LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: UM CAMINHO PARA O SURGIMENTO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS



LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: UM CAMINHO PARA O SURGIMENTO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

A discussão sobre o surgimento do espaço educativo começa com o histórico dos sistemas escolares, onde a partir do século XXI, passou-se a ter novas necessidades, surgindo assim muita polemica e idéias controversas, fazendo com que ocorresse o distanciamento entre "os que sabem" e "os que não sabem", isto é, entre os que têm acesso ao conhecimento e os que não têm, gerando com isso um jogo de reformas.
Se buscarmos na historicidade, os sistemas de ensino organizaram-se a partir do topo para a base, adotando assim estruturas burocráticas, corporativas e disciplinares, que foram disseminando os valores locais, familiares, populares e alternativas de se promover a sociedade e a sua cultura.
Diante disso, surgem alguns questionamentos: o que é a escola, para nossa sociedade, para nós enquanto educadores? O que ela deveria ser de fato?
A escola para a nossa sociedade e até para alguns educadores, é um local educacional, em que o individuo consegue "aprender" adquirindo seus conhecimentos. Porém, ela não se restringe a isso. Ela deve ser um lugar de conhecimentos. Deve também ser um lugar atraente, um espaço e um tempo de estimuladores da aprendizagem.
Partindo desse pressuposto devemos nos questionar: quem sou eu enquanto professor nesse espaço educativo? Será que estou fazendo o meu papel, ou será que estou fazendo ?que estou fazendo?? Nós professores somos atores de um individuo (conhecimento) que acontece diariamente no teatro (escola) da vida. Devemos ser orientadores que transmite idéias, que favorece a busca pelo conhecimento, e não podemos deixar de lado nosso papel de formadores de opiniões criticas e construtivas para a formação de uma nova sociedade e de um novo espaço educativo com paradigmas inovadores.
Assim, é primordial ser educador e, não estar educador. Não é tarefa fácil ser educador numa sociedade tão complexa. É sabido que a escola, a sociedade e o professor são três elementos diferentes, porém, que são interligados. É impossível imaginarmos uma sociedade sem escola, e principalmente, uma escola sem professor. Está aí a interligação.
Quando se trata de formação adequada dos agentes educativos, temos alguns princípios que são relevantes: liberdade de aprender e ensinar, respeitando a pluralidade de modelos e métodos. Para isso ser cumprido, precisamos de: democraticidade, onde todos os interessados no processo educativo e na vida escolar, devem participar; responsabilização, que parte dos órgãos individuais ou coletivos por seus atos e decisões; inserção da comunidade, com o desenvolvimento de projetos educativos e culturais junto à comunidade; e instrumentalidade, que são os meios, os recursos administrativos e financeiros, indispensáveis para a realização do trabalho educativo.
É mais que óbvio que o professor da atualidade necessita de varias características para atender a gestão do espaço educativo, como por exemplo, buscar a formação continuada, estar atento para as mudanças panorâmicas que ocorrem no processo, ser dinâmico e capaz de autodomínio de suas responsabilidades.
Por isso, é crucial que o professor esteja aberto à mudanças, ou pelo menos, esteja buscando sempre caminhos para chegar às mudanças de fato. Para isso, o professor precisa, acima de tudo amar o que faz, ter o domínio de seus conteúdos, estar sempre se atualizando, mas ser flexível se for preciso, para adequar seu tema as necessidades dos alunos, ser um bom comunicador e ter noção exata das relações humanas, ser interdisciplinar, saber dominar o improviso, a criatividade e a motivação e, acima de tudo saber utilizar as novas tecnologias de forma positiva, dinâmica, onde venha facilitar o ensino-aprendizagem.
Portanto, tudo que foi exposto sobre a perspectiva que o professor deve atuar, não poderá ter rendimento total se não houver uma parceria entre, escola, sociedade e gestões educacionais, onde se coloque em prática o que prega a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) no seu artigo 1.

Referencias Bibliográficas

AFONSO, A. J. Reforma do Estado e Políticas Educacionais: entre a crise do Estado-Nação e a emergência da regulação supranacional. Educação e Sociedade. Campinas, ano XXII, n. 75, ago, 2001, p. 15-32.
ARCE, A. Compre o kit neoliberal para a educação e ganhe grátis os dez passos para se tornar um professor reflexivo. Educação & Sociedade. Campinas, ano XXII, n. 74, p. 251-283, abr. 2001. Disponível em: http://www.obancomundial.com. Acesso em 5 jul. 2002.
ENGUITA, M. F. Trabalho, escola e ideologia: Marx e a critica da educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1993.

Autor: Reinaldo Pacheco


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