em áreas rurais viria a enriquecer a temática.


























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SOARES, Leda Saraiva. A Saga das Praias Gaúchas: de Quintão a Torres. Porto Alegre: Martins Livreiro, 2000.

SOLHA, Karina Toledo.POLÍTICA DE TURISMO:DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO.IN Planejamento Turístico. 1ª ed. Barueri, SP; Manole,2006.

TELES, Reinaldo Miranda de Sá. A IMPORTÂNCIA DO TERRITÓRIO NA PRÁTICA DO PLANEJAMENTO TURÍSTICO-REFLEXÕES ACERCA DO BRASIL. IN Planejamento Turístico.Barueri, SP: Manole, 2006.

TRÊS CACHOEIRAS.Disponível em http:www.trescachoeiras.rs.cnm.org.br. Acesso em 07 abr 2010.

TULIK, Olga. DO CONCEITO ÀS ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO RURAL.IN Turismo Desenvolvimento Local. 2ªed. São Paulo: Hucitec, 1999.

TURISMO-Visão em Ação.(Glossário) ano 2,nº4,fev.2009,p.9;28. .Disponível em http//:www.revistaturismo.com.br. Acesso em 14 mai 2010.



























Apêndice A -Questionário de entrevista Proprietário Rural

1.Nome:

2.Idade:

3.Fonte de renda principal:

4.Descrição da propriedade:

5.Fonte de renda principal da propriedade:

6.O que Sr(a) entende por Turismo?

7.Tem interesse em receber turistas?

( )sim ( )não ( )não sabe

8.Que benefícios o(a) Sr(a) entende que o Turismo poderá lhe trazer?

9.O(a) Sr(a)costuma realizar cursos ou treinamentos específicos para a sua atividade de produtor(a)?Quais?

10.Em relação à culinária , quais os pratos que habitualmente são preparados para a família?

11.Sugestões e Comentários:

















Apêndice B-Inventário Turístico em Áreas Rurais

1.Equipamentos e serviços

1.1 Área de Saúde
( )Posto de Saúde
( )Clínica
( )Consultório odontológico
( )Hospital

1.2 Área de Comunicação
( )Correios
( )Rádio
( )Jornais
( )Telefonia fixa
( )Telefonia móvel

1.3 Assistência mecânica
( )Serviço de Guincho e Socorro
( )Borracharias
( )Oficinas
( )Postos de Abastecimento

1.4 Segurança Pública
( )Delegacia Polícia Militar
( ) Delegacias Polícia Civil
( )Corpo de Bombeiros
( ) Delegacias de Trânsito

1.5 Estabelecimentos financeiros
( )Agências Bancárias
( )Caixas eletrônicos
( )Casas de câmbio

1.6 Serviços diversos
( )Bancas de jornais
( )Farmácias e drogarias
( )Centro de compras

1.7 Organismos Públicos e privados de apoio à área rural:
( )Sindicato Rural
( )Emater
( )Secretaria municipal/estadual de agricultura
( )Cooperativas
( )Outros

1.8 Meios de Hospedagem
( )hotel ( )pousada ( )camping ( ) Albergue
( )hotel histórico

1.9 Quantidade de Uhs:

2.Endereçamento

2.1 Nome completo da propriedade:

2.2 Identificação oficial da Estrada ou Rua:

2.3 Numeração:

2.4 Nome do Município e da Unidade da Federação:

2.5 Código de endereçamento postal CEP:
2.6 Entrega domiciliar de correspondência-periodicidade:

2.7 Endereço eletrônico:

2.8 Telefone/Fax:

3 Acesso principal/vias de circulação

3.1 Extensão e largura em metros (Rodovia)

3.2 Tipo de pavimento:
( )cascalho/saibro ( )asfalto ( )pedras

3.3 Condições de acesso:
( )boas ( )más ( )regular

3.4 Arborização
( ) Arborização natural ( )Arborização modificada
( ) Sem arborização

3.5 Iluminação
( )sim ( )não

3.6 Trilhas/Caminhos/Pontes (Para acesso à propriedade):

3.6.1 Extensão e largura em metros:
( )Segurança ( )Arborização natural ( )Paisagismo
( )Iluminação

3.6.2 Condições de conservação
( )boas ( )más ( )regular
3.6.3 Tipo de pavimento:
( )terra batida ( )cascalho ( ) asfalto

3.7 Formas de Acesso interno viáveis:

3.7.1 Acesso principal:
( ) automóvel ( )jeeps ( )caminhões

3.7.2 Trilhas
( ) a pé ( )cavalo ( )trator
3.8 Sinalização:

3.8.1 Sinalização turística
( )sim ( )não

3.8.2 Acesso principal:
( )placas ( )setas ( )painéis

3.8.3 Trilhas:
( )placas ( )setas ( )painéis

3.8.4 Iluminação

4.Saneamento

4.1 Água
( )Companhia de Abastecimento-Corsan
( )Poços artesianos
( )Cisternas

5 Destino das águas servidas
( )fossas ( )sumidouros ( )tanques de tratamento

6 Lixo rural e resíduos sólidos/liquídos:

6.1Forma de destino/coleta:
( )coleta seletiva ( )enterro ( )queima ( )lançados em rios, valas
( )coleta pública ( )outra forma -Qual ?

7 Características Naturais

7.1 Classificação quanto a localização geográfica :
( )equatorial ( )tropical ( )subtropical ( )tropical de altitude
( )tropical atlântico ( )temperado ( )semi-árido

8 Média anual da temperatura em graus Celsius:

8.1 Regime de Precipitação:
( )verões (chuvosos e quentes) ( ) Invernos (frios e secos)
( )verões (secos e quentes) ( ) Invernos (frios e chuvosos)

9 Relevo

9.1Descrição do tipo de relevo predominante na região :

10 Descrição tipo de Vegetação na região:

10.1 Variedade de animais na propriedade
( )sim ( )não
Quais:_______________________________________________________________

10.2 Problemas Ambientais na região:
( )Desmatamentos ( )Queimadas ( )Desertificação
( )Alterações climáticas ( )Lixo ( )Poluição das águas
( )Ocupação desordenada do solo ( )Desastres ecológicos
( )Substâncias tóxicas ( )Poluição do ar ( )Outros_____________

11Descrição do tipo de Fauna na região:

12 Descrição do tipo de Flora na região:

12.1 Diversidade e singularidade:
( )Visão bucólica,beleza cênica ( )Mirantes ( )Mata ciliar
( )Harmonia da paisagem x construções ( )Mata nativa e ou remanescentes

13 Hidrografia
( )Lagoas ( )banhados ( )açudes naturais ( )açudes artificiais
( )Rios ( )Cascatas ( )Termais

13.1 Acessos( em relação à propriedade)
( ) fácil ( )médio ( )difícil

13.2 Possibilidade de banho:
( )sim ( )não

13.3 Possibilidade de Pesca:
( )sim ( )não

13.4 Possibilidade da prática de atividades de lazer e esportivas:
( )pedalinho ( )passeios de barco/bote

14 Comercialização de produtos:
( )sim ( )não

14.1 Produtos comercializados na propriedade:
( )chimias,geléias,doces ( )pães,biscoitos, cucas ( )licores,sucos
( )artesanato .Qual (is) artesanato em lã,fios tingidos
( )outros:____________________________________________________________

14.2 Forma de comercialização:
( ) Feiras /eventos ( )Na propriedade ( )Venda p/comércio local
( ) à domicílo ( )CEASA

15 Construções existentes na propriedade :
( )casa sede ( )administração ( )casa de funcionários ( )Cocheiras
( )baias ( )galinheiros ( )quiosques ( )oficinas
( )mirantes ( )sanitários ( )ranchos /chalés ( )piscinas
( )balanços ( )bancos rústicos ( )churrasqueiras ( )brinquedos

16 Atividades desenvolvidas na propriedade:
( )tosquia ( )plantio ( )colheita ( ) artesanato ( )ordenha

17 Utensílios rurais:
( )fogão à lenha ( )panelas de barro,ferro ( )lareira rústica

18 Recursos Humanos:

18.1 Funcionários
( )sim ( )não

18.2 Número de membros familiares:

18.3 Aptidões artísticas,artesanais,musicais:
( )sim ( )não
19 Aspectos Históricos e Culturais

19.1 Colonização predominante:

19.2 Manifestações culturais relevantes:

19.3 Aspectos históricos da propriedade

19.3.1 Edificações centenárias
( )casas ( )tulhas ( )senzalas ( )moinhos ( )galpões

19.3.2 Acervo histórico
( )mobiliário ( )ferramentas de trabalho ( )maquinários ( )documentos
( )fotos ( )mapas ( )utensílios domésticos ( )vestimentas
( )esculturas ( )brinquedos ( )objetos pessoais ( )outros

19.4 Antecedentes étnicos-culturais de proprietários fundadores e recentes
Ascendência:
Idioma:
Crença religiosa:
Tradição familiar ou local:
Hábitos e costumes familiares ou locais:
Outras características relevantes:___________________________________________

20 Existe o interesse em desenvolver atividades:
( )Roda de viola ( )Contos e Causos ( )Danças folclóricas
( )Atividades esportivas ( )Outras ______________________________________

21 Quais atividades existem no Distrito:
( )benzedeiras ( )festas folclóricas ( )festas cívicas ( )festas religiosas
( )Tocadores de instrumentos musicais ( )contadores de causos ( )Outras

22 Tipo de Artesanato produzido na localidade:
( )cerâmica ( )marcenaria ( )tapeçaria ( )cestaria ( )renda
( )couro ( )instrumentos musicais ( )brinquedos ( )bordados ( )outros
Artesanato em lã de ovinos e fibras















































Autor: Angela Beatriz Teixeira Ferreira De Ferreira


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