Cai a tarde



Cai a tarde


Num frio despedaçador
Vem com ela a incerteza
A alma que ri
Também chora?
Uma face da moeda
Não tem o mesmo valor que o todo?
O crepúsculo vai dissipando a luz
Palidamente
Discretamente
Redondamente
Enganadoramente
Pois à noite
Segue ensolarado o dia
Colorido
Exuberante
Quente
E a vida?
Dia e noite?
Obsoleto e útil?
Fugidio e perene?
Como o tecido
A vida pede um avesso
Não para negar
Mas tornar pleno
Completo em suas metades unidas
A vida... São as vidas.

Autor: Celia Regina Lopes Feitoza


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